Arte Antiga
Arte Antiga
Arte Antiga
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ARTE ANTIGA
Arte na Pré-História
A arte na Pré-História foi produzida, principalmente, durante os períodos Paleolítico e
Neolítico. Destacam-se as pinturas rupestres e as construções megalíticas.
A Vênus de Willendorf foi localizada na Áustria e é uma das estatuetas de Vênus mais famosas.
Não há registro somente de arte rupestre no Paleolítico, pois existem também pequenas
esculturas que foram produzidas nesse período. Nesse caso, o grande destaque são as estatuetas de
Vênus, produzidas entre 40.000 a.C. e 10.000 a.C. Essas estatuetas conhecidas como Vênus
reproduzem sempre um corpo feminino nu com formas bastante voluptuosas, destacando-se os seios
grandes e os quadris largos.
Essas esculturas são entendidas pelos especialistas como um registro relacionado com um culto
à fertilidade, o qual pode estar associado como uma divindade conhecida como Deusa Mãe. A
estatueta Vênus mais conhecida é a Vênus de Willendorf, localizada na Áustria e que tem
aproximadamente 25 mil anos de existência.
→ Arte no Período Neolítico
O período Neolítico apresenta grandes transformações e avanços em relação ao Paleolítico –
embora de modo não uniforme. Esses avanços podem ser destacados, principalmente,
pela sedentarização do homem por meio do domínio das técnicas agrícolas e da domesticação dos
animais.
Isso permitiu que o homem desenvolvesse novas ferramentas, que trouxeram melhoria para a
sua vida. Um dos grandes avanços do Neolítico está relacionado com as construções, uma vez que
pouco a pouco o homem foi desenvolvendo habilidades arquitetônicas.
Arte egípcia
A arte egípcia é uma arte que tem características profundamente ligadas à religiosidade,
presente na pintura, nas esculturas, na arquitetura e nos demais objetos e amuletos.
Templo de Edfu, no Egito. Passagem ladeada por duas paredes cheias de hieróglifos egípcios.
A arte egípcia é uma arte ligada fundamentalmente à religião e espiritualidade do povo egípcio,
que a produziu. Seja em forma de pintura ou de escultura, reproduzia os deuses ou os faraós
(representantes encarnados das deidades) que governavam no período. Nenhum deles tinha
expressões faciais ou qualquer emoção nítida, servindo somente como guia aos mortos ou para
demonstrar os feitos de algum faraó.
As artes não eram assinadas, e os artistas não possuíam autonomia sobre o que pintar, já que
todas as obras eram feitas a mando de seu governante. A arquitetura também era voltada para a
representação de sua mitologia, da grandiosidade dos deuses e seus governantes na Terra, sejam as
pirâmides ou as esfinges.
Características da arte egípcia
A arte egípcia é uma arte muito ligada à religiosidade, à espiritualidade e à mitologia dos
povos egípcios. Assim, pode ser vista principalmente em túmulos, sendo que dentro deles há/havia
diversas pinturas e esculturas. As próprias grandes obras arquitetônicas do Egito Antigo, as
pirâmides, também tinham essa finalidade, afinal os egípcios acreditavam na vida após a morte, e,
por isso, os faraós e nobres eram enterrados com vários objetos, para que tivessem uma boa vida no
além.
→ Pintura egípcia
Arte Grega
Falar da Arte Grega é falar de conceitos que nos guiam até hoje, seja para assimilar ou contestar,
principalmente em termos de arte.
Além de realizadores e guerreiros, os gregos foram grandes pensadores. Eles começam a refletir sobre a
arte, sobre a beleza e a estética.
Uma das característica que gerou tanto avanço foi o antropocentrismo. Ou seja, movimento filosófico em
que o homem passa a se ver como o centro do universo e a criação mais importante dos Deuses. E pela primeira
a vez passa a produzir arte sem tanta dominação política e religiosa.
Foi durante a Grécia Antiga que surgiu o começo do planejamento urbano, além de pavimentar os princípios
da democracia.
A arte na Grécia Antiga passa a influenciar a arquitetura, o teatro, a pintura, a escultura e a poesia e
apresenta grandes evoluções de acordo com cada período.
Aqui não estou abordando os períodos históricos da Grécia Antiga Pré-Homérico (séculos XX – XII a.C.)
e Homérico (séculos XII – VIII a.C.). Estarei abordando o Período Arcaico, Período Clássico e Período
Helenístico.
