Cooperativas ITG 2004
Cooperativas ITG 2004
Cooperativas ITG 2004
As sociedades cooperativas em geral estão reguladas pela Lei n° 5.764/71, que definiu a
Política Nacional de Cooperativismo e instituiu o regime jurídico das cooperativas.
A Natureza jurídica da Cooperativa é Sui Generis, e não se aplica necessariamente todas as demais
normas do direito societário, prevalecendo as regras estatutárias e, eventual e subsidiariamente,
as normas do direito civil, ou seja, as Cooperativas possuem forma jurídica própria, constituídas
para prestar serviços aos associados e que se distinguem das demais sociedades pelas seguintes
características:
j) prestação de assistência aos associados, e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da
cooperativa;
Os artigos 1.094 e 1.095 do Código Civil (Lei n° 10.406/2002) dispõem também sobre
características das sociedades cooperativas.
CONTABILIDADE NO BRASIL
1) SINGULARES:
Constituídas pelo número mínimo de 20 (vinte) pessoas físicas, sendo excepcionalmente
permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou correlatas
atividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos;
Nota: As cooperativas singulares se caracterizam pela prestação direta de serviços aos associados.
3) CONFEDERAÇÕES DE COOPERATIVAS:
Constituídas, pelo menos, de três federações de cooperativas ou cooperativas centrais, da
mesma ou de diferentes modalidades.
Nota: As confederações de cooperativas têm por objetivo orientar e coordenar as atividades das
filiadas, nos casos em que o vulto dos empreendimentos transcender o âmbito de capacidade ou
conveniência de atuação das centrais e federações.
Estas sociedades poderão, com o fim de viabilizar a atividade de seus associados, adotar qualquer
objeto, respeitadas as limitações legais no sentido de não exercerem atividades ilícitas ou
proibidas em lei.
a) cooperativas de produção;
b) cooperativas de trabalho;
c) cooperativas de consumo;
d) cooperativas de crédito;
e) cooperativas de seguro,
f) cooperativas habitacionais.
g) cooperativas infraestrutura
h) cooperativas sociais
i) cooperativas de transportes
CONTABILIDADE NO BRASIL
🔴 Cooperativas de Produção
🔴 Cooperativas de Trabalho
A Cooperativa de Trabalho é regulada pela Lei n° 12.690/2012, e, no que com ela não colidir, pela
Lei n° 5.764/71 e pelo Código Civil (Lei n° 10.406/2002).
b) as cooperativas que atuam no setor de transporte regulamentado pelo poder público e que
detenham, por si ou por seus sócios, a qualquer título, os meios de trabalho;
A cooperativa de trabalho poderá ser constituída com número mínimo de sete cooperados (artigo
6° da Lei n° 12.690/2012). No entanto, não há um número máximo de cooperados.
🔴 Cooperativas de Consumo
direito ao recebimento de sobras líquidas, caso seja apurada. O funcionamento em prol dos
cooperados não impede a venda de bens a pessoas ou empresas que não sejam cooperados.
🔴 Cooperativas de Crédito
A Resolução CMN n° 3.442/2007 normatiza vários pontos no tocante a estas sociedades, tais
como:
a) constituição;
d) capital mínimo;
🔴 Cooperativas de Seguro
O Decreto Lei n° 73/66 dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regulando as
operações de seguros e resseguros. O artigo 24 do referido Decreto dispõe que “as sociedades
cooperativas operarão unicamente em seguros agrícolas, de saúde e de acidentes do trabalho”.
