Hepatopatias Autoimunes
Hepatopatias Autoimunes
Hepatopatias Autoimunes
G I O R D A N N E F R E I T A S
H E PATO PAT I AS
AU TO I M U N E S
HEPATOLOGIA Prof. Giordanne Freitas | Hepatopatias Autoimunes 2
APRESENTAÇÃO:
PROF. GIORDANNE
FREITAS
Prezado aluno, meu nome é Giordanne Guimarães Freitas.
É um imenso prazer estar aqui com você.
Cursei a faculdade de medicina no Rio de Janeiro, na
Universidade Gama Filho. Posteriormente fiz residência médica
em clínica médica no Hospital do Mandaqui-SP e residência
médica em Endocrinologia e Metabologia na Universidade Federal
da Bahia. Após finalizar as residências médicas fiz mestrado na
Universidade Católica de Brasília.
Por aproximadamente 3 anos fui professor da Universidade
Federal de Goiás e atualmente sou docente efetivo da faculdade
de medicina da Universidade de Rio Verde-GO e doutorando em
saúde coletiva.
@estrategiamed t.me/estrategiamed
Estratégia
MED
HEPATOLOGIA Hepatopatias Autoimunes Estratégia
MED
SUMÁRIO
1 .2 DIAGNÓSTICO 5
1 .3 TRATAMENTO 7
2 .2 DIAGNÓSTICO 9
2 .3 TRATAMENTO 11
2 .4 RASTREAMENTO DE CÂNCER 12
2 .5 COMPLICAÇÕES 13
3 .2 DIAGNÓSTICO 14
3 .3 CLASSIFICAÇÃO 16
3 .4 TRATAMENTO 16
5 .3 HEPATITE AUTOIMUNE 20
CAPÍTULO
Querido aluno, a colangite biliar primária (CBP), também chamada de cirrose biliar primária, não é um tema muito cobrado nas provas
de Residência Médica. A maioria das questões de CBP cobra conhecimentos relacionados às manifestações clínicas, ao diagnóstico e ao
tratamento. Neste resumo, conversaremos sobre esses temas e mais um pouco para que você gabarite as questões.
A CBP é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune que causa lesão e destruição dos pequenos e médios ductos biliares
intra-hepáticos. Trata-se de uma doença rara que acomete principalmente as mulheres (90% dos casos) entre 40 e 60 anos.
No diagnóstico, 50% a 60% dos pacientes encontram-se assintomáticos. Quando sintomáticos, os sintomas mais comuns e precoces
são fadiga (80% dos pacientes) e prurido (presente em 50% dos indivíduos sintomáticos). Fique atento, pois isso já foi cobrado em prova. A
questão perguntava qual a manifestação clínica mais precoce e a resposta foi prurido.
O prurido pode ser intermitente e, geralmente, é mais significativo nas regiões palmares e plantares. Além disso, caracteristicamente,
apresenta piora à noite. Outros fatores que agravam o prurido são: climas quentes e úmidos, peles ressecadas e uso de roupas apertadas. Em
alguns casos, o prurido é debilitante.
A fadiga, geralmente, é desproporcional à idade do paciente e ao grau de comprometimento hepático.
Outros achados clínicos são: icterícia, hepatomegalia, esplenomegalia, hiperpigmentação cutânea (por deposição de melanina na
pele), xantomas e xantelasmas (por hipercolesterolemia) e doença óssea.
Fique atento agora, pois o acometimento ósseo da CBP também é cobrado nos concursos. Os pacientes
podem evoluir com osteopenia, osteoporose e dores ósseas e raramente apresentam osteomalácia.
Nos pacientes que evoluem com cirrose hepática, podemos encontrar ascite, circulação colateral,
hepatomegalia, esplenomegalia, varizes de esôfago, ginecomastia, eritema palmar, telangiectasias, atrofia testicular
e edema.
A CBP causa uma doença colestática crônica, por isso os pacientes podem apresentar deficiência de vitaminas lipossolúveis. As
deficiências das vitaminas E e K não são comuns. Já a deficiência de vitamina A ocorre em 30% dos casos e, geralmente, não causa sintomas.
A deficiência de vitamina D ocorre em 15% a 30% dos casos e pode contribuir para o aparecimento da doença óssea.
A CBP pode associar-se a outras doenças autoimunes, sendo as principais:
• Síndrome de Sjögren (40% a 60% dos casos).
• Esclerodermia (5% a 15% dos casos).
