Introdução A Auditoria

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AUDITORIA DE GESTÃO

3º ANO
CONT. & GESTÃO
PROF. JOÃO CABECHE
924141639
cabeche2010@hotmail.com
Programa da disciplina
Capitulo I – Introdução
Capitulo II – Princípios e normas de Contabilidade
Capitulo III – Normas de auditoria e organização
profissional
Capitulo IV – Procedimentos e testes de auditoria
Capitulo V – A Organização da auditoria
Capitulo VI – Controlo interno
Capitulo VII – Relatórios e pareceres de auditoria
CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO AO
ESTUDO DE AUDITORIA
DE GESTÃO
INTRODUÇÃO - Conceitos
Auditoria é um processo sistemático de obtenção e avaliação objectiva de
evidencias sobre afirmações a respeito de acções e eventos económicos,
para determinação do grau de correspondência entre as afirmações e
critérios estabelecidos, e de comunicação dos resultados aos usuários
interessados. (BOYNTON, 2002).
A auditoria é uma especialização contabilística voltada a testar a eficiência
e eficácia do controlo patrimonial implantado com o objectivo de
expressar uma opinião sobre determinado dado. (Cavalcanti 2007).
Em suma, auditoria é um processo de exame sistemático sobre as
actividades desenvolvidas por uma empresa ou um sector de
actividade, com objectivo de verificar se o que foi planeado nas
normas é o mesmo do que o praticado na realidade.
INTRODUÇÃO – natureza da auditoria

a) Quanto ao órgão executor:


Auditoria Externa, Auditoria Interna e Articulada.
b) Quanto ao foco:
Financeira, Operacional e de Compliance
(Legalidade).
c) Quanto ao âmbito:
Entidade pública, Entidade privada e partes
interessadas.
INTRODUÇÃO – tipologia de auditoria
 AUDITORIA DE CONTABILIDADE
 AUDITORIA INTERNA
 AUDITORIA OPERACIONAL (Processos)
 AUDITORIA DE GESTÃO
 AUDITORIA DE CUMPRIMENTO NORMATIVO
(Compliance)
 AUDITORIA FISCAL OU TRIBUTÁRIA
 AUDITORIA AMBIENTAL
 AUDITORIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES (TI)
 AUDITORIA ESPECIAIS
Tipologia de auditoria - Conceitos
Auditoria de contabilidade - constitui o
conjunto de procedimentos técnicos que tem por
objectivo a emissão do parecer sobre sua
adequação, aos Princípios Contabilístico.
Auditoria Interna – Constitui o conjunto de
procedimentos técnicos que tem por objectivo
examinar a integridade, adequação e eficácia dos
controlos internos e das informações físicas,
contabilísticas, financeiras e operacionais da
entidade.
Tipologia de auditoria - Conceitos
Auditoria operacional – Objectiva a avaliação
sistemática da eficácia e eficiência das actividades
operacionais e dos processos administrativos
contribuindo com soluções.

Auditoria de gestão – Objectiva análise dos planos e


directrizes da empresa e mensurar a eficiência da
gestão das operações e sua consistência com os planos
e metas aprovados.
Tipologia de auditoria - Conceitos
Auditoria de compliance – Objectiva verificar o
cumprimento das normas e procedimentos implantados
pela empresa, leis, regulamentos, resoluções dos órgãos
reguladores de determinadas actividades.
Auditoria fiscal ou tributária – Objectiva a análise da
eficiência e eficácia dos procedimentos adoptados para a
apuramento, controlo e pagamento dos tributos
incidentes sobre as actividades económicas praticadas
pelas empresas e a avaliação de planeamento tributário.
Tipologia de auditoria - Conceitos
Auditoria ambiental - Objectiva a avaliação dos processos
operacionais produtivos da empresa, visando a identificação de
danos ao meio ambiente, quantificação de casualidades e
preparação da empresa para receber certificação de qualidade
de meio ambiente.
Auditoria de sistemas informacionais (TI) – Objectiva o
exame e avaliação da qualidade do sistema de informática e
dos controlos existentes no ambiente de TI, visando
aperfeiçoar a utilização de recursos de processamento de
dados.
Tipologia de auditoria - Conceitos
Auditoria especiais – Destinam-se a atender um
objectivo específico, como por exemplo assessoria na
avaliação de empresas objectos de negociação das
sociedades do tipo: Compra de participação na
sociedade, Fusão, Incorporação, assessoria da gestão dos
tribunais.
ÍNDICE

