A História Negra Dos Papas
A História Negra Dos Papas
A História Negra Dos Papas
As histórias dos papas contidos aqui são - acredite - reais. Algumas chegam até a
serem assustadoras (todas chegam a ser assustadoras). Seus pecados escabrosos
tornaram-se amplamente conhecidos. Eles contribuíram decisivamente para
manchar o nome do Cristianismo ocidental sediado, primeiro em Roma, depois no
Vaticano. Até hoje a Casa de Pedro é questionada pelos abusos do passado
perpetrados a partir do péssimo exemplo daqueles senhores Papas. Foram ladrões,
estelionatários, assassinos, estupradores, perdulários, arrogantes, violentos.
Os Papas relacionados nesta matéria são alguns daqueles mais pervertidos (muito
embora tenha outros inúmeros papas que cometeram erros, alguns escabrosos
como esses, outros nem tanto mas, até hoje, é notável que nem de perto cheguem
a serem os “representantes de Deus na terra”!). Agora divirtam-se com a
história negra dos papas:
Na acirrada disputa pelo papado, Sergio III foi eleito Papa [por uma facção da
Igreja] em 897 mas o Papado estava, de fato, nas mãos de João IX e, depois da
morte deste, Leão V. Assim, durante algum tempo Sergio foi uma espécie de Papa
clandestino ou não legitimado, coisa muito comum na História dos Papas medievais
e mesmo entre os Papas da Idade Moderna. Na Idade Média houve alguns
Antipapas.
Sergio III chegou a ser excomungado pelo Papa João IX [898–900]. Somente
conseguiu oficializar sua pretensão em 904, em Roma, quando o "Antipapa"
Christopher [Cristóvão] acabava de ocupar o papado à força [entre 903 e 904]. A
família Teofilacto reagiu obtendo a deposição do usurpador e reinvestiram Sergio
III no cargo, em janeiro de 904. Sergio III ordenou a prisão dos rivais, Cristovão e
Leão V [outro que disputava o lugar], instituiu um processo contra eles e condenou
os dois à degola!
Era o filho de uma relação incestuosa entre o Papa Sergio III e sua irmã natural,
[ilegítima], Marósia [veja acima], que na época do parto tinha 15 anos. Em 963, o
Imperador do Sacro Império Romano, Otto I [912-973, Alemanha], reuniu um
conselho e fez várias acusações a este Papa: sacrilégio, simonia, perjúrio,
assassinato, adultério, incesto. Ele excomungou seus juízes mas foi deposto assim
mesmo.
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Um papado descontínuo, impensável nos dias atuais, ilustra bem a grande confusão
política da época em torno da legitimidade das autoridades, fossem papas,
príncipes ou reis. Seu nome de batismo era Theophylactus of Tusculum e assumiu
pela primeira vez o papado quando tinha entre 12 anos de idade. Por isso, foi
chamado de o Papa Criança sendo, o papa mais jovem da história da Igreja
Católica e possivelmente, o mais maldito entre os malditos.
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Sobre Benedito IX, São Pedro Damião [1007-1072] comentou em Liber
Gomorrhianus, um tratado sobre corrupção e sexo no papado: "...banqueteava-se
na imoralidade... era um demônio do inferno disfarçado de padre". Era um ser
bestial, bissexual e zoófilo, ou seja, mantinha relações sexuais com animais
inclusive sodomizando os bichos!
O bispo Poppo, conde de Brixen, foi eleito novo Papa e assumiu como Damasus
II**. Em 1049, Benedito IX não compareceu ao julgamento onde seria julgado por
simonia***. Foi excomungado; porém, mais tarde, o Papa Leão IX [papado:
1049-1054], que substituiu Clemente II, suspendeu as condenações contra
Benedito IX. Apesar dessa "reintegração" ele não foi enterrado entre os Papas, na
Basílica de São Pedro, mas na Abadia de Grottaferrata onde morreu, segundo
registros, cumprindo penitência. A data de sua morte é incerta, situada entre 1065
e 1085.
Urbano II [1088-1099]
Em 1095 ele instituiu o callagium, uma taxa anual de liberação sexual, tributo pago
ao Papado, que permitia aos "membros" do clero ter amantes! O efeito imediato
mostrou que o clero: ou ia mal de finanças ou era composto de religioso avaros; as
concubinas desapareceram e cresceu notavelmente a prática do homossexualismo
nos monastérios e paróquias.
Anacletus [1130-1138]
Durante a Inquisição, esta página sombria da história da Igreja Católica, foi o Papa
Inocência IV que aprovou o uso da tortura para obter confissões de heresia.
