Texto de Apoio #1
Texto de Apoio #1
Texto de Apoio #1
TEXTO DE APOIO Nº 1
Aliás, segundo Willian Attie, o próprio termo Auditor em portugês, provém da palavra Inglesa
to audit (examinar, ajustar, corrigir, certificar). O termo auditor não é exclusivo do âmbito de
contabilidade, existindo a mesma nomeclatura em outras diferentes áreas, pese embora com
objectivos similares.
Segundo Carlos Baptista, etimologicamente a palavra auditoria tem a sua origem no verbo
latino «audire» o qual significando ouvir.
Ainda pelo mesmo autor, na essência a causa da evolução de auditoria, que é decorrente da
evolução da contabilidade, foi a do desenvolvimento económico dos países, síntese do
crescimento das empresas e da expansão das actividades produtoras, gerando crescente
complexidade na administração dos negócios e de práticas financeiras.
A veracidade das informações, o correcto cumprimento das metas, a aplicação do capital
investido de forma lícita e o retorno do investimento foram algumas das preocupações que
exigiram a opinião de alguém não ligado aos negócios e que confirmasse, de forma
independente, a qualidade e a precisão das demonstrações financeiras apresentadas, desse
modo a necessidade do auditor.
Segundo se tem registo, foi a partir da criação do SEC, em 1934, nos EUA, que a profissão de
auditor assume um papel preponderante e cria um novo estímulo, uma vez que as empresas
que transaccionavam acções da Bolsa de Valores foram obrigadas a recorrer aos serviços de
auditoria para dar maior credibilidade às suas DF’s.
Objectivos de Auditoria
Do ponto de vista de Auditoria Externa
Expressar uma opinião sobre se as Demonstrações Financeiras estão ou não preparadas, em
todos os aspectos materialmente relevantes, de acordo com uma estrutura conceptual de
relato financeiro identificada, ou seja, assegurar que elas representam adequadamente a
posição patrimonial e financeira, o resultado das suas operações e as origens e aplicação de
recursos correspondentes aos períodos em exame, de acordo com os princípios de
contabilidade aplicados com uniformidade ao longo dos períodos.
Como mais adiante se irá abordar, o exame de auditoria deve ser efectuado de acordo com as
normas de auditoria, inclusive quanto às provas nos registos contabilísticos e aos
procedimentos de auditoria julgados necessários nas circunstâncias
Tipos de Auditoria
Existem vários tipos de auditoria como abaixo se arrolam, contudo o nosso enfoque incidirá
sobre as Auditorias Financeira e Interna. Assim temos: auditoria interna; auditoria financeira;
auditoria informática; auditoria de gestão; auditoria fiscal; auditoria previsional e auditoria
estratégica.
Auditoria Interna
A auditoria Interna tem vindo a evoluir ao longo dos anos e efectivamente nos primórdios, ela
limitava-se a função de salvaguarda dos activos das empresas e verificação do cumprimento
dos procedimentos estabelecidos pela administração e dava-se igualmente ênfase à detecção de
fraudes. Porém a criação em 1941, nos EUA do Instituto de Auditores Internos – Institute of
Internal Auditors (IIA), foi fundamental para o desenvolvimento da actividade dos auditores
internos a nível global. Um outro acontecimento importante que impulsionou a actividade foi
em 1978, com a aprovação dos Standardars for the Professional practice of Internal auditing
em cuja introdução se define auditoria interna como «uma actividade de avaliação
independente e de assessoramento/consultoria da administração, voltada para o exame e
avaliação da adequação, eficiência1 e eficácia2 dos sistemas de controlo, bem como da
qualidade do desempenho das áreas em relação às atribuições e aos planos, metas, objectivos e
políticas definidos para as mesmas.
A acção da Auditoria Interna estende-se por todos os serviços, programas, operações e
controles existentes na entidade.
Auditoria Interna tem por missão básica, assessorar a Administração no desempenho de suas
funções e responsabilidades, através do exame:
_ a confiança e a integridade da infirmação;
_ o cumprimento das políticas, planos, procedimentos e legislação aplicável;
_ a custódia dos activos;
_ a utilização económica e eficiente dos recursos; e
_ a realização dos objectivos e metas fixados para as operações ou planos.
Auditoria Financeira
Conforme foi referido, o objectivo geral da auditoria das Demonstrações Financeiras é fazer
com que o auditor expresse uma opinião sobre se as demonstrações financeiras estão
razoavelmente apresentadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites.
Na auditoria financeira o auditor avalia a apresentação razoável das DF’s por meio de
obtenção de evidências de auditoria de uma forma detalhada e cuidadosa
O Auditor Financeiro, tem uma grande responsabilidade em informar aos usuários se as DF’s
estão adequadamente apresentadas ou não.
Usuários do parecer do Auditor Financeiro e ou das DF’s
Os usuários do parecer do Auditor Financeiro e ou das DF’s, incluem:
_ Investidores - são os detentores de capital e necessitam de informação que lhes permita
avaliar as condições do retorno do investimento, para comprar, deter ou vender as suas acções.
_ Trabalhadores – para avaliar a capacidade da empresa em proporcionar remunerações,
pensões, oportunidades de emprego e estabilidade da própria empresa
_ Credores e Financiadores – estão interessados na informação que lhes permita determinar
se os seus empréstimos e ou dívidas e correspondentes juros serão pagos nas respectivas datas
e vencimento
_ Clientes – acerca da continuidade da empresa e consequentemente das suas operações
_ Governo e outras entidades públicas – informação para a regulamentação da actividade,
impostos, etc
Público no geral – as empresas operam num ambiente social e de alguma forma elas afectam
o público no sentido de que elas contribuem para as famílias através das remunerações e outras
contribuições.
Auditoria Informática
A evolução dos meios informáticos nos últimos anos determinou a sua utilização generalizada
no processamento das operações de todas as actividades da empresa e ao consequente
desenvolvimento da auditoria informática realizada por auditores internos e externos.
Auditoria Operacional
A auditoria Operacional quase que se confunde com a interna, aliás ela traduz uma extensão da
Auditoria Interna, como resultado do desenvolvimento empresarial. A auditoria operacional
abrange aspectos relacionados com as diversas áreas operacionais, como sejam: Compras,
existências, controlo de qualidade, marketing, entre outras.
Auditoria de Gestão
Auditoria Fiscal
A extensão da auditoria ao domínio fiscal decorre da importância cada vez maior da
fiscalidade na gestão financeira das empresas e ainda por razões históricas porque durante
muito tempo a contabilidade foi utilizada para fins fiscais.
Cada vez mais os administradores têm necessidade de proporcionar aos seus investidores
informações adequadas sobre as perspectivas de evolução da sua situação financeira e dos
resultados. A auditoria Previsional visa, dar uma opinião sobre a razoabilidade e credibilidade
dessa informação financeira prospectiva.
Auditoria Estratégica
Cabe a auditoria estratégica evidenciar a estratégia seguida pelas empresas em dado momento
e avaliar a pertinência e as mudanças de sucesso, nos aspectos como objectivos, a visão, a
missão, crescimento, actividade, gestão de carteira das actividades, as mano bras estratégicas,
entre outras.