Produção de Soja Na Empresa Vanguarda Agro, São Desidério/BA
Produção de Soja Na Empresa Vanguarda Agro, São Desidério/BA
Produção de Soja Na Empresa Vanguarda Agro, São Desidério/BA
FACULDADE DE AGRONOMIA
AGR99006 - DEFESA DE TRABALHO DE CONCLUSÃO
Fabrício Balerini
Matrícula: 00170441
Fabrício Balerini
Matrícula: 00170441
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO
Profa. Mari Lourdes Bernardi – Depto. de Zootecnia (Coordenador(a))
Profa. Beatriz Maria Fedrizzi – Depto. de Horticultura e Silvicultura
Prof. Elemar Antonino Cassol – Depto. de Solos
Prof. Fábio de Lima Beck – Núcleo de Apoio Pedagógico
Prof. José Fernandes Barbosa Neto – Depto. de Plantas de Lavoura
Prof. Josué Sant’ana – Depto. de Fitossanidade
Profa. Lúcia Brandão Franke – Depto. de Plantas Forrageiras e Agrometeorologia
A Deus, por ter me presenteado com a vida, permitindo minha passagem por este mundo
repleto de oportunidades.
Ao meu pai Selvi, mãe Marlene e irmão Fábio por serem a base e os exemplos de minha
vida. Por contribuírem na escolha do curso e por terem me dado todo o incentivo e apoio
financeiro ao longo de toda minha vida. Sou eternamente grato e feliz por tê-los como minha
família.
Aos meus tios Inês, Vitelmo e Antônio, e primos Nego, Andréia e Andreza, por
representarem minha segunda família e por todas as contribuições que me foram dadas ao longo
de minha vida.
A minha namorada Amanda, por estar sempre ao meu lado, apoiando minhas decisões
e contribuindo com meu avanço, tanto de forma psicológica quanto profissional. Tenho
aprendido muito com sua simplicidade, honestidade e garra.
Ao grande amigo Sérgio Costa, por ter contribuído com a escolha do local para
realização do estágio e por todo o aprendizado obtido no convívio com esta pessoa de caráter.
Ao Engº Agrº Carlinhos Cardoso, por aceitar meu pedido de estágio e por todo o
empenho em transmitir o conhecimento durante e após o estágio.
Ao professor José Antônio Martinelli, pela orientação do estágio e por todo o
conhecimento transmitido ao logo do curso.
Ao Helder, Cleyton, Silvanei e todos os demais funcionários da Fazenda Indiana, pela
amizade e pelos ensinamentos ao longo do período de estágio.
Ao professor Carlos A. Bissani, pela orientação durante mais de 4 anos de iniciação
científica, pela simplicidade e caráter, além de toda a contribuição com meu aprendizado ao
longo do curso.
A todos os colegas de graduação, especialmente ao Henrique C., Byvis, Bruno, Bruna,
Liliana, Mathias, Darlan, Lucas Z., Ândrio, Rickiel e Pedro V., por todos os momentos vividos
ao longo de toda a graduação.
Ao pessoal do Laboratório de Química e Fertilidade do Solo, Liane, Arnuti, Bernardo,
Rosele, Diego, Gabriela, Xuby, Manuela, Isadora e em especial ao Adão, por todos os
ensinamentos e pela amizade.
APRESENTAÇÃO
A agricultura mundial sofreu grandes mudanças nas últimas décadas, com o intuito de
atender às demandas por alimentos, frente ao crescente aumento da população. Foi com os
incentivos dos governos nas áreas de pesquisa e crédito rural aos produtores que o agronegócio
foi perdendo suas características de extrativismo para dar espaço a um sistema de produção
mais sustentável.
Além disso, o avanço no conhecimento das diferentes áreas resultou em uma cobrança
cada vez maior sobre o setor do agronegócio. Surgiu uma exigência constante por uma maior
eficiência do sistema na produção de alimentos, visando por produtos que se mostrem seguros
ao consumo humano e que sejam produzidos em sistemas sustentáveis, buscando pela
preservação do meio ambiente.
Todas essas mudanças e cobranças voltadas à agricultura, exigem profissionais
qualificados que saibam trilhar o caminho até esses objetivos e que consigam transmitir essas
inovações ao produtores rurais. Portanto, Engenheiros Agrônomos com uma formação
completa são indispensáveis para o avanço do agronegócio, obtida com muito estudo,
experiências de campo e a busca pelo conhecimento.
