RDC 556 2021
RDC 556 2021
RDC 556 2021
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das competências que
lhe conferem os arts. 7º, inciso III, e 15, incisos III e IV, da Lei n º 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e
considerando o disposto no art. 53, inciso VI e §§ 1º e 3º, do Regimento Interno, aprovado pela Resolução
de Diretoria Colegiada - RDC nº 255, de 10 de dezembro de 2018, resolve adotar a seguinte Resolução de
Diretoria Colegiada, conforme deliberado em reunião realizada em 30 de agosto de 2021, e eu, Diretor-
Presidente, determino a sua publicação.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I
Objetivo e abrangência
§ 2º Excetuam-se dos critérios gerais para agrupamento dispostos nesta Resolução os materiais
de uso em saúde contemplados em Instrução Normativa de critérios específicos para agrupamento ou em
demais regulamentos técnicos específicos.
Seção II
Definições
III - conjunto (kit, set ou bandeja): agrupamento de materiais de uso em saúde de um mesmo
fabricante ou grupo fabril, utilizados em um procedimento específico e que, isoladamente, não mantêm
relação de interdependência para obtenção da funcionalidade e desempenho a que se destina;
VIII - materiais de uso em saúde implantáveis: qualquer material de uso em saúde projetado
para ser totalmente ou parcialmente introduzido no corpo humano ou para substituir uma superfície
epitelial ou ocular, por meio de intervenção cirúrgica, e destinado a permanecer no local após a
intervenção e permanecer após esta intervenção por mais de 30 (trinta) dias;
XI - modelo comercial: material de uso em saúde que faz parte de uma família;
XII - parte: componente fabricado exclusivamente com o propósito de integrar um produto para
a saúde, sem o qual o produto é funcionalmente deficiente ou inoperante; e
XIII - sistema: produto de um mesmo fabricante ou grupo fabril, constituído por componentes
complementares e compatíveis e de uso exclusivo entre si, para uma função única e específica, que
mantêm relação de interdependência para obtenção da funcionalidade, destinada a um determinado
procedimento e cujo desempenho somente é obtido se utilizados de forma integrada.
CAPÍTULO II
Art. 4º Os sistemas e conjuntos de materiais de uso em saúde se equiparam às famílias para fins
de recolhimento de taxas de vigilância sanitária.
Art. 8º O agrupamento em família de materiais de uso em saúde deve atender aos seguintes
critérios gerais:
III - produtos sujeitos a notificação e registro estéreis e não-estéreis não podem ser agrupados
em uma mesma família;
IV - produtos sujeitos a notificação e registro cujo fabricante recomenda uso único e produtos
passíveis de reprocessamento não podem ser agrupados em uma mesma família; e
Art. 9º As variações de cor, aroma e sabor são considerados como forma de apresentação
comercial, não caracterizando família de materiais.
Art. 11. Não é permitida variação da apresentação comercial com a exclusão de componentes
ou materiais no processo de notificação ou registro de sistema ou conjunto.
Art. 13. Os componentes do sistema e os materiais do conjunto podem possuir classes de risco
distintas, vigorando sempre a classe de maior risco.
Art. 14. A variação dimensional dos componentes do sistema e dos materiais dos conjuntos é
considerada como forma de apresentação comercial, não caracterizando família de sistemas ou família de
conjuntos.
Art. 15. Para fins de alterações de registro ou notificação, é possível incluir, excluir ou substituir
componentes no sistema e no conjunto, desde que isto não descaracterize o produto original.
Art. 17. Para os materiais de uso em saúde implantáveis de uso permanente de alto e máximo
risco, o fabricante ou importador deve disponibilizar etiquetas de rastreabilidade com a identificação de
cada material ou componente de sistema implantável.
§1º Devem ser disponibilizadas no mínimo 3 (três) etiquetas para fixação obrigatória: no
prontuário clínico, no documento a ser entregue ao paciente, e na documentação fiscal que gera a
cobrança.
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 18. O descumprimento das disposições contidas nesta resolução e no regulamento por ela
aprovado constitui infração sanitária, nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das
responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
Art. 19. Fica revogada a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 14, de 5 de abril de 2011,
publicada no Diário Oficial da União nº 69, de 11 de abril de 2011.