O documento discute a história da segurança do paciente e as principais definições no campo. Ele descreve como Hipócrates reconheceu que o cuidado médico poderia causar danos e como outros ao longo da história melhoraram a qualidade da assistência à saúde. O documento também resume a Classificação Internacional de Segurança do Paciente da OMS e as políticas públicas de segurança do paciente no Brasil e no mundo.
O documento discute a história da segurança do paciente e as principais definições no campo. Ele descreve como Hipócrates reconheceu que o cuidado médico poderia causar danos e como outros ao longo da história melhoraram a qualidade da assistência à saúde. O documento também resume a Classificação Internacional de Segurança do Paciente da OMS e as políticas públicas de segurança do paciente no Brasil e no mundo.
O documento discute a história da segurança do paciente e as principais definições no campo. Ele descreve como Hipócrates reconheceu que o cuidado médico poderia causar danos e como outros ao longo da história melhoraram a qualidade da assistência à saúde. O documento também resume a Classificação Internacional de Segurança do Paciente da OMS e as políticas públicas de segurança do paciente no Brasil e no mundo.
O documento discute a história da segurança do paciente e as principais definições no campo. Ele descreve como Hipócrates reconheceu que o cuidado médico poderia causar danos e como outros ao longo da história melhoraram a qualidade da assistência à saúde. O documento também resume a Classificação Internacional de Segurança do Paciente da OMS e as políticas públicas de segurança do paciente no Brasil e no mundo.
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Contexto histórico da
segurança do paciente e principais definições
Seção 1.1
Profa. Dra. Camila Santejo
2022-1 • Seja qual for a sua área, a qualidade e a segurança de todos os processos envolvidos na sua ocupação estão diretamente ligadas ao sucesso – ou não – de suas intervenções ou serviço prestado.
• Torna-se fundamental a gestão da
qualidade e a segurança do paciente. Aspectos Fundamentais • Hipócrates (460 a 370 a.C.) cunhou o postulado Primum non nocere (primeiro não cause o dano). O pai da Medicina tinha a noção, desde essa época, que o cuidado poderia causar algum tipo de dano.
• Ao longo da história, outros personagens
contribuíram com a melhoria da qualidade em saúde: Florence Nightingale, Ignaz Semmelweiss, Archibald Leman Cochrane, entre outros. Taxonomia em Segurança do Paciente – Organização Mundial de Saúde (OMS)
• Em 2005, a OMS lançou a
Classificação Internacional de Segurança do Paciente (ICPS).
• Permite a uniformidade de conceitos,
a qual assegura que os profissionais tenham uma comunicação mais assertiva sobre cada terminologia e consigam aplicá-la em seu cotidiano. Segurança do paciente - reduzir os riscos de danos desnecessários ao paciente/cliente.
Classificação Dano - comprometimento da estrutura ou função do
corpo humano, seja de ordem física, social ou Internacional psicológica.
de Segurança Risco - probabilidade de um incidente acontecer.
do Paciente Incidente - evento ou situação que poderia ou (ICPS) resultou em dano desnecessário ao paciente.
Fonte: Brasil (2014, p. 7).
Circunstância notificável - incidente com potencial para causar dano ao paciente/cliente.
Near miss - é um “quase erro”, incidente que foi
Classificação observado, mas atingiu o paciente/cliente. Internacional Incidente sem dano - incidente que atingiu o de Segurança paciente/cliente, mas não foi capaz de causar dano.
do Paciente Evento adverso - incidente que resultou em dano ao
paciente/cliente. Pode ser um dano temporário, (ICPS) permanente ou até mesmo o óbito.
Fonte: Brasil (2014, p. 7).
Hierarquia dos incidentes • Possibilita a criação de processos que minimizem os riscos e melhorem continuamente a qualidade do trabalho.
• Também o atendimento ao paciente/cliente.
Observe, a seguir, a hierarquia dos incidentes. Importante!
• É fundamental compreender a gradação
dos incidentes, pois um evento adverso acontece devido a uma série de fatores que foram negligenciados ao longo do tempo. Situação Problema • Paciente está em uma cama, e as grades estão quebradas (circunstância notificável), mas ninguém percebeu ou deu a devida importância.
• Profissional chega ao leito do paciente
quando ele ia cair e consegue ajudá-lo, e a queda não ocorre (near miss). • Paciente escorrega e vai ao chão, mas não apresenta nenhum dano (incidente sem dano).
• Por fim, em nova ocasião, o paciente cai e bate a
cabeça, tem perda da consciência e hemorragia (evento adverso).
• Se no primeiro incidente houvesse a notificação, a
troca de cama do paciente e o encaminhamento da cama danificada para a manutenção, o evento adverso não aconteceria. Políticas Públicas de Segurança do Paciente
• Em 1999, o Institute of Medicine (IOM) lançou o
primeiro estudo sobre a temática “Segurança do Paciente”.
• Na ocasião, o estudo “Errar é humano: construindo um
sistema de saúde mais seguro” foi impactante no mundo todo, pois evidenciou que morriam, aproximadamente, 98 mil pessoas por ano devido a erros médicos. Políticas Públicas de Segurança do Paciente
• O termo evento adverso foi definido como dano causado pelo
cuidado à saúde e não pela doença de base, que prolongou o tempo de permanência do paciente ou resultou em uma incapacidade presente no momento da alta.
