PMM Codigo de Obras
PMM Codigo de Obras
PMM Codigo de Obras
O PREFEITO MUNICIPAL DE MANAUS no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo
80, inciso IV, da Lei Orgânica do Município, FAZ SABER que o Poder Legislativo decretou e eu
sanciono a presente LEI:
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2º Este Código tem por objetivo garantir condições adequadas de habitabilidade,
principalmente no que se refere à segurança e à salubridade dos espaços construídos, através
da definição de normas e procedimentos para a elaboração de projetos, licenciamento,
execução, utilização e manutenção das obras e edificações, públicas ou privadas, em todo o
território municipal.
§ 1º Incluem-se entre as obras referidas neste Código, além de obras novas, reformas,
ampliações, acréscimos, reconstruções e demolições.
Art. 3º Ficam estabelecidas as seguintes diretrizes gerais que norteiam a redação e a aplicação
deste Código:
TÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 4º Para melhor compreensão e aplicação das disposições deste Código ficam estabelecidas
as definições a seguir.
Aceitação - documento expedido por órgão público competente que reconhece a execução de
obra o e/ou serviço e autoriza o uso ou ocupação de edificação ou de instalações de qualquer
natureza.
Alinhamento - linha que delimita a divisa frontal de terreno para o logradouro público.
Área Bruta - somatório das áreas úteis com as áreas de projeção das paredes da construção.
Área de Uso Comum - é a área de uma edificação destinada ao uso coletivo dos condôminos
ou ocupantes autorizados, ou aquelas onde são desenvolvidas as atividades de apoio a
administração do prédio.
Área Non Aedificandi - área do terreno onde não é permitida a edificação de qualquer
natureza, admitida apenas construção de muro de arrimo, escadas de acesso, obras de
canalização e escoamento de águas e canalização de esgotos.
Área Verde - áreas descobertas e permeáveis do terreno, dotadas de vegetação que contribua
para o equilíbrio climático e favoreça o serviço de drenagem de águas pluviais.
Compartimento - espaço coberto e fechado, isolado ou não, de uma edificação e que serve
para utilização permanente ou transitória, sem formar unidade residencial independente,
podendo ser:
a) Compartimento de Permanência Prolongada - caracterizado como espaço habitável que
permita permanência confortável por tempo longo ou indeterminado, tal como quarto, sala de
estar, de jantar e de lazer, ambiente de estudo e de trabalho e cozinha;
b) Compartimento de Permanência Transitória - compartimento caracterizado como espaço
habitável de permanência confortável por tempo determinado, tal como vestíbulo, corredor,
caixa de escada, despensa, depósito, vestiário, banheiro, lavabo e área de
serviços.Desmembramento - forma de parcelamento da terra, em dois ou mais lotes com
testada para logradouro público existente.
Demolição administrativa - ato do Poder Executivo Municipal que determina a destruição total
ou parcial de uma obra ou edificação em situação de irregularidade.
Embargo - providência legal tomada pelo Poder Público Municipal para sustar o
prosseguimento de obra ou instalação, cuja execução ou funcionamento estejam em
desacordo com as prescrições deste Código.
Escada de Escape - escada que possui um ou mais degraus em forma triangular ou trapezoidal;
Logradouro público - área urbana, bem público de uso comum, designada por um nome
próprio ou identificação numérica;
Escada do Tipo Marinheiro - escada formada por degraus que não são solidários entre si.
Escada em Leque - escada que possui um ou mais degraus em forma triangular ou trapezoidal.
Fachada Principal - fachada do edifício voltada para o logradouro público, sendo no caso do
edifício com mais de uma fachada, a que dá frente para o logradouro mais importante.
Frente ou Testada do Lote ou Terreno - linha que coincide com o alinhamento do logradouro
público e destinada a separá-lo da propriedade particular.
Galeria - circulação horizontal, com acesso direto para o logradouro público, que une lojas de
uma mesma edificação.
Gleba - imóvel não parcelado e não edificado, una e indivisível, de área igual ou superior a
10.000m2 (dez mil metros quadrados).
Habite-se - documento expedido por órgão municipal competente que autoriza o uso ou
ocupação de um edifício.
Imóvel Tombado - imóvel de interesse cultural protegido por ato administrativo que deve
conservar suas características arquitetônicas originais;
Instalação Mecânica - conjunto, direto ou com transmissão intermediária, formado por
máquina motriz (motor de qualquer espécie, tipo ou sistema) e de máquina operatriz, tendo os
geradores de vapor fixos ou movíveis e os recipientes de vapor sob pressão;
Licença - autorização dada pela autoridade competente para execução de obra, instalações,
localização de uso e exercício de atividades permitidas.
Logradouro Público - área urbana, bem público de uso comum, designada por um nome
próprio ou identificação numérica.
Obra - realização de trabalho em imóvel, desde seu início até sua conclusão, cujo resultado
implique em alteração de seu estado físico anterior.
Pavimento-Tipo - é o andar habitável do edifício que seja ocupado por uma ou mais unidades
privativas ou parte destas, situadas em um mesmo nível.
Pavimento - volume compreendido entre dois pisos consecutivos de uma edificação ou entre
um piso e o nível superior de cobertura;
Pilotis - área livre formada pelos espaços vazios entre os pilares de sustentação de pavimento
elevado.
Poder de Polícia - faculdade de que dispõe o Poder Executivo Municipal para condicionar e
restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade
ou do próprio Estado.
Porão - volume compreendido entre dois pisos, localizado geralmente abaixo do nível da rua,
cuja altura seja igual ou inferior a 2,20m (dois metros e vinte centímetros), sendo considerado
ambiente de permanência temporária.
Profundidade do Lote - distância entre a testada e a divisa oposta, medida segundo uma linha
normal ao alinhamento, avaliando-se a profundidade média quando a forma do lote for
irregular;Reconstrução - ato de construir uma nova edificação em lote onde já havia
anteriormente uma outra edificação que foi demolida para efeito da construção da nova
edificação.
Renovação de Licença - concessão de nova licença, antes de expirado o prazo fixado no Alvará
de Construção.
Rés do Chão - pavimento térreo ou primeiro pavimento que tem o piso ao nível do terreno
circundante ou a pouca altura deste.
Servidão - encargo imposto em imóvel para uso e utilização por terceiros, particular ou
público.
Subsolo - espaço, com ou sem divisões, situado abaixo do primeiro pavimento de um edifício e
que tenha, pelo menos, metade de seu pé-direito abaixo do nível do terreno circundante.
Tapume - vedação vertical feita de madeira ou outro material, construída em frente a uma
obra e ao nível do logradouro, e destinada a isolá-la e proteger os operários e transeuntes.
Testada - linha que coincide com o alinhamento do logradouro e destinada a separar este da
propriedade particular.
