Psicologia Da Educação - Trabalho Parte 1
Psicologia Da Educação - Trabalho Parte 1
Psicologia Da Educação - Trabalho Parte 1
Turma F
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Introdução
Perspetiva ecológico-sistémica
Os processos diários são marcados por conflitos nos corredores e pelo uso frequente de
telemóveis durante os intervalos, em oposição à interação saudável entre os alunos. As relações
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entre professores e a diretora também não parecem positivas, visto que a mesma tenta propor
medidas que visam solucionar problemas do 2°ciclo, e os professores opõem-se.
Riscos e Oportunidades
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envolvimento ativo nas atividades que podem ocorrer ao longo do processo de aprendizagem
da criança afetam o seu desempenho escolar, o interesse pela aprendizagem e a sua motivação.
Em análise às oportunidades é possível ver que, embora sejam menores que os riscos,
podem contribuir para a promoção de um ambiente mais estimulante face aos desafios que o
2° CEB está a enfrentar. O agrupamento dispõe de um empenho ativo da Diretora, que visa
garantir uma gestão eficaz dos recursos que possui, em consonância com os dois Psicólogos
Educacionais disponíveis. Este compromisso tem como objetivo delinear parcerias, atividades
e equipamentos que permitam um bom ensino e diversidade de estratégias para serem
implementadas em sala de aula.
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Propomos um programa de intervenção com o objetivo da promoção do gosto pela
leitura e escrita, que consiga ainda desenvolver a autonomia e outras competências
socioemocionais envolvidas.
Em segundo lugar, o papel dos psicólogos será importante também porque são os
principais responsáveis por procurar parcerias e programas eficazes tendo em consideração a
falta de verbas e recursos do agrupamento.
Para além do mencionado, o programa que será implementado deve ainda incluir a
participação dos encarregados de educação visando a melhoria e a proximidade desta relação
com o agrupamento.
A escola tem de assumir papeis que vão para além do ensino de competências analíticas.
É um contexto desenvolvimental que deve promover o bem-estar e relações positivas entre os
todos. Dessa forma, no que se refere aos processos interpessoais, é crucial que os psicólogos
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escolares trabalhem as relações entre os alunos, nos contextos de sala de aula (autonomia,
diálogo, dinâmicas) e fora dela (cooperação, respeito, diversão, reciprocidade).
Deve também ser insistida e assegurada a relação mais próxima entre os pais e o
agrupamento/professores, de forma que estes estejam mais envolvidos no processo de
aprendizagem dos filhos e que consigam acompanhar e estimular os mesmos fora do contexto
escolar.
Programa de intervenção
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2009. O seu propósito é contribuir para uma educação transformadora, dar voz e incentivos às
crianças, desenvolver a sua autoestima e competências socioemocionais, e desenvolver a leitura
e escrita.
Todo o projeto é gratuito na sua execução, desde os materiais de apoio aos professores
e guiões para a implementação do projeto até aos livros digitais de cada criança. Este fator é
uma mais-valia para o agrupamento, visto que não são necessários recursos monetários para
participar deste projeto. Embora a “Estante Mágica” disponibilize todo o material informativo
gratuitamente, somente o livro físico das crianças possui um custo, sendo opcional a sua
compra. Todo o montante é revertido para o projeto, ou seja, o mesmo é financiado pela compra
dos livros, e não pela escola.
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das reuniões (sugestão do online) para que se possa realizar reuniões com os pais para os
envolver no projeto.
A teoria da autodeterminação (Deci & Ryan, 2017), de forma reduzida e simplista, foca-
se na compreensão das razões intrínsecas e extrínsecas que motivam o comportamento humano.
Enfatizando as três necessidades básicas psicológicas: competência, necessidade de
autoeficácia, de ser capaz de fazer e de ser bem sucedido; a autonomia, necessidade de ter o
controlo e a escolha sobre as próprias ações e o seu curso; relacionamento, necessidade de
pertença e de relação com os outros. Diferencia ainda a motivação intrínseca (motivação por
prazer genuíno e interesse pessoal) e extrínseca (motivação por recompensas externas e/ou
pressões). Além disso, demonstra a importância do suporte à autonomia, através dos feedbacks
e dos ambientes que os proporcionam.
