A Fenilcetonúria
A Fenilcetonúria
A Fenilcetonúria
autossômicas recessivas?
O que é a fenilcetonúria?
A fenilcetonúria, também conhecida como PKU, é uma doença genética rara caracterizada
pela deficiência de uma enzima produzida no fígado, necessária para processar o
aminoácido fenilalanina. Assim, esta mutação é responsável por alterar a função da enzima
fenilalanina hidroxilase, ou PAH, no organismo responsável pela conversão do aminoácido
fenilalanina em tirosina. Esta alteração genética reduz a atividade da enzima PAH, que não
consegue processar a fenilalanina eficientemente, levando ao acúmulo de fenilalanina no
sangue.
Desta forma, este excesso de fenilalanina vai originar uma espécie de rota alternativa, onde
vão ser formados produtos, como o fenilpiruvato, que são tóxicos para o nosso organismo.
Por outro lado, os sintomas da fenilcetonúria podem derivar da falta da tirosina, originando,
por exemplo, uma incapacidade das pessoas produzirem melanina, o que vai levar a que
estas pessoas tenham uma pele mais clara. Esta escassez de tirosina também pode
comprometer outras reações, como é o caso da produção das catecolaminas, que são
substâncias que se comportam como neurotransmissores ou hormonas, como, por
exemplo, a adrenalina e a dopamina, o que prejudica o desenvolvimento do sistema
nervoso central.
2- A mutação pode acontecer em qualquer uma das cerca de 90 mil bases de DNA do
gene e já se identificaram mais de 500 mutações neste gene em pessoas com
fenilcetonúria. Assim, as características clínicas dos pacientes dependem do tipo de
mutação do gene. A mutação mais comum em muitas populações é a substituição de um
aminoácido arginina por um triptofano na posição 408 (Arg408Trp).
No entanto, a PAH, tal como outras enzimas, necessita de um cofator. Assim, o cofator BH4
(Tetraidrobiopterina) é uma coenzima que está associada à ação da fenilalanina hidroxilase.
Desta forma, o excesso de fenilalanina pode estar relacionado a alterações da coenzima e
não da enzima. Em 98% dos casos, o aumento dos níveis de fenilalanina está associada a
mutações no gene PAH e em 2% dos casos, está associado a incapacidade do organismo
de produzir a coenzima BH4.
Impactos no indivíduo
Diagnóstico
O diagnóstico da fenilcetonúria é feito logo após o nascimento por meio do teste do pezinho,
que deve ser realizado entre as primeiras 48 e 72 horas de vida do bebê. Neste exame,
punciona-se (por punção) o pé do bebé e encosta-se o círculo de papel na gota de sangue
formada, de modo a preencher o círculo totalmente.
As crianças que não tenham sido diagnosticadas por meio do teste do pezinho, podem ter o
diagnóstico feito por meio de exames laboratoriais, cujo objetivo é avaliar a quantidade de
fenilalanina no sangue e, no caso de concentração muito elevada, pode ser realizado teste
genético para identificar a mutação relacionada à doença.
Tratamento
O tratamento é feito através da alimentação. Assim, deve ser seguida uma dieta controlada,
hipoproteica e com baixo teor em fenilalanina. Alguns exemplos de alimentos que devem
ser evitados ou controlados são:
A fenilcetonúria provocada por alterações na coenzima BH4 tem que obedecer a um outro
tipo de tratamento, como a terapia de reposição desta coenzima.
A fenilcetonúria não tem cura e não há medicamentos para esta doença. Assim, o
tratamento deve ser feito durante toda a vida, sendo necessário monitorar regularmente os
valores de fenilalanina no sangue.
A fenilalanina, assim como os restantes nutrientes, passa através da placenta da mãe para
a criança, para promover o seu desenvolvimento. Se a fenilalanina chega à criança em
concentrações muito elevadas, pode ser tóxica. Assim, mulheres com fenilcetonúria devem
manter as concentrações sanguíneas de fenilalanina dentro dos limites considerados
seguros, tanto na preconcepção quanto durante a gestação, de forma a evitar problemas
nos filhos, como a deficiência cognitiva. Desta forma, este tipo de gravidez é considerada
de risco.
Esta doença genética tem caráter autossômico recessivo, ou seja, para que a criança nasça
com essa mutação é preciso que possua em homozigotia o alelo responsável pela anomalia
e que os dois pais sejam, pelo menos, portadores da mutação.
Como se trata de uma característica recessiva, usamos a letra N maiúscula para nos
referirmos ao alelo normal e n minúsculo para o alelo responsável pela anomalia.
Conclusão ??
Concluindo, com a realização deste trabalho, podemos aprender mais sobre a anomalia
Fenilcetonúria, nomeadamente, como se manifesta, como é que transmite, qual é o gene
que está associado e os impactos no indivíduo e na sociedade.