Escolhi por realizar o estágio curricular obrigatório em uma grande empresa do
agronegócio situada em uma região diferente à de vivência, visando conhecer outras realidades
de campo e de cultura, justamente para obter uma formação mais diversificada. Além disso,
conhecer o dia-a-dia de uma empresa agrícola permite perceber aspectos que não são abordados
em sala de aula e que vão além da área técnica, como o trabalho com pessoas e a própria gestão
do agronegócio.
Envolvido pelas atividades que indicam a chegada do término da graduação, me sinto
um pouco inseguro ao me deparar com a chegada do começo de uma carreira profissional. No
entanto, toda a experiência construída ao longo deste período de formação, seja em sala de aula,
trabalhos de laboratório ou atividades de campo, me aumentaram a competência e a confiança
para desenvolver as atribuições que me serão dadas.
RESUMO
Este trabalho faz referência ao estágio de final de curso realizado nos meses de Janeiro
e Fevereiro de 2013, em uma unidade de produção de grãos e fibras da empresa Vanguarda
Agro, localizada no Distrito de Roda Velha, município de São Desidério/BA. O objetivo foi de
aperfeiçoar e aplicar os conhecimentos obtidos ao longo do curso, além de conhecer os sistemas
de produção agrícola inseridos no Bioma Cerrado. Foram realizadas atividades na fase de
desenvolvimentos vegetativo e reprodutivo da cultura da soja, envolvendo o monitoramento de
pragas, doenças e plantas daninhas, acompanhamento de aplicações de defensivos agrícolas,
treinamentos e dia de campo. Neste período foi possível conhecer um pouco das metodologias
de planejamento de uma empresa agrícola e os desafios a serem superados no cultivo da soja.
LISTA DE TABELAS
Página
FIGURA 5 – FOTOS DAS FASES LARVAL (A) E ADULTA (B) DA LAGARTA DA SOJA (ANTICARSIA
GEMMATALIS). ....................................................................................................... 20
FIGURA 6 – FOTOS DAS FASES LARVAL (A) E ADULTA (B) DA LAGARTA FALSA-MEDIDEIRA
(PSEUDOPLUSIA INCLUDENS) E DO DANO NA FOLHA (C) CAUSADO PELO ATAQUE DO
INSETO. ................................................................................................................. 20
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 9
6. DISCUSSÃO ................................................................................................................... 34
APÊNDICES ........................................................................................................................... 37
ANEXOS ................................................................................................................................. 38
9
1. INTRODUÇÃO
do Eng.º Agr.º Carlos Cardoso Júnior, Engenheiro Agrônomo da empresa e responsável por um
dos setores de produção, tendo como orientador acadêmico o Professor José Antônio Martinelli.
O cultivo da soja possui uma ampla gama de conhecimentos que podem ser adaptados
às diferentes regiões do Brasil. No entanto, alguns fatores peculiares de cada região podem
resultar em manejos diferenciados da cultura, como os fatores edafo-climáticos. Neste contexto,
o objetivo do estágio foi de buscar um aperfeiçoamento e aplicação dos conhecimentos obtidos
ao longo do curso, conhecer os sistemas de produção agrícola inseridos no Bioma Cerrado e
acompanhar a rotina diária de uma empresa rural de grande porte.
2.2 Localização
A sede do município dista 869 km da capital Salvador e 860 km da Capital Federal, Brasília. A
sede da fazenda, situada no Distrito Roda Velha, tem como coordenadas geográficas 13⁰9’52”S
e 46⁰4’26”O.
Fonte: Wikipédia.
2.3 Clima
30 200
Precipitação (mm)
Temperatura (⁰C)
25 150
20 100
15 50
10 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Tmin Tmáx Precipitação
Fonte: Adaptado de CLIMA TEMPO (2013).
São Desidério possui cerca de 85% de seu território inserido na região geomorfológica
de Chapadas do São Francisco e composto principalmente pela unidade geomorfológica
Chapadão, encontrada nas porções mais elevadas do relevo. Seu relevo caracteriza-se por ser
plano e descontínuo, devido aos processos erosivos, apresentando altitude em torno dos 550
metros (EMBRAPA, 2010). A vegetação predominante é do tipo cerrado, motivo pelo qual
compõem o Bioma Cerrado Brasileiro. Segundo SANTOS (2008), são identificados no
município o Cerrado Sentido Restrito, Matas de Galeria, Veredas, Campos Úmidos, porções de
transição entre Cerrado e Caatinga e, Florestas Submontanas, as quais ocorrem sobre rochas
carbonáticas e pelíticas.
