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RESUMO
Este artigo tem o objetivo de compreender a relevância da metodologia história de vida para o
desenvolvimento de pesquisas da área da educação especial em uma perspectiva inclusiva, por
intermédio da análise da dissertação de mestrado "Para além do biológico, o sujeito com a
síndrome de Klinefelter" e da tese de doutorado "Assim como as borboletas: Bianca e a síndrome
de Turner" desenvolvida pelo autor desse trabalho. Trata-se, portanto, de uma pesquisa
qualitativa do tipo bibliográfica com embasamento teórico em Bakhtin (2002; 2003). Como
resultados, destaca-se que a história de vida permite ouvir a voz das pessoas que constituem o
público-alvo da educação especial e potencializar a compreensão de indícios, resquícios e sinais
que podem desvelar aspectos concernentes à exclusão, processos de vulnerabilidade e
estigmatização a que essas pessoas estiveram/estão submetidas e vislumbrar caminhos possíveis
para processos de inclusão mais consistentes, ou seja, pautados nas especificidades dos
indivíduos.
INTRODUÇÃO
1 "Para além do biológico, o sujeito com a síndrome de Klinefelter" (ARAÚJO, 2014) - dissertação de
mestrado- e "Assim como as borboletas: Bianca e a Síndrome de Turner" (ARAÚJO, 2020)- tese de
doutorado são estudos desenvolvidos por mim, autor desse trabalho.
Para Bertaux (1981), as histórias de vida, por mais particulares que sejam, são
sempre relatos de práticas sociais: das formas com que o indivíduo se insere e atua no
mundo e no grupo do qual faz parte. Michel (2009, p. 55), por sua vez, relata que “na
história de vida são analisadas reações espontâneas, experiências particulares, visões
pessoais que traduzam valores, padrões culturais e exemplos de épocas que auxiliem na
análise do objeto de interesse”.
Spíndola e Santos (2003, p. 125), por sua vez, relatam que na história de vida
Corroborando com o que já foi exposto, Gaulejac (2005) nos conta que o objetivo
do método da história de vida é ter acesso a uma realidade que ultrapassa o narrador.
Isto é, por meio da história de vida contada da maneira que é própria do sujeito, tentamos
compreender o universo do qual ele faz parte. Isto nos mostra a faceta do mundo
subjetivo em relação permanente e simultânea com os fatos sociais (BARROS; SILVA,
2002).
Posto isso, é importante dizer que, por meio da história de vida, é possível
adentrar na vida do sujeito pesquisado, estabelecendo relações entre o social e o
individual e buscando as miudezas, os pormenores que nos deram uma visão mais
completa, e mais global do processo.
[...] é através da análise das práticas diárias dos indivíduos que se pode
chegar a uma compreensão da dinâmica da personalidade de uma
pessoa ou das características e atitudes de um grupo social. E, indo
mais além, é a partir dessa perspectiva que se pode entender melhor os
fenômenos sociais ou históricos globais.
A escolha por esse tipo de entrevista deve se dar para permitir maior liberdade ao
sujeito do estudo para expressar as suas ideias. Um roteiro estruturado poderia inibir a
memória e o fluir de ideias do entrevistado.
ALGUMAS TECITURAS
REFERÊNCIAS
SOBRE O AUTOR