Engenharia - Mecanica - Tomo - 06
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ENGENHARIA MECÂNICA
Tomo 6
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Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo 6 – CQA/UNIP
ENGENHARIA MECÂNICA
TOMO 6
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Questão 1
Questão 1.1
Uma empresa produz diariamente 650 buchas de ferro fundido cinzento da classe FE-45012,
com dureza de 191 HB, utilizando o processo de torneamento. São normalmente realizadas
as operações de desbaste, acabamento e faceamento nas peças. As ferramentas de
usinagem estão com baixa produtividade, apresentando desgastes de flanco prematuros. No
processo, foi verificado que estão sendo utilizadas ferramentas da Classe ISO P40, sem
cobertura, sendo que os parâmetros de corte estão de acordo com o catálogo do
fornecedor. Nessas condições de trabalho, a melhor estratégia para aumentar a
produtividade do processo e minimizar o desgaste das ferramentas é:
A. utilizar fluido de corte emulsionável.
B. usar ferramenta da Classe ISO K40, sem cobertura.
C. usar ferramenta da Classe ISO K10, com revestimento de TiN.
D. usar ferramenta da classe ISO M40, sem cobertura de TiN.
E. diminuir os parâmetros de corte (velocidade de corte e avanço).
1. Introdução teórica
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Plano de
Trabalho
Com relação aos materiais das ferramentas, as exigências básicas são dureza (a frio e
a quente), tenacidade (para resistir aos esforços de corte e impacto) e estabilidade química.
De acordo com Stemmer (2005), esses materiais são agrupados em sete classes:
aços ferrramenta;
aços rápidos;
ligas fundidas;
carbonetos sinterizados;
cermet;
cerâmicas;
diamantes.
Do primeiro para o último, existe a crescente capacidade de usinar em velocidades
maiores de corte e a decrescente capacidade de absorver impactos, ou seja, os materiais
são mais frágeis e menos tenazes.
Os aços rápidos são materiais para ferramentas desenvolvidos para aplicações de
corte de metais em alta velocidade. Existem duas classificações: aços rápidos ao molibdênio
(grupo M), que têm carbono na faixa entre 0,75 e 1,52% e molibdênio entre 4,50 a 11,0%,
e aços rápidos ao tungstênio (grupo T), que têm teores similares aos de carbono, mas
apresenta altos teores de tungstênio, entre 11,75 e 21,0% (FERRARESI, 2000).
O quadro 1 mostra a composição química para vários tipos de aços rápidos, das
classes T e M (CIMM, 2010).
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Nas primeiras ligas, os carbonetos sinterizados, também conhecidos como metal duro,
apresentavam, basicamente, tungstênio e cobalto. Atualmente, existe uma gama de
composições químicas reunidas em grupos de aplicação pela norma ISO 153-1975. Essa
norma estabelece três campos de aplicação designados pelas letras maiúsculas, P, M e K.
Esses campos referenciam os tipos de materiais a serem usinados, recebendo o nome de
grupos de usinagem (STEMMER, 2005).
O campo ISO P cobre o campo de aplicação de materiais que produzem cavacos
longos, como os aços carbono e os aços de baixa liga. O campo ISO M relaciona,
principalmente, materiais de difícil usinagem, como aços inoxidáveis, aços fundidos, aços ao
manganês e ferro fundido maleável. O campo ISO K compreende materiais que geram
cavacos curtos (normalmente conhecidos como cavacos de ruptura), como ferros fundidos
cinzentos, além de não ferrosos e outros materiais congêneres (latão e bronze) (STEMMER,
2005).
O sistema prevê, ainda, propriedades relevantes para a seleção do material cortante,
como resistência ao desgaste (dureza) e tenacidade. Dentro da classificação, cada grupo de
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A – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O uso de fluidos de corte melhora a eficiência dos processos de usinagem,
mas eles são principalmente indicados nos casos em que a refrigeração é mais crítica do que
a lubrificação. Como o desgaste prematuro da ferramenta de metal duro está associado à
lubrificação, ela não é a melhor opção para o aumento da eficiência da ferramenta.
B – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Para a usinagem de ferro fundido cinzento, os materiais da classe ISO K
são mais indicados do que os da classe ISO P, mas a graduação do material proposto para
substituição da ferramenta é a mesma do material que está sendo utilizado. Como a
graduação indica a resistência ao desgaste da ferramenta, podemos concluir que a
substituição proposta não afetará a produtividade da ferramenta.
C – Alternativa correta.
JUSTIFICATIVA. Os materiais da classe ISO K são mais indicados para a usinagem de ferro
fundido cinzento do que os da classe ISO P usados no processo. A graduação 10, proposta
para a ferramenta, fornece resistência maior ao desgaste do que a graduação 40, utilizada
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na ferramenta em uso. Além disso, a ferramenta está sendo revestida com nitreto de titânio
(TiN). Esse tipo de revestimento fornece à ferramenta grande resistência ao desgaste.
D – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Os materiais da classe ISO M são indicados para usinagem de materiais de
difícil usinagem, mas a graduação do material proposto para a substituição da ferramenta é
a mesma daquele que está sendo utilizado. Como a graduação indica a resistência ao
desgaste da ferramenta, podemos concluir que a substituição proposta não afetará a
produtividade da ferramenta.
E – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A redução dos parâmetros de corte irá afetar as condições de trabalho,
reduzindo a quantidade de peças produzidas. Além disso, é informado no texto que os
parâmetros de corte estão de acordo com o fornecedor.
3. Indicações bibliográficas
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Questão 2
Questão 2.2
Uma empresa produz eixos de componentes automobilísticos em aço SAE 8620 com dureza
de 46 HRC pelo processo de torneamento, utilizando ferramentas de metal duro com
revestimento. O cliente exige que a rugosidade máxima dos eixos esteja abaixo de 0,002
micrometros. As ferramentas de torneamento disponíveis na empresa têm raios de ponta
(r) de 0,4 mm e 0,8 mm, e os valores de avanço mínimo e máximo (f) que podem ser
empregados no processo são 0,1 mm e 0,2 mm. O valor teórico de rugosidade máxima é
f2
definido pela equação Rmáxteor .
8r
Qual deve ser o par de variáveis, avanço/raio de ponta da ferramenta empregado para
atender aos requisitos de rugosidade mínima exigidos pelo cliente?
A. Avanço de 0,1 mm/rot e raio de ponta de 0,4 mm.
B. Avanço de 0,1 mm/rot e raio de ponta de 0,8 mm.
C. Avanço de 0,2 mm/rot e raio de ponta de 0,8 mm.
D. Avanço de 0,2 mm/rot e raio de ponta de 0,4 mm.
E. Avanço intermediário de 0,15 mm/rot e raio de ponta de 0,8 mm.
1. Introdução teórica
Rugosidade
2
Questão 29 – Enade 2011.
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Figura 2. Ferramenta perfil de rugosidade de uma peça, com destaque para a rugosidade máxima (Ry).
Fonte. FMCQ, 2012.
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f
Figura 3. Impressões na superfície da peça para diferentes avanços.
Fonte. STEMMER, 2005 (com adaptações).
Na figura 3, de cima para baixo, existe redução do avanço (f). A redução do avanço
melhora o acabamento, pois quanto menor for o avanço, mais uniforme será a superfície.
Segundo Canabrava Filho (2012), a rugosidade máxima teórica existente na superfície
f2
de uma peça usinada por uma ferramenta é dada pela relação Rmáxteor , sendo Rmáxteor a
8r
Figura 4. Impressões na superfície da peça para uma ferramenta de raio de ponta rε e avanço f.
Fonte. CANABRAVA FILHO, 2012 (com adaptações).
2. Resolução da questão
O problema informa que são possíveis dois avanços (f): 0,1mm e 0,2mm (por
rotação). Informa, também, que são possíveis dois raios de ponta (r): 0,4mm e 0,8mm.
Para uma rugosidade máxima de 0,002 micrometros, pela expressão fornecida,
podemos escrever:
f2
Rmáxteor 0,002 f 2 0,002 8r f 0,002 8r
8r
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Quando observamos os dois resultados, notamos que, para a ferramenta com raio de
ponta igual a 0,4mm, é necessário que o avanço seja, no máximo, igual a 0,08mm. Essa
condição não pode ser atendida pela máquina.
Para a ferramenta com raio de ponta igual a 0,8mm, o avanço máximo permitido é
0,11mm. Essa condição pode ser atendida, pois a máquina apresenta um avanço mínimo
disponível de 0,1mm.
Assim, para atender à exigência da rugosidade máxima, é necessário usar a
ferramenta com raio de ponta igual a 0,8mm e avanço de 0,1mm.
Alternativa correta: B.
3. Indicações bibliográficas
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Questão 3
Questão 3.3
O engenheiro de processos sabe da importância do conhecimento prévio da potência de
corte para que possa otimizar o processo com base nas restrições dos recursos das máquina
e das ferramentas disponíveis. No entanto, nem sempre estão disponíveis de antemão os
dados de cálculo necessários para verificar se os parâmetros de usinagem planejados estão
adequados em relação à potência disponível na máquina, como é o caso da pressão
específica de corte do material da peça (ks) e o rendimento da máquina (h). Também não é
pertinente que o setor fabril de uma empresa disponha de equipamentos sofisticados de
medição de forças como dinamômetros/torquímetros, próprios de laboratórios.
Nesse contexto, o engenheiro interessado em otimizar o processo pode recorrer a um
procedimento alternativo rápido e barato, cujo resultado possibilita fazer o cálculo tanto da
potência de corte quanto do rendimento da máquina.