Período Arcaico Grego
Sec VII a.C. – V aC.
No Período Arcaico, (650 – 480 a.C.) surgiram as cidades-estados, como Esparta e Atenas, com estrutura
aristocrática e social rigorosamente hierarquizada e militarizada. Houve também um grande desenvolvimento das
polis gregas. As polis eram formadas por uma região urbana com praça, templo e mercado cercada por uma região
rural.
Em Atenas surge o embrião da democracia, com um sistema que permitia que os homens maiores de 21
anos poderiam participar de decisões sobre as polis.
Mas, esses direitos não eram permitidos para mulheres, escravos e estrangeiros.
Quando analisamos a arte grega devemos sempre lembrar que pouca coisa original foi encontrada, principalmente
na pintura e na escultura, então analisamos cópias Romanas.
Escultura no Período Arcaico
As esculturas nesse período eram bastante estáticas, com pouco movimento, ainda sob a influencia da arte
egípcia. Esculpiam grandes estátuas chamada kouros, o jovem nu em pé, que simbolizava a força atlética. E
a kore, a jovem menina vestida para simbolizar a placidez, elegância e generosidade. Era representada com os
traços do rosto levemente ascendentes, com uma das mãos segurando a roupa de tecido leve e drapeado e com a
outra mão uma fruta ou flor sendo oferecida. As cores e formas das roupas também tinham simbologia. As
esculturas grandes eram produzidas em pedra, terracota e bronze.
A escultura na antiguidade tinha a importante função de comunicar. Existia toda uma simbologia que
deveria ser seguida para que uma obra fosse bela e entendida ao ser apreciada ou adorada. A criatividade não era
considerada uma qualidade artística e sim saber seguir a técnica, aprimorando e apresentando uma evolução
técnica e artística dentro dos padrões e princípios que orientavam a busca da perfeição e harmonia.
Arquitetura no Período Arcaico
Na arquitetura do período Arcaico Grego a simetria passa a ter um papel fundamental criando um padrão
de proporcionalidade, em vários aspectos, como por exemplo a proporção entre a largura e a altura de uma coluna.
Os templos, grandes construções de pedra, eram construídos para visitação pública a apreciação dos vários
Deuses. Mesmo que sempre dedicado a uma determinada divindade, os templos precisavam abrigar várias
estatuas de outros deuses e isso fez desenvolver tanto a arquitetura, como a pintura e principalmente a escultura.
O Teatro Grego surge em 550 a.C. em um primeiro momento para celebrações míticas para o Deus Dionísio,
mas evolui passa a ter um papel importante social, cultural e político na sociedade grega.
Cerâmica no Período Arcaico
No Período Arcaico Grego a cerâmica observa-se uma influência do Oriente Médio adicionando um
repertório de estilo e assuntos. Na ânfora ática de figura negra (c. 540 – 530 a.C.), podemos observar que o
desenho apresenta delicados padrões de enfeites que lembram os padrões matemáticos dos arabescos.
Hoje vemos como um estilo da época fazer as imagens em preto e o fundo em terra
contrastando. Também, a forma como a curvatura das costas se encaixa na curvatura do vaso pode ser
outra observação interessante sobre como a noção de estética já estava sendo desenvolvida. Esta cerâmica,
excepcionalmente é uma peça assinada, por Exekias.
Pintura no Período Arcaico
Muito pouco se conhece de original da pintura do Período da Grécia Arcaica. Alguns poucos nomes de
artistas pintores são citados, como Cleantes, Ecfantos, Teléfanes, Eumaros e Cimon. Algumas obras conhecidas
desse período são o afresco na Tumba do Mergulhador, em Pesto, com cena de simpósio, festa após um banquete,
para beber e travar diálogos intelectuais, século V a.C.. Além da placa de madeira pintada, encontrada em Corinto,
século VI a.C.
Período Clássico Grego
Período Clássico
Sec V a.C – IV aC.
O Período Clássico Grego foi marcado por grandes conflitos e pelo Século de Péricles, de grande atividade
intelectual, artístico e política. O primeiro grande conflito foram as Guerras Médicas (490 e a segunda, em 470
a.C.) em que os gregos vencem os persas.