Vistoria Administrativa - diligência efetuada na forma deste Código, por engenheiros e/ou
arquitetos da Prefeitura, tendo por fim verificar as condições de uma obra, instalação ou
exploração de qualquer natureza, em andamento ou paralisada.
TÍTULO III
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES
I - o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas, naquilo que diz respeito à segurança
contra incêndio e pânico e que envolva risco para pessoas, instalações ou mercadorias;
I - cometerem reiteradas infrações contra a presente lei incorrendo em mais de 6 (seis) multas
durante o período de 1 (um) ano;
Art. 9º Nas construções haverá em lugar apropriado, com caracteres bem visíveis da via
pública, placa, conforme modelo oficial aprovado pelo Poder Executivo Municipal, em
tamanho mínimo de 1,20m x 0,60m (um metro e vinte centímetros por sessenta centímetros),
em obras com testada de até 20m (vinte metros), e 2,00m x 1,00m (dois metros por um
metro), em obras com testada igual ou superior a 20m (vinte metros), com indicação do nome,
número do registro profissional e endereço dos profissionais responsáveis pela elaboração dos
projetos e a execução das obras, além do respectivo número do alvará de construção.
V - as obras de reformas e modificações internas, sem acréscimo de área e que não implique
alterações nas áreas comuns das edificações;
VI - a criação de pequenas áreas verdes. Parágrafo Único: A construção de Stands, será objeto
de autorização especial simplificada, em caráter precário, devendo ser removido após o
término de suas atividades.
Art. 11 - O Poder Executivo Municipal poderá fornecer projeto para habitação econômica aos
cidadãos que não possuam residência própria e os que requeiram para a construção de sua
moradia em Manaus.
§ 4º O Poder Executivo Municipal poderá firmar convênio com o órgão de classe profissional
para a prestação de assistência gratuita e responsabilidade técnica de profissional habilitado
para o acompanhamento das obras de construção de habitação econômica.
Art. 12 - Nos termos da legislação municipal vigente, em especial do Plano Diretor Urbano e
Ambiental de Manaus, do Código Ambiental de Manaus, das leis de uso e ocupação do solo e
do parcelamento do solo urbano, para o licenciamento de empreendimentos potencialmente
geradores de impactos urbanísticos ou ambientais significativos será exigida a apresentação de
Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança EIV ou Estudo Prévio de Impacto Ambiental EPIA, que
serão objeto de exame pelo órgão de planejamento urbano.
CAPÍTULO II
DA TRAMITAÇÃO DE PROCESSOS
Art. 13 - Nos termos do Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus, será expedita a
tramitação de processos relativos ao âmbito deste Código, resguardadas garantias mínimas
quanto ao interesse público e o interesse dos cidadãos.
Art. 14 - VETADO.
Art. 15 - As informações relativas ao uso e à ocupação do solo, assim como outros dados
cadastrais disponíveis relacionados ao imóvel, serão fornecidas pelo órgão municipal
competente ao interessado que a solicitar, através de uma Certidão de Informações Técnicas.
§ 1º O pedido de informações poderá ser formulado por qualquer interessado e deverá ser
instruído com a exata localização do imóvel.
§ 4º A emissão das diretrizes não constitui análise prévia de projeto e não configura ato
administrativo formal que gere outros direitos adquiridos ao interessado, além do especificado
no parágrafo segundo deste artigo.
Art. 18 - Nenhuma obra de edificação, pública ou particular, será executada sem a respectiva
aprovação do projeto, assim como seu devido licenciamento pelo órgão competente do
município de Manaus.
Parágrafo Único - Os projetos relativos a edificações para a educação e para a saúde serão
objeto de análise especial pelos respectivos órgãos municipais competentes.
Art. 19 - Para solicitação de análise de projeto e de licença para a obra, o interessado, ou seu
representante legal, dirigirá ao órgão municipal competente requerimento acompanhado do
respectivo projeto e dos documentos exigidos por este Código.
III - plantas baixas cotadas na escala mínima adequada à leitura do projeto, de cada um dos
pavimentos do(s) edifício(s) e respectivas dependências;
§ 2º As cópias dos projetos deverão ser apresentadas ao órgão municipal competente, para
efeito de análise e aprovação, em formato múltiplo do tamanho A4, conforme a Norma
Técnica Brasileira sobre o assunto, devendo estar dobradas no limite deste tamanho no caso
de o excederem.§ 3º Visando a atualização permanente da Base Cartográfica da Cidade de
Manaus, além das cópias em papel, os projetos para edificação deverão apresentar arquivo
georeferenciado em meio digital da planta de situação e locação, em formato compatível com
a planta fornecida pela Prefeitura.
§ 6º Fica estabelecido um prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir do
licenciamento da obra, para apresentação dos projetos complementares constantes do
parágrafo primeiro deste artigo.
Parágrafo Único - O órgão municipal de licenciamento e controle urbano fará anexar aos
processos relativos a obras de reconstruções, reformas, modificações ou ampliações os
respectivos processos referentes à edificação original.
Art. 24 - Todas as cópias dos projetos deverão conter a assinatura do titular da propriedade, da
posse ou do domínio útil do terreno, bem como do autor do projeto e do responsável pela
execução da obra.
SEÇÃO I
DOS PRAZOS DE APROVAÇÃO DE PROJETO
Art. 25 - O Poder Executivo Municipal, terá 30 (trinta) dias úteis para pronunciar-se sobre os
processos referentes à aprovação de projetos.
§ 1º Caso os projetos não estejam de acordo com a legislação vigente, o interessado poderá
corrigi-los e reapresentá-los, conforme as exigências feitas pelo órgão municipal competente,
fixado então um novo prazo de tramitação para o despacho não superior a 30 (trinta) dias
úteis.
§ 3º O procedimento previsto nos parágrafos anteriores poderá se repetir por mais 02 (duas)
vezes.
SEÇÃO II
DO ALVARÁ DE LICENÇA DE OBRA
Art. 27 - Aprovado o projeto, o órgão municipal competente poderá emitir o alvará de licença
para a obra simultaneamente neste ato ou no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias, a pedido
do interessado.
§ 2º O alvará de licença de construção conterá, sob número de ordem, data, prazo de validade,
nome do proprietário e do construtor, natureza da obra e visto do responsável do Poder
Executivo Municipal, assim como qualquer outra indicação julgada essencial.
Art. 28 - Caso ocorram alterações nas normas de edificação, ou mesmo nas normas legais de
uso e ocupação do solo ou de parcelamento do solo urbano, que incidam sobre os projetos
aprovados, antes de iniciadas as obras, o interessado terá que, no prazo máximo de 12 (doze)
meses, iniciar a obra.
Parágrafo Único - Findo o prazo estipulado no caput, o projeto deverá se adequar à nova
Legislação.
