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2.1 – DEFINIÇÃO:
Documentos Comerciais – São comprovativos das transações comerciais e
servem de base para os registos contabilísticos.
2.2 - CLASSIFICAÇÃO:
Internos – São aqueles que justificam transações dentro da empresa. Ex:
Requisições de matérias de um departamento para o outro dentro da empresa,
folhas de salários, etc.
Externos – São aqueles que justificam transações dentro e fora da empresa. Ex:
Notas de Encomenda, Facturas, Recibos, etc.
2.3 – ARQUIVO:
Nos escritórios modernos, está cada vez mais presente um centro de produção de
informações e não apenas um registo de transações.
Deve-se registar não só os factos históricos, mas também recorrer a novas formas de
gestão que servirão de base as decisões a serem tomadas pelos administradores.
Existem porém, várias funções que são indispensáveis no arquivo:
Recolha de factos
Selecção dos factos úteis para gestão
Conservação ordenada dos factos recolhidos e classificados
Procura dos factos recolhidos e conservados para consulta.
2- O Preço
Na fixação do preço há dois aspectos a considerar:
Os contraentes são do mesmo pais, logo a moeda a utilizar será do próprio pais;
1ª ENCOMENDA
C V
Nota de Encomenda
O E
M
2ª ENTREGA N
P
Guia de Remessa D
R
Talão de Recepção E
A
D
D
3ª LIQUIDAÇÃO O
O
R Factura, N. Débito e Crédito R
4ª PAGAMENTO
Recibo
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1ª Fase: ENCOMENDA
O COMPRADOR:
_____________________________
(Assinatura e carimbo)
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2ª Fase: ENTREGA
O EXPEDIDOR:
_____________________________
(Assinatura e carimbo)
Receb_____ as mercadorias constantes na ___________________ Guia de Remessa n.º ________, que as com-
Fer_______ e que ____________ conforme a __________________ encomenda.
O DESTINATÁRIO
_______________________________
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3ª Fase: LIQUIDAÇÃO
ORIGINAL
NUIT: ........................ NUIT: ........................
................................................................................................................... SUB-TOTAL
IVA (17%)
O VENDEDOR
______________________________
(Assinatura e carimbo)
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Nota de Débito – é o documento que rectifica positivamente o valor da factura,
quando o vendedor por lapso, se esqueceu de mencionar alguma despesa por conta
do comprador ou errou algum cálculo. Este documento indica que o remetente
lançou uma operação positiva (a seu favor) na conta corrente.
relativamente ...........................................................................................................................................................
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4ª Fase: PAGAMENTO
.................................................., ......MT
A quantia de .............................................................................................................................................................
...................................................................................................................................................................................
referente a .................................................................................................................................................................
...................................................................................................................................................................................
Como Recibo, poderá ser usada a própria factura, que com o carimbo de “PAGO” OU
“RECEBIDO” passa a chamar-se de Factura-recibo.
Obs.: Quando as fases de liquidação e pagamento se processam em simultâneo poderá ser emitido um
documento designado por Venda a Dinheiro (V/D), que funcionara como um recibo, dispensando-
se a emissão da factura.
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2.5 - TÍTULOS DE CRÉDITO
Títulos de crédito - são documentos que dão direito de receber qualquer coisa. São
documentos representativos de um crédito (divida a receber) que uma pessoa (credor)
tem sobre outra (devedor).
O direito que os títulos de crédito representam e consubstanciam, não pode ser exercido
sem a posse do documento. Isto quer dizer, se nós formos legítimos possuidores de um
cheque, por exemplo, se por qualquer motivo pretendermos fazer o levantamento do seu
valor não o poderemos fazer sem que o apresentemos ao banco sacado.
Características
Literalidade - o título de crédito vale pelo que nele está escrito;
Classificação
1 - Quanto a espécie de bens que representam:
Títulos representativos de moeda - Dão ao seu proprietário o direito de receber moeda
em troca do titulo. Por ex: cheque, letra, livrança, etc.
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Títulos ao portador – Não indicam o nome do credor originário e transmitem-se pela
sua entrega real. Ex: cheque, bilhete de lotaria premiado, etc.
4 - Quanto ao vencimento:
A vista - pagos no momento em que se apresentam ao devedor (vales de correio,
cheques, etc.)
1 - A LETRA
A Letra - É um titulo a ordem sujeita a formalidades, pelo qual uma pessoa -
-sacador - ordena a outra - sacado- que lhe pague a si ou a terceiro - tomador- certa
importância em determinada data.
_________________________________7_____________________________________________
valor __________________8_______________________________________________________
_______________________________________________________________________________
A_________________9____________________________________________________
_______________________________________
_______________10__________________ 11
Legenda:
1) Local de emissão;
2) Data de emissão;
3) Valor Nominal da letra por algarismos;
4) Vencimento da letra;
5) Ordem de pagamento;
6) O beneficiário da letra;
7) Quantia da letra por extenso;
8) Origem da letra;
9) Nome e residência do sacado (quem deve pagar a letra);
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10) Local de pagamento da letra;
11) Assinatura do sacador.
OS INTERVENIENTES DA LETRA:
Sacador – Pessoa que da a ordem de pagamento, sacando a letra.
Aceitante – Pessoa a quem é dada a ordem de pagamento e que tem de aceitar a
letra, responsabilizando-se pelo seu pagamento. É o sacado depois de a aceitar;
VENCIMENTO DA LETRA
Tipos de vencimento:
À vista – A letra é pagável no dia da sua apresentação. O pagamento deve ser efectuado
quando for apresentada a letra;
A prazo (ou termo) de vista (d/v)- Pagável no prazo indicado, contando-o a partir da data
do aceite.