Estas cooperativas são organizadas com o fim de manter carteiras de seguros, sob o regime da
mutualidade, exclusivamente para associados.
c) prescrever os critérios de constituição das sociedades seguradoras, com fixação dos limites
legais e técnicos das operações de seguro;
CONTABILIDADE NO BRASIL
🔴 Cooperativas habitacionais
As cooperativas habitacionais não possuem regramento próprio no que diz respeito à constituição
e regulamentação da atividade - portanto, estão sujeitas à Lei n° 5.764/71 e ao Código Civil.
a) promover o acesso à moradia a preço acessível aos cooperados, pois a construção não almeja
o lucro;
b) arrecadação de contribuições dos cooperados, a fim de formar o capital para a construção das
moradias;
🔴 Princípios cooperativos
a) ser constituída pelo número mínimo de 20 associados, conforme previsto no artigo 6° da Lei n°
5.764/71, ressaltando-se que as cooperativas singulares não podem ser constituídas
exclusivamente por pessoas jurídicas, nem tampouco por pessoa jurídica com fins lucrativos ou
com objeto diverso das atividades econômicas da pessoa física;
c) permitir o livre ingresso a todos os que desejarem utilizar os serviços prestados pela sociedade,
exceto aos comerciantes e empresários que operam no mesmo campo econômico da sociedade,
cujo ingresso é vedado (Lei n° 5.764/71, artigo 29 e § 4°);
d) permitir a cada associado, nas assembleias gerais, o direito a um voto, qualquer que seja o
número de suas quotas-partes (Lei n° 5.764/71, artigo 42).
🔴 Normas Contábeis
O item 2 da ITG 2.004 dispõe que em relação aos aspectos não abordados na norma, deve ser
aplicada a NBC TG 1.000 (CPC PME). As determinações contidas nesta interpretação se aplicam a
todo o tipo de cooperativa, no que não for conflitante com as determinações de órgãos
reguladores (exemplos: Banco Central do Brasil (BCB), Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT)).
Em âmbito do CPC, a Interpretação Técnica n° 14 (ICPC 14) dispõe sobre o reconhecimento das
cotas dos cooperados na elaboração do balanço patrimonial, no entanto era comum classificar
as cotas no Patrimônio Líquido, conforme previsto na Lei n° 5.764/1971, art. 24. Em 2015 houve
a inclusão do § 4° no art. 24 para dispor (Lei n° 13.097/2015):
“Art. 24. O capital social será subdividido em quotas-partes, cujo valor unitário não poderá ser
superior ao maior salário mínimo vigente no País.
(...)
Portanto, se a cota-parte pudesse ser restituída de alguma forma ao cooperado, a partir deste
momento deveria ser reclassificada para o Passivo, porém nunca houve consenso em âmbito
contábil, até a publicação da ITG 2.004.
Por fim, a ITG 2.004 dispõe de forma clara como classificar as cotas no balanço patrimonial das
cooperativas e, atende o disposto no § 4° no art. 24 da Lei n° 5.764/1971, sendo:
“Patrimônio líquido”
18. O capital social da entidade cooperativa é formado por quotas-partes, que devem ser
registradas de forma individualizada, no Patrimônio Líquido, podendo ser utilizados registros
auxiliares.
19. Os valores a restituir aos associados demitidos, eliminados e excluídos devem ser
transferidos para contas passivas de capital social a restituir, assim que a entidade cooperativa
CONTABILIDADE NO BRASIL
Sendo assim, inicialmente a contabilização será feita no Patrimônio Líquido e caso o cooperado
seja demitido, eliminado ou excluído, o valor a restituir deverá ser transferido para o Passivo em
conta representativa de capital social a restituir.
🔴 Demonstrações Contábeis
Balanço Patrimonial;
Demonstração de Sobras e Perdas;
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
Demonstração dos Fluxos de Caixa;
Demonstração do Valor Adicionado;
Notas Explicativas.
🔴 BALANÇO PATRIMONIAL
O balanço patrimonial da entidade é a relação dos ativos, passivos e patrimônio líquido em uma
data específica.
Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se
espera que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade.
Passivo é uma obrigação atual da entidade como resultado de eventos já ocorridos, cuja
liquidação se espera resulte na saída de recursos econômicos.
Patrimônio líquido é o valor residual dos ativos da entidade após a dedução de todos os seus
passivos.