Art. 29 - Para as finalidades deste Código, fica determinado que o início de obra corresponderá
à execução de qualquer serviço que modifique as condições da situação existente no imóvel.
Art. 30 - Se depois de aprovado o requerimento e expedido o alvará de licença de construção,
houver necessidade de mudança de projeto, o interessado deverá requerer modificação do
projeto aprovado, apresentando a documentação exigida pelo municipal competente.
Art. 31 - O alvará de licença perderá a validade de aprovação do projeto nos seguintes casos:
Art. 32 - O alvará de licença para construção é revogável a qualquer tempo, por ato do Prefeito
que, calcado no seu poder de polícia, poderá considerar o interesse público ou razões de
segurança justificáveis.
SEÇÃO III
DO HABITE-SE
Art. 33 - Concluída a obra de uma edificação deverá ser solicitada vistoria para a expedição do
Habite- se, através de requerimento dirigido ao órgão municipal competente, devendo ser
anexados ao processo os documentos necessários.
VIII - certificado de visto fiscal de tributos, fornecido pela Secretaria Municipal de Economia e
Finanças.
Art. 34 - Será fornecido o Habite-se pelo órgão municipal competente, depois de realizada
vistoria na obra que ateste o cumprimento dos seguintes itens:
I - conclusão da obra, obedecido ao projeto aprovado para a edificação;
Parágrafo Único - Nenhuma edificação poderá ser habitada sem a prévia liberação pela
autoridade municipal competente, instruída pelo documento de Habite-se.
I - quando se tratar de prédio composto de parte comercial e parte residencial e uma puder ser
utilizada independentemente da outra, garantindo-se a segurança de quem utiliza a edificação.
II - quando existir mais de uma edificação construída no mesmo lote, devendo estarem
concluídas as obras de acesso, passeios, muros, pavimentação e outras julgadas indispensáveis
às boas condições de habitabilidade e segurança do imóvel.
CAPÍTULO III
DOS PROCEDIMENTOS DE CONTROLE E SANÇÕES
Art. 37 - No controle de obras, o Poder Executivo Municipal poderá adotar meios capazes de se
antecipar às infrações e orientar os interessados quanto à vigência e ao cumprimento das
normas urbanísticas e edilícias.
Art. 38 - Qualquer cidadão é parte legítima para denunciar infrações e propor ações destinadas
a garantir o cumprimento das normas urbanísticas e edilícias em vigor.
Art. 39 - No exercício do poder de polícia, serão aplicadas pelo órgão municipal competente,
através de ato administrativo, nos casos de violação das disposições deste Código, as seguintes
sanções ao infrator:
I - embargo - auto de infração que determina a paralisação imediata de uma obra, até a
revogação da ordem;
I - obra em andamento sem projeto aprovado e licença de construção, nos termos da lei;
I - obra ocupada sem o respectivo Habite-se emitido pelo Poder Executivo Municipal;
II - risco para a segurança pública que, no caso de sua iminência, implicará o seu cumprimento
imediato.
Art. 42 - As multas serão fixadas e cobradas em moeda oficial do Brasil, pelo seu valor nominal,
corrigido pelo indexador oficial do poder executivo municipal, vigente na data de seu
recolhimento e regulamentada em legislação específica pelo Executivo Municipal.
§ 1º Sem prejuízo das responsabilidades civis e criminais, serão aplicadas multas nos seguintes
casos, tomando-se em conta a gravidade da infração:
III - início ou execução de obra de qualquer outra natureza sem licença do Poder Executivo - R$
1.500,00 (hum mil e quinhentos reais);
IV - realização de obra em cada item em desacordo com o projeto aprovado, quando tratar-se
de acréscimo de área, admitindo-se 10% (dez por cento) de variação - R$ 500,00 (quinhentos
reais);
§ 2º Nos casos de reincidência, as multas serão acrescidas, em cada reincidência, de 20% (vinte
por cento) do seu valor original.
Art. 43 - O recurso de defesa far-se-á por petição, dentro do prazo de 7 (sete) dias contados da
notificação do auto de infração, onde o interessado alegará, de uma só vez, toda matéria que
entender útil, juntando os documentos comprobatórios das razões apresentadas.
V - as diligências que o interessado pretende que sejam efetuadas, desde que justificadas as
suas razões;
Art. 46 - O autuado será notificado da decisão da primeira instância através do órgão oficial de
imprensa do Município nos mesmos termos do § 1º do Art. 40 deste código.
TÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS PARA AS EDIFICAÇÕES
Art. 48 - Toda edificação de uso público deverá assegurar condições de acesso, circulação e uso
por pessoas portadoras de necessidades especiais, conforme disposições estabelecidas neste
Código e na Norma Técnica Brasileira específica.
CAPÍTULO I
DAS CONDIÇÕES DE CONFORTO, HABITABILIDADE E SEGURANÇA GERAL NAS EDIFICAÇÕES
SEÇÃO I
DOS COMPARTIMENTOS
§ 1º A edificação ou unidade residencial deverá ter área útil total de no mínimo 37,00 m2
(trinta e sete metros quadrados), excluídas vagas de garagem e frações ideais de áreas comuns
de todo o imóvel.
§ 2º Nas edificações de uso habitacional temporário, tais como "flats", motéis e "apart-hotéis",
a unidade residencial poderá ter área útil total de no mínimo 25,00m2 (vinte e cinco metros
quadrados), excluídas vagas de garagens e frações ideais de áreas comuns de todo o imóvel.
Art. 52 - Os compartimentos das edificações, para os fins deste Código, são classificados
segundo a função preponderante neles exercida, que determinará seu dimensionamento
mínimo e necessidade adequada de ventilação e iluminação.
I - salas - área mínima de 9,00m2 (nove metros quadrados), de tal forma que permita a
inscrição de um círculo de 2,70m (dois metros e setenta centímetros) em qualquer região de
sua área de piso;
II - quartos - área mínima de 9,00m2 (nove metros quadrados), de tal forma que permita a
inscrição de um círculo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) em qualquer região de
sua área de piso;
III - quartos de serviços - área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados) e largura mínima de
2,00m (dois metros).
IV - cozinhas - área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados), de modo a permitir a inscrição
de um círculo de 2,00m (dois metros) em qualquer região de sua área de piso;
V - áreas de serviços - área mínima de 3,00m2 (três metros quadrados), de modo a permitir a
inscrição de um círculo de 1,20m (um metro e vinte centímetros) em qualquer região de sua
área de piso;
I - dispor de boxes para cada bacia sanitária com área mínima de 1,00m2 (um metro
quadrado);
II - estar os boxes separados por divisão com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta
centímetros);
III - terem o acesso aos boxes garantido por circulação com largura não inferior a 1,20m (um
metro e vinte centímetros);
§ 1º No caso de tetos inclinados, o ponto mais baixo deverá ter altura mínima de 2,20m (dois
metros e vinte centímetros) e o ponto médio, altura mínima de 2,40m (dois metros e quarenta
centímetros).
