Apostila MI - PII - Tubos
Apostila MI - PII - Tubos
Apostila MI - PII - Tubos
Desenhos e Projetos de
Tubulações Industriais
Módulo I
Parte II
Módulo I
Tubos
Aula 01 - Tubos
Parte II
Aula 1
CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 2
APRESENTAÇÃO
Esta apostila tem por objetivo instruir os alunos, de forma prática e objetiva, a fim de obter
conhecimentos na área de tubulação industrial.
Tem o intuito de ensiná-los a escolher, definir e especificar corretamente os materiais e normas
para a execução dos projetos ligados à área química, petroquímica, alimentícia, etc.
Também a instruí-los quanto à execução de desenhos de fluxogramas, plantas, isométricos,
equipamentos e suportes de tubulações.
CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 3
SUMÁRIO:
1. Definição
2. Materiais
4. Ligações
5. Extremidades
6. Espessuras de Paredes
7. Dimensional
8. Normalização
9. Referências Bibliográficas
CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 4
1. DEFINIÇÃO:
Tubo de Condução - são elementos vazados, normalmente de forma cilíndrica e seção constante, com
materiais sólidos (granulados ou particulados), líquidos, pastosos ou gasosos. Utilizados nas indústrias
de produção de petróleo e gás natural, bem como em refinarias e indústrias químicas e petroquímicas,
nos gasodutos e nas redes de gás, nos produtos derivados do petróleo, nas farmacêuticas, nas
alimentícias, etc.
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2. MATERIAIS:
Há uma grande variedade de materiais para fabricação de tubos. Abaixo estão alguns dos principais
mais usados:
¾ Tipo de fluído;
¾ Resistência ao escoamento do fluído;
¾ Estrutural;
¾ Custo e facilidade para instalação,
¾ Condições de temperatura e de pressão;
¾ Resistência à corrosão;
¾ Durabilidade;
¾ Disponibilidade do material.
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¾ A-335 Gr. P1
¾ A-335 Gr. P5
¾ A-335 Gr. P11
¾ A-335 Gr. P22
¾ A-33 Gr. 3
¾ A-33 Gr. 7
Observações:
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Observações:
o A resistência mecânica é muito baixa (a adição de Si, Mg ou Fe melhora a
resistência mecânica).
o Devido ao alto coeficiente de transmissão de calor são muito empregados em
serpentinas, como tubos de aquecimento ou refrigeração.
o Os resíduos resultantes da corrosão não são tóxicos.
o Principal especificação é a ASTM B.111
2.1.9. Chumbo
¾ Baixa resistência mecânica;
¾ Pesado;
¾ excepcional resistência à corrosão;
¾ Pode trabalhar com H2SO4 (ácido sulfúrico) em qualquer concentração.
Usado para tubulação de esgoto, sem pressão, tanto predial, quanto industrial.
Principais Tipos:
¾ Níquel Comercial;
¾ Metal Monel (67% Ni, 30% Cu);
¾ Inconel (80% Ni, 20% Cr).
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Principais vantagens:
¾ Pouco peso;
¾ Alta resistência à corrosão;
¾ Coeficiente de atrito muito baixo;
¾ Facilidade de fabricação e manuseio;
¾ Baixa condutividade térmica e elétrica;
¾ Cor própria e permanente.
Principais desvantagens:
¾ Baixa resistência ao calor;
¾ Baixa resistência mecânica;
¾ Pouca estabilidade dimensional;
¾ Insegurança nas informações técnicas;
¾ Alto coeficiente de dilatação;
¾ Alguns plásticos podem ser combustíveis.
Observações:
o Resistem aos ácidos e álcalis diluídos;
o Não resistem aos ácidos e álcalis concentrados;
o A maioria dos plásticos sofre um processo de decomposição lenta, quando expostos
por muito tempo à luz solar ( ação dos raios U.V.).
Finalidades:
¾ Revestimento anti-abrasivos e anti-erosivos;
¾ Revestimentos refratários (isolamento térmico interno).
Observação:
o Para serviços com alta corrosão, é importante que o revestimento seja absolutamente
perfeito e contínuo para que não haja um ponto de corrosão localizada, pois o efeito
poderá ser pior do que se o tubo estivesse sem revestimento.
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a) Laminação:
b) Extrusão e Fundição
4. LIGAÇÕES:
5. EXTREMIDADES:
¾ Com chanfro – tubos com ponta chanfrada têm uso freqüente em uniões com solda de topo.