• A alta incidência resultou em uma taxa de mortalidade maior do que
as atribuídas aos pacientes com HIV positivo, câncer de mama ou atropelamentos. Políticas Públicas de Segurança do Paciente
• O relatório do IOM apontou ainda que a ocorrência de EAs
representava também um grave prejuízo financeiro.
• No Reino Unido e na Irlanda do Norte custou cerca de 2 bilhões de
libras ao ano, e o gasto do Sistema Nacional de Saúde com questões litigiosas associadas a EAs foi de 400 milhões de libras ao ano.
• Nos EUA, os gastos foram estimados entre 17 e 29 bilhões de dólares
anuais. “O cuidado à saúde, que antes era simples, menos efetivo e relativamente seguro, passou a ser mais complexo, mais efetivo, porém potencialmente perigoso” Avedis Donabedian
• Estabeleceu sete atributos
dos cuidados de saúde que definem a sua qualidade: eficácia, efetividade, eficiência, otimização, aceitabilidade, legitimidade e equidade.
• Pilares da qualidade. Políticas Públicas de Segurança do Paciente
• Inspirou iniciativas globais.
• Em 2004, a OMS lançou a
campanha Aliança Mundial pela Segurança do Paciente e, a partir deste ponto, a noção de que a necessidade de uma assistência segura era universal. Objetivo do World Alliance for Patient Safety
• Organizar os conceitos e as definições sobre segurança do paciente e
propor medidas para reduzir os riscos e mitigar os eventos adversos.
• A OMS priorizou dois desafios globais: reduzir a infecção associada
ao cuidado em saúde, por meio da campanha de higienização das mãos, e promover uma cirurgia mais segura, pela adoção de uma lista de verificação antes, durante e após o ato cirúrgico. Posteriormente outras estratégias foram estimuladas pela OMS
• Evitar erros com medicamentos que tenham nomes e embalagens
semelhantes; • evitar troca de pacientes, ao prestar qualquer cuidado – administrar medicamento, colher amostra para exame, infundir bolsa de sangue e etc.; • garantir uma correta comunicação durante a transmissão do caso; • retirar as soluções eletrolíticas concentradas das áreas de internação dos pacientes e controlar a sua utilização... No Brasil • A Rede Sentinela, criada em 2002, trabalham com gerenciamento de riscos sobre três pilares: busca ativa de eventos adversos, notificação de eventos adversos e uso racional das tecnologias em saúde.
• Inicialmente foi voltado para os hospitais públicos, filantrópicos ou privados, de
média e alta complexidade, que pudessem desenvolver um conjunto de atividades no sentido de fortalecer a cultura da vigilância.
• Posteriormente outros hospitais aderiram voluntariamente e criaram uma
estrutura responsável por fazer a busca, a identificação e a notificação dos eventos adversos e de queixas técnicas. No Brasil • A Portaria nº 1.660, de 22 de julho de 2009 instituiu o Sistema de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária (Vigipos), como parte integrante do SUS.
• Uma das premissas é a necessidade de promover a
identificação precoce de problemas relacionados com os serviços e produtos sob vigilância sanitária, a fim de eliminar ou minimizar os riscos decorrentes do uso destes. A partir de 2011 • “Rede Sentinela” passou a exigir além de uma gerência de risco, que as instituições criassem uma “política de gestão de risco”.
• Para descrever estratégias
para a identificação, a avaliação, o monitoramento e a comunicação de riscos. No Brasil • A iniciativa mais importante foi a Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013, a qual estabeleceu o Programa Nacional de Segurança do Paciente.
• Tornou compulsório que as instituições de
saúde tenham uma política de segurança interna para melhoria da qualidade e segurança do paciente/cliente. Outras iniciativas
• Em 2006, foi realizado o primeiro Fórum Internacional Sobre
Segurança do Paciente e Erro de Medicação, organizado pela Associação Mineira de Farmacêuticos.
• Em parceria com o Institute for Safe Medication Practices
(ISMP)/EUA.
• Iniciativa decisiva para a criação, em 2009, do ISMP Brasil
(http://www.ismp-brasil.org). Outras iniciativas • Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (Rebraensp), criada em 2008. • Vinculada à Rede Internacional de Enfermagem e Segurança do Paciente (Riensp) como uma iniciativa da Opas. • Os objetivos são disseminar e sedimentar a cultura de segurança do paciente nas organizações de Saúde, escolas, universidades, organizações governamentais, usuários e seus familiares. • Apresenta 17 polos e 13 núcleos constituídos por mais de 500 profissionais de Enfermagem e estudantes da graduação e da pós- graduação. Importante • As políticas públicas são essenciais!
• Mas é necessário que haja uma cultura
de segurança em toda a instituição de saúde e que todos os colaboradores sejam capacitados para evitar incidentes. Segurança do paciente/cliente • Significa a redução dos riscos de danos desnecessários. • É muito importante salientar que o profissional de saúde não é isento de riscos. • Sendo assim, os mesmos deverão sempre se lembrar desse conceito e pensar em melhorias para evitar os danos desnecessários.