§ 2º No caso de varandas com tetos inclinados, o ponto mais baixo deverá ter altura mínima
de 2,20m (dois metros e vinte centímetros) e o ponto médio, altura mínima de 2,40m (dois
metros e quarenta centímetros).
§ 3º No caso de porões, com altura igual ou inferior a 2,20m (dois metros e vinte centímetros),
todos os compartimentos serão considerados de permanência transitória.
I - as salas terão área mínima de 9,00m2 (nove metros quadrados), de tal forma que permita a
inscrição de um círculo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros);
II - os quartos terão a área mínima de 8,00m2 (oito metros quadrados), de tal forma que
permita a inscrição de um círculo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);
III - as cozinhas terão área mínima de 4,50m2 (quatro metros quadrados e meio), de tal forma
que admita a inscrição de um círculo de 1,60m (um metro e sessenta centímetros);
IV - os banheiros terão área mínima de 2,00m2 (dois metros quadrados), admitindo a inscrição
de um círculo de 1,00m (um metro);
Art. 57 - Nas edificações onde forem previstas unidades imobiliárias com mais de um
pavimento, pés-direitos duplos com aproveitamento de mezaninos ou compartimentos em
andares intermediários de qualquer natureza, serão respeitados os mesmos limites mínimos
de pé-direito estabelecidos neste Código, computando cada um dos compartimentos ou
ambientes superpostos para fins de cálculo do gabarito máximo permitido pela legislação
municipal, exceto subsolos, pavimentos de garagens, pavimentos de uso comum, térreos ou
pilotis.
SEÇÃO II
DA IMPLANTAÇÃO, ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO DOS COMPARTIMENTOS
Art. 58 - Sem prejuízo das exigências previstas na legislação municipal que dispõe sobre uso e
ocupação do solo, a implantação das edificações no lote estará condicionada ao atendimento
destas normas, de forma a assegurar condições adequadas de iluminação e ventilação de seus
compartimentos, sem prejuízo à vizinhança.
§ 1º Nenhum afastamento entre a edificação e as divisas do lote poderá ser inferior a 1,50m
(um metro e cinqüenta centímetros), quando a área livre criada for utilizada para a abertura
de vãos de iluminação e ventilação dos compartimentos.
_________________________________________________________________________
| Nº Total de Pavimentos | Afastamentos Laterais e de Fundos |
| | (m) |
|====================================|====================================|
| 1| 1,50|
|------------------------------------|------------------------------------|
| 2| 2,00|
|------------------------------------|------------------------------------|
| 3| 3,00|
|------------------------------------|------------------------------------|
| 4| 4,00|
|------------------------------------|------------------------------------|
| 5 ou mais | 0,3 x H" |
|------------------------------------+------------------------------------|
|(*) altura total das edificação, excluindo-se caixa d´água e caixa da |
|escada |
|_________________________________________________________________________|
Art. 60 - Será admitida a ventilação e iluminação dos compartimentos por meio de áreas
internas à edificação apenas para edifícios com até 4 (quatro) pavimentos e desde que
atendidas às condições a seguir.§ 1º As áreas internas destinadas à iluminação e ventilação dos
compartimentos deverão ser descobertas e poderão ser abertas, quando não possuírem uma
de suas laterais ou faces, e fechadas quando constituírem um prisma.
____________________________________________________
|Nº Total de| Altura |Área Interna | Área |
|Pavimentos | Máxima (m) |Abertura (m²)| Interna |
| | | |Fachada (m²)|
|===========|=============|=============|============|
| 1 a 2| 4,00 a 7,00| 8,00| 9,00|
|-----------|-------------|-------------|------------|
| 3|10,00 a 12,00| 9,00| 10,00|
|-----------|-------------|-------------|------------|
| 4|12,00 a 15,00| 10,00| 11,00|
|___________|_____________|_____________|____________|
Art. 63 - As aberturas para ventilação deverão corresponder a, no mínimo, 70% (setenta por
cento) das áreas mínimas destinadas à iluminação dos compartimentos.
Art. 65 - Será permitida a iluminação artificial e a ventilação indireta ou induzida para cozinhas,
de edifícios não residenciais, lavanderias, circulações vestiários e lavabos, desde que atendidas
às normas técnicas específicas para dimensionamento de dispositivos apropriados a tais fins:
I - através de dutos de exaustão horizontal com seção de área mínima igual a 0,25m2 (vinte e
cinco centímetros quadrados) e dimensões não inferiores a 0,25m (vinte e cinco centímetros) e
comprimento máximo de 5,0m (cinco metros) até o exterior, se tiver uma única saída, ou de
15,0m (quinze metros), caso disponha de aberturas para o exterior nas duas extremidades do
duto;
II - através de duto de exaustão vertical com seção de área mínima igual a 6% (seis por cento)
da altura total do duto e dimensões não inferiores a 0,60m (sessenta centímetros), que deverá
dispor de tomada de ar na base, aberta diretamente para o exterior ou indiretamente para
duto horizontal com seção mínima igual à metade da seção do duto vertical e saída de ar
superior,situada a, no mínimo, 1,00m (um metro) acima da cobertura, com aberturas em lados
opostos de, no mínimo, área igual a da seção do duto;
III - através de meios mecânicos dimensionados de acordo com as Normas Técnicas Brasileiras.
Art. 67 - Para compartimentos destinados a atividades especiais, que por sua natureza não
possam ter aberturas para o exterior, serão admitidas iluminação e ventilação artificiais, desde
que justificadas pela natureza das atividades e dimensionadas de acordo com as Normas
Técnicas Brasileiras.
SEÇÃO III
DOS ACESSOS E CIRCULAÇÕES NAS EDIFICAÇÕES
Art. 68 - Os espaços destinados ao acesso e circulação de pessoas, tais como vãos de portas,
passagens, vestíbulos e corredores classificam-se em:
II - de uso coletivo - quando se destinarem ao uso público ou coletivo, com acesso ao público
em geral.
Art. 69 - Os espaços de circulação de uso privativo deverão ter largura mínima de 0,85m
(oitenta e cinco centímetros) e os espaços de circulação de uso coletivo deverão ter largura
mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros).
Parágrafo Único - As circulações de uso coletivo com compartimento superior a 10m (dez
metros) deverão ter acrescido à largura mínima, estabelecida no caput, 0,10m (dez
centímetros) por cada metro de compartimento excedente até o limite de 2,50m (dois metros
e cinqüenta centímetros).
Art. 70 - Nas edificações de acesso público, pelo menos um dos acessos ao interior da
edificação e um dos itinerários de comunicação interna das dependências ou serviços deverão
estar livres de barreiras arquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a
acessibilidade de pessoa portadora de necessidades especiais, de acordo com o que dispõe a
Norma da ABNT.