Esse procedimento consiste em medir o(a)
A. rotação do eixo-árvore da máquina.
B. deflexão elástica na ponta de corte da ferramenta.
C. tensão elétrica no cabo de fase do motor da máquina.
D. corrente elétrica no cabo de fase do motor da máquina.
E. tempo de corte para um comprimento fixo de usinagem.
1. Introdução teórica
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Pc kc a p f vc
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A – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A partir do conhecimento do diâmetro a ser usinado, a determinação da
rotação do eixo árvore permite que seja obtida a velocidade de corte. Para a determinação
da potência de corte, é necessário, ainda, conhecermos o avanço, a profundidade de corte e
a pressão específica de corte. Mesmo que esses dados estejam disponíveis, não é possível a
determinação do rendimento da máquina, pois não se tem a potência de acionamento da
máquina.
B – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Por meio da deflexão elástica na ponta da ferramenta podemos obter o
valor da força de corte, sendo necessário, ainda, determinarmos os valores da rotação do
eixo árvore e da potência de acionamento da máquina para encontrarmos o rendimento.
C – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A medida da tensão elétrica deve ser feita entre os cabos de fase do motor.
Essa medida apenas fornece a tensão de alimentação, mas não fornece qualquer dado
referente ao consumo da máquina.
D – Alternativa correta.
JUSTIFICATIVA. Por meio da corrente elétrica no cabo de fase do motor, conhecida a tensão
de alimentação, podemos determinar a potência consumida (Pm) pela máquina quando, com
todo o aparato montado, o corte não está sendo efetuado: Pm 3 U I m cos
O rendimento () da máquina pode ser determinado pelo quociente entre a potência
consumida pela máquina e a potência de uso do motor:
Pm 3 U I m cos I m
Pu 3 U I cos I
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Pa 3 U I a cos
Conhecendo o rendimento da máquina ferramenta, podemos determinar a potência de corte
Pc
(Pc): Pc Pa
Pa
E – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O tempo de corte para determinado comprimento fixo de usinagem,
conhecido o comprimento total a ser usinado, pode fornecer o tempo total de usinagem.
3. Indicações bibliográficas
2012.
DINIZ, A. E.; MARCONDES, F. C.; COPPINI, N. L. Tecnologia da usinagem dos metais.
São Paulo: Artliber, 2002.
FERRARESI, D. Fundamento da usinagem dos metais. São Paulo: Edgard Blücher, 2000.
STEMMER, C. E. Ferramentas de corte I. Florianópolis: UFSC, 2005.
STOETERAU, R. L. Processos de usinagem – fabricação por remoção de material. Belém:
UFPA, 2004.
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Questão 4
Questão 4.4
Um fabricante de discos de freio desenvolveu um novo material para essas peças e não
dispunha de parâmetros de usinagem de referência para operação de faceamento dos discos
nos seus tornos frontais, especialmente adquiridos para essa finalidade, com faixa de
rotações escalonadas por caixa de engrenagens de 100 a 6 500 rotações por minuto (rpm).
O faceamento deverá ser feito a partir do diâmetro de 25 mm até o diâmetro de 150 mm do
disco, que, associado à faixa de rpm da máquina, é possível realizar velocidades de corte
desde 7 até 3 063 m/min. Considerando que a decisão do melhor material de ferramenta,
juntamente com seus parâmetros de corte, deve estar embasada nos resultados de ensaios
de usinabilidade e nos custos de produção dos discos, especialmente nos custos do tempo
de troca de ferramentas, dos salários e das máquinas, a empresa realizou esses ensaios com
o material dos discos e com três tipos de materiais de ferramenta: aço-rápido, metal duro e
cerâmica. O resultado dos experimentos está apresentado na figura abaixo, na forma de
curvas de vida de ferramentas.
KALPAKJIAN, S. Manufacturing engineering and technology. 3. ed. Massachusetts: Addison-Wesley, 1995. p. 1269
(com adaptações).
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1. Introdução teórica
Segundo Stemmer (2005), a falha de uma ferramenta de corte pode ocorrer de três
formas diferentes, conforme descrito a seguir.
Lascamento do gume: quebra de pedaços do gume que, por consequência, produz uma
superfície usinada áspera e irregular.
Desgaste no flanco: presença de uma marca na ferramenta, chamada de marca de
desgaste, que provoca aumento na temperatura de usinagem e na potência consumida.
Desgaste na face ou desgaste de superfície: presença de uma cratera na superfície de
saída da ferramenta, que provoca o deslocamento do gume e, com isso, altera as
características da superfície usinada.
A figura 1 mostra uma ferramenta de usinagem com a representação desses tipos de
desgaste.
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A vida de uma ferramenta de corte é o período no qual ela pode ser mantida
usinando de forma econômica.
O critério econômico pode ser relacionado principalmente com tolerâncias
dimensionais e geométricas, qualidade superficial da peça, nível de vibrações no processo de
usinagem, nível de esforços no processo e possibilidade de reafiação da ferramenta
(STOETERAU, 2004).
