Relatório - Microbiologia - Docx (1) (01-18)
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Relatório - Microbiologia - Docx (1) (01-18)
1) Atividades Realizadas:
a. Biossegurança, Esterilização, desinfecção e descarte;
A esterilização é um processo que visa destruir todas as formas de vida microbianas
que possam contaminar materiais e objetos, sendo eliminados durante a esterilização
organismos como vírus, bactérias e fungos. A esterilização de materiais pode desenvolver-se
através de diferentes processos químicos e físicos. Esse processo é tão eficaz que a
probabilidade de um microrganismo submetido ao processo de esterilização sobreviver é
menor que uma em um milhão. Portanto, as autoclaves são equipamentos que utilizam vapor
saturado (ideal para o processo de esterilização dos equipamentos) sob pressão, com 100% de
umidade relativa, estando a água entre as formas líquida e gasosa.
Durante o dia foi reforçado a importância da biossegurança, a necessidade de
utilização de EPIs (máscara, jaleco, calça, sapatos fechados, sem adornos, etc). Ademais, foi
realizada a esterilização dos materiais limpos (vidrarias, placas de petri) utilizando como fonte
de calor a autoclave a 121° C por 30 minutos. O método de se utilizar e desinfectar a câmara
de fluxo laminar e a importância da sua utilização para manipular microorganismos. Já o
processo de descarte dos materiais ocorreu pela retirada de todo meio em um saco plástico de
contaminação e limpeza das vidrarias e placas de petri com água e detergente, para assim,
encaminhar para a esterilização.
c. Tipos de semeadura
● Técnica de semeadura em estrias: Utilizado para estocar a bactéria; Estudar seu
metabolismo em uma prova “bioquímica”; Avaliar sua capacidade de crescimento ou
não no meio de cultura.
Nesse sentido, foi realizado o repique da bactéria E. coli com auxílio de uma alça
bacteriológica, sendo feito o esfregaço que está na ponta da alça, em uma lâmina contendo
uma gota de salina. Posteriormente, fixa-se no fogo, fazendo movimentos de ida e volta até o
conteúdo da lâmina apresentar-se seco. Após fixação, leva-se a lâmina para um local
adequado, onde inseri, primeiramente, o cristal violeta, deixando agir por 1 minuto. Após este
tempo, é feito o enxágue com água destilada, e acrescenta-se o lugol, deixando repousar por
um minuto. Enxaguado, foi adicionado o álcool por 30 segundos. Enxaguado, e por último,
acrescentou-se Fucsina por 30 segundos, foi feito, então, o enxágue e secagem da parte
posterior da lâmina e levada ao microscópio.
● Voges-Proskauer (VP): Verifica se a bactéria realiza fermentação por via butanodióica pela
detecção de acetilmetilcarbinol (acetoína) que é o produto final desse processo. O qual
adiciona KOH que na oxida acetoína em diacetil, forma um halo avermelhado na
superfície.
● Fenilalanina: Detecta a presença da enzima Fenilalanina desaminase, que é causa remoção
do aminoácido amina da fenilalanina, formando ácido fenilpirúvico, adicionando cloreto
férrico 10% ocorre reação dando uma coloração esverdeada.
● Lisina: O caldo lisina descarboxilase possui peptonas e extrato de leveduras que favorecem
o crescimento bacteriano. A fermentação de glicose abaixa o pH e o meio fica amarelo. Se
ocorrer atividade da enzima lisina descarboxilase, o pH aumentará devido a transformação
da lisina em uma amina primária: a cadaverina, e o meio voltará a apresentar uma
coloração roxa.
l. Colorações – Micologia
O método de coloração com Lactofenol Azul Algodão é usado para preparar exame
microscópico de colônias de fungos. É uma técnica que tem a finalidade de visualizar o
micélio vegetativo e reprodutor de um fungo filamentoso, como também as características da
célula vegetativa e reprodução por brotamento de leveduras. O uso da tinta Nankin é bem
específico para “visualizar” leveduras que apresentam cápsula.
