Karina, Editor Da Revista, Art 5 Ok 44-55
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Av. das Cataratas, 1118, Vila Yolanda, Foz do Iguaçu-PR, CEP 85853-000. E-
mail: jeancolacite@gmail.com
RESUMO
O câncer caracteriza-se pelo crescimento celular anormal e descontrolado em
órgãos e tecidos. É estabelecido um protocolo de tratamento que pode incluir
cirurgia, quimioterapia e radioterapia. As drogas quimioterápicas agem
sistemicamente, nas células em processo de divisão celular, interferindo no seu
crescimento e divisão. É atribuição privativa do farmacêutico a atividade de
quimioterapia e de manipulação de drogas antineoplásicas nos
estabelecimentos de saúde públicos ou privados. Objetivos: Realizar um
levantamento bibliográfico sobre a atuação do farmacêutico na oncologia.
Metodologia: O estudo constitui-se de uma revisão de literatura especializada,
publicados nos anos de 2001 até 2018. As bases de dados consultadas foram
Biblioteca Eletrônica Científica Online (SCIELO), Sistema Online de Busca e
Analise de Literatura Medica (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), livros e publicações legislativas da
profissão. Resultados e Discussão: A análise dos artigos selecionados
demonstrou a importância do profissional farmacêutico na atuação na área
oncológica. As atividades encontradas vão desde a seleção de medicamentos
até a atenção farmacêutica e farmacovigilância. Considerações Finais: No
exercício da atenção farmacêutica o profissional farmacêutico consegue oferecer
um atendimento integral e individualizado, beneficiando o paciente, que usufrui
plenamente das capacidades técnicas do agente de saúde. A atenção
farmacêutica na oncologia é uma importante ferramenta para a redução de erros
de medicação e aumento da efetividade no tratamento, melhorando a qualidade
de vida do paciente, pois, a tarefa primordial do farmacêutico é garantir que a
terapia medicamentosa dos pacientes seja eficaz, segura e conveniente.
ABSTRACT
The cancer is characterized by the growth abnormal cell and
uncontrolled in organs and tissues. A treatment protocol is established that may
include surgery, chemotherapy and radiotherapy. Chemotherapy drugs act
systemically on cells in the process of cell division, interfering with their growth
and division. It is the pharmacist's sole responsibility to conduct chemotherapy
and antineoplastic drug manipulation activities in public or private health
facilities. Objectives: To conduct a bibliographic survey on the pharmacist's role
in oncology. Methodology: The study consists of a literature review published in
2001.2018. The databases consulted were Online Scientific Electronic
Library (SCIELO), Online Medical Literature Search and Analysis
System (MEDLINE), Latin American and Caribbean Health Sciences Literature
(LILACS), books and legislative publications of the profession. Results and
Discussion: The analysis of the selected articles demonstrated the importance of
the pharmaceutical professional in the oncology area. The
activities found range from drug selection to pharmaceutical and
pharmacovigilance care. Final Considerations: In the exercise of pharmaceutical
care, the pharmaceutical professional can offer integral and individualized care,
benefiting the patient, who fully enjoys the technical capabilities of the health
agent. Pharmaceutical care in oncology is an important tool for reducing
medication errors and increasing treatment effectiveness, improving the patient's
quality of life, as the pharmacist's primary task is to ensure that patient drug
therapy is effective, Safe and convenient.
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Armazenamento
Após a realização da seleção dos medicamentos é que são desenvolvidas
as demais atividades, como o armazenamento, sendo esta uma etapa que visa
garantir a qualidade e a guarda segura dos mesmos. O armazenamento e
constituído por um conjunto de procedimentos que envolvem o recebimento, a
estocagem/guarda, a segurança contra danos físicos, a conservação e o controle
de estoque.
De forma geral a Resolução nº 288/96 editada pelo Conselho Federal de
Farmácia em 21 de março de 1996, confere ao farmacêutico a propriedade de
garantir as condições adequadas de formulação, preparo, armazenagem,
conservação, transporte e segurança quanto ao uso de medicamentos
antineoplásicos.
Já na legislação brasileira - RDC nº 220/04 e NR nº32/05 e as
recomendações das diretrizes internacionais Sociedade Americana de
Farmacêuticos do Sistema de Saúde (ASHP) e Administração de Segurança e
Saúde Ocupacional (OSHA), cita que é necessário destinar uma área específica
ao armazenamento dos medicamentos antineoplásicos, com a finalidade de
restringir o acesso ao pessoal autorizado. Além disso, é recomendado que os
medicamentos sejam protegidos contra quedas acidentais, armazenando-os em
recipientes/ caixas com bordas altas sobre prateleiras também com barreiras de
contenção.
De acordo com o Institute for Safe Medication Practices/Medication Error
Reporting Program (ISMP/MERP) (2010), deve-se armazenar separadamente os
medicamentos que apresentam nomes semelhantes com grafia e/ou
embalagens parecidas, para reduzir os riscos de troca de medicamentos no ato
do armazenamento e da separação.
Outras opções e critérios de armazenamento podem ser adotados, como
o uso de gavetas, armários eletrônicos, local de fácil acesso e que mantenha a
segurança necessária, ordem alfabética, categoria terapêutica, etiquetas e/ou
prateleiras coloridas, dentre outros, desde que sejam resguardados os cuidados
necessários, SOBRAFO (2013).