Dentre os métodos usuais de especificação de vida de uma ferramenta, encontramos
o método da velocidade de corte equivalente, também chamado de velocidade de Taylor,
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em que é determinada a velocidade de corte para uma vida prefixada. Por exemplo, v30 é a
velocidade de corte que permite à ferramenta ter vida efetiva de 30 minutos entre duas
afiações (FERRARESI, 2000).
Segundo Stemmer (2005), Taylor demonstrou que a relação entre a vida da
ferramenta e a velocidade de corte pode ser expressa por vc Tvn Ct .
corte entre duas afiações sucessivas (tempo de vida da ferramenta em minutos), Ct é uma
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Assim, pela expressão de Taylor, a vida Tv da ferramenta pode ser determinada por
1/ n
C
Tv t
vc
Para certas condições de usinagem, os traçados gráficos mostram a relação entre a
vida da ferramenta e a velocidade de corte. A figura 2 mostra o gráfico de vida de uma
ferramenta de corte Sandvik Coromant TNMG 160404-PF GC 4015 P15 (AMORIM, 2002).
2. Solução da questão
Devemos observar que, no gráfico da figura 3, as escalas dos eixos são logarítmicas.
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No gráfico da figura 4, foi assinalada uma vida de ferramenta igual a 100 minutos e
determinada a velocidade de corte para cada material. A partir dessas velocidades, foi
estabelecida uma variação de velocidade de corte aproximadamente igual a +20 m/min.
Com essa variação de velocidade de corte, foi possível obter a variação na vida da
ferramenta para os três tipos de material de ferramentas.
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I – Asserção falsa.
JUSTIFICATIVA. A ferramenta de aço rápido proporcionará maior número de trocas de
ferramenta.
II – Asserção falsa.
JUSTIFICATIVA. A ferramenta de aço rápido é a que tem maior taxa de redução de vida.
Alternativa correta: E.
4. Indicações bibliográficas
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Questão 5
Questão 5.5
A análise das condições econômicas de usinagem leva em consideração, direta ou
indiretamente, todas as informações técnicas e econômicas envolvidos no processo,
sobretudo os tempos, os custos e a usinabilidade dos materiais, esta última representada
pelas constantes K e x da equação de Taylor ( T K v C x ). Depois de processadas tais
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1. Introdução teórica
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A relação entre esses custos e a velocidade de corte pode ser observada na figura 1.
I – Asserção correta.
JUSTIFICATIVA. A primeira asserção afirma que o menor custo de usinagem por peça
implica máquinas com altas rotações e ferramentas de alto desempenho.
Para um mesmo diâmetro a ser usinado, uma rotação mais alta significa uma velocidade de
corte também mais alta. Com o crescimento da velocidade de corte, observado no gráfico da
figura 1, e não existindo alteração no custo fixo, ocorre redução no custo principal e
aumento no custo de ferramenta.
Não havendo alteração no custo fixo e mantendo-se a relação entre o custo principal e a
velocidade de corte, o custo total pode diminuir se o desempenho da ferramenta for
alterado de maneira a reduzir o tempo para trocas (diminuindo o número de trocas). Isso
pode ser observado na figura 2, que simula duas situações semelhantes com alteração
apenas no custo de ferramenta.
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Figura 2. Comparação entre dois custos totais com custos de ferramentas diferentes.
II – Asserção correta.
JUSTIFICATIVA. A segunda asserção afirma que, em máquinas que permitem baixas
velocidades de corte, o custo principal é elevado e a adoção de ferramentas de baixa
resistência ao desgaste fará aumentar o custo de ferramenta principalmente pelo tempo
dispendido nas paradas para a troca delas.
De fato, baixas velocidades de corte implicam o aumento do custo principal.
Da mesma forma, o uso de ferramentas que provoca alta frequência de troca acarreta
aumento no custo de ferramenta.
Podemos concluir, assim, que a segunda asserção também é verdadeira e que ela justifica a
primeira, pois os menores custos são obtidos em máquinas que permitem altas velocidades
de corte, com ferramentas de alto desempenho nessas velocidades.
Alternativa correta: A.
3. Indicações bibliográficas
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Questão 6
Questão 6.6
O planejamento e o desempenho dos processos de fabricação por usinagem são altamente
dependentes das propriedades de usinagem dos materiais. Como as propriedades de
usinagem interessam tanto a fabricantes de materiais e de ferramentas quanto aos seus
usuários (indústrias), os ensaios de usinabilidade ganham importância relevante na
determinação dessas propriedades.
No entanto, existe uma série de dificuldades tanto para a realização de ensaios de
usinabilidade quanto para a obtenção de resultados confiáveis e representativos da
aplicação nos processos de fabricação, restringindo, assim, a aplicação dos resultados de
maneira ampla e sistemática nas indústrias.
FERRARESI, Dino. Usinagem dos metais. São Paulo: Edgard Blücher, 1977.
Considerando que o texto acima tem caráter motivador, redija um texto dissertativo sobre o
seguinte tema
Ensaios de usinabilidade: dificuldades associadas.
