Aula06 - Funçoes
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 4
5 CRESCIMENTO DE DECRESCIMENTO............................................. 6
10 FUNÇÃO EXPONENCIAL................................................................16
2
11 FUNÇÃO LOGARÍTMICA ................................................................19
REFERÊNCIAS .........................................................................................29
3
AULA 6 – FUNÇÕES
1 INTRODUÇÃO
Quando o assunto é função, há muitos tipos e muitas características específicas, por isso, nesta aula,
nosso objetivo é apresentar as principais funções: afim, quadrática, exponencial e logarítmicas.
2 FUNÇÃO AFIM
Chama-se função polinomial do primeiro grau, ou função afim, qualquer função cujo domínio e imagem
sejam o conjunto dos números reais e sua fórmula seja expressa pela lei 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, onde
𝑎 ≠ 0.
Nessa função o número 𝑎 é chamado coeficiente angular da reta e está diretamente ligado à
inclinação da reta em relação ao eixo 𝑥 . O número 𝑏 é chamado termo constante linear, ou termo
independente, e é o exato local onde a reta cruza o eixo 𝑦.
3 FUNÇÃO LINEAR
Um caso particular de função afim é a função linear. Essa função possui o número 𝑏 igual a zero, ou
seja, a fórmula da função é expressa por 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥, onde 𝑎 ≠ 0.
Uma consequência é que a reta passa pela origem do sistema cartesiano e, se observarmos um pouco
mais, notamos que as grandezas são diretamente proporcionais, ou seja, se uma variável dobra, a outra
também dobra; se uma variável cai pela metade a outra também cai pela metade.
4
Figura 1 – Gráfico de função afim e linear.
4 FUNÇÃO CONSTANTE
Uma função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏 com 𝑎 = 0 é definida como função constante.
Portanto, 𝑓(𝑥) = 0𝑥 + 𝑏, ou seja, 𝑓(𝑥) = 𝑏 para todo valor de 𝑥 (a função não depende de 𝑥 ).
5
Figura 2 – Gráfico de uma função constante.
5 CRESCIMENTO DE DECRESCIMENTO
Uma função afim será crescente quando, ao aumentarmos os valores de 𝑥 , os valores de 𝑓(𝑥)
também aumentam.
Uma função afim será decrescente quando, ao aumentarmos os valores de 𝑥, os valores de 𝑓(𝑥)
diminuem.
Exemplo:
Para decidir essa questão vamos escolher dois valores arbitrários, 1 e 2, e verificar se os valores
de 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) aumentam ou diminuem.
Então:
𝑓(1) = 2 ∙ 1 − 1 = 2 − 1 = 1
𝑓(2) = 2 ∙ 2 − 1 = 4 − 1 = 3
Portanto, temos que 𝑓(1) = 1 e 𝑓(2) = 3. Como os valores de 𝑓(𝑥) aumentaram (de 1 para 3) no
intervalo em que os valores de 𝑥 também aumentam, então 𝑓(𝑥) = 2𝑥 – 1 é uma função
crescente.
𝑔(1) = −2 ∙ 1 − 1 = −2 − 1 = −3
𝑔(2) = −2 ∙ 2 − 1 = −4 − 1 = −5
Portanto, temos que 𝑔(1) = −3 e 𝑔(2) = −5. Como os valores de 𝑔(𝑥) diminuíram (de −3 para
−5) no intervalo em que os valores de 𝑥 aumentaram, podemos concluir que 𝑔(𝑥) = – 2𝑥 – 1 é
6
decrescente.
6 SINAL DA FUNÇÃO
Considerando a função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏 é possível determinar o sinal da função, ou seja, os valores de
𝑥 para que a função seja positiva ou negativa.
−𝑏
Em primeiro lugar devemos calcular a raiz da função (Para 𝑓(𝑥) = 0, 𝑥 = ), e, em seguida, seguir os
𝑎
dois casos possíveis:
−𝑏 −𝑏
Se 𝑎 > 0, a função 𝑓(𝑥) > 0, caso 𝑥 > e, portanto, 𝑓(𝑥) < 0 caso 𝑥 < .