SUBSEÇÃO I
DAS ESCADAS E RAMPAS
I - ter degraus com altura mínima de 0,16m (dezesseis centímetros) e máxima de 0,19m
(dezenove centímetros) e piso com profundidade mínima de 0,27m (vinte e sete centímetros)
e máxima de 0,33m (trinta e três centímetros);
III - Ser dotadas de corrimão contínuo, em ambos os lados, quando o desnível entre pisos for
superior a 1,0m (um metro);
VII - ser dispostas de forma a assegurar passagem de pessoas com altura livre igual ou superior
a 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);
IX - Possuir corrimão intermediário, quando a largura for igual ou superior a 2,40m (dois
metros e quarenta centímetros), garantindo largura mínima de 1,20 (um metro e vinte
centímetros) para cada lance.
Parágrafo Único - Além das exigências impostas no caput, as escadas de escape deverão
atender às normas estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros.
Art. 74 - A largura mínima admitida para as escadas de uso público ou coletivo é de 1,20m (um
metro e vinte centímetros).
Parágrafo Único - As escadas de uso privativo, desde que localizadas dentro de uma unidade
residencial unifamiliar, bem como àquelas de uso eventual, poderão ter largura mínima de
0,80m (oitenta centímetros).
Art. 75 - Escadas do tipo marinheiro ou em leque somente serão admitidas quando de uso
privativo e eventual, para acesso a compartimentos ou instalações de serviços tais como casas
de máquinas, torres ou depósitos.
Art. 76 - Em cada pavimento nenhum ponto poderá distar de mais de 35,0m (trinta e cinco
metros) da escada mais próxima.
Art. 77 - Em edificações verticais com altura igual ou superior a 12,00m (doze metros), será
obrigatória a construção de escadas de emergência, atendendo aos requisitos previstos na
legislação específica do Corpo de Bombeiros.
SUBSEÇÃO II
DAS GARAGENS E ESTACIONAMENTOS PARA GUARDA DE VEÍCULOS
III - as rampas para veículos terão declividade máxima de 15% (quinze por cento), sendo
admitida a declividade de até 20% (vinte por cento) em trechos de rampa com comprimento
máximo de 10,0m (dez metros);
V - nas edificações de uso residencial unifamiliar a rampa de acesso deverá ser iniciada, no
mínimo, a partir do alinhamento para o interior do terreno.
I - 3% (três por cento) nos estacionamentos de 10 (dez) a 100 (cem) vagas e no mínimo 1 (uma)
vaga,
II - 1% (um por cento) nos estacionamentos com mais de 100 (cem) vagas e no mínimo 2 (duas)
vagas.
V - a vaga para ônibus e caminhões com mais 6,0t (seis toneladas) em garagem ou
estacionamento privativo ou coletivo terá dimensões mínimas de 3,50m (três metros e meio)
de largura, 12,0m (doze metros) de comprimento e altura de 3,50m (três metros e meio).
Art. 84 - Será admitida a localização de vagas de garagem para guarda de veículos nos
subsolos, enterrados ou semi-enterrados, das edificações que poderão ocupar toda a área do
terreno, a exceção da área correspondente ao afastamento frontal mínimo e taxa de
permeabilidade estabelecidos na Lei de Uso e Ocupação do Solo para o imóvel.
SEÇÃO IV
DAS EDÍCULAS
Art. 85 - Será admitida a construção de edículas dentro de lote urbano, como anexo de
qualquer tipo de edificação, desde que atendidas às normas deste Código e às seguintes
exigências:
II - afastamento dos limites laterais e de fundos do terreno de, no mínimo 1,50m (um metro e
meio) para as empenas que dispuserem de vãos de ventilação e iluminação;
III - altura máxima de 3,00m (três metros) no ponto de encontro na divisa de muro, quando
colada nas divisas.
CAPÍTULO II
DO RELACIONAMENTO DOS IMÓVEIS COM O ESPAÇO PÚBLICO E A VIZINHANÇAART. 86 - SEM
PREJUÍZO DE OUTRAS DISPOSIÇÕES PERTINENTES DA LEGISLAÇÃO, SERÃO RESPEITADAS AS
SEGUINTES CONDIÇÕES URBANÍSTICAS E AMBIENTAIS DE RELACIONAMENTO DOS IMÓVEIS
COM O ESPAÇO PÚBLICO ADJACENTE E COM A VIZINHANÇA:
II - fica proibido o despejo de águas pluviais recolhidas no espaço aéreo dos lotes, inclusive de
beirais, diretamente nos logradouros públicos e nos imóveis vizinhos, devendo estas serem
conduzidas através de dutos próprios à rede pública de drenagem ou servidões oficiais
internas dos quarteirões, quando existirem;
III - a altura máxima dos muros divisórios construídos nos limites frontais dos lotes será de
3,0m (três metros);
IV - deverão ser observadas as disposições contidas na Lei de Uso e Ocupação do Solo de área
mínima permeável do terreno para drenagem natural de águas pluviais precipitadas no imóvel;
V - o nivelamento das edificações nos lotes, em relação ao greide dos logradouros de acesso,
será feito de modo a facilitar o escoamento de águas pluviais e esgotos sanitários por
gravidade para as respectivas redes públicas, implantadas ou previstas;
VII - os acessos de veículos aos prédios deverão ser projetados de modo que a soma total das
larguras das faixas de entradas ou saídas não ultrapasse 6,0m (seis metros), sendo obrigatória
a instalação de sinaleiras para pedestres, nos casos de oficinas e concessionárias de
automóveis, garagens ou estacionamentos com mais de 6 (seis) vagas para veículos;
IX - nos estabelecimentos que abriguem atividades capazes de produzir ruído, com som
amplificado, em áreas residenciais, é obrigatório o isolamento acústico dos respectivos
recintos
CAPÍTULO III
DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS
SEÇÃO I
DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
Parágrafo Único - Incluem-se no caput o projeto e a realização de obras, para fins públicos ou
privados, de:
II - instalações de esgotos, incluindo soluções de destino final em áreas não providas de rede
pública;
III - piscinas.
II - os locais destinados ao depósito dos resíduos sólidos nas edificações deverão ter acesso
direto a partir do logradouro público, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte
centímetros) e altura mínima de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros), pisos e paredes
revestidos com material impermeável e proteção contra emanação de odores e penetração de
animais.
SEÇÃO II
DAS INSTALAÇÕES DE ENERGIA E TELECOMUNICAÇÕES
SEÇÃO III
DAS INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA
Art. 92 - Além dos casos previstos nas normas estaduais e municipais, será obrigatória a
instalação de pára-raios em:
I - edificações com altura igual ou superior a 12,0m (doze metros), medida da cota de soleira
até a linha de cumeeira da cobertura;
II - hospitais;
SEÇÃO IV
DOS ELEVADORES
Art. 95 - As edificações com mais de 8 (oito) pavimentos, incluindo pilotis, medidos da soleira
do pavimento de acesso ao topo da laje de teto do último pavimento, deverão ser
obrigatoriamente servidas por 2 (dois) elevadores de passageiros.