Aborde, em seu texto, os seguintes aspectos:
a) diversidade de fatores influentes na usinagem dos materiais;
b) dificuldade de padronização de metodologia;
c) viabilidade econômica e técnica.
1. Introdução teórica
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Existem também os ensaios de curta duração, utilizados para avaliar outros fatores,
como a rugosidade da superfície usinada e a força de usinagem.
Na usinagem de dado material, os valores obtidos para a vida da ferramenta, a força
de corte, a potência de corte e o acabamento superficial variam em função dos fatores
dependentes da máquina, do fluido de corte e do processo. Logo, é praticamente impossível
determinarmos o “índice de usinabilidade” como característica clara e definida de um
material.
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Item a.
A usinabilidade é uma propriedade resultante da combinação de várias variáveis e não
apenas do material da peça. Influem, de forma geral, fatores relacionados ao tipo de
processo de fabricação, à máquina, à ferramenta e aos parâmetros de usinagem. Isso torna
difícil a análise e a interpretação dos resultados dos ensaios, com perda da confiabilidade.
Para boa representatividade do efeito de cada variável, seriam necessários testes
considerando a análise isolada de cada condição da aplicação, o que, evidentemente, seria
muito oneroso.
Item b.
Em primeiro lugar, não existe uma unidade de medida para a usinabilidade que seja adotada
como referência sistemática nos ensaios. Além disso, diversos critérios para medir os efeitos
das variáveis de processo são empregados em ensaios de usinabilidade, como desgaste da
ferramenta, temperatura de corte, força de corte, rugosidade e tolerância da peça. Por fim,
para diferentes processos de fabricação, as variáveis e seus efeitos também são diferentes.
Isso exige ensaios direcionados aos processos, que são muitos, o que dificulta a
padronização ou a sistematização de metodologia de ensaio.
Item c.
Para que um ensaio de usinabilidade seja representativo, deve ser realizado de maneira a
reproduzir as condições do processo de fabricação a que se destinam os seus resultados:
isso significa que esses ensaios envolvem grande consumo de tempo e recursos (material,
ferramenta, equipamentos), que inviabilizam economicamente sua realização nas indústrias
e as tornam dependentes de instituições de P&D. Em relação ao aspecto técnico, a
realização dos ensaios de usinabilidade requer recursos laboratoriais e capacitação pessoal
qualificada no assunto da tecnologia de usinagem, o que nem sempre está disponível.
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3. Indicações bibliográficas
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Questão 7
Questão 7.7
A laminação de metais, conforme figura, é um processo unitário de conformação mecânica
no qual um material (peça), durante sua passagem entre rolos ou cilindros (ferramentas), é
submetido a elevadas tensões compressivas, ao mesmo tempo em que sofre tensões
cisalhantes superficiais resultantes da fricção entre os rolos e o material. As forças de fricção
geradas são também responsáveis pela tração e movimentação do material, pois, durante a
operação, os rolos giram à mesma velocidade periférica, mas em sentido contrário.
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1. Introdução teórica
1.1. Laminação
h0
hf
cilindro
Figura 1. Chapa tendo sua espessura reduzida por meio de laminação.
Fonte. ABAL, 2010 (com adaptações).
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Laminação de roscas
Segundo Batalha (2003), todos os tipos de roscas podem ser fabricados por usinagem
ou por laminação. Uma rosca laminada, quando comparada a uma rosca produzida por
usinagem, apresenta maior precisão e produtividade, superfície mais lisa e uniforme, maior
resistência do flanco da rosca, maior resistência à fadiga, menor sensibilidade ao entalhe e
maior economia de material, uma vez que as dimensões iniciais são menores do que as
dimensões desejadas para o diâmetro externo da rosca.
Para a fabricação de roscas laminadas, podem ser usadas ferramentas planas ou
curvas.
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A figura 4 mostra uma rosca executada em uma barra circular. Notamos que, em (a),
o diâmetro inicial da barra é menor do que o diâmetro externo da rosca quando ela é
produzida por laminação.
Na parte (b) da figura 4, podemos observar que, na rosca obtida por laminação, os
grãos são conformados de forma que exista tensão de compressão no flanco da rosca.
Quando comparamos uma rosca laminada produzida por laminação com uma
produzida por usinagem, observamos que as primeiras apresentam maior precisão, maior
produtividade, superfície mais lisa e uniforme, maior resistência do flanco da rosca, maior
resistência à fadiga, menor sensibilidade ao entalhe e maior economia de material. Essas
características indicam que a produção de roscas laminadas deve ser preferível à fabricação
por usinagem. Assim, as duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
Alternativa correta: A.
3. Indicações bibliográficas
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Questão 8
Questão 8.8
Os ensaios mecânicos fornecem informações sobre as propriedades mecânicas dos
materiais, quando submetidos a esforços externos, expressos na forma de tensões e
deformações. Basicamente, o comportamento mecânico dos materiais depende da
composição química, da microestrutura, da temperatura e das condições de carregamento.