𝑎 𝑎
−𝑏 −𝑏
Se 𝑎 < 0, a função 𝑓(𝑥) > 0, caso 𝑥 < e, portanto, 𝑓(𝑥) < 0, caso 𝑥 > .
𝑎 𝑎
Figura 3 – Gráfico de uma função crescente. Figura 4 – Gráfico de uma função decrescente.
Exemplo 1:
7
O gráfico a seguir representa a situação descrita:
Repare que, cada vez que 𝑥 aumenta em uma unidade, o valor de 𝑦 aumenta em 2 reais. O
número 2 é denominado custo marginal, ou seja, é o custo adicional acarretado pelo aumento em
1 unidade do nível de produção.
Exemplo 2:
O valor de equipamentos de uma empresa pode ser considerado menor a cada ano, para fins
tributários. O valor de depreciação pode ser deduzido do imposto de renda. Se 𝑥 anos depois de
sua compra o valor 𝑦 de certo equipamento for dado por 𝑦 = 10.000 – 800𝑥 , interprete a
equação.
O ponto (0, 10.000) representa o valor de 𝑦 quando 𝑥 = 0, ou seja, 10.000 é o valor original, ou
inicial, do equipamento.
A inclinação indica a taxa com que o equipamento é depreciado anualmente, ou seja, a cada ano
o equipamento vale 800 reais a menos.
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7 FUNÇÃO QUADRÁTICA
Uma função polinomial do segundo grau, ou função quadrática, é definida pela fórmula:
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐
Onde 𝑎, 𝑏 e 𝑐 são números reais e 𝑎 ≠ 0. A curva do gráfico dessa função é chamada de parábola.
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Figura 7 – Concavidade de uma parábola.
As raízes da função polinomial do segundo grau é calculada pela fórmula de resolução da equação do
segundo grau:
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝑥=
2𝑎
O discriminante da equação é definido por ∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 e por meio dele é possível definir a quantidade
de raízes da função:
𝑏 ∆
𝑥𝑣 =− e 𝑦𝑣 =−
2𝑎 4𝑎
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Também é possível definir a imagem das funções:
11
Segundo caso: ∆ < 0
Terceiro caso: ∆ = 0
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Exemplo:
É muito comum em alguns segmentos conseguir um desconto no valor unitário de algum produto ao
adquirir grandes quantidades. Por exemplo, observe a tabela:
34 42
33 44
30 50
25 60
20 70
Assim, depois de alguns cálculos foi possível descobrir que a função que calcula o preço unitário em
função do produto é 𝑣(𝑥) = −0,5𝑥 + 55, onde 𝑥 é a quantidade de peças e 𝑣 o valor unitário.
Portanto, é possível encontrar a função que represente a receita de uma venda em função da
quantidade de peças, Assim:
𝑅(𝑥) = 𝑥𝑣(𝑥)
Portanto:
Como essa função representa graficamente uma parábola com concavidade voltada para baixo
(𝑎 = −0,5, ou seja, 𝑎 < 0), concluímos que o seu vértice é o maior valor que a função 𝑅(𝑥) pode assumir, ou
seja, nesse ponto teremos o valor de receita máxima.
Na prática, essa é a melhor relação preço/quantidade vendida que a empresa pode oferecer a fim de
adquirir um lucro máximo em função da quantidade de peças vendidas.
Portanto como:
𝑏 ∆
𝑥𝑣 = − 2𝑎 e 𝑦𝑣 = − 4𝑎
Podemos utilizar essa fórmula e descobrir a maior receita (𝑦𝑣 ) e também a quantidade de peças ideal
(𝑥𝑣 ) para essa situação.
Assim:
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𝑅(𝑥) = −0,5𝑥 2 + 55𝑥
Temos que:
𝑎 = −0,5
𝑏 = 55
𝑐=0
𝑏 ∆
𝑥𝑣 = − e 𝑦𝑣 = −
4𝑎
2𝑎
2
= − (55)4(−0,5)
−4�−0,5�0
55
𝑥𝑣 = − e 𝑦𝑣
2(−0,5)
55 3025
𝑥𝑣 = − e 𝑦𝑣 = − −2
−1
𝑥𝑣 = 55 e 𝑦𝑣 = 1512,5
Desse modo, concluímos que a melhor receita que a empresa pode ter, quando relacionada à
quantidade de peças vendidas, é R$ 1.512,50 e, para isso, ela precisa vender 55 peças.