• Doença de Raynaud.
• Hepatite autoimune.
• Doenças autoimunes de tireoide (10% a 15% dos casos).
• Artrite reumatoide (5% a 10% dos casos).
• Dermatomiosite.
• Lúpus eritematoso sistêmico.
• Doença celíaca.
1.2 DIAGNÓSTICO
GGT Aumentada
Um dado muito importante e que você não pode esquecer é que 90% a 95% dos pacientes com CBP possuem anticorpo antimitocôndria
positivo.
Colangite biliar primária = anticorpo antimitocôndria positivo em 90% a 95% dos casos.
Afastamento da obstrução biliar extra-hepática e outra doença hepática + dois dos três critérios
Aumento da fosfatase alcalina (pelo menos 1,5 vezes o limite superior da normalidade)
Achados histológicos típicos (colangite destrutiva não supurativa e destruição dos ductos biliares interlobulares)
Prezado aluno, os achados histopatológicos da CBP também já foram cobrados em provas de Residência
Médica. Você não pode esquecer que a doença causa inflamação e destruição dos pequenos e médios ductos
biliares.
A avaliação histopatológica mostra o processo inflamatório necrosante inicial que ocorre nos tratos portais e é chamado de colangite
destrutiva não supurativa crônica. Há infiltração linfocítica dos ductos biliares, podendo ocorrer fibrose leve e colestase. Com a progressão
da doença, há atenuação da inflamação, redução da quantidade de ductos biliares e proliferação dos dúctulos biliares menores. O próximo
processo envolve a progressão da fibrose periportal para fibrose coalescente (em ponte), que evolui para cirrose micronodular ou macronodular
(Harrison, 2017).
1 .3 TRATAMENTO
O tratamento da CBP é outro tema importante, pois já foi cobrado em provas de Residência Médica. O que você precisa saber?
O medicamento de escolha para o tratamento da CBP é o ácido ursodesoxicólico (URSO). O tratamento do prurido pode ser feito com
colestiramina, rifampicina, naltrexona, sertralina e fenobarbital.
É importante ressaltar que o URSO retarda a progressão da doença. Já os medicamentos usados no tratamento do prurido não retardam
a evolução da doença (essas informações já foram cobradas em questões de concursos de Residência Médica).
O transplante hepático é o único tratamento efetivo para os casos avançados da doença e está indicado aos pacientes com doença
hepática em estágio terminal. Pacientes com escore MELD > 16 têm maior sobrevida com o transplante.
A sobrevida após o transplante é maior que 90% no primeiro ano e maior que 80% em 5 anos. Há recorrência da doença no fígado
transplantado em 17% dos pacientes em 3,7 anos.
CAPÍTULO
Querido aluno, a colangite esclerosante primária (CEP) não EM PROVAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA), que causa inflamação,
é um tema muito cobrado nas provas de Residência Médica. A estreitamento, fibrose e obstrução dos ductos biliares intra-
maioria das questões de CEP cobra conhecimentos relacionados hepáticos e extra-hepáticos, causando uma síndrome colestática
às manifestações clínicas e ao tratamento. Neste resumo, vamos crônica.
conversar sobre esses temas e mais um pouco para que você A obstrução progressiva dos ductos biliares pode causar
gabarite as questões. cirrose hepática e hipertensão porta. Após o diagnóstico, se o
A colangite esclerosante primária (CEP) é uma doença de indivíduo não for submetido ao transplante de fígado, a sobrevida
etiologia desconhecida (ESSA INFORMAÇÃO JÁ FOI COBRADA média é de 10 a 12 anos.
2 .1 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
No diagnóstico, 50% dos pacientes encontram-se O prurido pode ser incapacitante, causando escoriações e
assintomáticos. Quando sintomáticos, os sintomas mais comuns comprometimento da qualidade de vida. Quando intratável, indica-
são prurido e fadiga. Outros achados clínicos são: icterícia, se o transplante hepático.
esteatorreia, hepatomegalia, esplenomegalia, colúria, perda Quando falamos de CEP, a associação com outras doenças é
ponderal, hemorragia digestiva alta, ascite e dor no quadrante um dos temas mais cobrados nas provas.
superior direito.
Fique MAIS atento agora. A associação de CEP com retocolite ulcerativa é o que mais se cobra nas provas de Residência Médica.
Por isso, não se esqueça.
Mais de 50% dos pacientes com CEP têm retocolite ulcerativa. A prevalência da
retocolite ulcerativa em pacientes com CEP pode chegar a 90% quando biópsias intestinais
são realizadas.