Tais informações são fundamentais para que o engenheiro projetista possa selecionar os
materiais que contemplem as especificações mecânicas estabelecidas no projeto.
Considerando o exposto, analise as afirmativas.
I. O módulo de tenacidade é uma medida da energia requerida para a ruptura de um
material, enquanto a tenacidade à fratura é uma propriedade do material de suportar
tensão na ponta de uma trinca.
II. Um corpo-de-prova de material ferro fundido cinzento, quando submetido a um ensaio
de torção, falha por cisalhamento. Esse fato é observado pelo rompimento do corpo de
prova ao longo da superfície que forma um ângulo de 45° em relação ao eixo
longitudinal.
III. O ensaio de impacto permite a caracterização do comportamento dúctil-frágil do
material por meio da medição da energia absorvida pelo material até a fratura em
função da temperatura. Os ensaios mais conhecidos são denominados Charpy e Izod.
IV. A partir do limite de escoamento do material, o material entra em colapso e deforma-se
permanentemente. Isso se deve à redução do módulo de elasticidade do material que
causa o escoamento, seguido do endurecimento por deformação até atingir o limite de
resistência.
É correto apenas o que se afirma em
A. I e IV.
B. I e III.
C. II e III.
D. I, II e IV.
E. II, III e IV.
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1. Introdução teórica
(a) (b)
Figura 1. (a) Máquina universal de ensaios (EMIC, 2010); (b) Corpos de prova para ensaio de tração.
Fonte. SOUZA, 2000; EMIC, 2010 (com adaptações).
Nesse ensaio, é aplicada uma carga de tração que cresce com o tempo até que
ocorra a ruptura do corpo de prova. Durante o ensaio, é medido o alongamento (L) que o
corpo de prova sofre e a resistência ao avanço (Q) correspondente a cada alongamento
(SOUZA, 2000).
Conhecidos as dimensões iniciais do corpo de prova (diâmetro d0 para corpo de prova
circular) e o comprimento útil (L0), é possível calcular, para cada alongamento, a tensão ()
e a deformação () por meio das expressões que seguem (SOUZA, 2000).
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Q Q L
A0 d 02 L0
4
Na expressão anterior, A0 é a área da seção transversal inicial do corpo de prova e
L sua variação de comprimento.
Os dados referentes às deformações e suas tensões correspondentes são lançados
em um gráfico conhecido como diagrama tensão-deformação (FREIRE, 1983).
Basicamente, quando ensaiamos materiais metálicos, são encontrados dois tipos de
comportamento para os materiais: os considerados dúcteis e os considerados frágeis. A
figura 2 apresenta no item (a) os dúcteis e no item (b), os frágeis (SOUZA, 2000).
Região de
Escoamento
p
Região da deformação
elástica
Figura 3. Diagrama tensão-deformação.
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Na figura 3, é possível distinguir duas regiões: a região elástica, que ocorre antes do
escoamento, e a região plástica, que ocorre após a região elástica e vai até a ruptura.
Na região elástica, pressupõe-se que a ausência de esforço está relacionada à
ausência de deformação. Nessa região, vale a Lei de Hooke, que afirma ser a tensão (σ)
proporcional à deformação () (SOUZA, 2000).
A proporcionalidade entre a tensão e a deformação é dada por meio de uma
característica do material chamada de Módulo de Elasticidade, também conhecida como
Módulo de Young, indicada por E.
A expressão da Lei de Hooke é: E
As tensões correspondentes aos pontos destacados na figura 3 são as descritas a
seguir.
σu: tensão última ou limite de resistência do material (máxima tensão que se atinge).
σR: tensão de ruptura (tensão que vai ocorrer no momento da ruptura do material).
σe: tensão de escoamento (tensão que, se atingida, provoca o deslocamento das
discordâncias e a deformação plástica).
σp: tensão limite de proporcionalidade (acima dessa tensão não é mais respeitada a
proporcionalidade entre a tensão e a deformação – Lei de Hooke).
εR: deformação de ruptura (deformação que, se atingida, ocorrerá a ruptura do
material).
O endurecimento e o consequente aumento da resistência à deformação na região
plástica ocorrem, principalmente, pela existência do fenômeno do encruamento.
Em geral, o encruamento é expresso em porcentagem (redução percentual da área
da seção transversal). A figura 4 mostra, para um material dúctil, as variações do limite de
resistência, do limite de escoamento e do alongamento em função da porcentagem de
encruamento (COSTA, 2012).
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630
560
490
420
Resistência à tração (MPa)
350
Limite de escoamento (MPa)
280
Alongamento (%)
210
140
70
0
20 40 60 80 100
Porcentagem de encruamento
Figura 4. Resistência, encruamento e alongamento em função do encruamento.
Fonte. COSTA (2012).
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Região Elástica
Figura 7. Diagrama tensão–deformação para o ensaio de torção.
T
determinada por:
Wt
d3
Para uma barra circular, com diâmetro d, temos que Wt .