Se 𝑎 > 0:
Se 𝑎 < 0:
Se ∆ > 0, então 𝑓(𝑥) > 0 para 𝑥1 < 𝑥 < 𝑥2 e 𝑓(𝑥) < 0 se 𝑥 < 𝑥1 e 𝑥 > 𝑥2 .
Portanto, o sinal do coeficiente 𝑎 é fundamental para decidir o sinal de uma função ou inequação do
segundo grau.
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Exemplo: resolver a inequação 6𝑥 2 – 5𝑥 + 1 ≤ 0.
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝑥=
2𝑎
−(−5) ± �(−5)2 − 4 ∙ 6 ∙ 1
𝑥=
2 ∙ 6
5 ± √25 − 24
𝑥=
12
5 ± 1
𝑥=
12
5 + 1 6 1
𝑥1 = = =
12 12 2
5− 1 4 1
𝑥2 = = =
12 12 3
Definidas as raízes, observamos que 𝑎 > 0, portanto para a inequação ser menor que zero devemos
considerar intervalo entre as raízes, ou seja:
Se
𝑎 > 0 e se ∆ > 0
então
Portanto:
1 1
𝑆 = �𝑥 ∈ ℝ | ≤𝑥 ≤ �
3 2
15
10 FUNÇÃO EXPONENCIAL
Vamos relembrar as propriedades de potências:
Propriedade Exemplo
𝑎𝑚 𝑎𝑛 = 𝑎𝑚+𝑛 24 23 = 24+3 = 27
𝑎𝑚 28
= 𝑎𝑚−𝑛 = 28−3 = 25
𝑎𝑛 23
𝑎0 = 1 20 = 1
1 1
𝑎 −𝑚 = 2−5 =
𝑎𝑚 25
(𝑎𝑏)𝑚 = 𝑎𝑚 𝑏 𝑚 (2 ∙ 3)5 = 25 35
𝑎 𝑚 𝑎𝑚 2 4 24
� � = 𝑚 � � = 4
𝑏 𝑏 3 3
𝑚 1 𝑚
𝑛
𝑎 𝑛 = �𝑎𝑛 � = √𝑎𝑚
Chama-se função exponencial qualquer função dada pela lei 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥 , em que 𝑎 é um número real
dado por 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1.
Observe que há restrições quanto à base, pois 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1. De fato, essas observações são
necessárias, pois:
Exemplo:
1 1
(−3)2 ∉ ℝ pois (−3)2 = √−3
1 1 1
Observação: (−3)2 ≠ −32 , pois −32 = −√3, sendo um número real.
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10.1 Gráfico da função exponencial
Como referência, vamos utilizar o gráfico da função 𝑦 = 2𝑥 , mas há outras funções para
observar também.
Repare que, quanto maior o valor de 𝑎, mais próximo do eixo 𝑦 o gráfico da função ficará. Outra
observação está no ponto (0,1), quando 𝑥 = 0, por onde passam todas as funções do gráfico.
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Segundo caso: 0 < 𝑎 < 1
5) A imagem da função exponencial 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥 , sendo 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1, é ]0, ∞[, ou seja 𝑓(𝑥)
> 0.
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10.2.1 Gráfico com translação f(x) = ax + b
Figura 14 – Gráfico com translação.
Para toda função exponencial com translação, vale as quatro primeiras propriedades, a única
observação é a última propriedade:
10.2.2 O número 𝑒
11 FUNÇÃO LOGARÍTMICA
Definição de logaritmos
𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 = 𝑥 ↔ 𝑎 𝑥 = 𝑏
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Podemos afirmar que:
• 𝑏 é o logaritmando;
• 𝑥 é o logaritmo.
