Origem Auditoria
Origem Auditoria
Origem Auditoria
CONTÁBIL
AVANÇADA
Aline Alves
A472a Alves, Aline.
Auditoria contábil avançada / Aline Alves. – Porto
Alegre : SAGAH, 2017.
219 p. : il. ; 22,5 cm.
ISBN 978-85-9502-046-7
CDU 657.63
Introdução
Você sabia que a atividade de auditoria necessita de comprometimento,
como qualquer outra função? São necessários instrumentos de trabalho
que facilitem a formação de uma opinião. É papel reconhecer e atestar
a validade de qualquer afirmativa, executando os procedimentos
apropriados conforme a situação.
Neste texto, você vai estudar as técnicas usadas pelos auditores e o
surgimento da auditoria no Brasil e no exterior, além de reconhecer o
ambiente que originou as auditorias interna e externa.
14 Auditoria contábill avançada
Por meio da SEC (Security and Exchange Commission), em 1934, nos Estados Unidos,
a profissão de auditor ganha relevância. Isso ocorre pois as empresas que realizavam
transações com ações mediante a Bolsa de Valores estavam obrigadas ao uso dos
serviços de auditoria. Assim, ofereciam maior credibilidade a suas demonstrações
contábeis.
A Lei das Sociedades por Ações (BRASIL, 1976b) definiu que as compa-
nhias abertas deveriam observar as normas redigidas pela CVM e obrigatoria-
mente ser auditadas por auditores independentes registrados no mesmo órgão.
Para efeitos dessa lei, a companhia é aberta ou fechada quanto aos valores
mobiliários relativos à sua emissão que possam estar ou não incorporados à
negociação em bolsa ou no mercado de balcão. Apenas os valores mobiliários
de companhias registradas na CVM podem ser divididos no mercado e então
negociados por meio da bolsa ou do mercado de balcão.
A determinação referente à companhia aberta escolhida é mais extensa
que a concepção fiscal de entidade de capital aberto. Isso considerando que
toda companhia que solicita à poupança pública gera, ao entrar no mercado
de capitais, vínculos que não existem na companhia fechada. Esses vínculos
impõem condições próprias para assegurar a economia popular, a intenção do
interesse frequente e o desenvolvimento do mercado de valores mobiliários.
A Lei nº 6.385/76 (BRASIL, 1976a) gerou a CVM e determinou a disci-
plina e o monitoramento relativo às atividades de auditoria das companhias
abertas. Ela ofereceu à respectiva comissão o encargo de verificar mediante
seus métodos os registros contábeis, livros ou documentos dos auditores
independentes. De acordo com a lei, apenas as organizações de auditoria
contábil ou os auditores contábeis independentes devidamente registrados na
CVM podem efetuar auditorias em demonstrações contábeis de companhias
abertas e de instituições, sociedades ou empresas que pertencem ao sistema
de divisão e intervenção de valores mobiliários. A lei define ainda que os
auditores contábeis independentes respondam civilmente pelos respectivos
prejuízos que venham a causar a terceiros em consequência de culpa ou dolo
durante o desenvolvimento das suas atividades.
auditor precisa estar atento às falhas que podem levar o usuário da informação
a fazer a interpretação errada.
O auditor externo poderá fazer uso do sistema de controle interno da
entidade, definindo dessa maneira a extensão dos testes de auditoria. Na
existência de um bom controle interno, o auditor externo não precisará efetuar
tantos testes de auditoria.
Entre tantas funções que o auditor externo realiza, ele passou também a emitir um
relatório-comentário. Nesse documento, ele apresenta sugestões a fim de solucionar
falhas ou problemas encontrados na empresa.
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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Leituras recomendadas
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PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e procedimentos.
4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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