Historial de Auditoria

Auditoria de Gestão

Objectivo de Auditoria
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DE AUDITORIA

 O termo Auditor no latim, como substantivo, tinha o sentido apenas


de significar "aquele que ouve, ou "ouvinte", nada podendo
configurar que viria ser adoptado para representar aquele que daria
opinião sobre algo que comprovou ser verdade ou não.
 A Revolução Industrial em 1756 na Inglaterra e a expansão do
Capitalismo propiciaram grande impulso para a profissão, devido ao
surgimento das primeiras fábricas com uso intensivo do capital,
geograficamente fora da jurisdição dos proprietários com a
consequente necessidade de delegação de funções e actividades,
atribuições de responsabilidades quanto ao uso de recursos
produtivos e comerciais.
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DE AUDITORIA
 Em 1894, é criada na Holanda o Instituto Holandês de Contabilidade
Pública.

 Em 1930 surge “AICPA” - American Institute of Certified Public


Accountants, que vai trazer o desenvolvimento das prática contabilística e
de Auditoria. AICPA era o órgão responsável para estabelecer normas
contabilísticas de Auditoria.

 Em 1934 nasce a SEC - Security and Exchange Commission, nos Estados


Unidos, aumentou a importância da profissão do Auditor como guarda da
adequacidade e transparência das informações contabilísticas das
organizações e sua divulgação para o mercado de capitais e da sociedade.

 De 1938 até 1959, o Comité de Procedimentos Contabilísticos, sob o


título de Accounting Research Bulletins (ARB).
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DE AUDITORIA

 A partir de 1959, tais tarefas passaram a ser executadas


pela Accounting Principles Board (APB), junta os princípios
contabilísticos, que emitiu mais 31 pronunciamentos até
1973. Financial Accounting Standards Board (FASB), junta as
normas de contabilidade Financeiras criada em 1 de Junho
de 1973, com o objectivo de determinar e aperfeiçoar os
procedimentos, conceitos normas contabilísticos. É
composta por 7 (sete) membros indicados pelo AICPA.
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DE AUDITORIA

 Em 1972 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), no Brasil,


por meio de sua resolução nº 321/72, pronunciou-se a respeito
dos princípios a serem seguidos sobre procedimentos do
trabalho do Auditor, definindo as normas relativas à pessoa do
Auditor, à execução dos trabalhos e também ao parecer da
Auditoria. Aspectos éticos, tais como a independência e
confidencialidade dos papéis de trabalhos e assuntos relacionadas
com os clientes, também são objecto dessa resolução de 1972.

 No ano de 1980 é criada a Associação dos Contabilistas Públicos


Certificados na Inglaterra.
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DE AUDITORIA

 Em 1985, o Banco Central do Brasil emitiu a Resolução nº


1007, Normas Gerais de Auditoria, com o Auxilio do Instituto
Brasileiro dos contabilista (IBRACON) e do Conselho Federal
de Contabilidade (CFC).

 Na Europa, contudo, e com excepção da Grã-Bretanha,


Noruega e França, o seu aperfeiçoamento e desenvolvimento
tem sido inferior ao verificado na América do Norte, e a sua
implementação ainda hoje é muito reduzida nos países latinos
e, em particular, em África.
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DE AUDITORIA

 Desta forma, a Auditoria feita inicialmente por um perito externo e


independente evoluiu-se até à criação de grandes firmas de Auditoria
Americanas e Inglesas, que foram abrindo escritórios em diferentes países
e alargando o âmbito das suas actividades, que hoje vão muito para além da
verificação e apreciação da exactidão dos dados contabilísticos. Desta
forma a auditoria externa ou independente surgiu como um foco da
evolução do capitalismo, sendo que no princípio as empresas eram
exclusivamente fechadas e a participação em seu capital sucedia de um
grupo familiar. Devido a grande expansão do mercado e a muitas
concorrências surgiu a necessidade de expansão e crescimento para que as
empresas conseguissem suportar o mercado e ampliar seus negócios
garantindo a fidelidade de seus clientes.
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DE AUDITORIA

