Programa DE Desenvolvimento Económico E Social: 12 Classe
Programa DE Desenvolvimento Económico E Social: 12 Classe
Programa DE Desenvolvimento Económico E Social: 12 Classe
DE
DESENVOLVIMENTO
ECONÓMICO E SOCIAL
12ª Classe
2º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL
Título
Programa de Desenvolvimento Económico e Social - 12ª Classe
(Área de Ciências Humanas)
Editora
Editora Moderna, S.A.
Pré-impressão, Impressão e Acabamento
GestGráfica, S.A.
Ano / Edição / Tiragem / N.º de Exemplares
2013 / 2.ª Edição / 1.ª Tiragem / 2.000 Ex.
E-mail: geral@editoramoderna.com
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12ª CLASSE
INTRODUÇÃO À DISCIPLINA
NO 2º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL
Ao ser incluída a disciplina de Desenvolvimento Económico e Social
na formação específica do plano curricular da 12ª classe da Área de Ciências
Económico-Jurídicas – e como opção na 11ª e 12ª classes da Área de Ciências
Humanas –, teve-se em vista dar satisfação ao que se encontra consagrado
no Artigo 19° da Lei de Bases do Sistema de Educação. Este manifesta,
declaradamente, o desiderato de proporcionar aos alunos que prosseguem os
seus estudos através de cursos superiores, de formação profissional ou dos que
directamente se encaminhem para o mundo do trabalho, uma abordagem que
não se limite a enunciar uma lista de temas mais ou menos vagos ou teóricos, mas
a incentivar uma tomada de consciência em relação a um relevante conjunto de
problemas que, pese embora pertençam a todos os países, são particularmente
candentes para países como Angola, que percorre um caminho com vista a um
desenvolvimento económico e social harmonioso; e que, por si só, é motivador
de grandes esforços que, se concretizados, projectarão Angola para o grupo dos
países de vanguarda.
Surgirá, assim, um estímulo para que se interessem por uma participação mais
activa e consciente na procura de soluções alternativas.
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL
Atendendo ao facto de terem sido atribuídas 4 horas por semana lectiva a esta
disciplina no elenco das disciplinas de formação específica na 12ª classe da Área
de Ciências Económico-Jurídicas, e de 2 horas por semana lectiva quer na 11ª
quer na 12ª classes da Área de Ciências Humanas, como disciplina de opção –
isto é, igual carga lectiva –, decidiu-se por um programa único para estas duas
situações. Como vantagens, apontam-se, entre outras, uma mais fácil obtenção
de manuais e, sobretudo, a plena equivalência de tal disciplina, caso os alunos de
uma das áreas de estudo desejem transitar para a outra.
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12ª CLASSE
Por último, refira-se que as aulas de reserva em cada trimestre devem estar
orientadas para a realização de algumas das seguintes actividades:
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL
FINALIDADES
Constituem finalidades desta disciplina, contribuir para que o aluno:
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12ª CLASSE
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL
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12ª CLASSE
2º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL
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12ª CLASSE
TEMAS/CONTEÚDOS
1º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL
Introdução
Embora todas as culturas/civilizações tenham alterado o ambiente, a sociedade
industrial e urbana constitui um caso extremo. O desenvolvimento industrial,
que teve origem na Europa, veio a estender-se, quer pelas suas características
estruturais, quer por uma difusão geográfica ímpar, a quase todo o planeta,
originando, assim, impactos também únicos sobre o ambiente.
Por sua vez, esse desenvolvimento industrial gerou uma revolução nos
transportes e nas cidades, modificou radicalmente a agricultura, gerou a
massificação dos lazeres e uma explosão demográfica também sem precedentes.
Objectivos específicos:
No domínio cognitivo, o aluno deve:
Compreender o impacto do crescimento económico na degradação do
ambiente:
• Relacionando as actividades humanas com os reflexos ambientais locais;
• Relacionando o crescimento económico com os desequilíbrios ecológicos
globais;
• Interligando os fenómenos ecológicos e o desenvolvimento;
• Relacionando os recursos disponíveis e a população em constante
crescimento;
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12ª CLASSE
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL
Sugestões metodológicas:
Sugere-se a divisão da turma em grupos para a realização de um trabalho sobre
a sociedade industrial e urbana, que tenha em conta as seguintes perspectivas:
características da sociedade industrial e urbana que expliquem a profunda
destruição da Natureza; listagem, por ordem decrescente de importância, das
necessidades fundamentais; opinião sobre a importância do dinheiro no projecto
(pessoal) de vida; distinguir o conceito de cultura em sentido restrito do conceito
de cultura em sentido lato; necessidade de preservação de culturas.
