NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 16450
Segunda edição
30.06.2021

Ensaios não destrutivos — Líquido penetrante —

Qualificação de procedimento
Non-destructive testing — Liquid penetrant — Procedure qualification
Exemplar para uso exclusivo - TRANSFORMADORES ELETRICOS LTDA. - 37.457.942/0001-03

ICS 19.100 ISBN 978-85-07-08466-2

Número de referência
ABNT NBR 16450:2021
5 páginas

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Impresso por: Andressa Mendes
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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Requisitos gerais................................................................................................................2
4.1 Qualificação de pessoas....................................................................................................2
4.2 Instrumentos........................................................................................................................2
4.3 Temperatura de ensaio.......................................................................................................2
4.4 Padrões................................................................................................................................2
4.5 Dispositivos para manutenção da temperatura de ensaio..............................................2
4.6 Materiais penetrantes.........................................................................................................2
5 Metodologia.........................................................................................................................2
5.1 Ensaios em temperaturas convencionais (5 °C a 52 °C).................................................2
5.2 Ensaios em temperaturas não convencionais (menor que 5 °C e acima de 52 °C)......3
5.2.1 Temperaturas menores que 5 °C.......................................................................................3
5.2.2 Temperaturas maiores que 52 °C.......................................................................................3
5.2.3 Técnica alternativa para penetrantes coloridos...............................................................4
6 Validade do ensaio de qualificação...................................................................................4
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7 Registro................................................................................................................................4
8 Padrões de ensaios.............................................................................................................5
9 Segurança e meio ambiente...............................................................................................5

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas

Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 16450 foi elaborada no Organismo de Normalização Setorial de Ensaios Não Destrutivos
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(ABNT/ONS-058), pela Comissão de Estudo de Líquido Penetrante (CE-058:001.002). O Projeto de

Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 05, de 19.05.2021 a 17.06.2021.

A ABNT NBR 16450:2021 cancela e substitui a ABNT NBR 16450:2016, a qual foi tecnicamente
revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16450 é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the minimum requirements for qualification of type I and II (fluorescent and
color) liquid penetrant procedure, using techniques “a” and “c” (water and solvent removable), with type
“d” developer (non aqueous) for the sensitivity level specified (Level 1 or 2).

The aplication of the requirements of this Standard is level 3 responsibility.

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Ensaios não destrutivos — Líquido penetrante — Qualificação de

procedimento

1 Escopo
1.1 Esta Norma estabelece os requisitos para uma sistemática de qualificação do procedimento
de ensaio não destrutivo por líquido penetrante tipos I e II (fluorescente e colorido), técnicas “a” e “c”
(removível com água e com solvente), com revelador tipo “d” (úmido não aquoso), para o nível
de sensibilidade especificado (nível 1 ou 2).

1.2 A aplicação dos requisitos desta Norma é de responsabilidade do profissional nível 3, no método
de líquido penetrante.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR NM 334:2012, Ensaios não destrutivos – Líquidos penetrantes – Detecção de

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descontinuidades

ABNT NBR NM ISO 9712, Ensaios não destrutivos – Qualificação e certificação de pessoal em END
(ISO 9712:2012, IDT)

ABNT NBR NM ISO 12706, Ensaios não destrutivos – Líquidos penetrantes – Terminologia
(ISO 12706:2009, IDT)

ISO 3452-3, Non-destructive testing – Penetrant testing – Part 3: Reference test blocks

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR NM ISO 12706
e os seguintes.

3.1
validação de um procedimento
ato do nível 3, baseado na qualificação do procedimento, comprovado por meio da assinatura
no procedimento de ensaio

3.2
qualificação de procedimento de ensaios não destrutivos (END)
atribuição do nível 3, consistindo na análise da compatibilidade e na adequação do procedimento
de ensaio aos requisitos citados nas normas e especificações aplicáveis, com base em ensaios
em peças de produção ou padrões, por meio de evidências documentadas

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4 Requisitos gerais
4.1 Qualificação de pessoas

A pessoa que executa o ensaio de líquido penetrante deve atender à ABNT NBR NM ISO 9712.