 Actualmente, multinacionais como Ernst & Young, a Price


Waterhouse Coopers, KPMG, prestam geralmente serviços nas
áreas de Auditoria, consultoria de gestão, assessoria fiscal, assessoria
em sistemas de informática e, em alguns casos, até mesmo formação
profissional.
 Em Angola, ultrapassada o período da violência armada, a economia
está a ser relançada e com óptimas perspectivas macro económicas
de crescimento, as multinacionais supra citadas, apesar de já cá se
encontrarem algumas naquele período, intensificaram agora a sua
presença no mercado local, bem como o aparecimento de outras
empresas de Auditoria como a Delloitte, e outras.
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DE AUDITORIA

 De referir ainda o surgimento de empresas de Auditoria de


direito Angolano e começa-se a notar uma cultura de Auditoria,
ainda que tímida, por parte de todos aqueles que com ela se
inter-relacionam.
 Inicialmente a Auditoria limitou-se à verificação dos registos
contabilísticos, para certificar a sua exactidão. Esta forma
primária confrontava a escrita com as provas do facto e as
correspondentes relações de registo. Com o tempo, ampliou-se
o campo da Auditoria, apesar de alguns ainda considerarem
como mera observação da veracidade e da exactidão dos
registos.
AUDITORIA DE GESTÃO

 A auditoria de gestão é uma técnica relativamente recente


podendo ser entendida como um dos segmentos ou extensões
da auditoria operacional.
 As técnicas da auditoria de gestão cobrem um especto bastante
amplo de procedimentos, métodos de avaliação, políticas e
tarefas sendo desenhadas para analisar, avaliar e rever o
desempenho da empresa ou entidade em relação a um
conjunto pré determinado de standards.
 Assim o grande objectivo da auditoria de gestão é o de verificar
em que medida é que os recursos postos à disposição dos
gestores estão a ser aplicados com a maior eficiência e eficácia.
AUDITORIA DE GESTÃO
 Por outras palavras, a auditoria de gestão pretende medir e dar
opinião sobre o desempenho dos gestores e sobre a rentabilidade
da empresa. Por esta razão, há muitos pontos de convergências
entre a auditoria de gestão e o sistema de controlo interno.

Em termos gerais podemos então referir que as funções da

gestão são primordialmente:

 a) fixar políticas e objectivos;

 b) estabelecer planos, normas e procedimentos;

 c) organizar a empresa ou entidade;

 d) controlar.
AUDITORIA DE GESTÃO
 Assim sendo, o programa modelo que o auditor deve
seguir para avaliar os gestores, quer no que respeita à
eficácia e à eficiência da gestão da empresa em geral quer
quanto às suas áreas funcionais em particular, terá que
forçosamente cobrir os seguintes aspectos:

 a) verificar se foram fixados objectivos e políticas;

 b) avaliar todo o processo de planeamento, o qual


necessariamente inclui as normas, procedimentos, mapas
e prioridades;
AUDITORIA DE GESTÃO
 c) avaliar todo o processo organizacional, ou seja, avaliar se a
estrutura organizacional é consistente com as políticas e objectivos
globais;

 d) analisar o processo de controlo, ou seja, as medidas de


desempenho. Para tal, o auditor de gestão tem necessariamente que:

 e) verificar se a administração identificou as áreas chave que devem


ser controladas;

 f) avaliar e julgar as bases usadas para desenvolver os padrões de


medida;

 g) rever os parâmetros para identificar a performance e os


resultados.
OBJECTIVO DE AUDITORIA
 O objectivo de Auditoria Interna da Entidade, é determinar se a
gestão do risco, controlos e processos de governação existentes na
entidade, são executados tal como definidos e pretendidos pela
gestão.

 A Auditoria é uma ferramenta de gestão interna da empresa, o seu objectivo


fundamental é de atingir com a investigação.

 A Auditoria Financeira tem como objectivo as asserções subjacentes


às demonstrações financeiras e como objectivo a expressão de uma
opinião sobre estas por parte de um profissional competente e
independente.

 O objecto e o objectivo da Auditoria tiveram a ver com o que acabamos de


referir. De facto, no final do século XIX, entendia-se que o principal objectivo da
Auditoria era a detecção e/ou prevenção de erros e fraudes.
OBJECTIVO DE AUDITORIA
 Em 1881, F.W. Pixley referia que “ uma Auditoria, para ser eficaz, ou seja
para permitir ao Auditor certificar quanto à exactidão das contas
apresentadas, pode ser dividida, para fins práticos, em 3 (três) partes,
nomeadamente:

 1. Erros de Omissões

 2. Erros encomendados (acordados)

 3. Erros de Princípios

 O objectivo da Auditoria é duplo, a detecção de fraude quando ela


tenha sido praticada e a sua prevenção através da imposição de
salvaguardas e da criação de meios que a tornem extremamente difícil
de cometer.
OBJECTIVO DE AUDITORIA

 Segundo Edward Stamp e Maurice Moonitz, referem que “ uma


Auditoria é um exame independente, objectivo e competente
de um conjunto de demonstrações financeiras de uma
entidade…, O objectivo da opinião do perito independente, a
qual deve ser expressar em termos positivos ou negativos, é
expressar credibilidade as demonstrações financeiras (cuja
responsabilidade pela sua preparação cabe ao órgão de
gestão).