O capital social da entidade cooperativa é formado por quotas-partes, que devem ser
registradas de forma individualizada, no Patrimônio Líquido, podendo ser utilizados registros
auxiliares.
CONTABILIDADE NO BRASIL
BALANÇO PATRIMONIAL
🔴 Eventos Periódicos
b) às retenções na fonte (IR, CSLL, Cofins, PIS/PASEP) incidentes sobre os pagamentos diversos
efetuados a pessoas físicas e jurídicas (R-2070);
c) aos recursos recebidos ou repassados para associação desportiva que mantenha equipe de
futebol profissional (R-2030 e R-2040);
Sendo assim, apresenta o resultado da entidade para um período contábil, outros resultados
abrangentes para o período, os efeitos das mudanças de práticas contábeis e correção de erros
reconhecidos no período e os valores incorporados ao patrimônio líquido.
c) para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação entre o saldo no início e no final do
período, evidenciando separadamente as alterações decorrentes:
- do resultado do período;
Reserva de
Investimento e
Desenvol.
Reserva de
Subvenção e Doação
Realização Reserva
de Reavaliação
Resultado e
Destinações
Resultado do
Exercício
RATES - Result.
Oper. c/ terceiros
Reserva Legal (50%)
RATES (10%)
Reservas de
Capitalização (10%)
Reserva de Invest. e
desenvolvimento
SALDO EM 31 DE
DEZEMBRO DE
20X1
Resultado
Abrangente
Deliberações da AGO
de 20X2
Reservas de Cap.
incorp. ao Capital
Capitalização Juros
s/Capital
Sobras incorporadas
ao Capital
Eventos realizados
no Exercício 20X2
Devolução de Capital
aos Associados
Integralização e
Retenção
Reserva de Incentivo
as Exportações
Reserva de
Investimento e
Desenvol.
Provisão IR e CSSL
Ajuste Aval. Patrim.
Resultado e
Destinações
Resultado do
Exercício
RATES - Result.
Oper. c/ terceiros
Reserva Legal (50%)
RATES (10%)
Reservas de
Capitalização (10%)
Reserva de Invest. e
desenvolvimento
SALDO EM 31 DE
DEZEMBRO DE
20X2
A informação sobre fluxos de caixa proporciona aos usuários das demonstrações contábeis uma
base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e as
necessidades da entidade para utilizar esses fluxos de caixa. O Pronunciamento Técnico CPC 03 -
CONTABILIDADE NO BRASIL
Esta demonstração fornece informações acerca das alterações no caixa e equivalentes de caixa
da entidade para um período contábil, evidenciando separadamente as mudanças nas
atividades operacionais, nas atividades de investimento e nas atividades de financiamento.
São aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são mantidas com a finalidade
de atender a compromissos de caixa de curto prazo e não para investimento ou outros fins.
Portanto, um investimento normalmente qualifica-se como equivalente de caixa apenas quando
possui vencimento de curto prazo, de cerca de três meses ou menos da data de aquisição.
Saldos bancários a descoberto decorrentes de empréstimos obtidos por meio de instrumentos
como cheques especiais ou contas-correntes são geralmente considerados como atividades de
financiamento similares aos empréstimos.
Entretanto, se eles são exigíveis e formam uma parte integral da administração do caixa da
entidade, devem ser considerados como componentes do caixa e equivalentes de caixa.
Atividades operacionais
Algumas transações, como a venda de item do ativo imobilizado por entidade industrial, podem
resultar em ganho ou perda que é incluído na apuração do resultado. Entretanto, os fluxos de
caixa relativos a tais transações são fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento.
CONTABILIDADE NO BRASIL
Atividades de investimento
São a aquisição ou alienação de ativos de longo prazo e outros investimentos não incluídos em
equivalentes de caixa.
Quando um contrato é contabilizado como contrato de proteção (hedge) (ver Seção 12 - Outros
Tópicos sobre Instrumentos Financeiros-CPC PME), a entidade deve classificar os fluxos de caixa
do contrato da mesma maneira que os fluxos de caixa do item sendo protegido.