Apesar da cultura imperialista e escravagista imposta aos perdedores, as polis, cidades-estados grega que
possuíam autonomia política para governar, se desenvolveram e evoluíram. Nesse período também que deu-se
grande importância ao espaço público onde se tratava de política, além de vários outros assuntos.
Eram lugares para discutir, pensar e investigar fazendo com que o raciocínio mítico desse lugar a um
pensamento racional, surgindo assim a Filosofia, que reflete questões relacionadas à existência humana. O
segundo grande confronto foi a Guerra do Peloponeso. Foi um conflito interno entre Atenas e Esparta teve início
em 431 a.C. e durou por 27 anos. Nesse momento o autoritarismo substitui a democracia que na época florescia
e assim começará a queda do Império Grego, invadida pelos macedônios.
Arte no Período Clássico Grego
A arte durante o Período Clássico Grego, teve um grande avanço principalmente na arquitetura e na
escultura. Os gregos buscavam a perfeição, a proporcionalidade e a beleza. Um exemplo, foi a construção do
Partenon de Atenas que impulsionou um grande desenvolvimento na escultura.
Sempre lembrando que a arte no período antigo não prezava a criatividade e sim a técnica e a a finalidade
de comunicar através da escultura, que era muito importante.
Escultura no Período Clássico Grego
Nas estátuas masculinas o Kouro dá lugar ao Efebo, jovem de perfil atlético que simboliza a juventude em
todo seu esplendor de beleza e vitalidade. A escultura teve um grande avanço passando a mostrar o movimento
em sua potência. Ou seja, o momento em que em que o atleta representado exercia maior força e concentração.
Também buscavam o equilíbrio e o ritmo na obra e no que ela iria representar.
Sabemos que a maioria das obras gregas são conhecidas através de cópias romanas. Poseidon atribuído ao
escultor Cálamis 480 aC., o Discóbolo de Miron V aC., Policleto de Doríforo, Hermes carregando Dionísio IV
aC.
Os gregos eram politeístas.
Cerâmica no Período Clássico Grego
Na cerâmica também vemos algumas mudanças de estilo grande como o aumento do realismo e a
valorização de narrativas. Além da inversão das cores, as figuras passam a serem representadas em vermelho e o
fundo preto, o que realçava muito mais as composições.
Filosofia no Período Clássico Grego
Com o desenvolvimento da filosofia e o surgimento de correntes de pensamentos a arte também passa a ter
novas influências. Os grandes pensadores gregos estavam debatendo ideias e criando conceitos filosóficos como
o Estoicismo (Busca a felicidade através do conhecimento e nega os sentimentos e prazeres externos, como a
paixão e os desejos. Tem como virtudes estoicas a coragem, a justiça, o autocontrole e a sabedoria.), o
Epicurismo (Busca a felicidade através do autoconhecimento e prazeres moderados, com prudência, dando
grande importância a amizade. Dividem os prazeres em imediatos e duradouros.) e o Ceticismo (Buscam viver
sem emitir juízos e sem admitir a existência de dogmas e manifestações religiosas ou metafísicas. Por observar a
diferença entre culturas, passa a duvidar de conhecimento, fatos, opiniões ou crenças estabelecidos.).
Período Helenístico Grego
Período Helenístico
Sec IV aC. – II aC.
Em 338 a.C. os gregos foram dominados pelos macedônios. A partir de 336 a.C., começa o império de
Alexandre Magno ou Alexandre o Grande. Em cerca de dez anos de reinado (333-323 a.C.), conquistou as regiões
do Egito, Mesopotâmia, Síria, Pérsia e Índia.
Por ter tido um contato estreito com outras culturas, Alexandre ao invés de subjugar e eliminar a cultura
dos derrotados, opta por respeitar esse conhecimento, aproveita-lo e/ou transformá-lo.
Para aprimorar e divulgar a cultura helenística desenvolveu centros culturais em várias cidades-estados.
Para abastecer os estudos eram trazidos de toda parte pergaminhos importantes para desenvolver valores e
conceitos filosóficos, religiosos, políticos, literários e científicos. Alexandria foi o mais conhecido de todos.
Ou seja, a civilização helenística resultou da cultura grega assimilando partes das culturas persa e egípcia.
Mitologia Grega no Período Helenístico
A Mitologia Grega reúne um conjunto de histórias de deuses, de heróis lendários, mitos, ninfas, centauros,
titãs, medusas, cujas narrativas serviam para explicar alguns fenômenos naturais e principalmente, gerar os
princípios, crenças e conceitos que fundamentava a religião politeísta e a cultura grega.