 O objectivo da Auditoria, é fundamental numa entidade de


forma a assegurar que:
OBJECTIVO DE AUDITORIA

 Os riscos são adequadamente identificados e geridos;

 A interacção com os diferentes departamentos ocorre sempre


que necessário;

 A informação financeira, de gestão e operacional mais


significativa é precisa, fiável e atempada;

 As acções dos colaboradores estão de acordo com as políticas,


normas, procedimentos e leis e regulamentos aplicáveis à
Empresa;

 Os recursos são adquiridos de forma económica, usados


eficientemente e adequadamente protegidos;
OBJECTIVO DE AUDITORIA

 Os programas, planos e objectivos são alcançados;

 A qualidade e a melhoria contínua são promovidas


nos diversos processos de controlo da Empresa;

 A legislação significativa ou os assuntos


regulamentares que têm impacto na organização são
identificados e solucionados de forma apropriada;

 Estabelece e mantêm um nível elevado de integridade,


honra e carácter entre os seus colaboradores.
OBJECTIVO DE AUDITORIA

 O Director do Gabinete de Auditoria da Entidade,


no desempenho das suas actividades, é responsável
perante a gestão / administração de:

 Facultar uma avaliação anual sobre a


adequação e efectividade com que os processos da
Empresa permitem controlar as suas actividades e
gerir os seus riscos, dentro das áreas definidas no
âmbito do trabalho de Auditoria;
OBJECTIVO DE AUDITORIA
 Reportar, ao Conselho de Administração, as deficiências
significativas de controlo interno detectadas nos processos da
Empresa, incluindo potenciais melhorias nesses mesmos processos e
fornecer toda a informação relevante desde a identificação da
deficiência até à sua resolução;

 Facultar, periodicamente, informação sobre o estado e


resultados do plano de auditoria anual e sobre a suficiência dos
recursos do departamento;

 Coordenar e permitir a fiscalização de outras funções de controlo,


bem como a sua monitorização (gestão do risco, compliance,
segurança, jurídico, ética, ambiente e auditoria externa);
OBJECTIVO DE AUDITORIA
 As responsabilidades conjuntas do (a) director (a) do Gabinete de
Auditoria da Empresa e do seu staff são:

 Desenvolver um plano anual de auditoria com base numa


apropriada metodologia baseada no risco, incluindo quaisquer riscos
ou preocupações de controlo identificadas pela gestão, e submeter
esse plano ao Conselho de Administração para revisão e aprovação
assim como actualizações periódicas;

 Assegurar que os recursos do Gabinete de Auditoria da


Empresa são adequados, suficientes e com o conhecimento e
capacidade necessárias para que os objectivos no plano anual de
auditoria sejam alcançados;
OBJECTIVO DE AUDITORIA
 Implementar o plano de auditoria anual, tal como
aprovado, incluindo, caso seja aplicável, quaisquer tarefas
especiais ou projectos pedidos pela gestão e pelo Conselho de
Administração;

 Manter o staff profissional de auditoria com o


conhecimento suficiente, capacidade, experiência e
certificações profissionais para fazer face aos requisitos
necessários ao desempenho da função;

 Emitir relatórios periódicos para o Conselho de


Administração e para a gestão / administração com o sumário
dos resultados das actividades de auditoria;
OBJECTIVO DE AUDITORIA
 Manter o Conselho de Administração informado de tendências
emergentes e das best practices de auditoria interna;

 Fornecer uma listagem dos objectivos definidos como


significativos e os resultados obtidos para o Conselho de
Administração;

 Auxiliar na investigação de actividades suspeitas de fraude na


entidade e notificar a gestão/administração e o Conselho de
Administração dos resultados;

 Considerar o âmbito do trabalho de Auditoria efectuado pelos


Auditores Externos, no sentido de se optimizar a cobertura do
programa de auditoria na Empresa e evitar trabalho em duplicado, não
incorrendo assim em custos elevados.
Padrões de auditoria
Todo o trabalho de auditoria, desde seu planeamento até a
conclusão do relatório é supervisionado pelo director e/ou
pelo titular da Unidade Técnica.

