Ama 6
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Ama 6
DIVISÃO DA AGRICULTURA
CURSO DE LICENCIATURA EM TECNOLOGIA DE PROCESSAMENTO DE
ALIMENTO
MODULO DE ANALISE MICROBIOLOGICA DE ALIMENTOS
2º ANO
TEMA: DETENÇÃO E ENUMERAÇÃO DE MICRO-ORGANISMOS EM AMOSTRAS
ALIMENTARES
Discentes:
Faera Raice Fole
Nelson Elias
Vasco Zano
Kuziwa Kalembo
Docente
Matsinho
2024
Índice
1. Introdução..................................................................................................................3
1.1. Objetivos:...............................................................................................................3
2. REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................4
4.2. Enriquecimento...................................................................................................9
4.3. Confirmação.........................................................................................................10
5.1. MESÓFILOS....................................................................................................10
5.2. PSICROTRÓFICOS.........................................................................................11
5.3. TERMÓFILOS.................................................................................................12
1.1. Objetivos:
1.2. Objetivo geral – Identificar os métodos de enumeração e identificação
de micro-organismos.
1.3. Objetivos específicos:
Avaliar o desempenho dos métodos de identificação quanto ao rigor de
aplicação;
Entender a necessidade de aplicação de cada método e nível de aplicação
de cada um.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Princípios gerais
O estado VNC, também conhecido como estado de dormência celular, pode ser definido
como um estado fisiológico em que os micro-organismos não são capazes de crescer em
meios de cultura, mas apresentam características de células vivas, inclusive virulência e
patogenicidade. Fatores químicos e ambientais têm sido relatados como indutores de um
estado VNC, incluindo a falta de nutrientes, temperaturas extremas, concentrações
osmóticas e oxigênio. Esse estado fisiológico tem sido descrito para algumas bactérias e
fungos e deve ser considerado pelo microbiologista.
Células injuriadas significam células que foram reversivelmente danificadas após, por
exemplo, passarem por um tratamento de conservação do alimento. Esses
microrganismos injuriados sobreviveram a um stress, porém algumas vias de biossíntese
foram danificadas. A pesar dos microrganismos conseguirem se multiplicar no alimento
eles demoram mais (aumento da fase Lag). Portanto, é preciso criar condições
favoráveis (pH, Aw e Tº de incubação) para que eles tenham capacidade de reparar o
dano e, assim, se multiplicar no mesmo ritmo que as células normais.
São necessárias pelo menos 3 diluições (0,1, 0,01, 0,001 ou 10 -1, 10-2, 10-3 ) da amostra
com 3 tubos de diluição (denominado triplicata). Apesar dos ensaios geralmente serem
realizados em triplicata é possível ainda inocular séries de 5 ou 10 tubos por diluição.
Quanto maior for o número de tubos por diluição, maior será a precisão da contagem.
4.2. Enriquecimento
Alguns patógenos estão presentes nos alimentos em número baixo, eventualmente
abaixo do limite de detecção de uma técnica quantitativa. Outras vezes as células
patogênicas podem estar injuriadas, dadas as características do alimento e condições de
conservação, ou mesmo podem estar em desvantagem numérica contra microbiota
competitiva que dificulta sua sobrevivência e multiplicação. Células injuriadas exigem
um período de tempo em condições ótimas de crescimento, para reativação das vias
metabólicas responsáveis pela multiplicação. Assim, o enriquecimento é uma etapa
onde a célula tem a chance se recuperar de injúrias, se multiplicar, diluir eventuais
substâncias inibidoras presentes no alimento, ganhar vantagem competitiva frente aos
demais microrganismos, maximizando a chance de detectá-la caso esteja presente
naquela alíquota amostral. No entanto, esta etapa faz com que se perca a relação
numérica entre o que inicialmente estava presente na amostra e o que é detectado nela.
São métodos comumente utilizados quando o microrganismo pesquisado tem critério de
aceitação de duas classes (presença/ausência), o que normalmente está relacionado à
baixa dose infectante do agente.