Agressivo, ele acreditava que "os fins justificam os meios". E os meios eram os
instrumentos de tortura aos quais foram submetidas milhares de pessoas,
inocentes ou não [porque a tortura é barbárie instituída, sempre injusta mesmo
com os culpados de qualquer crime]. Galileu, que foi julgado no pontificado deste
Papa, teve bons motivos para renegar qualquer de suas teorias e até o próprio
nome considerando a perspectiva dos interrogatórios mais "severos".
Clemente VI [1342-1352]
Descrito por Petrarca como "um Dionísio eclesiástico com suas artimanhas infames
e obscenas". Ele dormia com prostitutas e teve dúzias de amantes. Quando morreu,
cinqüenta sacerdotes rezaram a missa pelo repouso de sua alma, última tentativa
de livrar o Papa Clemente VI do inferno.
Pio II [1458-1464]
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Homossexual e sádico, gostava de ver homens nus sendo torturados. Consta que
morreu de ataque do coração enquanto estava sendo sodomizado por um de seus
rapazes favoritos.
Gerou sete filhos ilegítimos e outras tantas filhas que ele reconhecia abertamente.
Seu pontificado ficou conhecido como The golden Age of Bastards [Era de Ouro dos
Bastardos]. Autorizou a Inquisição contra suspeitos de bruxaria. Em seu leito de
morte, seu último desejo satisfeito: uma ama de leite; queria leite de mulher!
Sobre a eleição de Rodrigo Borgia, Giovanni di Lorenzo de Medici, que mais tarde se
tornaria Papa Leão X, criticou a escolha e advertiu: "Agora estamos nas mãos de
um lobo, um predador, um opressor como, talvez, jamais o mundo tenha visto
igual. Se não fugirmos ele vai, inevitavelmente, devorar a nós todos". No começo, o
pontificado de Alexandre VI encaminhava-se bem, com uma administração justa e
ordeira. Porém, movido pela ambição, este Papa cercou-se de parentes, nomeando-
os para cargos eclesiásticos, manobra que permitia engordar os cofres da família e
aumentar sua influência político-econômica muito rapidamente.
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Alexandre VI foi um daqueles Papas que jamais respeitaram a castidade exigida do
sacerdócio católico: teve ao menos duas amantes conhecidas e muitos filhos:
Girolama, Isabel e Pedro Luis, filhos de uma amante cujo nome se perdeu na
história. Depois, quando ainda era cardeal, teve mais quatro, com Vannozza
Cattanei: a famosa Lucrécia Bórgia [1480-1519], Cesar, Juan e Godofredo [ou
Jofre]. Com uma terceira concubina, Julia Farnesio, teve mais dois herdeiros.
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Todos os parentes, aderentes e apadrinhados receberam postos importantes.
Ordenou cardeais: o filho Cesar Borgia com a idade de dezesseis anos; e os
sobrinhos Francisco Borgia, Juan Lanzol de Borgia de Romani, dito o maior; o primo
Juan Castellar y de Borgia; os sobrinhos-netos Juan Lanzol de Borgia de Romani, o
menor; Pedro Luis de Borgia Lanzol de Romani, Francisco Lloris y de Borgia; e o
cunhado de seu filho e cardeal! Cesar [que, portanto, teve uma mulher] Amanieu
d'Albret.
A filha Lucrécia, dotada de grande beleza, foi um caso à parte. Colaborava para
aumentar o poder do pai através do casamento. Assim, em 1493, aos 13 anos, ela
desposou Giovanni Sforza em magnífica cerimônia realizada no Palácio do Vaticano.
Quando Sforza deixou de ser politicamente interessante para os Borgia, o Papa-pai
de Lucrécia tratou de articular o divórcio. A princípio, Giovanni Sforza recusou a
separação e acusou Lucrécia de manter relacionamento incestuoso com o pai e o
irmão Cesar. A força de ameaças, este marido acabou cedendo, confessou que era
impotente, admitiu que o casamento jamais se consumara e o sacramento foi
anulado. Ela ainda se casou mais duas vezes, sempre tendo em vista aliança
política, com Alfonso de Aragon [Duque de Bisceglie] e Alfonso d'Este [Príncipe de
Ferrara].
Teve inúmeros amantes e oito filhos. No último parto, morreram mãe e filha, em
1519.
Foi este que contratou Michelangelo para pintar a capela Sistina. Era pedófilo;
ocupava muito de seu tempo na companhia de meninos e jovens michês
[prostitutos].