Art. 96 - Nas edificações de uso público deverá ser garantido o acesso de pessoas portadoras
de necessidades especiais a todos os pavimentos e seus compartimentos, através de rampas
adequadas e de elevadores segundo as Normas Técnicas Brasileiras específicas, devendo ser
instalado pelo menos 1(um) elevador adaptado para esta finalidade.
Art. 97 - Nos poços de elevadores somente será permitida a passagem de fiação elétrica
indispensável ao próprio funcionamento do sistema.
Art. 98 - Os espaços de circulação fronteiros às portas dos elevadores, em qualquer andar, não
poderão ter largura inferior a 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).
Art. 99 - Na instalação dos elevadores deverão ser observados os requisitos previstos nas
respectivas Normas Técnicas Brasileiras, devendo ser dotados de sistemas de segurança que
garantam sua movimentação em caso de pane ou falta de energia elétrica.
Art. 100 - Os elevadores de serviço e carga deverão satisfazer às normas previstas para
elevadores de passageiros, no que lhes for aplicável e com as adaptações adequadas conforme
as condições especificadas.
TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA AS EDIFICAÇÕES POR USO
Art. 102 - Além das demais disposições deste Código, especialmente as Disposições Gerais para
Edificações, o projeto dos edifícios, em função de sua finalidade ou do seu uso, deverá
observar as disposições a seguir.
CAPÍTULO I
DAS EDIFICAÇÕES PARA RESIDÊNCIA PERMANENTE
SEÇÃO I
DAS RESIDÊNCIAS UNIFAMILIARES
Art. 103 - A habitação poderá dispor de ambientes integrados, exceto as instalações sanitárias
e ambientes para os quais seja necessária a vedação e o controle de acesso, a fim de garantir
condições de segurança ou conforto ambiental dos usuários, nos termos do disposto no Art. 49
deste Código.
SEÇÃO II
DAS VILAS
Art. 104 - Será permitida a implantação de vilas dentro da Área Urbana, desde que observadas
as normas deste Código e atendidos aos seguintes parâmetros:
I - conter um máximo de 40 (quarenta) unidades residenciais;
III - respeitar o CAMT e demais parâmetros estabelecidos pela Lei de Uso e Ocupação do Solo
para a gleba;
IV - observar a taxa máxima de ocupação do terreno para cada unidade residencial de 60%
(sessenta por cento);
V - ocupar área de terreno por unidade residencial de, no mínimo, 60,00m2 (sessenta metros
quadrados);
VII - dispor de vagas para estacionamento de veículos na proporção de 1(uma) vaga para cada
unidade residencial, para uso dos moradores e 1(uma) vaga para cada 10 (dez) unidades
residenciais para uso de visitantes;
VIII - reserva 5% (cinco por cento) do terreno para áreas verdes, nas vilas com mais de 30
(trinta) unidades, não sendo admitida a coincidência de áreas verdes com áreas de
preservação permanente.
SEÇÃO III
DOS CONDOMÍNIOS DE UNIDADES AUTÔNOMAS
Art. 105 - Será permitida a implantação de condomínios, instituídos por unidades autônomas
para fins residenciais, na forma estabelecida nos artigos 1º e 8º da Lei Federal nº 4.591, de 16
de dezembro de 1964, na Área Urbana e na Área de Transição da cidade de Manaus.
I - ocupar terreno de, no máximo, 120.000,0m2 (cento e vinte mil metros quadrados);
II - fração ideal de terreno por unidade residencial de, no mínimo, 200,00m² (duzentos metros
quadrados);
III - via interna de circulação com largura mínima de 10,0m (dez metros), incluindo passeios de
1,50m (um metro e cinqüenta centímetros);
IV - dispor de vagas para estacionamento de veículos na proporção de 1(uma) vaga para cada
unidade residencial, para uso dos moradores e 1(uma) vaga para cada 4 (quatro) unidades
residenciais para uso de visitantes;
V - obrigatória a destinação de 10% (dez por cento) do total do terreno para áreas verdes
destinadas a esportes e recreação nos condomínios com mais de 30 (trinta) unidades
residenciais, não sendo admitida a coincidência de áreas verdes com áreas de preservação
permanente;
Art. 107 - Os projetos para condomínios de unidades autônomas com 48 (quarenta e oito) ou
mais unidades residenciais deverão ser submetidos à consulta prévia dos órgãos municipais
responsáveis pelo planejamento urbano, meio ambiente e pelo sistema viário urbano.
Art. 108 - As áreas verdes dos condomínios de unidades autônomas estarão sujeitas ao
controle do órgão municipal responsável pela proteção ambiental, sendo consideradas Zonas
de Controle Ambiental.
SEÇÃO IV
DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS MULTIFAMILIARES
III - local para recreação dos moradores, em condições de segurança, com área contínua, não
compartimentada, calculada na proporção de 1,0m2 (um metro quadrado) por compartimento
habitável do prédio, garantindo-se o mínimo de 40,0m2 (quarenta metros quadrados) e que
permita a inscrição de um círculo de 5,0m (cinco metros) de diâmetro em qualquer região de
sua área de piso;
Art. 110 - O comprimento máximo das edificações residenciais multifamiliares não poderá
exceder de 45,0m (quarenta e cinco metros) em qualquer de seus lados.
SEÇÃO V
DOS GRUPAMENTOS DE EDIFICAÇÕES
Art. 111 - Será permitida a implantação de grupamento de edificações dentro da área urbana,
nos locais estabelecidos pela Lei de Uso e Ocupação do Solo.
Art. 112 - Os grupamentos de edificações com 8 (oito) unidades habitacionais ou mais, ou com
área total construída superior a 800,0m2 (oitocentos metros quadrados), deverão atender ao
disposto no artigo 108 deste Código.
III - ter área equivalente a 5% (cinco por cento) da área total do terreno; IV - apresentar
declividade máxima de 10% (dez por cento).
§ 3º VETADO
Art. 114 - O grupamento de edificações terá vias internas descobertas, para pedestres e
veículos, com largura suficiente para atender ao número total de edificações, excluídas as que,
dispondo de acesso direto para logradouro público, distem até 20,0m (vinte metros) deste.
§ 1º As características das vias internas para veículos, quando servirem de acesso a duas ou
mais edificações, atenderão ao disposto na Lei de Parcelamento do Solo Urbano.
§ 2º As vias internas para pedestres, isoladas ou que acompanhem as vias internas para
veículos, devem ser faixas contínuas com largura mínima de 2,0m (dois metros), dispostas de
cada lado e em toda a extensão das vias internas, desde o logradouro público e prolongando-
se até o acesso de cada edificação.