Os grupos de trabalho terão as seguintes tarefas: recolher informação; analisar
os dados recolhidos; com base neles, elaborar conclusões e confrontá-las com as
perspectivas próprias do grupo; organizar um debate sobre os diferentes pontos
de vista acerca deste assunto.
Introdução:
Abundam os estudos que procuram perspectivar os cenários demográficos
futuros, nomeadamente nas vertentes de crescimento e das suas implicações na
estrutura e composição da população.
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12ª CLASSE
Objectivos específicos:
No domínio cognitivo, o aluno deve:
Perspectivar o crescimento demográfico Norte - Sul e Urbano - Rural:
• Referindo as relações possíveis entre estruturas etárias contrastantes e
migrações;
• Explicando o peso das migrações internacionais e os conflitos culturais;
• Referindo as relações possíveis entre estruturas etárias, crescimento
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL
demográfico e sustentabilidade;
• Justificando o crescimento explosivo das megacidades;
• Explicando as consequências económicas e sociais do crescimento explosivo;
• Referindo as principais alterações na dimensão e estrutura da família, nos
países desenvolvidos e nos países em vias de desenvolvimento;
• Sugerindo medidas de actuação no âmbito das políticas demográficas e
sociais que privilegiem a família;
• Traçando cenários favoráveis de evolução de natalidade e suas implicações
nos PD.
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12ª CLASSE
o bem-estar do Homem;
• Aprenda a considerar concepções de soluções alternativas para os problemas
em análise;
• Interiorize que as soluções para os problemas económicos não são receitas
universais e que a verdade não é exclusiva de quem quer que seja.
Conteúdos:
1.1. Crescimento demográfico a diferentes escalas (Norte/Sul;
Urbano/Rural).
1.2. Mobilidade geográfica e suas implicações: emigrantes e refugiados.
1.3. Mobilidade geográfica e suas implicações: turistas e executivos.
1.4. Transformações nas estruturas etárias nos países industrializados.
1.5. Fecundidade e controlo demográfico nos Países em Vias de
Desenvolvimento (PVD).
1.6. Mutações na estrutura familiar e consequências demográficas.
Sugestões metodológicas:
Sugere-se a recolha de elementos que poderão focar, entre outros, as seguintes
aspectos:
• Evolução (e estimativas, se possível) das taxas de fecundidade, de natalidade,
de crescimento natural, de actividade e desemprego da população angolana;
• Comparação entre taxas de alfabetização e outros indicadores sociais da
população angolana, e da população estrangeira residente em Angola;
• Evolução do tipo e número de imigrantes a residir em Angola e respectivas
nacionalidades;
• Evolução (e estimativas, se possível) do tipo e do número de emigrantes
angolanos e respectivos países de acolhimento.
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL
-- Mudança e desenvolvimento.
-- Os processos de mudança e os obstáculos à mudança.
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12ª CLASSE
fonte de divisas do país em 1973, com cerca de 30% do total das exportações.
Dá-se início aos trabalhos de abertura da estrada que liga Malange a Menongue,
passando pelo Andulo e Kuito. Enquadradas num plano de dinamização dos
circuitos económicos, outras infra-estruturas ferroviárias e rodoviárias são
implementadas, com a modernização e ampliação de portos, construção de
novos aeroportos e entrada em serviço de novos sistemas de comunicação. A
agricultura empresarial começa a dar sinais de maior agressividade. Dá-se uma
enorme corrida à posse da terra e, consequentemente, surgem fortes conflitos
entre os diferentes grupos étnicos antagónicos. A indústria transformadora e
económica regista nítida expansão.