4.3. Confirmação
Fase em que se confirma a identidade da cultura isolada, através de testes que verificam
características típicas do microrganismo alvo, como morfológica, bioquímica,
sorológica. Vale apontar que em alguns casos é preciso confirmar o gênero (é o caso da
Salmonella spp., já que todos os sorotipos são patogênicos para o homem), em outros
casos, é preciso confirmar a espécie (caso da Listeria monocytogenes que é a única,
dentre as demais espécies patogênicas do gênero, que está associada à doença
transmitida por alimentos) e em outros casos é preciso confirmar o sorotipo (quando
apenas algumas cepas da espécie são patogênicas para o homem quando ingeridas, é o
caso da Escherichia coli O157:H7).
5.1. MESÓFILOS
Os microrganismos mesófilos têm como temperatura ótima de crescimento a
temperatura ambiente (entre 25ºC e 40ºC, sendo a ideal 35ºC). Segundo o Internacional
Commission on Microbiological Specifications for Foods (ICMSF) a contagem de
Microrganismos Aeróbios Mesófilos no alimento é o indicador microbiológico de
qualidade mais utilizado como indicador geral de contaminação do alimento. A maioria
dos alimentos que apresentam números superiores à 106 UFC/g ou ml são considerados
em deterioração e, assim, são indicadores de higiene. Exceção feita aos alimentos
fermentados e não tratados termicamente após a fermentação, onde é obrigatória uma
população tão alta quanto 106 UFC/g ou ml devido à presença dos fermentadores.
Quase todas as bactérias patogênicas de origem alimentar são mesófilas. Portanto, uma
alta contagem de mesófilos pode indicar que houve condições para que esses patógenos
se multiplicassem, se estivessem presentes. No entanto, NÃO são indicadores
sanitários (apesar de serem indicadores de higiene), pois não há relação DIRETA com
a presença de patógenos ou toxinas. Classificação dos microrganismos em função da
TºC ótima de crescimento (...FILO) e da temperatura de crescimento mesmo não sendo
ótima, onde a velocidade de multiplicação é mais lenta (...TRÓFICO).
5.2. PSICROTRÓFICOS
Os representantes desse grupo incluem os microrganismos psicrófilos e também os
Mesófilos presentes que tiverem capacidade de crescer em temperatura de
refrigeração (0-7ºC). a contagem de psicrotróficos avalia o grau de deterioração de
alimentos refrigerados.
Eles são bastante encontrados no leite e derivados. Durante a fase log eles sintetizam
enzimas extracelulares (lipases, proteases) que degradam os componentes do leite. A
pesar de a pasteurização eliminá-los, esse tratamento térmico tem pouco efeito sobre a
atividade das enzimas termorresistentes produzidas pelas bactérias mesófilas.
Os principais psicrotróficos em alimentos (lácteos, cárneos, aves, peixes, frutos do mar)
são: algumas espécies de: Vibrio (deteriorante de pescado), Bacillus (deteriorante de
lácteos), Clostridium, Enterobacter, Yersinia, Pseudomonas (amolecimento e
deterioração de vegetais refrigerados), Brochotrix, Lactobacillus, membros da família
Enterobacteriaceae (deteriorantes de alimentos embalados à vácuo ou atmostfera
modificada), Pseudomonas, Klebsiella.
Algumas bactérias patogênicas como a Listeria monocytogenes, Baccilus cereus, Vibrio
cholerae, Yersinia enterocolitica, algumas cepas de E. coli enteropatogênica,
Clostridium botulinum tipo E e tipos B e F não proteolíticos etc são aeróbias
psicrótróficas.
5.3. TERMÓFILOS
A contagem de termófilos avalia o grau de deterioração de produtos submetidos à
tratamento térmico. A tºc ótima de crescimento é de 45ºC, mas eles crescem entre 45-
65ºC. Alguns termófilos extremos conseguem crescer a 90ºC e o mínimo a 35ºC.
A maior parte das bactérias termófilas de importância alimentícia são dos gêneros
Bacillus e Clostridium.
6. Referências bibliográficas