III - Seja apresentado para aprovação do órgão licenciador a proposta de implantação evolutiva
do grupamento de edificações; e
CAPÍTULO II
DAS DEMAIS EDIFICAÇÕES
SEÇÃO I
DAS EDIFICAÇÕES PARA RESIDÊNCIA TEMPORÁRIA E HOSPEDAGEM
Art. 117 - Os estabelecimentos de hospedagem, além das demais disposições aplicáveis deste
Código, do Código Sanitário de Manaus, da legislação vigente e das Normas Técnicas
Brasileiras, deverão atender às seguintes exigências mínimas:
Art. 118 - Nos locais de trabalho sujeitos às disposições da Consolidação das Leis do Trabalho,
é obrigatória a observância das Normas Regulamentadoras relativas à segurança e medicina do
trabalho.
SEÇÃO II
DAS EDIFICAÇÕES PARA PRODUÇÃO E ARMAZENAGEM
SEÇÃO III
DAS EDIFICAÇÕES PARA FINS COMERCIAIS
Art. 120 - As edificações para fins comerciais, além das demais disposições aplicáveis deste
Código, do Código Sanitário de Manaus, da legislação vigente e das Normas Técnicas
Brasileiras, deverão atender às seguintes exigências:
I - as áreas de atendimento das lojas deverão ter área mínima de 12,0m2 (doze metros
quadrados) de tal forma que permita a inscrição de um círculo de 2,70m (dois metros e
setenta centímetros) em qualquer região de sua área de piso;
Art. 121 - Os bares, restaurantes e congêneres, além de vestiários para os trabalhadores, terão
sanitários separados por sexo localizados de tal forma que assegure fácil acesso ao público.
SEÇÃO IV
DAS OFICINAS E GARAGENS DE VEÍCULOS
Art. 122 - As oficinas e garagens de veículos, além das demais disposições aplicáveis deste
Código, da legislação vigente e das Normas Técnicas Brasileiras, deverão atender às seguintes
exigências:
IV - haverá muro divisório com terrenos vizinhos, com altura mínima de 2,0m (dois metros);
VI - os despejos de óleo deverão passar por caixa de areia e caixa separadora de óleo antes de
serem lançados na rede pública de esgotos sanitários ou outro destino, de acordo com as
exigências do órgão municipal responsável pelo meio ambiente.
Art. 124 - Não será admitida a instalação de garagens e oficinas em subsolo ou em pavimentos
semi-enterrados.
SEÇÃO V
DOS POSTOS DE ABASTECIMENTO E DE SERVIÇOS DE VEÍCULOS
I - lotes com testada mínima de 30,0m (trinta metros) e área não inferior a 900,0m2
(novecentos metros quadrados);
V - haverá muro divisório com terrenos vizinhos, com altura mínima de 2,0m (dois metros);
VII - deverá haver via fronteiriça ao posto, coincidente com o afastamento frontal, liberada ao
trânsito de pedestres e de veículos, que não poderá ser utilizada como pátio de
estacionamento ou de manobras;
VIII - os pisos das áreas de acesso, circulação, abastecimento e serviços deverão ser revestidos
de material resistente ao desgaste de solventes, impermeável e antiderrapante;
IX - serão providos de canaletes nos pisos, para coleta das águas, acompanhando toda a
extensão do alinhamento do terreno junto ao logradouro público, e quando necessário
provido de grelhas;
I - uma faixa de 2,0m (dois metros) de comprimento junto a cada uma das divisas laterais do
imóvel;
II - uma faixa de 3,0m (três metros) de comprimento em frente a cada conjunto de bombas de
abastecimento.
Parágrafo Único - Nos lotes de esquina deverá ser reservada, no mínimo, uma faixa
correspondente a 5,0m (cinco metros) para cada lado, contados a partir da interseção das vias,
sem rebaixamento do meio-fio fronteiro à testada.
SEÇÃO VI
DAS EDIFICAÇÕES PARA ENSINO E CRECHE
Art. 127 - As creches e edificações para o ensino pré-escolar deverão apresentar arquitetura e
condições técnico-construtivas compatíveis com o grupo etário que compõe a sua clientela.
Art. 128 - As instalações sanitárias, interruptores de luz, maçanetas, portas, bancadas e demais
elementos construtivos, inclusive integrantes do mobiliário, deverão permitir a sua utilização
autônoma e segura por rianças de até 4 (quatro) anos, bem como para crianças portadoras de
deficiências especiais.
Art. 129 - É obrigatória a existência de área livre externa de recreação, arborizada, com área
proporcional à capacidade prevista do estabelecimento, nunca inferior a 50,0m2 (cinqüenta
metros quadrados).
Art. 131 - Nas edificações e nos estabelecimentos destinados à reunião de público, incluídos
cinemas, teatros, auditórios, casas de espetáculos e templos de culto, além das disposições do
Código Sanitário de Manaus, das Normas Técnicas Brasileiras pertinentes e da legislação
estadual e municipal de segurança contra incêndio, serão atendidas as seguintes exigências:
I - as platéias com assentos fixos deverão ter espaços internos para acesso, circulação e
escoamento dos usuários, atendendo às dimensões e características estabelecidas nas normas
de segurança;
III - todas as portas de circulação interna de público deverão abrir nas duas direções,
admitindo-se que as portas utilizadas exclusivamente para saída, inclusive as de emergência,
abrirão para fora do recinto, no sentido de facilitar o escape do fluxo de pessoas na direção do
logradouro público;
VII - a edificação deverá ser provida de tratamento acústico interno, para redução dos ruídos
aos níveis estabelecidos no Código Ambiental de Manaus.
Art. 132 - Os locais de reunião com capacidade superior a 100 (cem) espectadores deverão
dispor de acomodações especiais para portadores de necessidades especiais na proporção de,
no mínimo, 3% (três por cento) da lotação total, bem como condições de acesso e circulação,
de acordo com as disposições das Normas Técnicas específicas.
SEÇÃO VIII
DAS EDIFICAÇÕES PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Art. 133 - As edificações para prestação de serviços de saúde, além de atender às disposições
deste Código, do Código Sanitário de Manaus, das normas específicas dos órgãos fiscalizadores
desta atividade, das Normas Técnicas Brasileiras pertinentes e da legislação federal, estadual e
municipal, deverão observar as seguintes exigências:
III - os elevadores deverão atender às dimensões das normas específicas, devendo ser
instalados elevadores exclusivos para atendimento aos pacientes e para uso de serviço;
Art. 134 - Serão admitidos consultórios e clínicas, sem internação de pacientes, em salas de
edificações destinadas ao uso comercial e de serviços, observadas as disposições da Lei de Uso
e Ocupação do Solo.