4.2 Instrumentos

4.2.1 Os seguintes instrumentos são necessários para a condução dos ensaios de qualificação,
conforme a técnica aplicada:

a) medidor de tempo;

b) medidor de temperatura;

c) medidor de luz branca;

d) medidor de luz ultravioleta;

e) termo-higrômetro (quando aplicável).

4.2.2 Os instrumentos mencionados em 4.2.1-b) a e) devem estar calibrados.

4.3 Temperatura de ensaio

A temperatura para a realização dos ensaios de qualificação fora da faixa especificada pelo fabricante
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dos materiais penetrantes deve ser monitorada para garantir a qualidade do ensaio a ser realizado.

4.4 Padrões

O bloco de referência deve ser conforme a ISO 3452-3, tipo 1.

4.5 Dispositivos para manutenção da temperatura de ensaio

Durante toda a execução dos ensaios de qualificação do procedimento, os dispositivos devem garantir
a manutenção da temperatura de ensaio, conforme estabelecido no procedimento e respeitando
os limites determinados na Seção 5.

4.6 Materiais penetrantes

Os materiais penetrantes devem ser certificados pelo fabricante.

5 Metodologia
5.1 Ensaios em temperaturas convencionais (5 °C a 52 °C)

5.1.1 O ensaio deve ser conduzido em temperatura dentro da faixa estabelecida no procedimento

5.1.2 Durante a condução do ensaio de qualificação, os materiais penetrantes e o bloco de referência

devem estar mantidos em temperatura dentro da faixa estabelecida no procedimento.

5.1.3 Imediatamente antes da aplicação do penetrante no bloco de referência, deve-se efetuar

uma leve limpeza da superfície do bloco com panos secos e limpos, de forma a remover qualquer
contaminante que possa interferir no ensaio.

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5.1.4 O excesso de penetrante deve ser removido com a utilização de panos secos ou levemente
umedecidos.

5.1.5 A aplicação do revelador deve ser efetuada no tempo máximo estabelecido no procedimento,
após o término do processo de remoção do excesso do penetrante.

5.1.6 A avaliação do ensaio deve ser efetuada após decorrido o tempo mínimo de revelação
especificado no procedimento.

5.1.7 Quando da utilização de penetrantes tipo I, o processo de remoção e de avaliação devem ser
conduzidos sob luz UVA.

5.2 Ensaios em temperaturas não convencionais (menor que 5 °C e acima de 52 °C)

5.2.1 Temperaturas menores que 5 °C

5.2.1.1 O ensaio deve ser conduzido na temperatura mínima estabelecida no procedimento, com
tolerância de 0 °C a – 5 °C.

5.2.1.2 Durante a condução do ensaio de qualificação, os materiais penetrantes e o bloco

de referência devem estar mantidos à temperatura mínima estabelecida em 5.2.1.1.

5.2.1.3 Antes da aplicação do penetrante no bloco de referência e após estabilizada a temperatura

mínima, deve-se efetuar uma leve limpeza da superfície do bloco com panos secos e limpos, de forma
a remover qualquer contaminante que possa interferir no ensaio.
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5.2.1.4 Após decorrido o tempo de penetração especificado, a remoção do excesso de penetrante

deve ser conduzida com panos secos e limpos ou com panos levemente umedecidos.

5.2.1.5 A aplicação do revelador deve ser efetuada no tempo máximo estabelecido no procedimento,
após o término do processo de remoção do excesso do penetrante e secagem.

5.2.1.6 A avaliação do ensaio deve ser efetuada após decorrido o tempo mínimo de revelação
especificado no procedimento.

5.2.1.7 Quando da utilização de penetrantes tipo I, o processo de remoção e de avaliação devem ser
conduzidos sob luz UVA.

5.2.2 Temperaturas maiores que 52 °C

5.2.2.1 Se o ensaio for realizado em temperaturas acima de 52 ºC, deve ser utilizado um conjunto
de blocos, sendo que um dos blocos deve ser aquecido e mantido na temperatura estabelecida
durante todo o ensaio. As indicações de trinca devem ser comparadas com o outro bloco na faixa
de temperaturas entre 5 ºC e 52 ºC.