Nos padrões de auditoria destacamos quatro fases a saber:

 Padrões gerais;

 Padrões de planeamento;

 Padrões de execução;

 Padrões de elaboração do relatório.


Padrões gerais
Compete ao supervisor da auditoria:

 orientar a equipe de auditoria quanto à vinculação ao


objectivo da fiscalização e à aderência aos padrões de
auditoria vigentes;

 revisar e aprovar a Matriz de Planeamento, antes do


início da execução;

 acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos desde


o início do planeamento até a conclusão do relatório;
Padrões gerais
 realizar concomitantemente o controlo de
qualidade da auditoria;

 preencher e assinar, após a conclusão do


relatório, o formulário apresentado;

 sempre que possível e relevante, participar


da reunião de apresentação e da reunião de
encerramento.
Padrões gerais
Compete ao coordenador da equipe de
auditoria:

 promover as discussões da equipe a respeito


do objectivo, procedimentos e técnicas a serem
utilizados, incentivando os demais membros a
apresentarem propostas e a decidirem por
consenso. No caso de divergência de opiniões,
deve-se buscar a opinião do supervisor.
Padrões gerais
 representar a equipe de auditoria perante o
órgão/entidade fiscalizado, providenciando a
entrega do ofício de apresentação ao dirigente e a
emissão dos ofícios de requisição de documentos e
de informações e responsabilizando-se pela
coordenação das reuniões com os fiscalizados;

 zelar pelo cumprimento dos prazos;


Padrões gerais
OBS.: Durante a fase de planeamento, não há
impedimento de que a equipe técnica, caso
julgue necessário, visite o órgão/entidade.
Nesses casos, deverá apresentar o ofício de
comunicação de fiscalização. Caso queira
solicitar documentos, deve proceder
conforme previsto.
Padrões planeamento
O titular da Unidade Técnica Coordenadora deve
assegurar que o tempo disponível para a fase de
planeamento seja suficiente para a consecução dos
objectivos desta fase, de forma a garantir os seguintes
aspectos básicos:
 nível de detalhamento suficiente, de modo a maximizar a
relação entre o provável benefício da fiscalização e o
seu custo total;
 Na fase de planeamento, deve ser elaborada a Matriz de
Planeamento.
Padrões planeamento
 Havendo Matrizes de Referência, caberá à equipe avaliar se
os itens de verificação constantes destas devem ser
considerados na elaboração dos procedimentos da Matriz
de Planeamento específica da auditoria. A utilização das
Matrizes de Referência não impede a inclusão de outros
procedimentos considerados relevantes pela equipe técnica,
seleccionados de acordo com o objectivo delineados para a
auditoria.

 Quando da elaboração da Matriz de Planeamento, a equipe


fará a estimativa de custo do trabalho a ser realizado.
Padrões planeamento
Na fase de planeamento, a equipe de auditoria deve,
preliminarmente, construir uma visão geral do
objecto a ser fiscalizado, podendo fazer uso, entre
outras, das seguintes fontes de informação:
 sistemas informatizados;
 cadastros existentes na Unidade Técnica a que se
vincula o órgão/entidade fiscalizado;
 legislação e normas específicas;
 contas dos últimos exercícios;
Padrões planeamento
 fiscalizações anteriores, incluindo os respectivos
papéis de trabalho;

 outros processos relacionados ao órgão/entidade


fiscalizado ou ao objecto da fiscalização;

 servidores que tenham participado de trabalhos


recentes no órgão/entidade fiscalizado;

 órgãos de controlo interno;

 próprio órgão/entidade fiscalizado;


Padrões execução
 A apresentação da equipe de auditoria ao dirigente do
órgão/entidade fiscalizado, ou representante por ele designado, faz-
se mediante realização de uma reunião, na qual é entregue o ofício
de apresentação e são informados os principais critérios de
auditoria inicialmente seleccionados durante o planeamento, bem
como os objectivos do trabalho. Deve constar do ofício de
apresentação o modelo de informação de que o órgão/entidade
encontra-se sob fiscalização, a solicitação, quando for o caso.