2 .2 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico deve ser suspeitado em indivíduos com achados clínicos sugestivos, com aumento dos níveis séricos de fosfatase alcalina,
com hiperbilirrubinemia (à custa da bilirrubina direta) e com aumento da Gama-GT. Na maioria das vezes, o diagnóstico pode ser confirmado
por exames de imagem.
As principais alterações laboratoriais da CEP estão resumidas na tabela abaixo.
Na ultrassonografia, podemos evidenciar espessamento da parede e dilatações dos ductos biliares (IMAGENS ABAIXO). A tomografia
pode mostrar espessamento da parede, dilatações e estenoses dos ductos biliares. Já a colangiopancreatografia por ressonância mostra
estenoses multifocais que se alternam com áreas normais ou discretamente dilatadas.
A colangiografia mostra estreitamentos multifocais e dilatações dos ductos biliares intra e extra-hepáticos. A colangiografia pode ser feita
com: colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM), colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE) ou colangiografia
trans-hepática percutânea. Por não ser invasiva, a CPRM geralmente é o exame de escolha.
Segue abaixo a imagem da CPRE de um indivíduo com CEP.
Prezado aluno, os achados histopatológicos da CEP também já foram cobrados em provas de Residência
Médica. Você não pode esquecer que a doença acomete os ductos biliares.
A biópsia hepática nem sempre é necessária para o diagnóstico. Essa avaliação fica reservada para os casos
duvidosos e para os casos em que há suspeita de outras doenças associadas.
Pacientes com achados clínicos, laboratoriais e radiológicos típicos podem ter a confirmação do diagnóstico, sem necessidade
de análise histopatológica.
Os achados histológicos são inespecíficos na maioria das vezes. Pode-se encontrar hepatite periportal, fibrose periductal com aspecto
de “casca de cebola”, ductopenia e cirrose. A fibrose obstrutiva e o infiltrado inflamatório à custa de mononucleares nos ductos interlobulares
(pericolangite) são achados característicos da CEP, sendo encontrados em 10 a 50% dos pacientes. Na maioria das vezes, as alterações simulam
a colangite biliar primária.
2 .3 TRATAMENTO
Até o momento, nenhum medicamento é efetivo no indicado. Pacientes com fadiga devem ser avaliados para descartar
tratamento da doença. Apesar de não alterar a sobrevida, não outros diagnósticos, como: anemia, hipotireoidismo, disfunção
melhorar significativamente os sintomas e não reduzir o risco de renal ou adrenal e depressão.
colangiocarcinoma, o uso do ácido ursodesoxicólico associa-se à O tratamento definitivo é o transplante hepático, que
melhora dos parâmetros bioquímicos. Sua retirada pode associar- se associa a uma sobrevida de 85% em 5 anos. Além da doença
se à piora do prurido e dos níveis séricos de fosfatase alcalina, hepática crônica, outras condições indicam o transplante hepático
Gama-GT, bilirrubinas e transaminases. em pacientes com CEP. São elas: prurido grave e refratário, icterícia
O prurido pode ser tratado com colestiramina, rifampicina, progressiva e colangites graves de repetição.
e, nos casos de prurido incapacitante, o transplante de fígado está
2 .4 RASTREAMENTO DE CÂNCER
A associação da CEP com câncer também já foi cobrada em provas. Por isso, fique atento.
Pacientes com CEP possuem risco aumentado para carcinoma de vesícula biliar, colangiocarcinoma, câncer
de intestino e carcinoma hepatocelular. A ilustração abaixo resume as orientações para rastreamento.
2.5 COMPLICAÇÕES
Cirrose hepática
Colangite e colelitíase
Colangiocarcinoma
Hepatocarcinoma
CAIXA DE DESTAQUE
Colangite esclerosante primária: inflamação, fibrose, estreitamento e obstrução dos ductos biliares intra-hepáticos
e extra-hepáticos.
Até 90% dos pacientes com colangite esclerosante têm retocolite ulcerativa.
Manifestações clínicas: prurido, fadiga, hepatomegalia, esplenomegalia, ascite, icterícia, dor abdominal no
quadrante superior direito.
Diagnóstico: colangiopancreatografia por ressonância magnética.
Indicações do transplante hepático: doença hepática crônica, prurido refratário, colangites de repetição e icterícia
progressiva.