Quanto aos recursos hídricos, São Desidério está inserido no sistema do aquífero
Urucuia e compreendido nas bacias hidrográfica do Rio Grande, Rio de Fêmeas e Rio Corrente.
Os rios da região são abastecidos predominantemente por águas subterrâneas e desempenham
papel importante na viabilidade de sistemas de irrigação, contribuindo com o desenvolvimento
agrícola do município e da região. Além disso, o crescente aumento no cultivo de grãos tem
demandado a perfuração de poços artesianos no aquífero Urucuia, tanto para o consumo
humano quanto para abastecimento de sistemas de irrigação (LUZ et al., 2009).
13
2.5 Solos
São Desidério possui uma área total de 15.157 km² e uma população de 27.659
habitantes, com uma população rural e urbana de, respectivamente, 69% e 31%. A densidade
demográfica é de 1,82 hab/km² (IBGE, 2010). O município possui um Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH= 0,579), considerado baixo segundo o Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2010), além de estar abaixo do IDH médio do estado
baiano (IDH= 0,660). O PIB per capita é de R$ 30.841,23, sendo composto principalmente
pelo setor agropecuário (Tabela 1).
Tabela 2 - Área cultivada, participação (%) na área cultivada com plantas de lavouras anuais,
produção anual, rendimento médio e valor da produção anual das três principais
culturas temporárias do município de São Desidério/BA.
Participação na Produção Rendimento Valor da
Cultura Área cultivada
área cultivada anual Médio produção
ha % toneladas kg ha-1 milhões de reais
Algodão 184.410 34,9 614.085 3.330 1.369,4
Milho 61.892 11,7 559.256 9.036 233,6
Soja 262.120 49,6 754.906 2.880 632,9
Fonte: adaptado de IBGE, 2012.
Figura 3 - Distribuição das UPs (Unidades de Produção) da V-Agro no mapa do Brasil, com
destaque da UP do estado da Bahia.
A Fazenda Indiana foi o local em que foi realizada a maior parte das atividades do
estágio. A fazenda é composta por 6.340 ha de área cultivada, a qual é dividida em 31 talhões
com área média de 200 ha cada (Figura 4). Nesta fazenda está localizada a Unidade de
Beneficiamento de Sementes (UBS) responsável por produzir parte das sementes demandada
pelas UPs.
16
Figura 4 – Imagem de satélite da Fazenda Indiana da empresa V-Agro com a delimitação dos
talhões para o cultivo de grãos e fibra e da sede (em vermelho), na Unidade de
Produção do município de São Desidério/BA.
A cultura da soja (Glicyne max (L.) Merrill), atualmente cultivada em nível mundial, é
muito diferente das variedades ancestrais. Originada da costa leste da Ásia, região norte da
China, sua evolução se deu a partir do cruzamento de duas espécies de soja selvagem que foram
sendo melhoradas no território chinês (NEVES, 2011). A cultura era considerada produtora de
um grão sagrado e compunha a dieta alimentar dos Orientais há mais de cinco mil anos. Mesmo
assim, seu primeiro relato em território Ocidental foi em 1804, nos Estados Unidos da América
(SEDIYAMA et al., 2005).
No Brasil, a soja foi introduzida na Bahia em 1882, vinda dos EUA. Na época a cultura
era explorada principalmente como forrageira e de forma alternativa para a produção de grão.
Segundo Embrapa (2002), em 1900 a soja foi levada para os produtores do estado de São Paulo
e, nessa mesma época, houve o primeiro relato de soja no Rio Grande do Sul (RS), no município
de Dom Pedrito, onde a cultura encontrou as condições edafoclimáticas mais próximas à região
dos EUA, onde havia sido melhorada (OLIVEIRA & VIDAL, 2010).