Atividades de financiamento
c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, títulos de dívida, hipotecas e outros
empréstimos de curto e longo prazos;
A entidade deve, a seu critério, apresentar os fluxos de caixa das atividades utilizando um dos
seguintes métodos:
Método indireto
Segundo o qual o resultado é ajustado pelos efeitos das transações que não envolvem caixa,
quaisquer diferimentos ou outros ajustes por competência sobre recebimentos ou pagamentos
operacionais passados ou futuros, e itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa
das atividades de investimento ou de financiamento;
Neste método, o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais é determinado ajustando-se
o resultado quanto aos efeitos de mudanças ocorridas nos estoques e nas contas operacionais a
receber e a pagar durante o período, itens que não afetam o caixa, tais como: depreciação,
provisões, tributos diferidos, receitas (despesas) contabilizadas pela competência, mas ainda
não recebidas (pagas), ganhos e perdas de variações cambiais não realizadas, lucros de
coligadas e controladas não distribuídos, participação de não controladores e todos os outros
itens cujos efeitos sobre o caixa sejam decorrentes das atividades de investimento ou de
financiamento.
Método Direto,
Pelo método direto, o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais é apresentado por meio
da divulgação das principais classes de recebimentos e pagamentos brutos de caixa.
A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis informações relativas à
riqueza criada pela entidade em determinado período e a forma como tais riquezas foram
distribuídas.
CONTABILIDADE NO BRASIL
a) pessoal e encargos;
c) juros e aluguéis;
🔴 Notas Explicativas
As notas explicativas devem conter, além das previstas nas Normas Brasileiras de Contabilidade,
as seguintes informações:
a) se não discriminados nas demonstrações próprias, devem ser elaborados quadros com a
composição dos saldos (ativos e passivos) e transações (ingressos e receitas, repasse aos
associados, dispêndios, custos e despesas) com partes relacionadas, associados e não
associados, desdobrados conforme a natureza das operações;
Em regra geral, as cooperativas são constituídas para atuar unicamente com os seus cooperados,
fornecendo-lhes serviços, assessoria, bens de consumo, bem como recebendo produtos e
serviços dos cooperados.
Porém, em casos previstos no Estatuto ou em Lei, a cooperativa pode adquirir produtos de não
cooperados, principalmente para suprir uma necessidade emergencial onde seus cooperados não
podem atender prontamente, é o caso de complementação de safra, formação de lote, dentre
outros, destinados a cumprir contratos com clientes.
Neste sentido, cabe analisar o item 6 da ITG 2004, que dispõe que a escrituração contábil é
obrigatória e deve ser realizada de forma segregada em ato cooperativo e não cooperativo, por
atividade, produto ou serviço.
CONTABILIDADE NO BRASIL
Portanto, as operações com não cooperados devem ser segregadas das operações com
cooperados.
Recebimento do produto:
Venda do produto:
Custo do produto:
Por fim, o item 12 da ITG 2004 dispõe que os saldos de estoque, contas a receber e contas a pagar
decorrentes das operações realizadas com os associados devem ser apresentados em contas
individualizadas que os identifiquem, podendo ser utilizados registros auxiliares.
Neste caso, a venda ocorre normalmente. Porém a entrega ocorre em momento futuro, por
conveniência do adquirente. O reconhecimento da receita deve ocorrer quando houver a
transferência do controle para o adquirente, conforme prevê o CPC 47 - Receita de Contrato com
Cliente.
31. A entidade deve reconhecer receitas quando (ou à medida que) a entidade satisfizer à
obrigação de desempenho ao transferir o bem ou o serviço (ou seja, um ativo) prometido ao
cliente. O ativo é considerado transferido quando (ou à medida que) o cliente obtiver o controle
desse ativo.
4. Adiantamentos de clientes, totais ou parciais, para a entrega futura de bens que não se
encontram no estoque Incluem-se nesses casos os produtos que ainda devem ser fabricados ou
que devem ser entregues diretamente ao cliente por terceiro; a receita é reconhecida quando as
mercadorias são entregues ao comprador.