Art. 135 - Será admitida a adaptação de edificações residenciais unifamiliares para instalação
de clínicas destinadas à internação de pacientes, observadas as disposições da Lei de Uso e
Ocupação do Solo.
SEÇÃO IX
DAS EDIFICAÇÕES PARA FINS ESPORTIVOS
Art. 136 - Os projetos de edificações para fins esportivos, além de atenderem às disposições
deste Código, das Normas Técnicas Brasileiras pertinentes e da legislação federal, estadual e
municipal, deverão observar as seguintes exigências:
II - os estádios e ginásios esportivos deverão ter instalações sanitárias para o público em geral
e destinadas também para portadores de necessidades especiais, separada por sexo,
independente das destinadas aos atletas em número proporcional à sua capacidade;
III - as saídas, sejam portas, circulações, escadas ou rampas, deverão garantir a vazão do
público das dependências a que atendem, calculadas na base de:
a) 1,0m (um metro) de largura para cada 500 espectadores em estádios e ginásios com
capacidade inferior a 5.000 (cinco mil), espectadores, com um mínimo de 5,0m (cinco metros)
de largura;
b) 1,0m (um metro) de largura para cada 1.000 espectadores, em estádios e ginásios com
capacidade superior a 5.000 (cinco mil) espectadores, com um mínimo de 10,00m (dez metros)
de largura.
Art. 137 - Os projetos de edificações para fins especiais que, pela natureza e excepcionalidade
do seu programa arquitetônico, não hajam sido tratadas em todo ou em parte neste Código,
serão objeto de análise pelo órgão de planejamento urbano.
Art. 138 - As edificações de uso misto atenderão às disposições legais pertinentes a cada uma
de suas partes funcionais, sem interferências que ameacem a segurança, a acessibilidade, a
salubridade e o conforto ambiental do conjunto.
SEÇÃO X
DAS EDIFICAÇÕES TEMPORÁRIAS
Art. 139 - Instalações provisórias do tipo circos, parques de diversões, feiras e outras de
caráter temporário de afluência de público em geral, além de outras disposições da legislação
municipal, estadual e federal, deverão atender às seguintes exigências:
I - implantação dentro do terreno que garanta afastamento mínimo de 5,0m (cinco metros) do
alinhamento com o logradouro público, das divisas com terrenos vizinhos e de qualquer
edificação;
III - acessos independentes para entrada e saída do público, em condições de segurança para
escape;
V - banheiros exclusivos para usuários e para empregados, ambos separados por sexo,
proporcionais ao movimento previsto e com solução adequada de destino final dos dejetos
que não comprometa a qualidade do meio ambiente;
Art. 140 - A autorização para as instalações provisórias será concedida pelo Poder Executivo
Municipal, após análise de projeto apresentado pelo empreendedor ao órgão municipal
competente, que deverá ser assinado por profissional habilitado, responsável pela execução e
manutenção das instalações.
Art. 141 - A desmontagem das estruturas e instalações temporárias, bem como a limpeza do
terreno, se fará, às expensas do interessado, no prazo da licença para funcionamento da
atividade.
CAPÍTULO III
DA MUDANÇA DE USO
Art. 142 - Nos processos referentes à mudança de uso das edificações serão observadas a
compatibilidade com as exigências da Lei de Uso e Ocupação do Solo e as devidas adaptações
da arquitetura do imóvel original, de modo a atender aos requisitos exigidos pela legislação
para o novo uso pretendido.
Art. 143 - Os pedidos de mudança de uso após a concessão de Habite-se serão solicitados à
Secretaria Municipal de Economia e Finanças que encaminhará o processo ao órgão municipal
responsável pelo licenciamento das edificações para verificação da compatibilidade do novo
uso à legislação.
Art. 144 - Quando houver modificação da edificação nas mudanças de uso, o projeto de
alterações será apresentado para aprovação.
Art. 145 - O setor municipal de cadastro técnico será informado da mudança de uso das
edificações, após o Habite-se, com a finalidade de atualização da base de dados da
Administração Municipal.
TÍTULO IV
DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS E DA SEGURANÇA DE TRABALHO NAS OBRAS
Art. 146 - As condições ambientais e de segurança de trabalho nas construções, além das
disposições específicas deste Código, são reguladas pela Norma Regulamentadora nº 18,
estabelecida no âmbito da Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 147 - É obrigatória a inspeção prévia e periódica das instalações e equipamentos de
segurança para sua utilização ou funcionamento nas obras.
Art. 148 - Nenhuma obra, inclusive de demolição, poderá ser realizada sem que haja no
alinhamento do logradouro público um tapume provisório que ofereça a necessária segurança
e proteção aos pedestres.
§ 2º No caso de passeios com largura maior que 1,50m (um metro e meio), os tapumes
poderão ocupar até 1/3 (um terço) de sua largura.§ 3º Quando os serviços na fachada se
desenvolverem à altura superior a 4,0m (quatro metros), será obrigatória a cobertura de
proteção aos pedestres, com altura mínima de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros).
Art. 149 - Os tapumes e outras instalações provisórias de obras não poderão prejudicar a
arborização e a iluminação públicas, a visibilidade de placas da sinalização de trânsito, o
funcionamento do mobiliário urbano e outras instalações de interesse público.
Art. 151 - É vedada a utilização de qualquer parte do logradouro público para operações de
carga e descarga, deposição mesmo que temporária de materiais de construção, instalação de
canteiro de obras ou construções transitórias.
Art. 155 - Obras ou serviços emergenciais, realizados para evitar o desabamento ou a ruína de
edificações, poderão ser iniciados através de comunicação ao órgão municipal competente
sobre a natureza das intervenções a serem executadas, que deverão contar com a assistência
de profissional habilitado, após vistoria técnica e autorização prévia do Poder Executivo
Municipal.
TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 156 - O Poder Executivo Municipal tomará providências administrativas que contribuam
para promover a eficácia deste Código, no prazo de 180 (cento e oitenta dias), especialmente
as seguintes:
I - revisão da organização administrativa dos órgãos municipais implicados nos assuntos da lei,
no sentido de buscar agilidade e especialização no atendimento das suas funções;
Art. 157 - Dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados a partir da promulgação
desta Lei, os imóveis residencial unifamiliar de até 800m² (oitocentos metros quadrados) de
área construída que procederem a regularização poderão se beneficiar de redução da taxa em
valor equivalente à taxa de licenciamento e habite-se dos imóveis novos.
Art. 158 - O Executivo atualizará, no prazo de 1(um) ano, os valores estabelecidos no art. 42
desta lei.
Art. 161 - Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário e expressamente as Leis 1.208 de 25/03/1975; 1.227 de 3/11/1975; 1.427 de
22/05/1979 e 1.701 de 20/12/1983.
Manaus, 04 de NOVEMBRO de 2002.