Entre as décadas de 60 a 70, o Rio Grande do Sul e o Paraná eram os estados que
detinham a grande parte da produção nacional de soja. E, foi a partir da década de 80 que
ocorreram os primeiros cultivos comerciais da cultura no Bioma Cerrado, abrangendo uma
ampla região conhecida como “polígono dos solos ácidos”, composta pelos estados de Minas
Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, sul do Maranhão, sul do Piauí e
oeste da Bahia. Atualmente o cerrado é tido como o responsável pela expansão e sucesso da
soja no Brasil, sendo o Mato Grosso o maior produtor nacional da oleaginosa (SANTOS, 2013).
O cultivo da soja tem se modernizado muito nos últimos anos, visando atender as
demandas da principal oleaginosa do mundo, contribuindo com o desenvolvimento econômico
e social de países como o Brasil, por exemplo (SANTOS, 2013). A cultura é responsável por
aproximadamente 35% da renda agrícola nacional, o que corresponde a 1,5% do PIB do Brasil.
Ainda, emprega cerca de 1,5 milhão de trabalhadores nas propriedades dos 243 mil produtores,
sejam eles de agricultura familiar ou latifúndios com grandes fazendas, contribuindo com a
melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da população (ABIOVE, 2013).
18
A cultura da soja está sujeita a uma série de insetos pragas que, apesar da existência de
predadores naturais, estes nem sempre por si só são eficientes no controle destas pragas,
podendo-se gerar perda econômica à cultura. A seguir serão listadas as principais pragas para a
cultura da soja e que frequentemente estão presentes nas lavouras brasileiras (MOREIRA &
ARAGÃO, 2009).
Lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis): a lagarta apresenta coloração verde, com
estrias longitudinais brancas. Sua fase larval tem duração de 12 a 15 dias (Figura 5a). O inseto
adulto é uma mariposa de coloração parda, cinza ou marrom (Figura 5b). Quando em repouso,
fica visível uma linha transversal que vai de uma asa até a outra. Nos dois primeiros instares (3
a 9 mm), as lagartas raspam o parênquima foliar; a partir do terceiro instar passam a perfurar as
folhas.
20
Figura 5 – Fotos das fases larval (a) e adulta (b) da Lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis).
a) b)
Fotos: autor
Figura 6 – Fotos das fases larval (a) e adulta (b) da Lagarta falsa-medideira (Pseudoplusia
includens) e do dano na folha (c) causado pelo ataque do inseto.
a) b) c)
Fotos: autor
Figura 7 – Foto de lagarta encontrada no campo (a), caracterizada a olho-nú como Heliothis
virescens, Helicoverpa zea ou Helicoverpa armigera (diferenciação apenas em
laboratório) e fotos da fase adulta da H. zea (b) e H. virescens (c).
a) b) c)
Fotos: autor
22
Percevejo-verde (Nezara viridula): os adultos são verdes, sendo o abdome mais claro
que a área dorsal (Figura 8a). Os ovos são branco-amarelados e se tornam rosados próximo a
eclosão, sendo depositados de forma aglomerada, formando figuras similares a um hexágono.
Se alimentam da seiva dos tecidos das plantas, podendo levar a queda das folhas em plena
produção.
Percevejo-marrom (Euschistos heros): adultos são de coloração marrom, protórax com
dois espinhos laterais e uma mancha branca em meia-lua no dorso (Figura 8b). Os ovos são
depositados em filas, de onde eclodem ninfas com coloração amarelada a esverdeada. Os danos
são causados pela sucção da seiva das vagens ainda verdes, causando o chochamento de grãos
e retenção foliar ou “soja louca”, em alguns casos.
Tamanduá-da-soja (Sternechus subsignatus): O adulto é um besouro com coloração
escura, com linhas amarelas bem características no pronoto e nos élitros, estes sendo também
pontuados. Os ovos são depositados em um anel feito no caule da planta, eclodem e as larvas
migram para empupar no solo. Os adultos alimentam-se da casca do caule e das hastes,
causando desfiamento dos tecidos (Figura 8c). Os danos maiores são caudados no início do
ciclo da cultura.
a) b) c)
Fotos: autor
A ocorrência de doenças tem sido uma realidade cada vez mais presente nas culturas
agrícolas, não sendo diferente para a cultura da soja. A incidência das moléstias é bastante
dependente das condições climáticas de cada ano agrícola e da região de cultivo, exigindo um
monitoramento contínuo ao longo do ciclo das culturas. A seguir serão listadas e discutidas
brevemente algumas das principais doenças para a cultura da soja.