 A equipe de auditoria deverá, sempre que possível, se apresentar aos


responsáveis pelas áreas que serão fiscalizadas, esclarecendo o
objectivo, os critérios e o propósito da fiscalização.
Padrões execução
 A requisição de documentos e informações, durante a fiscalização –
planeamento, execução e relatório, deve fixar prazo para seu atendimento,
estabelecido, sempre que possível e desde que não comprometa o prazo de
execução, em comum acordo com o fiscalizado.

 O ofício de requisição deve ser entregue mediante atestado de recebimento na


segunda via, a qual se constituirá em papel de trabalho da fiscalização.

 Os documentos fornecidos pelo gestor devem identificar quem os elaborou ou


forneceu e a fonte da informação, além de estarem legíveis, datados e assinados.
A equipe de auditoria deverá identificar os documentos recebidos,
correlacionando-os ao item do ofício de requisição a que se referem.

 O primeiro ofício de requisição da fase de execução deve ser entregue na


reunião de apresentação.
Padrões execução
 Sempre que possível, de forma a agilizar os trabalhos e garantir a disponibilização dos
documentos e condições acima mencionados no início da execução da fiscalização, o
primeiro ofício de requisição da fase de execução deve ser encaminhado via fax, e-
mail ou pessoalmente com antecedência, sendo o original entregue, na reunião de
apresentação.

 Durante a fase de execução, a equipe de auditoria deve utilizar as fontes de


informação e aplicar os procedimentos previstos na Matriz de Planeamento em
busca de achados.

 A Matriz de Planeamento é um instrumento para a consecução do objectivo da


fiscalização, sendo passível de mudanças durante a realização dos trabalhos, caso
ocorram situações inesperadas.

 As alterações, porventura ocorridas, devem ser submetidas pessoalmente, por


telefone, por fax ou via e-mail ao supervisor para aprovação e serão registadas no
Formulário de Verificação da Equipe
Padrões de elaboração do relatório
Relatório é o instrumento formal e técnico por
intermédio do qual a equipe de auditoria comunica aos
leitores: o objectivo e as questões de auditoria; a
metodologia utilizada; os achados de auditoria; as
conclusões; e a proposta de encaminhamento.
Na redacção do relatório, a equipe de auditoria deve
orientar-se pelos requisitos resumidos na palavra
“CERTO”: Clareza, Concisão, Convicção, Exactidão,
Relevância, Tempestividade e Objectividade:
Padrões de elaboração do relatório
 CLAREZA - Produzir textos de fácil compreensão. Evitar a
sabedoria, o preciosismo, a ambiguidade e restringir ao máximo a
utilização de expressões em outros idiomas, excepto quando se
tratar de expressões que não possuam tradução adequada para o
idioma português e que já se tornaram habituais. Termos técnicos e
siglas menos conhecidas devem ser utilizados desde que necessários
e devidamente definidos em glossário. Quando possível,
complementar os textos com ilustrações, figuras e tabelas.

 CONVICÇÃO - Expor os achados e/ou as conclusões com


firmeza. Não utilizar expressões que denotem insegurança, como
“quiçá”, “parece que” ou “entendemos”.
Padrões de elaboração do relatório
 CONCISÃO – Ir directo ao assunto. Não utilizar comentários
complementares desnecessários nem fugir da ideia central.
Intercalações de textos devem ser utilizadas com cautela, de modo a
não dificultar o entendimento pelo leitor. Não devem ser utilizados
comentários entre aspas com sentido duvidoso ou irónico.
 EXACTIDÃO - Apresentar as necessárias evidências para sustentar
seus achados, conclusões e propostas, procurando não deixar espaço
para contra-argumentações. A exactidão é necessária para assegurar
ao leitor que o que foi relatado é fidedigno e confiável. Um erro pode
pôr em dúvida a validade de todo o relatório e pode desviar a
atenção da substância do que se quer comunicar.
Padrões de elaboração do relatório
 RELEVÂNCIA - Expor apenas aquilo que tem importância dentro do
contexto e que deve ser levado em consideração. Não discorrer sobre
ocorrências que não resultem em conclusões.

 TEMPESTIVIDADE - Cumprir o prazo previsto para a elaboração do


relatório, sem comprometer a qualidade.