A prazo (ou termo) de data (d/d) - A letra vence-se decorrido o prazo nele fixado, que se
calcula a partir da data do saque;
O pagamento da letra deve fazer-se no dia do seu vencimento ou num dos dois dias úteis
seguintes.
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REQUISITOS NÃO ESSENCIAIS;
Época de pagamento; (a)
Lugar de pagamento;(b)
Lugar onde a letra foi emitida;(c)
(a) Quando não se indica a época de pagamento, entende-se que a letra é pagável a vista;
(b) Quando não se designa o lugar de pagamento, considera-se que será paga no domicílio
do sacador;
(c) Quando não é mencionado o lugar onde foi passada, considera-se como tendo-o sido
no domicílio do sacador.
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O juro, comissão ou prémio de desconto (percentagem calculada com base no
valor nominal, dependendo, se o ano considerado para efeitos de cálculo é
comercial ou civil);
2- O CHEQUE
Cheque - É uma ordem de pagamento a vista dada pelo depositante – sacador - ao seu
banqueiro - depositário ou sacado - para que lhe pague a si ou a sua ordem – uma
determinada quantia que pode ir até ao montante do deposito.
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FORMAS DE EMISSÃO DE CHEQUES:
Cheque nominativo - quando vem o nome da pessoa a quem deve ser pago;
Cheque ao portador - o cheque pode ser pago a qualquer pessoa que o apresentar;
Cheque cruzado - só pode ser pago ao banco (banqueiro) ou a um cliente do banco e tem
por objectivos reduzir os riscos de extravio, roubo ou falsificação. Obrigatoriamente este
cheque deverá ser depositado.
Este pode ser geral - quando duas rectas paralelas- e especial - quando vem expresso
no meio das duas rectas o beneficiário.
Cheque visado - garante a existência de provisão (saldo em banco);
Cheque de viagem ou Traveller's cheque - Os usados para efeitos de viagem, os quais
podem ser levantados no destino, uma vez que podem ser levantados em qualquer
banco.
3- A LIVRANÇA
Livrança - É um documento pelo qual um devedor se compromete a pagar a ordem do
seu credor uma importância determinada numa época fixa. É um documento semelhante
a letra.
Exemplo: Em quinze de Maio do corrente ano Fernando João, situado na Rua número 7 - Maputo,
vende a A. Loureiro, mercadorias no valor de 54.000.000,00 MT, pagáveis em 31 de Outubro
próximo. Para liquidação A. Loureiro subscreve no próprio dia da venda uma livrança a ordem do seu
fornecedor.
EXEMPLO
A “COMÉRCIOS LIMPOPO, Lda”, com sede na Av. 24 de Julho, n.º 1247, em Maputo, com
o NUIT – 10065892, solicitou em 8/03/03 através do documento n.º 364 à “NISSOMÉ COMÉRCIOS,
Lda” da cidade de Nampula, com o NUIT – 4006235614”, sediada na Rua das Flores, n.º 647, para
que em 30 dias e em Maputo lhe forneça as seguintes mercadorias:
- 12.300kgs de amendoim “HP-37” a 8 contos @;
- 16.800kgs de arroz “NRAMA-12” a 11 contos @;
- 1.200m de tecido “NKUME-7” a 30 contos @;
- 5.600kgs de açúcar “ANA-21” a 12.500,00MT@
Em 20 do mesmo mês, o vendedor envia por via marítima a mercadoria solicitada
acompanhada do documento n.º 160/03 que evidenciava o facto de terem sido fornecidos só 960m de
tecido por roptura de stock. Em 2 de Abril, o comprador acusa a recepção da mercadoria nas
condições mencionadas no envio, através do documento n.º 635.
Em 10/04/03, o vendedor envia o documento n.º 366/03 para efeitos de liquidação, tendo em
conta as seguintes informações:
- Despesas de transporte até o porto de Nacala – 8.300.000,00MT;
- Despesas de armazenagem em Nacala – 3.900 contos;
- Estiva portuária em Nacala – 3.860 contos;
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- Frete marítimo –22.236.600,00MT;
- Seguro marítimo – 6.320 contos;
- Estiva portuária em Maputo – 5.320 contos;
- Despesas de transporte em Maputo – 3.950 contos;
- Desconto de revenda de 3%+2%;
- Desconto de qualidade para o açúcar - 2%;
- IVA – 17%;
- Contrato – FOB - Nacala.
Em 16/04/03 o vendedor envia o documento n.º 23/03 que mencionava as despesas de
descarregamento no porto de Nacala no valor de 1.325 contos e 166 sacos vazios não retornáveis à
12.350,00MT@, não mencionados no documento n.º 366/03.
Em 24 do mesmo mês, o vendedor envia o documento n.º 16/03, concedendo um desconto de
5% sobre os produtos tributáveis.
O comprador envia o cheque n.º 456892/BIM em 06/05/03 pela metade do valor em divida,
tendo o vendedor emitido em 12/05/03 o documento n.º 898/03, dando quitação o pagamento.
Em 20 de Maio, o vendedor sacou a letra n.º 99/03, a 60 d/d, a favor do seu fornecedor Abdul
Gulamo, avalizada por Abdul Sacur em 21/05/03 e que foi aceite pelo comprador 6 dias depois. O
beneficiário endossou a letra em 28 do mesmo mês à Gani Comercial de Nampula.
Pretende-se:
1. Identificação de todos os documentos sublinhados;
2. Preenchimento de todos os documentos mencionados (os sublinhados, o cheque e a letra);
3. Apresentação do valor em divida antes da emissão do cheque.
RESOLUÇÃO:
1- Os documentos sublinhados são:
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