Deste modo, a economia no seu todo encontra-se em crescimento acentuado,
com uma taxa anual superior a 6% em termos de PIB e a preços constantes. Os
anos 70 marcam também a consolidação nítida de uma já antiga dicotomia entre
a burguesia colonial metropolitana (cujos bens de raiz ou ligações profundas
estavam em Portugal) e a burguesia colonial propriamente dita (cujo poder,
interesses e ambições centram-se em território angolano).
Com o crescimento económico, o poder colonial tenta travar o desenvolvimento
da luta armada iniciada em 1961, ao mesmo tempo que começa a materializar um
plano tendente à melhoria do nível de vida da população Angolana, sem sucesso.
• Generalização do ensino às áreas rurais;
• Fomento da produção agrícola;
• Implementação de infra-estruturas e reordenamento rural.
Portanto, se considerarmos que Abril de 1974 marca o processo de
descolonização de Angola, este período marca o fim do regime colonial
português no país, numa altura em que a economia e a sociedade angolanas se
caracterizavam pelo seguinte:
• Território em amplo crescimento económico (com o pico atingido em 1973);
• Desigualdade na distribuição da população (maior concentração no Litoral,
Norte e Centro do País) com 90% da população em 50% do território,
segundo dados do censo de 1970;
• Desigualdade na distribuição dos rendimentos (sistema tributário
desequilibrado), não obstante a abolição do imposto indígena nos anos 60;
• Desigualdade de oportunidades (posse de terra, empregos, instrução...);
• Reforço do poder da burguesia colonial local;
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL
TIPOS DE MUDANÇAS
No período de 1961 a 1975, Angola registou mudanças progressivas ou
positivas.
• A luta armada visava pôr fim à colonização e resgatar o direito à liberdade e
ao progresso social dos povos de Angola;
• O crescimento económico, mesmo em condições de colonização, pelas infra-
estruturas que cria, resulta em oportunidades e novos empregos e aumento
de produção, propiciando, no geral, um Estado social melhor;
• A independência e a auto-determinação de um povo, no passado subjugado,
encerram em si um carácter progressista;
• O multipartidarismo e as eleições gerais (democracia).
Entretanto, houve mudanças que podem ser caracterizadas como regressivas
ou negativas. Os erros de gestão cometidos após a independência nacional,
a guerra que se seguiu e os fracassos dos acordos que se foram firmando são
exemplos notórios de mudanças no sentido regressivo.
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL
RITMO E EXTENSÃO
África, na sua quase eterna condição de colónia (anteriormente sociopolítica e
nos últimos tempos socioeconómica), sempre sofreu com grande intensidade as
mudanças ocorridas no resto do mundo, principalmente no Ocidente.
Em função do seu ritmo, pode dizer-se que as mudanças em Angola apresentam
duas evoluções diferentes. As mudanças ocorrem mais rapidamente no capítulo
sociocultural, com uma assimilação relativamente veloz (aculturação) dos
processos de mudança Ocidental. Em contrapartida, as mudanças são mais
lentas no capítulo sociopolítico, com um regime político ainda semi-fechado em
função dos condicionalismos da guerra e da situação de democracia emergente.
Em função da extensão ou intensidade, Angola conheceu três revoluções (a
forma como o processo de mudança opera e suas consequências nas estruturas
do sistema social):
1. O processo de luta anti-colonial que culminou com a independência.
2. A introdução da ideologia e práticas de uma sociedade socialista logo após
a independência.
3. A abertura da sociedade ao multipartidarismo e à democracia.
Importa referir também que as mudanças socioculturais têm resultado do
evoluir normal da sociedade (mudança evolutiva), ao passo que as mudanças
sociopolíticas têm sido em larga escala impostas (mudanças dirigidas).
FACTORES DE MUDANÇA
Assumindo desde já que a alteração de uma realidade social (mudança) ocorre
em função de fenómenos que a vão determinar e dos aspectos que a vão facilitar
ou dificultar, podemos enumerar os factos seguintes como tendo originado as
principais mudanças ocorridas em Angola nas últimas décadas:
Período de 1960/1975
Relativamente à luta armada e à independência nacional, os factores sociais,
políticos e ideológicos foram determinantes para a sua ocorrência. Os naturais
ou “indígenas” estavam submetidos à exploração e subjugação na sua terra. Eram
tratados de forma injusta e imprópria para um ser humano por pessoas vindas de
um outro continente (intrusos).