Exemplos:
a) 𝑙𝑜𝑔2 8 = 3 ↔ 23 = 8
1 1
c) 𝑙𝑜𝑔2 = −2 ↔ 2−2 =
4 4
d) 𝑙𝑜𝑔𝑥 1 = 0 ↔ 𝑥0 = 1
Convenção importante:
Quando aparecer um logaritmo com base omitida, convencionamos afirmar que sua base é 10:
𝑙𝑜𝑔𝑥 = 𝑙𝑜𝑔10 𝑥
Exemplo:
1 1
b) 𝑙𝑜𝑔 = −2 ↔ 10−2 =
100 100
Consequências:
• 𝑙𝑜𝑔𝑎 1 = 0, pois 𝑎0 = 1
• 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑎 = 1, pois 𝑎1 = 𝑎
• 𝑎𝑙𝑜𝑔𝑎𝑏 = 𝑏
• Se dois logaritmos em uma mesma base são iguais, então os logaritmandos também
são: 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 = 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑐 , então 𝑏 = 𝑐 .
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11.1 Propriedades operatórias dos logaritmos
Os logaritmos apresentam algumas propriedades particulares:
1) Logaritmo do produto
Em qualquer base válida, o logaritmo do produto de dois número reais e positivos é igual à
soma dos logaritmos de cada um deles, isto é, se 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1, 𝑏 > 0 e 𝑐 > 0, então:
2) Logaritmo do quociente
𝑏
𝑙𝑜𝑔𝑎 = 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 − 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑐
𝑐
3) Logaritmo da potência
Em qualquer base válida, o logaritmo de uma potência de uma base real e positiva é igual ao
produto do expoente pelo logaritmo da base da potência, isto é, se 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1, 𝑏 > 0 e
𝑟 ∈ ℝ, então:
𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 𝑟 = 𝑟𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏
Exemplos:
21
𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑐
𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑐 =
𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑎
Onde:
• 𝑐 é o logaritmando;
Exemplo:
𝑙𝑜𝑔5 5 1
𝑙𝑜𝑔2 5 = =
𝑙𝑜𝑔5 2 𝑙𝑜𝑔5 2
Aplicação importante:
1
𝑙𝑜𝑔2 5 = ↔ 𝑙𝑜𝑔2 5 ∙ 𝑙𝑜𝑔5 2 = 1
𝑙𝑜𝑔5 2
Dado um número real 𝑎, sendo 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1, podemos chamar de função logarítmica de base 𝑎 a
função dada pela lei 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑜𝑔𝑎𝑥 .
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Figura 15 – Gráfico da função logarítmica.
• não importa se a base é um número positivo menor que 1 (0 < 𝑎 < 1) ou maior que 1, o
gráfico está no primeiro e quarto quadrantes;
• todas as funções 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑥, sendo 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1, passam pelo ponto (1, 0), pois
𝑙𝑜𝑔𝑎 1 = 0 → 𝑎0 = 1;
• as funções cujo valor de 𝑎 é maior que 1 são funções crescentes, e as funções cujo 𝑎
pertence ao intervalo 0 < 𝑎 < 1 são funções decrescentes;
• sendo 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑥 e 𝑎 > 1, 𝑓(𝑥) > 0 se 𝑥 > 1 e, portanto, 𝑓(𝑥) < 0 se 0 < 𝑥 < 1 e 𝑓(1) = 0;
• sendo 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑥 e 0 < 𝑎 < 1, 𝑓(𝑥) > 0 se 0 < 𝑥 < 1 e, portanto, 𝑓(𝑥) > 0 se 𝑥 > 1 e
𝑓(1) = 0.
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O gráfico a seguir, em verde, representa a função 𝑦 = 𝑙𝑛𝑥. Pelo desenho é possível comparar o
comportamento com as outras funções.
Repare que como 𝑒 > 1 então essa função tem um comportamento semelhante ao das funções azul e
vermelha.
Uma equação exponencial é aquela que possui uma incógnita no expoente em pelo menos uma de
suas potências.