23
rotação de culturas, respeitar o vazio sanitário específico para a região, dar a preferência para
cultivares com resistências comprovadas, realizar o tratamento de sementes, respeitar o
espaçamento adequado para as culturas e, principalmente, realizar o monitoramento das
lavouras, visando ao diagnóstico de doenças ainda na fase inicial para a realização do controle
químico, facilitando o controle das doenças quando ainda em estágio inicial de infestação. Esses
manejos são todos reunidos no que chamamos de Manejo Integrado de Doenças (MID).
Figura 9 – Fotos das principais doenças da cultura da soja, visualizadas no período de estágio:
Ferrugem “Asiática” (Phakopsora pachyrhizi) (a); Mancha Parda (Septoria
glycines) (b); Crestamento Foliar (Cercospora kikuchii) (c); e Mofo-branco
(Sclerotinia sclerotiorum) (d).
a) b)
c) d)
Fotos: autor
Desta forma, deixa-se de apostar apenas na eficiência dos produtos químicos, muitas
vezes comprometida em função do surgimento de raças de patógenos insensíveis. Além disso,
deve-se sempre utilizar os produtos registrados para a cultura da soja, respeitar a dose
recomendada para o controle efetivo da doença e realizar as pulverizações quando as condições
climáticas forem adequadas.
25
destas medidas são: uso de sementes certificadas, limpeza de equipamentos de uso agrícola e
realizar limpezas em áreas ociosas da propriedade. O método cultural é outra ferramenta
importante para o controle das plantas daninhas, sendo que práticas simples como, uso de
espaçamento que permita o rápido fechamento das entrelinhas e a rotação de culturas. Ainda,
existe o método físico, que tem tido seu uso reduzido com o incremento das áreas sob a
semeadura direta e, o método químico, que sem dúvida alguma é o mais utilizado na cultura da
soja, os quais são classificados em várias categorias, sendo os principais: dessecação, pré-
emergência e pós-emergência (REUNIÃO, 2009).
Figura 10 – Fotos das principais plantas daninhas da cultura da soja visualizadas no período de
estágio: capim-amargoso (Digitaria insularis) (a); caruru-de-mancha
(Amaranthus viridis L.) (b); trapoeraba (Commelina benghalensis) (c); erva-
quente (Spermacoce latifolia) (d); erva-de-touro (Tridax procumbens) (e); corda-
de-viola (Ipomoea sp.) (f).
a) b) c)
d) e) f)
Fotos: autor
27
5. ATIVIDADES REALIZADAS
Fotos: autor
No período de estágio houve uma grande incidência das diferentes espécies de lagartas,
sendo: Lagarta-das-maçãs-do-algodoeiro (Heliothis virescens); Lagarta-da-espiga-do-milho
(Helicoverpa zea); Lagarta falsa-medideira (Pseudoplusia includens); Lagarta da soja
(Anticarsia gemmatalis) e Lagarta-da-vagem (Spodoptera eridania e S. cosmioides). As três
primeiras foram as que estiveram mais presentes na maior parte do tempo e em maior
quantidade, gerando dificuldades para o controle e danos econômicos à cultura. A Mosca-
branca (Bemisia tabaci raça B) também apresentou alta incidência nas áreas de soja, estando
presente em todo o desenvolvimento da cultura. Além dessas, foram encontradas algumas
espécies de percevejos: (Percevejo-verde (Nezara viridula); Percevejo-verde-pequeno
(Piezodorus guildinni); Percevejo-marrom (Euschistos heros) e Percevejo-barriga-verde
(Dichelops furcatus)), principalmente a partir do estádio fenológico R5, mas sem atingir nível
de dano econômico.
Com relação às doenças, a incidência foi abaixo da esperada, a ponto de não ser
diagnosticada a presença da principal doença da cultura da soja, a Ferrugem “asiática” (P.
pachyrhizi). Este fato se deve principalmente aos baixos índices de precipitação registrados no
período de Dezembro a Março, limitando o desenvolvimento dos patógenos causadores das
doenças da cultura, além a aplicação preventiva dos fungicidas. Apesar da baixa incidência,
foram diagnosticadas as seguintes doenças: Míldio (Peronospora manshurica); Antracnose
(Colletotrichum dematium var. truncata); Mancha parda (Septoria glycines); Crestamento
foliar (Cercospora kikuchii); Podridão branca da haste ou Mofo-branco (Sclerotinia
sclerotiorum) e Mancha alvo (Corynespora cassiicola).