Após o crescimento do fungo deve-se colocar uma gota de lactofenol azul-algodão
(LFAA) sobre a lâmina. Retirar pequeno fragmento da cultura de bolor ou uma alíquota da
cultura de levedura, utilizando alça ou fio de platina. Colocar o fragmento da cultura ou a
alíquota de levedura sobre a gota de lactofenol e homogeneizar. Cobrir com lamínula e
examinar o microscópio.
m. Microcultivo.
Apesar de existirem algumas técnicas para identificar fungos utilizando a morfologia,
a técnica de microcultivo (ou cultivo em lâmina) é empregada por alguns taxonomistas de
fungos. Esta técnica consiste na preparação de culturas de fungos em lâminas de microscopia
para observação direta em microscópio de campo claro. O microcultivo permite na íntegra o
estudo das estruturas de reprodução (tanto sexuadas quanto assexuadas) da maioria dos
fungos; facilitando a observação das principais características utilizadas para identificar tais
micro-organismos. O microcultivo se fundamenta na cultura do fungo em pequenos pedaço de
meio de cultura, entre lâmina e lamínula, onde o crescimento do fungo se expande e fixa na
porção inferior da lamínula, que quando retirada com cuidado mantém as estruturas que
formam esporos (corpo de frutificação), intacta, o que facilita melhor identificar as
características dos fungos.
Inicia com a identificação da placa de Petri e adição de um papel filtro no fundo da
placa, adiciona duas lâminas de vidro em baixo para suporte da lâmina de vidro que será
utilizada para o cultivo do fungo. Em seguida, com auxílio de uma espátula flambada, cortar
um quadrado de aproximadamente 1 cm2 do meio ágar batata e depositar o bloco de ágar
sobre a lâmina. Realizar todo o procedimento próximo a chama do bico de Bunsen. Com
auxílio de uma agulha de inoculação (no caso de fungos filamentosos), flambar a agulha e
tocar na superfície da colônia do fungo. Em seguida, tocar a agulha nos quatro cantos do
bloco de ágar; flambar a agulha.
No caso das leveduras, com auxílio da alça de transferência, tocar a colônia e riscar
suavemente duas vezes o bloco de ágar. Tanto para as leveduras quanto para os fungos
filamentosos, após inocular o material no bloco, flambar a pinça e retirar uma lamínula estéril
de dentro do recipiente apropriado e dispor suavemente a lamínula sobre o bloco de ágar.
Flambar novamente a pinça e umedecer o papel filtro com água destilada, assim, deve-se
aguardar de 7 a 10 dias para a leitura do mesmo.
n. Diagnóstico – IST’s
● Cancro Mole (Cancroide): Haemophilus ducreyi - Feridas múltiplas e dolorosas de
tamanho pequeno com presença de pus, que aparecem com frequência nos órgãos
genitais (ex.: pênis, ânus e vulva), podem aparecer nódulos (caroços ou ínguas) na
virilha. Na microscopia aparecem pequenos bacilos gram negativos em grupos frouxos
ou levemente curvos.
Exame Microbiológico
● Coloração de Gram: Presença de bacilos gram negativos isolados e aglomerados.
● Ágar Sangue: Colônias redondas e secas (Não hemolítico).
Provas Bioquímicas
● Fermentação de Sacarose: Negativo
● Fermentação de Lactose: Positivo
● Fermentação de Glicose: Positivo
● Produção de H2S: Negativo
● Voges-Proskauer: Negativo
● Produção de Gás: Positivo
● Fenilalanina: Negativo
● Motilidade: Positivo
● Citrato: Negativo
● Urease: Negativo
● Lisina: Positivo
● Indol: Positivo
Antimicrobianos
● Amoxicilina-ácido clavulânico (AMC 301): Sensível.
● Ampicilina (AMP 10): Sensível.
● Cefepime (CPM 30): Sensível.
● Cefotaxima (CTX 301): Sensível.
● Ceftazidima (CAZ 301): Sensível.
● Ceftriaxona (CRO 30): Sensível.
● Imipenem (IPM 10): Sensível.
● Meropenem (MPM 10): Sensível.
● Aztreonam (ATM 301): Sensível.
● Ciprofloxacina (CIP 05): Sensível.
● Amicacina (AMI 30): Sensível.
● Gentamicina (GEN 10): Sensível.