Um método eficiente para resolver uma equação exponencial é reduzir ambos os membros de uma
equação à potência de mesma base e, a partir daí, aplicar a propriedade:
𝑎𝑥 = 𝑎𝑦 ↔ 𝑥 = 𝑦
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Exemplo 1:
(√2)𝑥 = 64
1 𝑥
�6
�22 � = 2
64
𝑥 𝑥
2 2 = 26 ↔ =6
2
𝑥 = 12
Exemplo 2:
3𝑥+1 − 3𝑥 − 3𝑥−1 = 45
𝑥 1
1
���
3 3 − 3𝑥 − 3𝑥 = 3
� 2
5
𝑥+1
� 3
3 45
3𝑥−1
1
3𝑥 �3 − 1 − � = 32 5
3
5
3𝑥 = 32 5
3
33 5
3𝑥 =
5
3 𝑥 = 33 ↔ 𝑥 = 3
Exemplo 3:
4𝑥 − 2𝑥 = 12
Como 4𝑥 = (2𝑥 )2, podemos substituir 2𝑥 por outra variável, por exemplo, 𝑦.
Então:
4𝑥 − 2𝑥 = 12
(2𝑥 )2 − 2𝑥 = 12
𝑦 2 − 𝑦 −12 = 0
−(−1)±�(−1)2 −4 ∙ 1 ∙(−12)
𝑦=
2
1±√ 1+48 1±7
𝑦= =
2 2
8
𝑦1 = =4
2
25
−6
𝑦2 = = −3
2
Portanto, 𝑦 = 4 ou 𝑦 = −3. Agora, basta substituir 𝑦 na equação 2𝑥 e descobrir o valor de 𝑥 que
satisfaz a equação, logo:
2𝑥 = 4
2 𝑥 = 22 ↔ 𝑥 = 2
2𝑥 = −3
Portanto a solução é 𝑥 = 2.
Por exemplo:
3𝑥 = 5
𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 = 𝑥 ↔ 𝑎 𝑥 = 𝑏
𝑎 𝑥 = 𝑏 ↔ 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 = 𝑥
3𝑥 = 5 ↔ 𝑙𝑜𝑔3 5 = 𝑥
Mas essa é uma equação simples. Para resolver equações mais complexas, deve-se utilizar as
propriedades dos logaritmos:
1) 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 = 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑐 ↔ 𝑏 = 𝑐
26
𝑏
3) 𝑙𝑜𝑔𝑎 = 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 − 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑐
𝑐
4) 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏𝑟 = 𝑟𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏
𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑐
5) 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑐 =
𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑎
Exemplo 1:
3 − 𝑥 = 3𝑥 + 7
3 − 7 = 3𝑥 + 𝑥
−4 = 4𝑥
𝑥 = −1
Então:
3 − (−1) = 4 > 0
3(−1) + 7 = 4 > 0
Exemplo 2:
Se 𝑥 = −3, não pode ser solução, porque 2𝑙𝑜𝑔𝑥 não existiria (2𝑙𝑜𝑔(−3)).
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Exemplo 3:
𝑙𝑜𝑔4 𝑥 + 𝑙𝑜𝑔𝑥 4 = 2
Como há logaritmos com bases diferentes, todos os termos devem ter a mesma base, portanto
deixemos os termos com base 4:
𝑙𝑜𝑔4 4 1
𝑙𝑜𝑔𝑥 4 = =
𝑙𝑜𝑔4 𝑥 𝑙𝑜𝑔4 𝑥
Para resolver com mais facilidade, podemos propor uma troca de variável:
𝑙𝑜𝑔4 𝑥 =𝑦
Então, nossa equação ficou:
1
𝑦+ =2
𝑦
𝑦2 + 1 = 2 𝑦
𝑦 2 − 2𝑦 + 1 = 0
(𝑦 − 1)2 = 0
𝑦−1=0
𝑦 =1
𝑙𝑜𝑔4 𝑥 = 𝑦
𝑙𝑜𝑔4 𝑥 = 1
𝑥 = 41
𝑥=4
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REFERÊNCIAS
DEMANA, F.; WAITS, K. B.; FOLEY, D. G.; KENNEDY, D. Pré-cálculo. 7. ed. São Paulo: Pearson, 2009.
IEZZI, G.; DOLCE, O.; DEGENSZAJN, D.; PÉRIGO, R.; ALMEIDA, N. Matemática: ciência e aplicações. 6.
ed. São Paulo: Atual, 2010.
IEZZI, G.; DOLCE, O.; MACHADO, A. Matemática e realidade. 6. ed. São Paulo: Atual, 2009.
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