16
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T
Figura 8. Barra circular sob ação de um momento de torção.
Fonte. WIEDENHOFT, 2008 (com adaptações).
O aspecto da fratura varia de acordo com o material do corpo de prova. Nos materiais
dúcteis, a fratura ocorre no plano da seção transversal e nos perfeitamente frágeis e ocorre
em hélice de ângulo igual a 45º. A parte (a) da figura 9 é a representação de uma fratura
dúctil e a parte (b) a de uma fratura frágil.
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Observa-se que a velocidade da fratura frágil é muito maior do que a da dúctil. Nos
materiais, de uma forma geral, parte da fratura é do tipo dúctil e parte é do tipo frágil.
Uma forma de avaliarmos a quantidade de cada tipo de fratura que um material
apresenta consiste em submetê-lo ao ensaio de impacto. Nesse ensaio, o corpo de prova é
submetido a uma carga de impacto, é analisado o aspecto da fratura e é medida a energia
de deformação absorvida (SOUZA, 2000).
Os equipamentos usados para esse ensaio são martelos pendulares, como mostra a
figura 10.
Nesses martelos, uma massa conhecida é lançada a partir de dada posição até atingir
o corpo de prova, que fica em posição mais baixa do que a que o martelo pode atingir. A
massa continua o movimento até atingir uma posição que, em relação à posição inicial, é
mais baixa. A energia absorvida é medida pela diferença de energia potencial da massa
entre essas duas posições (SOUZA, 2000). Isso está exemplificado na figura 11.
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Quanto mais dúctil for o material, maior será a energia absorvida pelo corpo de
prova.
I – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Segundo Costa (2012), o módulo de tenacidade é a energia de deformação
necessária para que o corpo de prova entre em ruptura e, segundo Fortes (2003), a
tenacidade à fratura é a capacidade que um material apresenta em resistir à propagação de
trincas.
II – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Segundo Wiedenhoft (2012), os materiais frágeis rompem-se a 45º do
plano da seção e, nessa situação, ocorre a tensão normal máxima e não o cisalhamento. De
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forma geral, a ruptura por cisalhamento ocorre nos materiais dúcteis e a ruptura por esforço
normal, nos materiais frágeis. A afirmativa III está certa, pois é pelo ensaio de impacto que,
segundo Souza (2000), podemos determinar a ductilidade e/ou fragilidade de um material.
Souza (2000) afirma ainda que os ensaios mais conhecidos são o Charpy e o Izod.
IV – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O módulo de elasticidade é uma propriedade do material no regime elástico
e não sofre redução em qualquer situação.
Alternativa correta: B.
3. Indicações bibliográficas
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Questão 9
Questão 9.9
Atualmente, as indústrias vêm utilizando, em suas linhas de produção, equipamentos cada
vez mais sofisticados, com modernos sistemas mecânicos e eletroeletrônicos, de maior grau
de complexidade, elevados custos e muitas exigências quanto ao nível da manutenção.
Dessa forma, estruturar bem o planejamento, programação e controle têm papel
fundamental na execução dos serviços de manutenção, pois representa um alto potencial de
contribuição para o aumento da produtividade.
Considerando a importância da escolha de um sistema de manutenção para assegurar um
estado satisfatório, previamente especificado, de equipamentos e instalações, avalie as
afirmações que se seguem.
I. A manutenção produtiva total é uma filosofia de organização em que a execução dos
serviços de manutenção é feita por equipes especializadas, destacadamente as equipes
de manutenção e produção.
II. A manutenção preditiva ocorre nas situações em que o equipamento apresenta um
desempenho abaixo do esperado, diagnosticado pelo monitoramento do mesmo, ou
quando ocorre sua falha.
III. A manutenção preventiva consiste na substituição de peças em intervalos
predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a
probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item.
IV. A manutenção preditiva deve ser adotada na organização quando o equipamento
permite algum tipo de monitoramento e as falhas são originadas de causas que possam
ser monitoras e ter sua progressão acompanhada.
É correto apenas o que se afirma em
A. I.
B. II.
C. I e III.
D. II e IV.
E. III e IV.
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1. Introdução teórica
Manutenção
Segundo Slack (1997), manutenção é o termo usado para abordar a forma pela qual
as organizações cuidam de suas instalações físicas, evitando, assim, que falhas ocorram.
Basicamente, existem três abordagens para a manutenção: a corretiva, a preventiva
e a preditiva (SLACK, 1997).
Manutenção corretiva é o trabalho de manutenção realizado após a falha ter
ocorrido. Esse tipo de manutenção pode ser empregado em equipamentos que não
comprometem o funcionamento da organização (SLACK, 1997).
Deve-se aplicar a manutenção corretiva na substituição de lâmpadas que compõem
a iluminação das dependências da organização, por exemplo. Essas lâmpadas trabalham até
que ocorra a falha. A empresa deve manter peças em estoque para realizar a substituição
quando necessária.