Tudo isso despertou a consciência dos Africanos que perceberam, com o
tempo, que também eram “gente”, com direito a escrever o seu próprio futuro.
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12ª CLASSE
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL
Período pós-eleitoral
Com as eleições de 1992, o país tinha criado um quadro sociopolítico que
se pensava propício à reconciliação e ao progresso de Angola. O Governo de
Unidade e Reconciliação Nacional que abarcava no seu seio elementos de vários
partidos políticos e um parlamento pluralista entrou em funções.
Começam a surgir, fruto da abertura que a sociedade então conhece, vários
órgãos de comunicação social privados: estações de rádio, jornais e revistas com
feições críticas. Organizações sociais independentes de vária índole marcam
os novos contornos do associativismo. Começam a cair os tabus criados e
alimentados pelos sistemas de partido único.
A paz relativa que se vivia então propicia uma maior circulação de pessoas e
bens pelo país fora e melhora o escoamento dos produtos agrícolas para as grandes
cidades (como Luanda). O nível de vida começa a ressentir-se positivamente e,
como corolário, a moeda nacional estabiliza-se.
Contudo, e quando se pensava que a guerra fazia parte do passado e que se
voltaria a falar dela como história, eis que um dos partidos, pelo facto de não
ter ganho as eleições, volta a incendiar o país. A guerra retorna ao país em toda
a sua extensão e com ela o luto, a dor, a miséria, a desgraça, a destruição e o
recuo no aspecto socioeconómico do país. Várias cidades “caem” nas mãos dos
rebeldes. Consequência imediata: o GURN tem de reorganizar-se do ponto de
vista político-militar e importantes recursos financeiros são então canalizados
para o esforço da guerra.
Entretanto, paralelamente, reata-se a maratona negocial sob os auspícios das
Nações Unidas. Um ano depois do seu início, em Novembro de 1994, conclui-
se o diálogo entre as partes conciliantes. É o acordo de Lusaka que preconizava,
entre outras tarefas, o acantonamento e desarmamento das forças rebeldes e
da população civil, a consolidação do exército nacional único que começou a
ser criado a partir dos acordos de Bicesse e a extensão da autoridade do Estado
Angolano às áreas então ocupadas pelos rebeldes. Várias propostas, sem exilo,
são feitas ao líder rebelde, visando a sua reintegração social.
Desafortunadamente para os Angolanos, após alguns anos de paz trémula
(alguns caracterizam-no de período de “nem guerra nem paz” e outros de “paz
podre”), os rebeldes, com uma postura bifacial, vão se preparando para o assalto
final com vista à tomada do poder pela força das armas.
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12ª CLASSE
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL
colonização europeia, África, Ásia e América Latina eram vastas regiões onde
predominavam relações de produção pré-capitalistas: comunismo primitivo,
feudalismo, etc. Os vários povos nativos que habitavam a América por volta dos
séculos XV e XVI tinham alcançado diferentes graus de desenvolvimento, sendo
os Astecas do México e os Incas do Peru os mais evoluídos.
Os Astecas tinham uma agricultura desenvolvida, conheciam a arquitectura,
a pintura, a dança, a música e tinham bons conhecimentos em astronomia. Tal
permitiu-lhes elaborar um calendário de 365 dias e um dia separado para o ano
bissexto, mais exacto que o calendário europeu de então.
Os Incas, que eram exímios agricultores, usavam já os fertilizantes, trabalhavam
o cobre, o bronze, o ouro, a prata, o chumbo, o mercúrio e as correspondentes
ligas. Eram também arquitectos e bons construtores de templos, de estradas, etc.,
além de terem desenvolvido a medicina e a cirurgia.
Na África negra, os povos da Idade Média já trabalhavam o ferro, o cobre, o
ouro e o bronze. O artesanato estava já bem desenvolvido e alguns povos tinham
elaborado uma escrita adaptada às línguas locais.
Estes exemplos mostram que as regiões hoje ditas subdesenvolvidas teriam, no
seu processo natural, conhecido avanços significativos, talvez equiparáveis aos
da Europa de hoje, se não tivessem sido interrompidas, destruídas, saqueadas e
deformadas pelas conquistas e pela colonização europeia.