 OBJECTIVIDADE - Apresentar o relatório de forma equilibrada em


termos de conteúdo e tom. A credibilidade de um relatório é reforçada
quando as evidências são apresentadas de forma imparcial. A comunicação
deve ser justa e não enganosa, resguardando-se contra a tendência de
exagerar ou super enfatizar deficiências. Interpretações devem ser
baseadas no conhecimento e compreensão de factos e condições.
Padrões de elaboração do relatório
O relatório deve estar estruturado nas seguintes secções:
 Folha de Rosto;
 Resumo;
 Sumário;
 Listas de figuras e tabelas, se houver;
 Apresentação, se houver;
 Introdução;
 Achados de Auditoria;
 Achados não decorrentes da investigação de questões de auditoria, se
houver;
 Conclusão;
 Proposta de Encaminhamento;
 Anexos do Relatório, se houver;
 Os itens (parágrafos) do relatório devem ser numerados, evitando-se
excessivo desdobramento em subitens.
O QUE NÃO MUDA NA REALIZAÇÃO DE
UMA AUDITORIA
 Obter informação pormenorizada que permita estabelecer a
efectividade e eficiência do sistema de gestão na realização dos
objectivos e metas estabelecidas pela alta administração;
 Detectar e corrigir desvios no sistema de gestão que afectam a
capacidade da organização para satisfazer os requisitos de seus
clientes;
 Obter informação que permita melhorar a produtividade e
rentabilidade da organização;
 Verificar atendimento de regulamentos que afectam os negócios da
organização;
 Estabelecer a adequação do sistema de gestão no que tange ao
estabelecido em normas nacionais e internacionais.
QUANDO DEVE OCORRER UMA
AUDITORIA
 Para avaliar a adaptação do sistema
implantado;
 Para levantar informações visando a
melhoria da gestão;
 Para identificar áreas de oportunidades de
melhoria;
 Para obter factos e tomar decisões.
ETAPAS DE REALIZAÇÃO DA AUDITORIA

 Reunião de abertura;
 Auditoria propriamente dita (nos
postos de trabalho);
 Reunião entre auditores;
 Reunião de encerramento.
REUNIÃO DE ABERTURA

PONTOS A SEREM ABORDADOS:

 Apresentação

 Agradecimentos

 Lembretes

 Agenda

 Objectivo

 Conhecer os participantes

 Esclarecer as etapas da auditoria


AUDITORIA PROPRIAMENTE DITA
 A auditoria é realizada através de observações: visual e
auditiva;

 Utilize o check list elaborado previamente, onde estarão


todos os questionamentos referentes ao procedimento
auditado, mas não se se restrinja ao check list, outros
questionamentos podem ser elaborados durante a
auditoria;

 Tenha sempre a norma aplicável, para eventuais dúvidas;

 requisite ao auditado todos os procedimentos aplicáveis


na área.
DURANTE A AUDITORIA
 Use perguntas abertas: por que; o que; como; de que
forma; como você assegura?

 Cuidado com a forma de imposição: (você deixou de…


você deve…)

 Procurar elogiar de forma adequada os elementos


positivos;

 Toda não conformidade encontrada deve ser


imediatamente informada ao auditado.
O AUDITOR DEVE
 Ser aberto;

 Ter a maturidade necessária;

 Ter uma boa capacidade de avaliação;

 Ter capacidade de coordenar e dirigir;

 Ser perseverante;

 Ser atento;

 Poder reagir eficientemente em situações de stresse;

 Não permitir que questões pessoais interfiram na auditoria;

 Tratar o auditado de modo adequado para que se alcance o


objectivo da auditoria.
O AUDITOR QUANDO FOR CRITICAR
DEVE SER:

 De maneira moderada

 Criticar o facto e não a pessoa

DEVE TER:

 Paciência

 Escuta activa (deixar terminar de falar)

DEVE MANTER:

 Contacto visual

 Postura erecta da cabeça


REUNIÃO ENTRE AUDITORES
Na reunião entre auditores serão:

 Lavradas as não conformidades

 Discutidos os pontos divergentes.

O relatório de auditoria deve descrever:

• Área auditada;

• Data;

• Itens auditados;

• Conformidades ou não conformidades;

• Comentários e observações;

• Conclusão final;

• Auditores.
REUNIÃO FINAL OU ENCERRAMENTO

Nessa reunião serão:

 Informadas as não conformidades lavradas

 Acordados prazos para acções correctivas

 Esclarecidas as dúvidas com relação aos


resultados da auditoria

 Realizados os agradecimentos a todos que


colaboram como o bom andamento da
auditoria.

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