CAPÍTULO
3 .1 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
No diagnóstico, 25% dos pacientes encontram-se hiperesplenismo, eritema palmar, ginecomastia, telangiectasias,
assintomáticos, 30% apresentam cirrose hepática e 25 a 30% rarefação de pelos e coagulopatia.
possuem achados clínicos típicos de uma hepatite aguda (colúria, Caro aluno, a HAI pode associar-se a outras doenças
icterícia e acolia fecal). Alguns poucos pacientes evoluem com autoimunes como:
hepatite fulminante e os idosos geralmente apresentam evolução • tireoidite de Hashimoto;
clínica crônica e indolente. • doença de Graves;
Outros achados clínicos são: fadiga, mal-estar, anorexia, • síndrome de Sjögren;
acne, perda ponderal, náuseas, dor abdominal, amenorreia, • hemólise de origem autoimune;
artralgia, icterícia, artrite, erupções maculopapulares, eritema • artrite reumatoide;
nodoso, pleurite, pericardite, anemia e azotemia. • colite ulcerativa;
Os indivíduos com cirrose podem apresentar ascite, edema, • púrpura trombocitopênica idiopática.
encefalopatia hepática, varizes de esôfago, esplenomegalia com
3 .2 DIAGNÓSTICO
Neste tópico temos informações importantes, que frequentemente são cobradas nas provas de Residência Médica. Aqui, não podemos
esquecer dos autoanticorpos típicos da doença.
Vários autoanticorpos podem estar positivos na HAI, sendo os principais: antimúsculo liso, FAN, anti-LKM-1 (anticorpos contra a fração
microssomal do fígado-rim), anti-LC-1 (anticorpo anticitosol hepático) , anti-SLA (anticorpo contra o antígeno solúvel do fígado ou fígado/
pâncreas), anti-actina e p-ANCA (anticorpo anticitoplasmático de neutrófilo perinuclear).
Laboratório
Para o diagnóstico da doença, alguns escores podem ser utilizados. Um dos mais usados está apresentado na tabela abaixo:
Prezado aluno, os achados histopatológicos da HAI também são cobrados nas provas de Residência, por isso, sempre que pensar
em HAI, lembre-se da hepatite de interface, que se caracteriza por um infiltrado de células mononucleares invadindo os tratos portais e
estendendo-se além da placa de hepatócitos periportais, penetrando no parênquima
Na HAI podemos encontrar parênquima lobular com atividade necroinflamatória e com regeneração hepatocelular (formação de
“rosetas”). Há ocorrência de hepatócitos com placas espessadas e pseudolóbulos regenerativos.
É frequente o achado de fibrose e cirrose. Raramente há acometimento dos ductos biliares. A presença de infiltrado de células
plasmáticas e infiltrado nas áreas portais ajuda a distinguir a hepatite autoimune de outras hepatites agudas.
3.3 CLASSIFICAÇÃO
A HAI é classificada em tipo I e tipo II. As principais diferenças estão resumidas na tabela abaixo:
25% dos pacientes evoluem com cirrose 80% dos pacientes evoluem com cirrose
Discute-se a existência da hepatite autoimune tipo III, que possui FAN, antimúsculo liso e anti-LKM negativos, com positividade para o
anticorpo contra o antígeno hepático solúvel (anti-SLA). Esses casos são mais comuns em mulheres e alguns autores defendem que seja uma
variante mais agressiva da hepatite autoimune tipo I.
3.4 TRATAMENTO
O tratamento da HAI é outro tema importante, pois já foi cobrado em provas de Residência Médica. O que
você precisa saber?
Saiba que o tratamento se baseia no uso de glicocorticoides, principalmente prednisona ou prednisolona.
Esses medicamentos podem ser usados isoladamente ou em associação à azatioprina.
A ilustração abaixo ajuda na escolha entre uma das estratégias terapêuticas (glicocorticoide ou glicocorticoide
+ azatioprina).
O transplante hepático raramente é necessário (10 a 20% dos casos), pois a maioria dos pacientes respondem bem ao tratamento
clínico. O transplante está indicado em pacientes com doença hepática terminal e em pacientes com hepatocarcinoma.
Indivíduos com escore de MELD > 16 têm benefícios com o transplante. A hepatite fulminante por HAI também é indicação para o
transplante. Importante frisar que 20 a 40% dos pacientes submetidos ao transplante têm recidiva da hepatite autoimune.
https://estr.at/3eGoDj5
CAPÍTULO
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CAPÍTULO