29
Foi avaliada também a incidência de plantas daninhas, a qual era feita pelo diagnóstico
das espécies presentes e uma aproximação da infestação (reboleiras ou área total). As principais
espécies encontradas foram: corda-de-viola (Ipomoea sp.), capim-amargoso (Digitaria
insularis), capim-carrapicho (Cenchrus echinatus), caruru-de-mancha (Amaranthus viridis L.),
trapoeraba (Commelina benghalensis), poaia (Richardia brasiliensis), erva-de-touro (Tridax
procumbens), erva-quente (Spermacoce latifolia), erva-de-santa-luzia (Chamaesyce hirta) e
buva (Coniza bonariensis). Vale destacar que boa parte destas plantas apresentaram algum tipo
de tolerância ao glifosato, exigindo doses mais altas para que o controle fosse possível. Além
disso, a incidência de ervas foi acima do normal por não ter sido feita a dessecação pré-plantio,
pois não havia até então alta incidência de plantas daninhas em virtude do atraso das chuvas.
A tomada de decisão para intervenção com a pulverização das lavouras com inseticidas
se baseava no monitoramento dos estagiários (planilhas), monitoramento do Eng.º Agr.º
responsável e no período transcorrido da última aplicação. O fato de que as pragas principais
foram as lagartas, sempre que houvessem mais que 8 lagartas por ponto amostrado, o talhão
ficava em observação e era programada a pulverização de inseticida. Com relação as doenças,
a primeira aplicação foi feita no início da floração, sendo as demais realizadas ao final do
período de ação do fungicida, cerca de 20 dias após. Na Tabela 3, estão listados os inseticidas
e fungicidas, com suas respectivas doses, utilizados nas lavouras de soja da Fazenda Indiana.
O caminhamento das lavouras era, geralmente, realizado unicamente pelos estagiários.
No entanto, o Eng.º Agr.º responsável tinha a preocupação na difusão de conhecimentos, o qual
ocorria por conversas e visitas a lavouras de fazendas vizinhas em que havia o cultivo da soja
e também os cultivos do algodão e do milho.
30
Tabela 3 – Inseticidas, fungicidas e suas respectivas doses, utilizados para o controle das
principais pragas e doenças das lavouras de soja da Fazenda Indiana.
Dose
Produto Comercial Grupo Químico Ingrediente Ativo
(L/ha)
INSETICIDAS
Lambda-Cialotrina +
AMPLIGO Piretróide + Antranilamida 0,1
Clorantraniliprole
BAZUKA Metilcarbamato de Oxina Metomil e Metanol 1,0
BELT Diamida do Ácido Ftálico Flubendiamida 0,1
CONNECT Neonicotinóide e Piretróide Imidacloprido e Beta-Ciflutrina 1,2
DIPEL Bacillus thuringiensis 0,3
FURY 400 Piretróide Zeta-Cipermetrina 0,3
LARVIN Metilcarbamato de Oxina Tiodicarbe 0,4
METHOMEX 215
Metilcarbamato de Oxina Metomil 1,5
SL
NOMOLT 150 Benzoiluréias Teflubenzuron 0,07
NEXIDE Piretróide Gama Cialotrina 0,15
NUFOS Organofosforado Clorpirifós 1,2
TALSTAR 100 EC Piretróide Bifentrina 0,2
TURBO Piretróide Beta-Ciflutrina 0,25
FUNGICIDAS
FOX Estrobilurina e Triazolinthione Trifloxistrobina e Protioconazol 0,4
NATIVO Estrobilurina e Triazol Trifloxistrobina e Tebuconazol 0,5
PRIORI XTRA Estrobilurina e Triazol Azoxistrobina e Ciproconazol 0,3
A pulverização era uma prática utilizada para a aplicação de defensivos agrícolas nas
lavouras da fazenda, fossem eles herbicidas, inseticidas e fungicidas, além de micronutrientes
(Boro e Manganês) e pequenas doses de uréia, realizadas de forma terrestre e aérea. A aplicação
terrestre era a principal forma de pulverização, pois permitia maior qualidade e,
consequentemente, melhor eficiência dos produtos utilizados, principalmente pela maior dose
de calda aplicada, ficando em torno dos 80 L/ha. Os equipamentos utilizados eram três Uniport
da marca Jacto, com capacidade do tanque de 2000 litros e largura útil (LU) de 22,50 metros
(Figura 12a).
