Malaika
Malaika
Malaika
MALAIKA, FORÇA
DO CONGO
CASSIANA PIZAIA, RIMA AWADA ZAHRA E ROSI VILAS BOAS
Ilustrações de Raemi
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narrativa. Segundo a BNCC, as “aprendizagens só se materializam
mediante o conjunto de decisões que caracterizam o currículo em
ação […] Essas decisões […] referem-se, entre outras ações, a: […] de-
cidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes
curriculares e fortalecer a competência pedagógica das equipes es-
colares para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colabo-
rativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem” (p. 16).
2. Propostas de atividades
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Pré-leitura
O trabalho que antecede a leitura
do livro Malaika, força do Congo é
fundamental para a contextualização
da narrativa, que aborda aspectos
linguísticos, geográficos e históricos
com os quais os estudantes podem
não estar familiarizados.
Convide-os a observar a capa e as informações sobre as autoras e
a ilustradora. Leia com eles os paratextos e analise as imagens, explo
rando-as por meio de perguntas como: “Vocês conhecem o Congo?”;
“É possível levantar hipóteses sobre a localização desse país?”.
Além da análise prévia da obra, é importante que os estudantes
saibam um pouco sobre a história da República Democrática do
Congo, o que pode ser feito por meio de vídeos e pesquisas, para
que comecem a leitura com algumas informações, como: há um
país chamado Congo no continente africano que, apesar da seme
lhança toponímica, não é onde se passa a narrativa de Malaika; os
habitantes da República Democrática do Congo falam diversas lín-
guas – uma vez que o país é habitado por várias etnias –, entre as
quais o suaíli, que aparece muitas vezes no texto.
Essa atividade contempla as seguintes habilidades descritas na BNCC
para os componentes curriculares Língua Portuguesa, Geografia e História:
EF67LP23, EF69LP44, EF08GE02, EF08GE05, EF08GE19, EF08GE20, EF08HI26
e EF09HI14.
Leitura
Considerando a extensão do livro, a sugestão é que você divida
a leitura e peça aos estudantes que leiam uma parte dele em casa.
Depois, em sala de aula, pode ser feita a releitura compartilhada
de certos fragmentos, escolhidos previamente por você, para que
a turma possa debater os assuntos motivados pelo texto. É impor-
tante que sejam escolhidos trechos relevantes para a discussão.
A leitura das p. 8 e 9, por exemplo, possibilita que os estudantes
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se localizem geograficamente na história. Você também pode usar
um mapa para indicar o continente africano e os lugares citados
por Malaika. Essa é uma oportunidade para que eles percebam que
Malaika vive na República Democrática do Congo e não no país vi-
zinho, conhecido apenas como Congo. Desse modo, ao final da lei-
tura, uma discussão pode ser realizada em sala de aula, com a ajuda
do professor de Geografia: “Por que o país onde a personagem vive
é referido como Congo durante todo o livro, inclusive no título?
Seria pela falta de conhecimentos geográficos de Malaika, que ain-
da é muito jovem?”. Procure reunir o máximo de informações sobre
as mudanças de nome desse território ao longo dos anos.
Como a narradora é uma criança, o livro se vale de um artifício
narrativo para explicar vários dados históricos e conflitos étnicos e
sociais que a protagonista não teria como conhecer: as informações
e reflexões mais complexas são enunciadas por outras pessoas e
reproduzidas por Malaika. Como essas informações estão espalha-
das pelo texto, segue a numeração das páginas em que há referên-
cias sobre a complexa história das guerras e dos conflitos na região:
p. 17-24; p. 64-66; p. 75; p. 78; e p. 96.
Essas questões podem ser ampliadas com a participação dos
professores de Geografia e História.
Essa atividade contempla as seguintes habilidades descritas na BNCC
para os componentes curriculares Língua Portuguesa, Geografia e História:
EF69LP44, EF69LP47, EF69LP49, EF69LP53, EF08GE06, EF08GE19, EF08GE20,
EF08HI26 e EF09HI35.
Pós-leitura
As atividades realizadas após a leitura ajudarão os estudantes a
fixar os temas da obra e a refletir sobre ela. A seguir, apresentamos
algumas sugestões.
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livro e em outras fontes, proponha que encontrem semelhanças e
diferenças entre os dois países. Em seguida, forme um círculo com a
turma para discutir e compartilhar os resultados da pesquisa.
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Para entender o que é dito nessa língua, foi necessário fazer
alguma pesquisa ou consultar um dicionário?
Espera-se que os estudantes percebam que é desnecessário utilizar um
dicionário para entender as expressões em suaíli, já que é possível inferir
seu sentido, seja pelo contexto, seja pela tradução para o português
após cada termo estrangeiro.
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TANNURI, Maria Regina Petrus. Refugiados congoleses no Rio de Janeiro e dinâmicas
de “integração local”: das ações institucionais e políticas públicas aos recursos
relacionais das redes sociais. 2010. Tese (Doutorado em Planejamento Urbano
e Regional) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.
Disponível em: https://buscaintegrada.ufrj.br/Record/aleph-UFR01-000758240.
Acesso em: 30 out. 2022.
O estudo da autora partiu da observação empírica dos refugiados congoleses
no Rio de Janeiro, analisando sua integração na região metropolitana do estado.