Com base nesta teoria e algumas evidências científicas relacionadas com o tema,
consideramos a relevância da implementação deste programa de intervenção no agrupamento
por diversas razões que serão explicitadas.
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Ryan, 2017) defende, é crucial que exista espaço para a promoção dessas competências para o
envolvimento ativo e participação motivada do indivíduo nas atividades.
De acordo com a teoria da autodeterminação (Deci & Ryan, 2017) um indivíduo que
sente que tem controlo sobre as suas próprias escolhas e ações (autonomia) que é bem-sucedido
por isso (competência) e que, no processo, experiencia relações positivas e significativas com
os outros (relacionamento) consegue sentir e ter maiores níveis de motivação intrínseca para
se envolver e realizar as atividades.
A sessão de autógrafos também irá impulsionar essa partilha, uma vez que as crianças
serão incentivadas a explicar as próprias histórias e personagens. Assim como Santin (2001, p.
523) ressalta, brincar: “é o principal meio de aprendizagem da criança, pois os pequenos
desenvolvem gradualmente conceitos de relacionamentos causais, o poder de discriminar, de
fazer julgamentos, de analisar e sintetizar, de imaginar e formular”, pelo que, usar jogos,
brincadeiras, músicas com gestos, teatros, parlendas e contação de história faz com que as
crianças criem afinidade e, consequentemente, gerem hábitos para a leitura, assim se
desenvolvendo em diferentes aspetos, seja motor, cognitivo ou psicológico. “Projetos literários
como uma feira de livros, estante mágica, troca de livro, e maleta viajante, são algumas
didáticas que levam as crianças para o mundo da imaginação, e deixam as aulas dos professores
mais produtivas, prazerosas e interessantes”. Quanto mais variadas as atividades lúdicas
propostas pelo projeto, maior a probabilidade de a criança encontrar motivação intrínseca em
alguma delas.
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A sessão de autógrafos, com todo o agrupamento e pais presentes, vai ainda
proporcionar maior proximidade entre os alunos e os pais, estando os encarregados de educação
mais envolvidos e com mais conhecimento sobre o que o seu filho faz na escola e as suas
evoluções em termos de aprendizagens. Surgirá uma maior proximidade entre professores-
alunos já que, a implementação do programa requer o auxílio dos mesmos, e isso terá impactos
diretos e positivos nas relações e dinâmicas na sala de aula.
O projeto “Estante Mágica” destaca-se como relevante para o agrupamento pela sua
adaptabilidade e inclusividade para todos os alunos, independentemente de suas habilidades,
necessidades individuais ou até disparidades sociais. Isto permite que todos os alunos consigam
participar do programa e se divirtam com as tarefas. A escola deve ser um contexto respeitador
das diferenças individuais e promotor de atividades que assim o enfatizam, por isso, o projeto
“Estante Mágica” é uma mais-valia para este agrupamento.
Conclusão
Este programa não só visa abordar os problemas identificados, mas também procura
criar um ambiente educacional mais estimulante e inclusivo. Ao adotar uma abordagem
holística, focada no desenvolvimento de competências socioemocionais e no fortalecimento
das relações entre escola, alunos e famílias, o projeto procura promover uma educação mais
significativa e motivadora.
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Ao implementar o projeto "Estante Mágica", o agrupamento de escolas pode criar um ambiente
onde todos os alunos possam prosperar e alcançar o seu potencial escolar e pessoal.
Referências
Eccles, J. S., & Roeser, R. W. (2015). School and community influences on human
estantemagica.com.br. https://estantemagica.com.br/
Ryan, R. M., & Deci, E. L. (2017). Self-determination theory: an introduction and overview.
Silva , L. F., Souza , L. F., Dias, L. A., & dos Santos, R. S. (n.d.). MOTIVAÇÃO: um artifício
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