Essas narrativas mitológicas eram contadas verbalmente através de gerações. Mas quando representadas,
seja através de esculturas ou pinturas, cada divindade é reconhecida através de um conjunto de signos.
Os mais conhecidos deuses da mitologia grega são: Zeus, o mais poderoso dos Deuses foi concebido para
se opor ao culto Egeu à Grande Mãe. Deus dos céus, do trovão, dos raios. Regia todas as divindades e os homens.
Poseidon, irmão de Zeus. Deus dos mares e das tempestades, deus da fertilidade. De temperamento
explosivo e difícil, tem como signo mais conhecido o tridente.
Afrodite, deusa do amor e beleza, cujo símbolo mais conhecido é a concha.
Apolo, personificação do ideais helenísticos de equilíbrio de corpo e mente.
E Dionísio simbolizando a vida instintiva rem o copo de vinho como principal signo.
Arte no Período Helenístico Grego
Na arte do Período Helenístico podemos observar que os temas passam a ter grande dramaticidade e a força
muscular dos corpos masculinos, fortemente exaltada.
A escultura do Período Helenístico passa a ter mais movimento além de buscar a perfeição das formas
humanas e da natureza, em seu momento de maior beleza. Não buscavam a verossimilhança e sim a perfeição
através da simetria e de proporções.
Porém o fato de cidades-estados serem substituídas por reinos significou o coletivo sendo substituído pelo
individualismo e o que era público por privado.
No teatro, o espaço denominado Kouros, onde o povo interagia na apresentação é agora ocupado por
artistas, que começam a ganhar importância e se distanciar do público.
Arte Romana
Apesar da arte romana ter influência das artes etruscas e gregas, os romanos
desenvolveram obras mais funcionais e aprimoradas para o dia a dia na arquitetura e
também na pintura, escultura, música e literatura.
Durante o Império Romano, nos séculos VIII a. C ao IV d. C, todo o cenário artístico
da época ganhou desenvolvimento e estilo próprio devido ao grande investimento das
obras públicas, como aquedutos,
pontes, termas, teatros, anfiteatros, etc.
Na arquitetura, com o desenvolvimento do cimento e a utilização de tijolos, as
construções arquitetônicas romanas puderam ganhar mais portentosidade podendo
aumentar a altura e a extensão, além de abóbodas esféricas.
Mas as grandes construções serviam também para mostrar o poder econômico e
político.
Arquitetura romana tinha o propósito de refletir o apogeu da civilização romana
mas também tinha função social, na medida que mesmo mantendo uma hierarquização das
classes sociais, a maioria era de uso
coletivo.
Panteão
Detalhe de mural do Quarto Estilo na Casa del Naviglio, Pompeia, mostrando a cena
do casamento de Zéfiro e Clóris.
Nas basílicas aconteciam encontros políticos e oficiais e destinavam-se ao comercio
e aos atos jurídicos.
Os templos romanos com amplos espaços internos serviam para o povo cultuar e
oferecer oferendas aos deuses.
O hábito de frequentar as termas foi criada pelos romanos da capital do Império para
reuniões sociais onde aconteciam banhos coletivos.
Os romanos também criaram os aquedutos e sistemas de captação de esgotos para
fornecer água limpa as cidades, termas, minerações e agricultura.
Também de origem romana o Circo oferecia corridas de cavalos e jogos circenses para
divertimento do povo.
Os teatros romanos com suas arquibancadas a céu aberto produziam vários
espetáculos de drama ou comédia.
Os anfiteatros apresentavam as lutas dos gladiadores. O mais conhecido é o Coliseu
de Roma. Os lugares eram divididos conforme as classes sociais: o podium para as classes
ricas, a meaniana para a classe
média e os pórticos para os plebeus.
Existiam também os arcos de triunfo e as colunas triunfal. Os arcos de triunfo eram
para homenagear as
vitorias de imperadores e generais e as coluna de triunfos para honrar a memória de nobres
ou posse de novo imperador.
Domus era a moradia da nobreza nos centros urbanos do Império Romano e possuiam
vários cômodos, jardim e área para banho.
Já a plebe morava em construções mais simples denominada Insullae.
Coliseu