O abastecimento dos pulverizadores era feito com caminhões-tanque contratados de
empresa terceirizada. Um dos caminhões permanecia fixo nas proximidades do talhão a ser
pulverizado, no qual era feita a dosagem da calda (Figura 12a). Os demais caminhões eram
responsáveis pelo transbordo de água até o caminhão dosador.
As pulverizações terrestre eram realizadas em turno diurno e noturno, conforme as
escalas de trabalho da empresa. A pulverização diurna era acompanhada sempre que sobrasse
31
algum tempo após o monitoramento e a pulverização noturna foi acompanhada durante uma
semana inteira, mais ao final do período de estágio. A atividade desenvolvida se baseava no
apoio à equipe de pulverização, como o transporte dos operadores até o local de trabalho, com
o uso de automóvel, verificação da disponibilidade de produtos no caminhão dosador,
acompanhamento técnico das condições climáticas no momento da pulverização e participação
na tomada de decisão em caso de alguma complicação climática e quebra de equipamentos, por
exemplo.
A pulverização aérea era realizada sempre que fosse excedida a capacidade de
rendimento dos pulverizadores terrestre, sendo portanto uma forma alternativa de aplicação e
não a principal. A aeronave era terceirizada, com as seguintes especificações técnicas: avião
Airtractor, modelo AT502, tanque de 2.000 litros, LU de 22 a 28 metros e altura de voo variando
de 3 a 5 metros (Figura 12b). A vazão média utilizada nas pulverizações era de 15 L/ha, com
uma eficiência média de 400 ha/h.
a) b)
A produção de soja da fazenda foi prejudicada por enfrentar dois períodos de déficit
hídrico, nos meses de Dezembro e Fevereiro, principalmente, resultando em grandes reduções
na produtividade da cultura. Com isso, foi solicitada a realização de uma estimativa de
produtividade em cada um dos 31 talhões da fazenda, com o intuito de permitir um
replanejamento para os preparativos da colheita quanto a logística e comercialização dos grãos.
Para tal, coletou-se aleatoriamente 16 plantas por talhão, nas quais foi feita a contagem
dos legumes, separando-as conforme o número de grãos viáveis por legume, obtendo-se a
32
produção média por planta que, por meio de uma planilha de excel contendo dados de stand de
cada área, foi possível obter uma estimativa da produtividade média que ficou em torno de
3.300 kg/ha. Além disso, foram contados os legumes chochos (que não tiveram sucesso no
enchimento dos grãos) (Figura 13), chegando-se a um valor médio de 22% de legumes
chochos/planta. No entanto, a produtividade média geral referente as três fazendas ficou abaixo
do estimado, em 2.400 kg/ha. Isso foi explicado pelo fato de que o período de estiagem ocorreu
quando a soja estava na fase de enchimento de grãos, resultando em um maior número de
legumes chochos e de grãos mal nutridos.
Foto: autor
A empresa possui uma preocupação com a capacitação dos colaboradores, com relação
às novidades que vão surgindo no mercado agrícola. Desta forma, no período de estágio foram
realizados alguns cursos com o patrocínio direto da empresa Bayer, bastante presente no dia-a-
dia das fazendas da UP/BA, tais como:
Palestra sobre Controle de Nematoides: ministrada pelo Professor Universitário da
UNESP/FCAV Jaboticabal, Engº Agrº Dr. Jaime Maia dos Santos;
Palestra sobre Manejo das Doenças da Soja: ministrada pelo Fitopatologista da empresa
MCI Assessoria em fitopatologia, Engº Agrº Dr. Marcos Massamitsu Iamamoto;
33
Palestra com divulgação de produtos para o controle de doenças da soja: ministrada por
pesquisadores da empresa Bayer CropScience;
Participação em dia-de-campo promovido pela Produtiva, empresa produtora de
sementes.
a) b)
Fotos: autor
34
6. DISCUSSÃO
função da falta de princípio ativo que controle efetivamente estas espécies, sem prejudicar o
desenvolvimento da cultura. Portanto, fica evidente a importância de se controlar estas espécies
na entressafra, utilizando um Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD), que consiste na
utilização conjunta de técnicas para o controle das ervas, tais como: realizar rotação de princípio
ativo, rotação de culturas, manutenção da cobertura do solo, enfim, sempre buscando utilizar as
mesmas em conjunto (químicas e não-químicas) (CHRISTOFFOLETI et al., 2004).
