MTM - AP - Funções - Função Afim

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FUNÇÃO AFIM

Agora, vamos direcionar nossos estudos a funções muito parecidas com as funções
lineares, as chamadas funções afins.

Chamamos de função afim a toda função 𝑓: ℝ → ℝ da forma 𝑓 𝑥 = 𝑎𝑥 + 𝑏, com


b ≠ 0.

Olhando para a definição acima, podemos concluir que uma função linear nada mais é
do que um caso particular de função do primeiro grau, que ocorre quando 𝑏 = 0. Dessa
forma, a diferença da função afim para a função linear é que a primeira o b é diferente
de zero e a segunda o b é igual a zero. Além disso, se tivermos 𝑎 = 0, temos uma função
constante da forma 𝑓 𝑥 = 𝑏.

FUNÇÃO DO PRIMEIRO GRAU


Chamamos de função polinomial de primeiro grau a toda função 𝑓: ℝ → ℝ da forma
𝑓 𝑥 = 𝑎𝑥 + 𝑏, com 𝑎 ≠ 0.

Em funções do primeiro grau, uma variação em 𝑥 gera uma variação em 𝑦 parecida com
a que vimos no caso de funções lineares. A seguir, temos um exemplo dessa situação:

Exemplo: 𝑓 𝑥 = 3 𝑥 + 2

Vamos considerar três valores de 𝑥, cada qual obtido adicionando uma unidade no
anterior. Analisemos como se comportam os valores de 𝑦. O caso 𝑥 = 0 é especialmente
interessante, pois ilustra o papel de 𝑏 na lei de formação de uma função do primeiro
grau.

Para 𝑥 = 0, temos 𝑦 = 3 ⋅ 0 + 2 = 2

Para 𝑥 = 1, temos 𝑦 = 3 ⋅ 1 + 2 = 5

Para 𝑥 = 2, temos 𝑦 = 3 ⋅ 2 + 2 = 8

Assim como no caso de funções lineares, o gráfico de uma função afim é uma reta, que
pode ser caracterizada a partir dos coeficientes � e 𝑏. O gráfico da função no exemplo
acima está representado:

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COEFICIENTES
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Vamos agora estudar quais os efeitos dos sinais de � e 𝑏 na reta que representa 𝑓 𝑥 . Por
desempenharem um papel muito importante na caracterização do gráfico da função, os
coeficientes � e 𝑏 recebem nomes especiais: � é chamado de coeficiente angular da
reta e 𝑏 é chamado de coeficiente linear.

O valor de � nos informa a tangente do ângulo que a reta forma com o eixo 𝑥. Se 𝑎 > 0
temos uma reta crescente, se 𝑎 = 0 temos uma reta horizontal e, se 𝑎 < 0, temos uma
reta decrescente:

a>0 a=0 a<0

O sinal de 𝑏, por sua vez, nos diz onde a reta cruza o eixo 𝑦. Dessa forma, temos que se
𝑏 > 0, a reta cruza o eixo y acima da origem, se 𝑏 = 0 ela o cruza na origem e, se 𝑏 < 0 o
cruzamento ocorre abaixo da origem.

b>0 b=0 b<0

RAIZ DE UMA FUNÇÃO


A raiz de uma função é o conjunto dos valores de 𝑥 que fazem com que 𝑓 𝑥 = 0.

A raiz de uma função é justamente o ponto em que a reta corta o eixo 𝑥. A raiz de uma
função também é chamada de zero da função.

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LEI DE FORMAÇÃO A PARTIR DO GRÁFICO

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Assim como podemos usar a lei de formação de uma função para obter informações
sobre seu gráfico, também podemos fazer o caminho inverso: a partir do gráfico de uma
função 𝑓 𝑥 , podemos encontrar sua lei de formação.

Para conhecer a equação que determina uma reta, devemos conhecer dois pontos
pertencentes a ela. No caso de uma função afim, é vantajoso considerar esses dois
pontos como sendo aqueles em que a reta cruza o eixo 𝑥 e o eixo 𝑦.

Já vimos que a reta cruza o eixo 𝑦 no ponto (𝑏, 0). Além disso, sabemos que a reta irá
cruzar o eixo 𝑥 quando 𝑦 = 0, isto é,
−𝑏
0 = 𝑎𝑥 + 𝑏 ⇒ 𝑎𝑥 = −𝑏 ⇒ 𝑥 =
𝑎
−𝑏
Assim, a reta irá cruzar o eixo 𝑥 no ponto , 0 .
𝑎
Desta forma, temos a seguinte situação:

Agora, para encontrar a equação da reta em questão, que é também a lei de formação,
basta resolver um sistema de equações de duas equações e duas variáveis. Este
procedimento está ilustrado no exemplo a seguir.

Exemplo: Considere a reta ilustrada na imagem:

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Nesse caso, a reta cruza o eixo 𝑥 no ponto (1,0) e cruza o eixo 𝑦 no ponto (0, −2). Assim,
Função Afim

podemos montar o seguinte sistema linear:


𝑎 ⋅ 0 + 𝑏 = −2
� ⇒ �𝑏 = −2
𝑎 ⋅ 1 + 𝑏 = 0 𝑎=2
Logo, a equação da reta em questão é 𝑦 = 2𝑥 − 2.

Observação: Sempre que conhecermos quaisquer 2 pontos da reta, podemos utilizar


esse método para encontrar a lei de formação da função.

Nota: veja mais formas de encontrar a equação da reta em geometria analítica.

PONTOS DE INTERSECÇÃO DE GRÁFICOS


Agora, vamos aprender a encontrar pontos de intersecção de funções. Considere a
seguinte situação:

As funções 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) coincidem em um ponto, que chamamos de 𝑃. Para encontrar


as coordenadas (𝑥,𝑦) de 𝑃, basta igualarmos as leis de formação das funções, ou seja,
basta fazermos 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥).

Exemplo: Vamos encontrar o ponto em que as funções 𝑓 𝑥 = 2 𝑥 − 2 e 𝑔 𝑥 = −𝑥 + 4


coincidem.

Para isto, igualamos as duas leis de formação: 2 𝑥 − 2 = −𝑥 + 4 ⇒ 𝑥 = 2.

Conhecendo então o valor de 𝑥, substituindo em qualquer uma das duas leis de formação,
encontramos o valor de 𝑦 = 2. Logo, os gráficos de 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) se cruzam em 𝑃 = (2,2).

PROPRIEDADE DAS FUNÇÕES AFINS QUE TÊM A MESMA TAXA DE


VARIAÇÃO
Para concluirmos nosso estudo a respeito das funções afins, vamos analisar a seguinte
propriedade:

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Função Afim
Se duas funções afins têm a mesma taxa de variação, então as retas que as
representam são paralelas.

Esta propriedade nos diz que funções afins que possuem a mesma taxa de variação
diferem apenas pelo valor de b em sua lei de formação.

Exemplo: As funções da imagem a seguir possuem a mesma taxa de variação, isto é,


possuem o mesmo valor de a, de forma que as retas podem ser obtidas uma a partir da
outra por meio de uma translação.

ANOTAÇÕES

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