Biossegurança
As medidas de biossegurança durante a manipulação de antineoplásicos
é essencial para minimizar a exposição dos profissionais de saúde aos riscos
inerentes a essas substancias.
De acordo com a RDC 306/04 afirma que a biossegurança é um conjunto
de estudos e procedimentos que visam a evitar ou controlar os riscos provocados
pelo uso de agentes químicos, físicos e agentes biológicos à biodiversidade na
área da oncologia. Suas ações são voltadas a prevenção, minimização ou
eliminação de riscos visando à saúde do homem, a preservação do ambiente e
a qualidade dos resultados, agindo como um guia para a adequação de normas
que visem à proteção dos trabalhadores de saúde.
Segundo a Lei 6.514, de 22 de dezembro 1977, todo empregador é
responsável pela saúde ocupacional, segurança e bem-estar de todos os seus
empregados, e por esta razão é obrigatório que a instituição tome as devidas
precauções necessárias para proteger os profissionais que manuseiam
antineoplásicos (CLT – artigo 157). A Portaria 3.214 — NR6 — do Ministério do
Gerenciamento de resíduos
Logo após os antineoplásicos serem manipulados e administrados se
obtêm resíduos dos medicamentos que por parte o farmacêutico é o responsável
pelo recolhimento e destinação para empresas encarregadas do tratamento e
descarte final destes resíduos.
Rodrigues (2017) o destino seguro dos resíduos provenientes dos
medicamentos antineoplásicos também é responsabilidade do farmacêutico em
conjunto com os demais profissionais de saúde, sendo peça fundamental na
Cuidados paliativos
O farmacêutico deve participar ativamente junto a equipe de
multiprofissionais nos cuidados paliativos do paciente, que vai desde a melhoria
da qualidade de vida do paciente, quanto à dos seus familiares.
Kavalec (2004) descreve em seu trabalho que os cuidados paliativos são
um processo de atenção que melhora a qualidade de vida dos pacientes através
da prevenção e alívio do sofrimento. Nos pacientes com câncer, o objetivo
principal é o alívio da dor, em conjunto com a comunicação efetiva e participação
dos familiares e cuidadores.
Em contra partida Inca (2014) cita que os cuidados Paliativos consistem
na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a
melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma
doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da
identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais
sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.
Já Oliveira (2008) relata que só se entendem os Cuidados Paliativos
quando realizados por equipe multiprofissional em trabalho harmônico e
convergente. O foco da atenção não é a doença a ser curada/controlada, mas o
doente, entendido como um ser biográfico, ativo, com direito a informação e a
autonomia plena para as decisões a respeito de seu tratamento. A prática
adequada dos Cuidados Paliativos preconiza atenção individualizada ao doente
e à sua família, busca da excelência no controle de todos os sintomas e
prevenção do sofrimento.
De acordo com Pessini (2005) trata-se de “uma abordagem que aprimora
a qualidade de vida, dos pacientes e famílias, que enfrentam problemas
associados com doenças ameaçadoras de vida, através da prevenção e alívio
do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação correta e tratamento
da dor e outros problemas de ordem física, psicossocial e espiritual’’.
Farmacovigilância
O profissional farmacêutico na farmacovigilância oncológica visa
contribuir na identificação de eventos ou reações adversos aos medicamentos
utilizados durante o esquema terapêutico designado pela equipe medica, assim
como sugerir modificações ou alterações no esquema terapêutico visando
eliminar ou minimizar os eventos ou reações adversas aos medicamentos,
proporcionando assim uma melhor qualidade de vida ao paciente durante o
período de internamento.
Visacri et al. (2014) afirma que na equipe multiprofissional de
quimioterapia, a presença do farmacêutico é necessária na elaboração de
manuais de normas e de procedimentos farmacêuticos, já no âmbito da
farmacovigilância ele é responsável pela detecção e identificação de reações
adversas, além da proposta de medidas de intervenção e prevenção, otimizam
a terapia e minimizam a ocorrência de internações.
Lara (2009) em seu estudo diz que a participação deste profissional, na
área da farmacovigilância, tem colaborado muito com a detecção e identificação
de reações adversas, de fatores de risco para o desenvolvimento destas, além
de ele propor medidas de intervenção e prevenção, visto que as reações
adversas a medicamentos são algumas das causas de internação, onerando os
custos da instituição.
Rosa (2003) a implantação de sistema de detecção e prevenção de erros
de medicação deve ser um dos objetivos das ações da farmacovigilância
realizadas nas instituições de saúde.
Para tanto é preciso estabelecer uma sistemática contínua de avaliação
para que não somente seja possível diminuir a incidência de erros, como também
contribuir para identificação e relato de novas possibilidades, até então
consideradas, equivocadamente, como reações adversas.
Estes sistemas também podem contribuir para a identificação de
ocorrências que normalmente seriam mantidas em sigilo. Neste sentido, é
importante que haja modificação na abordagem do erro, relacionando-o ao
sistema e não ao indivíduo. De fato, os profissionais de saúde normalmente
associam suas falhas à vergonha, perda de prestigio e medo de punições,
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
The Institute for Safe Medication Practices Medication Error Reporting Program
(ISMP/MERP). ISMP’ List of Confused Drug Names, 2010.