Nas últimas safras tem surgido uma ampla discussão quanto a necessidade de utilização
de fertilizantes nitrogenados na cultura da soja. No início do estágio, quando a cultura da soja
se encontrava no estádio de desenvolvimento vegetativo (V2-V5), acompanhou-se a utilização
de uma dose de 4 kg/ha de uréia, aplicada em duas pulverização. No entanto, Thomas & Costa
(2010) ressaltam que a demanda da cultura por nitrogênio é suprida, principalmente, pela
simbiose com o bradirizóbio e pelo N mineral do solo, não sendo economicamente rentável a
utilização de fertilizantes minerais. Além disso, a utilização de doses acima de 20 kg de N/ha
diminui a eficiência da bactéria Rhizobium. Neste contexto, a aplicação de uréia praticada na
fazenda pode estar representando um incremento nos custos do cultivo do grão, sem trazer
benefícios em produtividade.
O bom funcionamento das máquinas agrícolas é crucial para que seja possível seguir
um cronograma de atividades e realizar as operações nos momentos adequados. No entanto, os
pulverizadores e os caminhões (terceirizados), utilizados nas pulverizações da fazenda, se
encontravam em mau estado de conservação, gerando constantes problemas mecânicos e
diminuindo o rendimento da operação. O problema com os equipamentos, associado a períodos
de maior precipitação, limitavam a aplicação terrestre dos defensivos agrícolas, necessitando
recorrer a aplicação aérea, a qual gera um custo maior à fazenda. Além disso, a qualidade obtida
na aplicação aérea era inferior a aplicação terrestre, resultando em menor eficiência dos
defensivos agrícolas no controle das pragas e moléstias.
Por fim, na maioria das propriedades agrícolas, um dos pontos limitantes à obtenção de
maiores rendimentos econômicos é a falta de conhecimento técnico dos produtores, visto que a
assistência técnica rural é bastante limitada. Entretanto, a disponibilidade de mão-de-obra
profissional foi um dos principais aspectos positivos evidenciados na fazenda, onde toda
tomada de decisão era feita juntamente com um profissional da área. Os fatores limitantes, neste
caso, eram a falta de liberdade para tomar algumas decisões e a burocracia a ser cumprida pelo
profissional responsável.
36
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização do estágio em uma região diferente foi importante para que fossem vividas
outras realidades culturais e profissionais. O convívio diário com pessoas de diferentes origens,
costumes e valores foi enriquecedor, pois o que é a identidade das pessoas que ali vivem é
novidade para uma pessoa do meio externo. Além disso, o acompanhamento diário do trabalho
de um Engenheiro Agrônomo de campo permitiu compreender e aplicar algumas das
atribuições da profissão. Foi uma ótima oportunidade para preencher algumas lacunas,
recorrendo aos conhecimentos teóricos obtidos ao longo da graduação e para serem aplicados
em atividades práticas, como o diagnóstico e controle de pragas em doenças na cultura da soja.
No currículo de agronomia não existe uma disciplina específica que ensine como
trabalhar com pessoas, mas sabe-se das dificuldades existentes no trabalho de um Engenheiro
Agrônomo. Apesar de passar a maior parte do tempo no monitoramento das lavouras, o período
em que acompanhei a equipe de pulverização criou um laço estreito com os funcionários,
devendo-se manter um convívio amigável e de cobranças ao mesmo tempo, as quais são
situações que nem sempre conseguem andar juntas.
Por fim, aceitar desafios pode ser algo desgastante, ao mesmo tempo que pode ser
considerado um sinônimo de “obtenção de experiência”. Concluo minhas atividades de estágio
com a certeza de que as dificuldades encontradas neste período contribuíram na obtenção de
um balanço positivo. Neste sentido, os desafios enfrentados foram aceitos, elaborados e
transformados em experiência de vida, importantes na minha formação acadêmica e
profissional.
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37
APÊNDICES
Apêndice A – Imagem da planilha de excel para o controle das pulverizações e do monitoramento realizado nos talhões da Fazenda Indiana.
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ANEXOS