A manutenção preventiva visa a reduzir a probabilidade de falha provocada pela
manutenção em intervalos planejados. Esse tipo de manutenção deve ser aplicado quando a
falha do equipamento for catastrófica para a operação da empresa (SLACK, 1997).
Deve-se aplicar esse tipo de manutenção, por exemplo, na lubrificação dos
equipamentos e na verificação da integridade estrutural de aeronaves.
A manutenção preditiva tem por objetivo a realização de intervenções apenas
quando o equipamento precisar delas. Nesse tipo de manutenção, são feitos o
monitoramento do equipamento e a previsão da necessidade de intervenção antes que a
falha ocorra (SLACK, 1997).
A substituição de mancais e de elementos de transmissão em máquinas e a
substituição de pneus em veículos são alguns exemplos desse tipo de manutenção.
I – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A afirmativa I trata da manutenção produtiva. Segundo Slack (1997), as
três abordagens para a manutenção são a corretiva, a preventiva e a preditiva.
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II – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A manutenção preditiva visa à realização de intervenções antes que ocorra
a falha. Nesse tipo de manutenção, é feito monitoramento do equipamento para prever
quando a falha poderá ocorrer. O desempenho do equipamento não está associado a esse
tipo de manutenção.
IV – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. A manutenção preditiva visa à realização de intervenções antes que ocorra
a falha. Nesse tipo de manutenção, fazemos o monitoramento do equipamento para prever
quando a falha poderá ocorrer (SLACK, 1997).
Alternativa correta: E.
3. Indicação bibliográfica
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Questão 10
Questão 10.10
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1. Introdução teórica
Segundo Kotler (2006), um produto é considerado qualquer artigo que tenha como
objetivo satisfazer à necessidade específica de um consumidor. É importante que o produto
feito e o serviço oferecido por uma empresa sejam projetados de maneira a atender às
necessidades e às expectativas dos clientes.
Segundo Reis (2007), um produto continuará vivo no mercado desde que esteja
atendendo às necessidades impostas pelos consumidores.
O conceito de ciclo de vida do produto (CVP) surge de acordo com as mudanças das
exigências do mercado, dos consumidores e dos concorrentes.
Segundo Kotler (2006), quando estudamos o ciclo de vida de um produto, as
variáveis principais são a forma, os materiais de sua composição e suas funções.
As ideias para novos produtos podem vir de fontes internas e externas. Um novo
produto pode ser obtido a partir da observação dos consumidores em potencial, dos clientes,
dos concorrentes, dos funcionários e do setor de pesquisa e desenvolvimento (SLACK,
1997). A partir disso, são criados os conceitos, que são declarações transparentes que
englobam ideia, forma, função, objetivos e benefícios globais (SLACK, 1997).
Os conceitos são trabalhados até serem projetados os pacotes e os processos. O
pacote é a especificação do que está incluso no produto ou serviço e a consequente relação
de materiais para sua obtenção. O processo é a especificação de como esses materiais serão
reunidos e processados para produção do produto ou do serviço (SLACK, 1997).
O projeto preliminar verifica se é possível obter o produto de maneira mais fácil, mais
barata e/ou melhor.
O projeto é testado por meio de simulações virtuais e físicas para uma eventual
revisão e posterior disponibilização para a produção (SLACK, 1997).
I – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Segundo Slack (1997), é importante que os produtos e os serviços
oferecidos por uma empresa sejam projetados de maneira a atender às necessidades e às
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expectativas dos clientes. Não se deve esquecer que os clientes esperam atualizações para
exprimir modernidade e atenção às mudanças de suas necessidades.
II – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A afirmativa II indica que o dimensionamento físico deve ser feito na etapa
de manufatura. Segundo Slack (1997), esse dimensionamento faz parte do pacote que deve
ser executado antes do projeto do processo.
IV – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Segundo Reis (2007), um produto continuará vivo no mercado desde que
esteja atendendo às necessidades impostas pelos consumidores. O conceito de ciclo de vida
do produto (CVP) surge de acordo com a mudança das exigências do mercado, dos
consumidores e dos concorrentes.
V – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Segundo Kotler (2006), quando estudamos o ciclo de vida de um produto,
as variáveis principais são a forma, os materiais de sua composição e suas funções.
Alternativa correta: C.
3. Indicações bibliográficas
2012.
SLACK, N. et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1997.
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ÍNDICE REMISSIVO
Processos de fabricação mecânica. Usinagem. Torneamento. Ferramentas
Questão 1
de corte. Materiais para ferramentas. Fluidos de corte.
Processos de fabricação mecânica. Usinagem. Torneamento. Tecnologia
Questão 2
Mecânica. Medida de rugosidade.
Processos de fabricação mecânica. Usinagem. Torneamento. Potência de
Questão 3
usinagem. Eletricidade Aplicada. Motores elétricos.
Processos de fabricação mecânica. Usinagem. Torneamento. Ferramentas
Questão 4
de corte. Materiais para ferramentas. Vida das ferramentas.
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