5.2.2.2 O ensaio deve ser conduzido na temperatura máxima estabelecida no procedimento, com
limite de ± 10 °C.

5.2.2.3 Para qualificar um procedimento para temperaturas acima de 52 °C, os limites inferior
e superior devem ser determinados, e o procedimento deve ser qualificado para estas temperaturas.

5.2.2.4 Como, por exemplo, para qualificar um procedimento para a faixa de temperatura de 52 °C
a 93 °C, a capacidade do penetrante de revelar as indicações no bloco-padrão deve ser demonstrada
em ambas as temperaturas (como especificado na ABNT NBR NM 334:2012, Anexo B).

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5.2.2.5 Apenas o bloco-padrão deve ser aquecido e mantido na maior temperatura estipulada pelo
procedimento para realização do ensaio, simulando assim a real condição da inspeção de campo,
em que apenas as peças ou equipamentos que são objeto de inspeção se encontram na temperatura
elevada. Os produtos aplicados sobre a superfície aquecida do bloco devem estar na temperatura
ambiente.

5.2.2.6 O controle dos tempos de penetração, de remoção, de revelação e de interpretação

na condução do ensaio de sensibilidade deve ser rigoroso, de forma que as indicações produzidas
no bloco-padrão sejam logo observadas, pois qualquer variação no processo pode implicar em não
visualização das descontinuidades.

5.2.2.7 Os testes devem ser efetuados nos tempos de penetração mínimo e máximo, especificados
no procedimento.

5.2.2.8 A avaliação dos resultados deve ser efetuada no tempo máximo de interpretação de resultados
estabelecido no procedimento para a faixa de temperatura.

5.2.2.9 Para controle e manutenção da temperatura do ensaio, devem ser utilizados equipamentos
e/ou dispositivos que garantam o atendimento à faixa determinada para o ensaio.

5.2.2.10 A aplicação do penetrante no bloco de ensaio deve ser efetuada após a estabilização
da temperatura do ensaio.

5.2.3 Técnica alternativa para penetrantes coloridos

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5.2.3.1 Como uma alternativa aos requisitos de 5.2.1 e 5.2.2, quando da utilização de um penetrante
colorido, é permitido o uso de um único bloco-padrão para a temperatura convencional (5 °C a 52 °C)
e não convencional. A comparação deve ser realizada por meio de uma fotografia.

5.2.3.2 Quando a técnica alternativa for utilizada, os detalhes de processamento descritos em 5.2.1
e 5.2.2 são aplicados. O bloco deve ser minuciosamente limpo entre as duas etapas de processamento.
Fotografias devem ser feitas após o processamento para as temperaturas convencional e não
convencional. As indicações de trincas devem ser comparadas entre as duas fotografias, e devem ser
aplicados os critérios especificados no procedimento.

5.2.3.3 Técnicas fotográficas idênticas devem ser utilizadas para fazer a comparação das fotografias,
como especificado na ABNT NBR NM 334:2012, Anexo B.

6 Validade do ensaio de qualificação

A qualificação do procedimento é válida enquanto não houver alteração de variáveis essenciais
especificadas no procedimento e que impactem na sensibilidade do ensaio.

7 Registro
7.1 A qualificação do procedimento deve ser documentada pelo inspetor nível 3 responsável.

7.2 O registro do ensaio efetuado com o procedimento que é o objeto de qualificação deve conter
todas as condições dos ensaios que garantam a rastreabilidade.

7.3 O registro deve estar disponível para o cliente ou contratante.

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7.4 O registro deve apresentar um parecer conclusivo do profissional nível 3 responsável, quanto
à qualidade dos resultados obtidos, de forma que seja evidenciado que o procedimento está aprovado
ou não para uso.

8 Padrões de ensaios
Exceto para o estabelecido em procedimento, na qualificação do procedimento deve ser utilizada
a ISO 3452-3, padrões tipo 1 de 10 µm, 20 µm, 30 µm e 50 µm, correspondentes ao tipo de penetrante
e ao nível de sensibilidade pretendido.

9 Segurança e meio ambiente

Devem ser adotados procedimentos de segurança relativos ao local do ensaio e a ficha individual
de segurança dos produtos químicos (FISPQ).
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