Ldia12 Teste 2 Pessoa Heteronimos
Ldia12 Teste 2 Pessoa Heteronimos
Ldia12 Teste 2 Pessoa Heteronimos
Grupo I
Parte A
Lê o poema de Alberto Caeiro.
XXXIV
3 Explicita o valor das interrogações retóricas utilizadas na última estrofe, relacionando-as com o
sentido do último verso, enquanto conclusão do poema.
Regista as letras – (a), (b) e (c) – e, para cada uma delas, o número que corresponde à opção
selecionada em cada um dos casos.
Neste poema de Alberto Caeiro, são percetíveis várias características da escrita deste
heterónimo pessoano. De facto, o discurso poético pauta-se pelo uso de um tom (a) ,
recriando uma linguagem (b) de artifícios, que se harmoniza com a (c)
comunicativa das ideias apresentadas.
Parte B
Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.
leda m’and’eu.
Vós lhi tolhestes os ramos em que siíam
20 e lhis secastes as fontes em que beviam;
leda m’and’eu.
5 Interpreta o apelo feito pela donzela ao «amigo», nas duas primeiras estrofes.
(Questões adaptadas do Exame Final Nacional de Literatura Portuguesa – 2022, 2.ª fase)
Parte C
7 Ricardo Reis é, no universo pessoano, o poeta que desenvolve uma reflexão existencial centrada
na questão da morte.
Escreve uma breve exposição sobre a consciência e a encenação da mortalidade na poesia deste
heterónimo.
A tua exposição deve incluir:
– uma introdução ao tema;
– um desenvolvimento no qual refiras duas das formas como a mortalidade humana é abordada na
poesia de Ricardo Reis, fundamentando as ideias apresentadas em, pelo menos, um exemplo
significativo de cada uma dessas formas;
– uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Grupo II
Lê o texto.
A Idade Média não é apenas a época dos cavaleiros e das damas, dos servos e dos
senhores, dos torneios e dos reis. É, acima de tudo, o tempo da floresta e das árvores. Num
dos seus primeiros livros, Guerreiros e Camponeses, o grande medievalista francês Georges
Duby escreveu: «Até ao final do século XII, a proximidade de um vasto pano de fundo florestal
5 ressoava em todos os aspetos da civilização: a sua marca tanto pode ser encontrada nos temas
dos romances corteses como nas formas inventadas pelos decoradores góticos. Para os
homens da época, a árvore é a manifestação mais óbvia da natureza vegetal.»
A floresta, as suas formas, as suas criaturas, as suas lendas, as suas clareiras, mas
também a madeira como elemento omnipresente na vida quotidiana ocupam o espaço vital e o
10 imaginário do mundo medieval. Até ao ano 1000, como estudou a medievalista Ana Rodríguez,
do Conselho
Superior da Investigação Científica (CSIC), o material de construção mais comum era a
madeira e não a pedra. [...]
Inspiração à sombra
15 A floresta é simultaneamente o local de todos os perigos, dos animais selvagens, dos
ataques (de bandidos), e um espaço de vida, com água e todos os recursos da Natureza, como
a caça. Por todas estas razões, constitui o refúgio ideal para marginais, como o bando de Robin
dos Bosques, outro dos grandes mitos medievais associados à floresta e às árvores. Além dos
seus mistérios, das suas feras e das suas solidões, as florestas também acolheram o amor
20 cortês, por vezes em segredo. [...]
O homem medieval explorou excessivamente os recursos da floresta, mas nunca
conseguiu esgotá-los, como aconteceria alguns séculos mais tarde com a revolução industrial.
A floresta era infinita e a madeira ocupava o centro da vida. [...]
Tolkien recorreu ao seu profundo conhecimento do mundo medieval para recriar, em O
25 Senhor dos Anéis, o poder das florestas com Fangorn e os seres que as habitam, os Ents,
aquelas árvores vivas que podem adormecer para sempre e parar de se mover, e que estão
constantemente à procura das mulheres Ents, que parecem ter desaparecido.
De facto, após a Idade Média, a floresta será sujeita a um processo constante de
destruição e exploração que terminará no século XIX com a Idade do Carvão, e as
consequências que conhecemos. A Idade Média é talvez o último período em que as árvores
dominaram o mundo.
Testes por sequência
Letras em dia, Português, 12 .° ano • Teste 2
4 Ao referir a figura de Robin dos Bosques e a obra de Tolkien (O Senhor dos Anéis), o autor
(A) destaca a relevância das florestas no imaginário da Idade Média.
(B) realça a imprescindibilidade das florestas no processo de criação artística.
(C) valoriza o papel do ser humano em detrimento do papel da natureza.
(D) evidencia a influência das florestas na criação de universos míticos e ficcionais.
5 No contexto em que ocorre, o vocábulo «para» (l. 16) contribui para a coesão textual
(A) gramatical referencial.
(B) gramatical interfrásica.
(C) gramatical frásica.
(D) lexical por substituição.
6 Identifica o processo que esteve na origem da formação de cada uma das seguintes palavras:
a) «omnipresente» (l. 9);
b) «infinita» (l. 22).
7 Classifica a oração «que terminará no século XIX com a Idade do Carvão» (l. 28) e refere a função
sintática do elemento que a introduz.
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Testes por sequência
Letras em dia, Português, 12 .° ano • Teste 2
Grupo III
«Só o que sonhamos é o que verdadeiramente somos, porque o mais, por estar realizado, pertence ao
mundo e aos outros.»
Bernardo Soares
Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e
cinquenta palavras, defende uma perspetiva pessoal sobre a forma como a individualidade humana é
apresentada na citação de Bernardo Soares.
No seu texto:
– explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o em dois argumentos,
cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
– utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente do número de algarismos que o constituam (ex.: /2023/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
− um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial do texto produzido;
− um texto com extensão inferior a oitenta palavras é classificado com zero pontos.
Cotações
Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
I 104
16 16 16 8 16 16 16
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
II 56
8 8 8 8 8 8 8
III Item único 40
Total 200
Matriz do Teste 2 • Fernando Pessoa – Poesia dos heterónimos LDIA12DP © Porto Editora
Parte A
6. 16 pontos
Parte C
• Escrever uma exposição,
Escrita
respeitando as marcas de género.
7. 16 pontos
1. 8 pontos
• Ler textos de diferentes graus
de complexidade argumentativa:
2. 8 pontos
artigo de opinião.
Grupo I – Parte B
5. Nas duas primeiras estrofes, com o seu apelo, a
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