Por outro lado, os colonizadores não só introduziram estruturas e relações
de produção contraditórias com as estruturas tradicionais encontradas, como
também criaram mecanismos de subordinação e dependência para as economias
do Terceiro Mundo, fixando-lhes limites e direcções, no interesse dos seus países.
Mesmo aqueles que nunca perderam formalmente a sua independência, casos do
Irão e da Tailândia, foram, como os demais, vítimas da exploração económica que
saqueou os seus recursos e distorceu as suas estruturas produtivas. Esta é, sem
dúvida, a causa principal do subdesenvolvimento visto que, além da dependência
das economias locais face aos interesses externos, grande parte destes países ainda
tem de enfrentar uma marginalização interna das massas trabalhadoras por parte
da casta no poder. São as lideranças ditatoriais e corruptas, a nova burguesia
transnacionalizada, as elites militares repressivas e as burocracias estatais que
procuram manter o status quo.
Portanto, o subdesenvolvimento é a outra face do desenvolvimento das
potências industrializadas de hoje. Grande parte da riqueza destas potências
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12ª CLASSE
1- Domínio Estrangeiro
Como já foi referido, a situação de atraso e miséria em que vegetam os países do
Terceiro Mundo deveu-se ao facto de a sua evolução não ter sido independente
e se ter realizado de acordo com as conveniências de uma minoria de países
desenvolvidos, aos quais estão submetidos. Este domínio é hoje, em muitos casos,
exercido de forma subtil, quer por meio de governos dóceis aos seus interesses,
quer através de tratados e/ou organismos internacionais, quando não é feito por
meio das grandes companhias multinacionais espalhadas pelo mundo.
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tem de subsistir com 10% da renda do planeta. Cerca de dois terços da população
mundial (habitantes maioritariamente do Terceiro Mundo) vivem em situações
de miséria e de completo abandono à mediocridade.
O rendimento médio per capita (por habitante) no Terceiro Mundo varia
entre os 70 e os 150 dólares/mês, contra 3000 a 8000 nos países desenvolvidos.
Entretanto, nos países subdesenvolvidos, devido à acentuada desigualdade no
seio das populações, a situação é muito mais grave.
Constata-se que quanto mais pobre é o país, maior é a diferença entre ricos
e pobres. Em muitos países do Sul, como Angola, largas massas da população
vêem-se na contingência de sobreviver com um rendimento mensal de cerca de
10 dólares.
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países. Em média, cerca de 30% dos nados vivos morrem antes de atingirem um
ano de vida. Além disso, há as precárias condições de habitabilidade em que a
maioria dos seus povos vive, não possuindo água corrente nem electricidade.
Existem poucos hospitais e o número de habitantes por médico é assustador.
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12ª CLASSE
Todas estas agrupações são os vários passos que os países africanos vão
experimentando na perspectiva de uma futura comunidade económica para
África. À priori, muitos analistas africanos apontam a exiguidade de recursos, a
instabilidade sociopolítica, o baixo nível de desenvolvimento dos países africanos
e um certo pessimismo nos seus benefícios como os obstáculos à integração
económica de África. Aliás, as organizações regionais espalhadas pelo continente
ressentem-se desses factores.
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12ª CLASSE
redes eléctricas do sul, centro e norte do país, etc. Por outro lado, Angola prevê
uma participação mais activa ao nível de peritos da organização, reestruturando
e dotando o organismo nacional coordenador das actividades da SADC de
recursos financeiros e técnicos capazes.
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BIBLIOGRAFIA
ANGOLA, Ministério das Pescas e Ambiente, Lei de Bases do Ambiente e
Convenções. Centro de Documentação e Informação. Luanda: 1999.
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OHAMAE, Kenichi, Além das Fronteiras Nacionais. São Paulo: Arte Ciência,
1989.
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12ª CLASSE
JORNAIS/REVISTAS/OUTRAS PUBLICAÇÕES
Jornal “O País” (Angola); Revista “Exame” (Angola); Revista “Economia e
Mercado” (Angola); Publicações da Câmara de Comércio e Indústria de Angola;
Publicações da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
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