¾ Com rosca – tubos com ponta rosqueada, são muito empregados para tubos galvanizados de ferro
forjado e de aço. Os tipos de roscas deverão ser cônicas, normalmente NPT, BSP ou
WHITWORTH (as paredes destes tubos deverão ser grossas – sch 80 e sch160 - face o
enfraquecimento do tubo pelo rosqueamento).
¾ Com bolsa – tubos com ponta e bolsa, são usados nas instalações de utilidades (água, esgoto e
líquidos corrosivos), como os tubos de ferro fundido, cimento amido, pvc e de concreto.
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6. ESPESSURAS DE PAREDES:
Todos os tubos são designados por um número chamado “diâmetro nominal ips” (iron pipe size) ou
“bitola nominal”.
Até 12” o diâmetro nominal não corresponde à nenhuma dimensão física do tubo; a partir de 14” o
diâmetro nominal coincide com o diâmetro externo dos tubos.
Pela norma ANSI.B.36.10, foram adotadas as “séries” (Schedule Number) para designar a espessura ou
peso dos tubos. O número de série, é o número obtido aproximadamente pela seguinte expressão:
As séries padronizadas por esta norma são: 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120, 140 e 160, onde a
espessura da parede cresce proporcionalmente à série (sch).
Para o mesmo diâmetro nominal, existem várias “séries” diferentes, isto é, várias espessuras diferentes,
onde os diâmetros internos serão diferentes e os externos serão sempre iguais.
Exemplo:
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¾ Diâmetro nominal;
¾ Espessura da parede ou série (sch);
¾ Tipo de extremidade (lisa, chanfrada e rosqueada)
¾ Processo de fabricação (com ou sem costura);
¾ Especificação do material;
¾ Tipo de acabamento ou de revestimento;
¾ Quantidade
Observação:
Exemplo:
18 metros de tubo, DN 4”, sch 40, pontas chanfradas, sem costura, ASTM-A-106 Gr B, conforme
ASME B36.10.
7. DIMENSIONAL
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Notas:
7.1. Esta tabela inclui tubos de todos os tipos de aços: aço-carbono e aços de baixa liga (norma ANSI B.36.10), e
aços inoxidáveis (norma ANSI B.36.19).
7.2. A norma ANSI B.36.19 só abrange tubos até o diâmetro nominal de 12”.
7.3. As designações “Std”, “XS” e “XXS” correspondem às espessuras denominadas “standart”, “extra-forte” e
“duplo extra-forte” da norma ANSI B.36.10. As designações 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120 e 160 são os
“números de série” (schedule number) dessa mesma norma. As designações 5S, 10S, 20S, 40S e 80S são da
norma ANSI B.36.19 para os tubos de aços inoxidáveis.
7.4. As espessuras em mm indicadas na tabela são os valores nominais, as espessuras mínimas correspondentes
dependerão das tolerâncias de fabricação, que variam com o processo de fabricação do tubo. Para tubos sem
costura a tolerância usual é ± 12,5% do valor nominal.
7.5. Nesta tabela estão omitidos alguns diâmetros e espessuras não usuais na prática. Para a tabela completa,
contendo todos os diâmetros de espessuras, consulte as normas ANSI B.36.10 e ANSI B.36.19.
7.6. Os pesos indicados nesta tabela correspondem aos tubos de aço-carbono ou de aços de baixa liga. Os tubos
de aços inoxidáveis ferríticos pesam 5% menos, e os inoxidáveis austeníticos cerca de 2% mais.
7.7. Esses mesmos números apresentam também a vazão em l/seg. para a velocidade de 1m/seg.
8. NORMALIZAÇÃO
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TELLES, Pedro Carlos Silva, Tubulações Industriais: Materiais, Projetos e Montagens. 6.ed. São
Paulo: LTC, 1982. 252p.
TELLES, Pedro Carlos Silva; BARROS, Darcy G. de Paula, Tabelas e gráficos para Projetos de
tubulações. 6.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1992. 191p.
Catálogos de Fabricantes:
¾ Ciwal Válvulas;
¾ Conexões Tupy;
¾ Ermeto;
¾ Flacon;
¾ Flaminas;
¾ Sfay-Filtros.
Nota: Estas referências correspondem às quatro primeiras aulas do curso “Tubulações Industriais”.