Por fim, o item 12 da ITG 2004 dispõe que os saldos de estoque, contas a receber e contas a pagar
decorrentes das operações realizadas com os associados devem ser apresentados em contas
individualizadas que os identifiquem, podendo ser utilizados registros auxiliares.
Custo do produto:
O item 20 da ITG 2004 dispõe que a conta de Sobras ou Perdas à disposição da Assembleia
Geral é uma conta de trânsito do resultado líquido do período, classificada no Patrimônio
Líquido da cooperativa.
Havendo disposição estatutária para a distribuição total ou parcial das sobras, o valor
deve ser registrado no passivo, no encerramento do exercício social.
O artigo 87 da Lei n° 5.764/71 dispõe que os resultados das operações das cooperativas
com não associados, mencionados nos artigos 85 e 86, serão levados à conta do "Fundo
de Assistência Técnica, Educacional e Social" e serão contabilizados em separado, de
molde a permitir cálculo para incidência de tributos.
Pela constituição do FATES com o resultado positivo das operações com não cooperados
(Reserva/Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social):
O item 18 da ITG 2004 dispõe que o capital social da entidade cooperativa é formado por
quotas-partes, que devem ser registradas de forma individualizada, no Patrimônio
Líquido, podendo ser utilizados registros auxiliares. Portanto, se a cooperativa possui 150
cooperados, poderá classificar unificadamente no Patrimônio Líquido, porém deverá
manter registro auxiliar afim de detalhar o valor da quota por cooperado.
O item 22 da ITG 2004 dispõe que, no caso das perdas, o registro do rateio entre os
associados deve ser feito individualmente em contas do Ativo, podendo ser utilizados
registros auxiliares.
Apuração de perdas:
Recebimento do cooperado:
A ITG 2004 dispõe que o investimento em outra entidade cooperativa de qualquer grau
deve ser avaliado pelo custo de aquisição e seus resultados contabilizados, de acordo com
o regime de Competência, em conta de ingresso ou dispêndio. Neste caso, a cooperativa
também poderá receber juros sobre o capital próprio, limitado a 12% ao ano, que
incidirão sobre a parte integralizada, conforme prevê o artigo 24, § 3°, da Lei n° 5.764/71.
Aquisição:
Recebimento de sobras:
Além dos fundos acima, a Assembleia Geral poderá criar outros fundos, inclusive
rotativos, com recursos destinados a fins específicos fixando o modo de formação,
aplicação e liquidação.
Para evitar tal incomodo na relação comercial entre as partes, o fornecedor decide dar um
abatimento no preço da mercadoria.
Esse abatimento é uma redução no preço da mercadoria, devendo assim ser registrado como
uma receita financeira pelo fato do abatimento concedido na fatura, e como despesa financeira
na vendedora.
AQUISIÇÃO DE TERRENOS
Os terrenos não sofrem depreciação conforme prevê o artigo 318, parágrafo único, inciso I, do
Decreto n° 9.580/2018 (RIR/2018).
O terreno deve ser contabilizado pelo custo de aquisição, conforme prevê o item 17.10 da Seção
17 do CPC PME:
(a) seu preço de compra, incluindo taxas legais e de corretagem, tributos de importação e
tributos de compra não recuperáveis, depois de deduzidos os descontos comerciais e
abatimentos;
CONTABILIDADE NO BRASIL
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e em condição
necessária para que seja capaz de funcionar da maneira pretendida pela administração. Esses
custos podem incluir os custos de elaboração do local, frete e manuseio inicial, montagem e
instalação e teste de funcionalidade;
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração da área
na qual o item está localizado, a obrigação que a entidade incorre quando o item é adquirido ou
como consequência de ter utilizado o item durante determinado período para finalidades que
não a produção de estoques durante esse período.
Aquisição à vista:
Aquisição a prazo: