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Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2019 I SÉRIE — Número 249

BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P. ARTIGO 2


(Revogação)
AVISO
1. São revogados:
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser
remetida em cópia devidamente autenticada, uma por cada a) o Decreto n.º 16489, de 15 de Fevereiro de 1929, posto
assunto, donde conste, além das indicações necessárias para em vigor em Moçambique pelo Decreto n.º 19271,
esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e autenticado: de 24 de Janeiro de 1931, que aprovou o Código
Para publicação no «Boletim da República». do Processo Penal;
b) o Decreto-Lei n.º 35007, de 13 de Outubro de 1945, que
remodela alguns princípios básicos do processo penal;
c) a Portaria n.º 17076, de 20 de Março de 1959, que torna
SUMÁRIO extensiva às províncias ultramarinas, com algumas
alterações ao Decreto-Lei n.º 35007, de 13 de Outubro
Assembleia da República:
de 1945;
Lei n.º 25/2019: d) os artigos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11 do Decreto-Lei
n.º 28/75, de 1 de Março, que introduz alterações ao
Lei de revisão do Código de Processo Penal.
formalismo processual penal e ao Código das Custas
Judiciais;
e) a Lei n.º 5/81, de 8 de Dezembro, que extingue o Tribunal
de Execução das Penas e transita a competência para
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA os tribunais populares provinciais;
Lei n.º 25/2019 f) os números 1 e 2 do artigo 38, da Lei n.º 9/87, de 19
de Setembro, relativo a Lei de Defesa da Economia;
de 26 de Dezembro g) a Lei n.º 9/92, de 6 de Maio, que introduz alterações
O Código de Processo Penal ora vigente foi aprovado pelo ao processualismo penal e reintroduz as figuras
Decreto n.º 16489 de 15 de Fevereiro de 1929 e mandado vigorar de assistente e de crime particular;
na então colónia de Moçambique pela Portaria n.º 19271, de 24 h) a Lei n.º 2/93, de 24 de Junho, que institucionaliza
de Janeiro de 1931. os juízes da instrução criminal.
O Código, apesar de algumas operações cosméticas que foi 2. É revogada toda a legislação que contrarie o disposto
sofrendo ao longo dos anos, manteve, no essencial, o seu traçado na presente Lei.
fundamental, que se caracteriza pela prevalência de alguns
resquícios de tipo estrutural inquisitório que se colocam em ARTIGO 3
confronto com princípios jurídico-filosóficos e valores adoptados
(Processos pendentes)
pela sociedade moçambicana após a Independência Nacional
assentes no Estado de Direito democrático e no respeito pela 1. As normas constantes do Código são de aplicação imediata,
dignidade da pessoa humana. incluindo os processos pendentes, salvo nos casos em que possa
Sendo certo que o processo penal é direito constitucional resultar a agravação da situação processual do arguido ou suspeito
aplicado, impõe-se que a fruição dos direitos de cidadania na em processo iniciado na vigência da legislação anterior.
sociedade democrática e plural que estamos a consolidar, tanto 2. Os processos já iniciados sob certa forma de processo
no que concerne a direitos individuais como a deveres para com a seguirão tal forma até final, salvo quanto aos procedimentos, que
comunidade, deve constituir a bússola orientadora do novo quadro serão aplicados os deste Código, se da sua aplicação não resultar
jurídico-penal da coeva sociedade moçambicana.
a agravação da situação dos arguidos.
Justifica-se, destarte, a reforma do Código de Processo Penal,
com vista a garantir a plena efectivação dos direitos, liberdades 3. A lei nova não prejudica as diligências em curso para
e garantias fundamentais dos cidadãos e a sua conformação com a realização de determinada modalidade de notificação, sendo
as hodiernas concepções da dogmática penal. imediatamente aplicável se essa notificação não vier a acontecer.
Nestes termos, ao abrigo do número 1 do artigo 178
da Constituição, a Assembleia da República determina: ARTIGO 4
(Reexame dos pressupostos da prisão preventiva)
ARTIGO 1
Durante os 30 dias imediatos à entrada em vigor do Código, o
(Aprovação) juiz competente, oficiosamente ou a requerimento do Ministério
É aprovado o Código de Processo Penal, em anexo, que faz Público ou do mandatário ou defensor oficioso, examina os
parte integrante da presente Lei. pressupostos de aplicação da prisão preventiva que à data subsista.
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ARTIGO 5 ARTIGO 3
(Entrada ilegal de estrangeiros em território nacional) (Direito fundamental à presunção de inocência)
Enquanto não existir legislação que regule a entrada ou perma- 1. Todo o arguido se presume inocente até ao trânsito
nência ilegal de cidadãos estrangeiros em território nacional, em julgado de sentença condenatória.
sempre que alguém for encontrado nessa situação e detido é, 2. A presunção de inocência do arguido exige que a prova
imediatamente, entregue aos Serviços de Migração para, se for de sua culpabilidade seja feita por quem acusa e em tribunal,
caso disso, proceder o seu repatriamento. na obediência das regras estabelecidas pelo presente Código.
3. Havendo dúvida razoável sobre quaisquer factos relativos
ARTIGO 6 à infracção cuja existência se procura verificar ou à responsabilidade
(Normas transitórias) que se pretende apurar, ela é resolvida em favor do arguido.
1. Nos tribunais judiciais comuns serão criadas secções ARTIGO 4
de instrução criminal em que funcionarão os juízes de instrução
criminal. (Provas obtidas por meios ilícitos)
2. Onde não for possível criar as secções referidas no número 1, São nulas as provas obtidas mediante tortura, coacção, ofensa
serão as competências dos juízes de instrução assumidas pelos da integridade física ou moral da pessoa, abusiva intromissão
juízes das secções criminais ou do lugar da prisão. na sua vida privada e familiar, no domicílio, na correspondência
3. Enquanto não forem criadas as secções de instrução criminal, ou nas telecomunicações.
não se aplica o princípio disposto no número 2 do artigo 19, do
Código de Processo Penal. ARTIGO 5
ARTIGO 7 (Princípio do contraditório)

(Salário mínimo)
O processo penal subordina-se ao princípio do contraditório.
Para efeitos do Código de Processo Penal, deve entender-se ARTIGO 6
como salário mínimo, o salário em vigor na Função Pública.
(Direitos de pessoa detida ou presa)
ARTIGO 8 1. Toda a pessoa detida ou presa deve ser imediatamente
(Entrada em vigor) informada, de forma clara e compreensível, das razões da sua
detenção ou prisão e dos seus direitos constitucionais e legais, e
A presente Lei entra em vigor decorridos 180 dias depois da autorizada a contactar defensor, directamente ou por intermédio
sua publicação. de sua família ou de pessoa da sua confiança.
Aprovada pela Assembleia da República, aos 29 de Julho 2. A pessoa detida ou presa tem direito à identificação dos
2019. responsáveis pela sua detenção ou prisão e pelo seu interrogatório.
A Presidente da Assembleia da República, Verónica Nataniel 3. A detenção ou prisão de qualquer pessoa e o local preciso
Macamo Dlhovo. onde se encontra são comunicados imediatamente à família do
Promulgada, aos 10 de Dezembro de 2019. detido ou preso ou a pessoa por ele indicada, com a descrição
sumária das razões que a motivaram.
Publique-se.
4. A pessoa detida ou presa não pode ser obrigada a prestar
O Presidente da República, FILIPE JACINTO NYUSI. declarações, salvo nos casos e nos termos previstos neste Código.
Código de Processo Penal ARTIGO 7
PARTE PRIMEIRA (Direito à presença de defensor)
Livro Preliminar Todo o interveniente em acto de processo penal, que nele
Fundamentos do Processo Penal
seja chamado a prestar depoimento, tem o direito de se fazer
acompanhar de defensor, seja perante autoridade judiciária, seja
TÍTULO I perante autoridade de polícia criminal.
Princípios Fundamentais e Garantias do Processo Penal
ARTIGO 8
CAPÍTULO I
(Dever de fundamentação)
Disposições Preliminares e Gerais Toda a decisão de autoridade judiciária, seja ela juiz ou
ARTIGO 1 Ministério Público, proferida no âmbito de processo penal, deve
(Exigência de processo) ser fundamentada com precisão e clareza, tanto no que se refere
a questões de facto, quanto no que diz respeito à argumentação
Nenhuma pena ou medida de segurança pode ser aplicada sem jurídica.
haver um processo em que se prove a existência da infracção
e a responsabilidade criminal do acusado, em conformidade com ARTIGO 9
as regras definidas no presente Código.
(Aplicação da lei processual penal no tempo)
ARTIGO 2 1. A lei processual penal é de aplicação imediata, sem prejuízo
(Celeridade processual e garantias de defesa) da validade dos actos realizados na vigência da lei anterior.
2. A lei processual penal não se aplica aos processos iniciados
1. Todo o arguido tem o direito de ser julgado no mais curto
prazo, compatível com as garantias de defesa. anteriormente à sua vigência quando da sua aplicabilidade
2. O andamento de processos em que haja arguidos privados imediata puder resultar:
de liberdade, ainda que por via de recurso, tem precedência sobre a) agravamento sensível e ainda evitável da situação
todos os outros. processual do arguido, nomeadamente na limitação
3. Não há lugar à audiência preliminar nos processos especiais. do seu direito de defesa; ou
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b) quebra de harmonia e unidade dos vários actos do pro- PARTE SEGUNDA


cesso.
LIVRO I
ARTIGO 10 Dos Sujeitos do Processo
(Aplicação da lei processual penal no espaço) TÍTULO I
A lei processual penal é aplicável em todo o território Do Juiz e do Tribunal
moçambicano e, bem assim, em território estrangeiro nos
limites definidos por tratados, convenções e regras de direito CAPÍTULO I
internacional. Da Jurisdição
ARTIGO 11 ARTIGO 15
(Aplicação subsidiária) (Exercício da função jurisdicional penal)
As disposições deste Código são subsidiariamente aplicáveis, 1. Os tribunais judiciais são os órgãos competentes para decidir
salvo disposição legal em contrário, aos processos de natureza as causas penais e aplicar penas e medidas de segurança criminais.
penal regulados em lei especial. 2. No exercício das suas funções, os tribunais têm direito
ARTIGO 12 a ser coadjuvados por todas as outras autoridades e entidades
públicas e privadas; a colaboração solicitada prefere a qualquer
(Integração de lacunas) outro serviço.
Nos casos omissos, quando as disposições deste Código 3. As decisões dos tribunais são de cumprimento obrigatório
não puderem aplicar-se por analogia, observam-se as normas para todos os cidadãos e demais pessoas jurídicas e prevalecem
do processo civil que se harmonizem com o processo penal e, sobre as de outras autoridades.
na falta delas, aplicam-se os princípios gerais do processo penal.
ARTIGO 16
CAPÍTULO II
(Juiz natural)
Suficiência da Acção Penal e Questões Prejudiciais
ARTIGO 13 Nenhuma causa poderá ser subtraída ao tribunal cuja
competência esteja fixada em lei anterior.
(Suficiência da acção penal)
1. A acção penal pode ser exercida e julgada independentemente ARTIGO 17
de qualquer outra acção; no processo penal resolvem-se todas as
(Autoridades judiciárias)
questões que interessem à decisão da causa, qualquer que seja a
sua natureza, salvo nos casos exceptuados por lei. Constituem autoridades judiciárias o juiz, o juiz de instrução
2. O tribunal penal, quando conheça de questão prejudicial criminal e o Ministério Público, cada um relativamente aos actos
não penal, aplica as regras de direito próprias da relação jurídica processuais que cabem nas suas competências.
em causa.
CAPÍTULO II
ARTIGO 14
Da Competência
(Questões prejudiciais)
SECÇÃO I
1. Quando, para se conhecer da existência da infracção penal,
seja necessário resolver qualquer questão de natureza não penal Competência material e funcional
que não possa convenientemente decidir-se no processo penal, ARTIGO 18
pode o juiz suspender o processo, para que se intente e julgue
a respectiva acção no tribunal competente. (Disposições aplicáveis)
2. Presume-se a inconveniência do julgamento da questão 1. A competência material e funcional dos tribunais
prejudicial no processo penal: em matéria penal é regulada pelas disposições deste Código e,
a) quando incida sobre o estado civil das pessoas; subsidiariamente, pelas leis de organização judiciária.
b) quando seja de difícil solução e não verse sobre factos 2. Têm competência penal:
cuja prova a lei civil limite.
a) o Tribunal Supremo;
3. A suspensão pode ser requerida pelo Ministério Público,
pelo assistente ou pelo arguido em qualquer altura do processo, b) o Tribunal Superior de Recurso;
ou ser ordenada oficiosamente pelo juiz, após a acusação c) o Tribunal Judicial de Província;
ou o requerimento para audiência preliminar. d) o Tribunal Judicial de Distrito.
4. O juiz marca o prazo da suspensão, que pode ser prorrogado 3. Sempre que as circunstâncias o justifiquem podem ser
até um ano se a demora da decisão não for imputável ao assistente criados tribunais judiciais de competência especializada, de
ou ao arguido. O Ministério Público pode sempre intervir no acordo com o estabelecido na lei da organização judiciária.
processo não penal para promover o seu rápido andamento e
informar o tribunal penal. Esgotado o prazo sem que a questão ARTIGO 19
prejudicial tenha sido resolvida, ou se a acção não tiver sido (Competência do juiz de instrução)
proposta no prazo máximo de um mês, a questão é decidida no
processo penal. 1. Compete ao juiz de instrução exercer as funções jurisdicionais
5. Quando suspenda o processo penal, para julgamento relativas à instrução, dirigir a audiência preliminar e decidir
em outro tribunal da questão prejudicial, pode o juiz ordenar quanto à pronúncia, nos termos prescritos neste Código.
a libertação do arguido preso mediante termo de identidade ou 2. Não pode proceder ao julgamento do arguido o juiz que,
mediante caução; mas essa providência será revogada se o arguido no processo respectivo, tenha, contra ele, proferido despacho
for negligente em promover o andamento da causa. de pronúncia.
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ARTIGO 20 ARTIGO 26
(Tribunal singular) (Crime cometido no estrangeiro)
1. Compete ao tribunal singular, em matéria penal, julgar 1. Se o crime for cometido no estrangeiro, é competente para
os processos: dele conhecer o tribunal da área de jurisdição onde o agente tiver
a) cuja competência não cabe ao tribunal colegial; e sido encontrado ou do seu domicílio. Quando ainda assim não for
b) que devam ser julgados em processo especial. possível determinar a competência, esta pertence ao tribunal da
área de jurisdição onde primeiro tiver havido notícia do crime.
2. O tribunal singular é integrado por um juiz profissional.
2. Se o crime for cometido em parte no estrangeiro, é
ARTIGO 21 competente para dele conhecer o tribunal da área nacional onde
tiver sido praticado o último acto relevante, nos termos das
(Tribunal colegial) disposições anteriores.
Podem ser constituídos tribunais colegiais, nos termos
definidos na lei da organização judiciária. ARTIGO 27
(Processo respeitante a magistrado)
ARTIGO 22
Se num processo for ofendido pessoa com a faculdade
(Execução de penas) de se constituir assistente ou parte civil um magistrado judicial
Serão criadas secções de execução das penas junto dos tribu- ou do Ministério Público, e para o processo deva ter competência,
nais judiciais comuns. por força das disposições anteriores, o tribunal onde o magistrado
exerce funções, é competente o tribunal da mesma hierarquia ou
SECÇÃO II espécie com sede mais próxima, salvo tratando-se do Tribunal
Competência territorial Supremo.
ARTIGO 23 SECÇÃO III
(Regras gerais) Competência por conexão
1. É competente para conhecer de um crime o tribunal em cuja ARTIGO 28
área de jurisdição se tiver verificado a consumação.
(Casos de conexão)
2. Para conhecer de crime que se consuma por actos sucessivos
ou reiterados, ou por um só acto susceptível de se prolongar no 1. Há conexão de processos quando:
tempo, é competente o tribunal em cuja área de jurisdição se tiver a) o mesmo agente tiver cometido vários crimes através
praticado o último acto ou tiver cessado a consumação. da mesma acção ou omissão, na mesma ocasião
3. Se o crime não tiver chegado a consumar-se, é competente ou lugar, sendo uns causa ou efeito dos outros, ou
para dele conhecer o tribunal em cuja área de jurisdição se tiver destinando-se uns a continuar a ocultar os outros;
praticado o último acto de execução ou, em caso de punibilidade b) o mesmo crime tiver sido cometido por vários agentes
dos actos preparatórios, o último acto de preparação. em comparticipação;
c) vários agentes tiverem cometido diversos crimes em
ARTIGO 24 comparticipação, reciprocamente, na mesma ocasião
(Crime cometido a bordo de navio ou aeronave) ou lugar, sendo uns causa ou efeito dos outros, ou
destinando-se uns a continuar ou a ocultar os outros.
1. É competente para conhecer de crime cometido a bordo
de navio o tribunal da área de jurisdição do porto moçambicano 2. Podem ser processadas e julgadas conjuntamente as con-
para onde o agente se dirigir ou onde ele desembarcar; e, não travenções e transgressões a editais, posturas ou disposições
se dirigindo o agente para território moçambicano ou nele não regulamentares que constem do mesmo auto de notícia levantado
desembarcando, ou fazendo parte da tripulação, o tribunal da área contra diversos infractores, ainda que não se verifiquem as
de jurisdição da matrícula. condições exigidas nos artigos precedentes.
2. O disposto no número 1 do presente artigo é corres- 3. A conexão só opera relativamente aos processos que se
pondentemente aplicável a crime cometido a bordo de aeronave. encontrarem simultaneamente na fase de instrução, de audiência
3. Para qualquer caso não previsto nos números anteriores preliminar ou de julgamento.
é competente o tribunal da área de jurisdição onde primeiro tiver ARTIGO 29
havido notícia do crime.
(Conexão de processos da competência de tribunais com sede
ARTIGO 25 na mesma área de jurisdição)

(Crime de localização duvidosa ou desconhecida) Para além dos casos previstos no artigo 28, há ainda conexão
de processos quando o mesmo agente tiver cometido vários crimes
1. Se o crime estiver relacionado com áreas de jurisdição
cujo conhecimento seja da competência de tribunais com sede na
diversas e houver dúvidas sobre aquela em que se localiza
mesma área de jurisdição, nos termos dos artigos 23 e seguintes.
o elemento relevante para determinação da competência
territorial, é competente para dele conhecer o tribunal de qualquer ARTIGO 30
das áreas de jurisdição, preferindo o daquela onde primeiro tiver
havido notícia do crime. (Competência material e funcional determinada pela conexão)
2. Se for desconhecida a localização do elemento relevante, Se os processos conexos devessem ser da competência de
é competente o tribunal da área de jurisdição onde primeiro tiver tribunais de diferente hierarquia ou espécie, é competente para
havido notícia do crime. todos o tribunal de hierarquia ou espécie mais elevada.

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