Lei Organica Do Municipio Compilada 2021
Lei Organica Do Municipio Compilada 2021
Lei Organica Do Municipio Compilada 2021
PODER LEGISLATIVO
PARINTINS – AMAZONAS
2021
LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PARINTINS
ÍNDICE I PÁGINA
LEI MUNICIPAL N° 01/2004- CMP.
Lei
Título I
Da Organização Municipal Capítulo I
Do Município
Seção I
Disposições Gerais
Capítulo II
Das Competências do Município Seção I
Da Competência Privada
Art.11 - Ao Município compete prover a tudo quanto diga respeito ao seu peculiar
interesse e ao bem estar de sua população cabendo-lhe privativamente, entre outras,
as seguintes atribuições:
I - Legislar sobre assunto de interesse local;
II - Suplementar a legislação Federal e a Estadual, no que couber;
III - Elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, que compreenderá o Plano
Diretor Urbano e o Plano Municipal de Agricultura, Pesca e Pecuária, dentre outros;
IV - Criar, organizar e suprimir Distrito e Agrovilas, observada a legislação municipal;
V - Manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programa de
educação infantil e de 1° e 2° ciclos do ensino fundamental;
VI - Elaborar o orçamento anual e plurianual de investimentos;
VII- Fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços públicos;
VIII - Instituir e arrecadar tributos bem como aplicaras suas rendas;
IX - Dispor sobre organização, administração e execução dos serviços locais;
X - Dispor sobre administração, utilização e alienação dos bens públicos;
XI - Organizar o quadro e estabelecer o regime jurídico dos servidores públicos, bem
como elaborar o seu estatuto, observando os princípios constitucionais;
XII - Organizar e prestar, diretamente, ou sob-regime de concessão ou permissão, os
serviços públicos locais;
XIII - Planejar o uso e a ocupação do solo em seu território, especialmente na zona
urbana;
XIV - Estabelecer normas de edificação, de loteamento, de arruamento e de
zoneamento urbano e rural, bem como as limitações urbanísticas convenientes à
ordenação do seu território, observadas as leis Federal e Estadual;
XV - Conceder e renovar licença para localização e funcionamento de estabelecimentos
industriais, comerciais, prestadores de serviços e quaisquer outros;
XVI - Cassar por tempo determinado a licença que houver concedido ao
estabelecimento que se tornar prejudicial à saúde, a higiene, ao sossego, a segurança
ao meio ambiente, ou aos bons costumes, fazendo cessar a atividade e determinando a
fechamento do estabelecimento;
XVII- Adquirir bens, inclusive mediante desapropriação;
XVIII - Estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços,
inclusive a dos seus concessionários;
XIX - Regular a disposição, o traçado e as demais condições dos bens públicos de uso
comum;
XX - Regulamentar a utilização dos logradouros públicos e, especialmente no perímetro
urbano, determinar o itinerário e os pontos de parada dos transportes coletivos;
XXI - Fixar os locais para o estabelecimento de táxis e demais veículos;
XXII - Dispor sobre o depósito e venda de animais e mercadorias apreendidas em
decorrências de transgressão da legislação municipal;
XXIII - Dispor sobre registro, vacinação e captura de animais, com a finalidade precípua
de erradicar as moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;
XXIV - Estabelecer e impor penalidade à infração de suas leis e regulamentos;
XXV- Promover os seguintes serviços:
a) mercados, feiras e matadouros;
b) construção e conservação de estiadas
c) transportes coletivos;
d) iluminação pública.
XXVI - Regulamentar o serviço de carros de aluguel, inclusive o uso de taxímetro;
XXVII - Assegurar a expedição de certidões requeridas às repartições administrativas
municipais, para defesa de direitos e esclarecimento de situações, estabelecendo os
prazos de atendimento;
§ 1° - As normas de loteamento e arruamento a que se retire o inciso XIV deste artigo
deverão exigir reserva de áreas destinadas a:
a) zonas verdes e demais logradouros públicos;
b) vias de tráfego e de passagem de canalizações públicas, de esgotos e de águas
pluviais nos fundos dos vales;
c) passagem de canalizações públicas de esgoto e águas pluviais com largura de dois
metros nos fundos dos lotes, cujo desnível seja superior a um metro da frente ao fundo.
§ 2° - A Lei Complementar que deverá regulamentar a guarda municipal estabelecerá a
organização e competência dessa força auxiliar na proteção dos bens, serviços e
instalações municipais;
XXVIII - Criar o Conselho Popular Municipal, consultivo e deliberativo sobre os planos e
ação de trabalho do Município.
XXIX - Compete ao Executivo Municipal mediante, mediante Lei Especial, instalar e
regulamentar o Conselho Municipal de Proteção ao Consumidor, nos limites da
legislação federal, estadual e municipal competente.
Seção II
Da Competência Comum
Seção III
Da Competência Suplementar
Capítulo III
Das Vedações
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
Seção I
Da Câmara Municipal
Seção II
Do Funcionamento da Câmara
Seção III
Das Atribuições da Câmara Municipal
Art. 34 - Compete a Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas
as matérias de competência do Município e, especialmente:
I - Instituir e arrecadar os tributos de suas competências, bem como aplicar suas
rendas;
II - Autorizar isenção fiscal e a remissão de dívidas;
III - Votar o orçamento anual e o plurianual de investimentos, bem como autorizar a
abertura de créditos suplementares especiais;
Parágrafo Único - Os Vereadores poderão apresentar Emendas ao Projeto de Lei do
Orçamento Municipal, alterando as dotações orçamentárias dos projetos e funções
sem, contudo, altera o seu valor global.
IV - Deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimo de operação de credito, bem
como a forma e os meios de pagamento.
V- Autorizar a concessão de auxílio e subvenções;
VI-Autorizar a concessão de serviços públicos;
VII - Autorizar a concessão direito real de uso de bens municipais;
VIII- Autorizar a concessão administrativa de bens municipais;
IX- Autorizar a alienação de bens e imóveis;
X - Autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se, tratar de doação sem
encargos;
XI - Criar, transformar e extinguir cargos, empregos e funções públicas e fixar os
respectivos vencimentos;
XII - Criar, estruturar e conferir atribuições da Procuradoria e dos órgãos da
administração pública;
XIII – Aprovar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
XIV - Autorizar convênio com entidades públicas e particulares e consórcios com outros
municípios;
XV – Delimitar o perímetro urbano;
XVI - Autorizar a alteração de denominação de vias e logradouros públicos;
XVII - Estabelecer normas urbanísticas, particularmente relativas a zoneamento e
loteamento.
Art. 35 - Compete privativamente a Câmara Municipal exercer as seguintes atribuições,
entre outras:
I - Eleger sua Mesa e Comissões.
II - Elaborar o regimento interno;
III - Organizar os serviços administrativos internos e prover os cargos respectivos;
IV - Propor a criação ou a extinção dos cargos dos servidores administrativos interno e
a fixação dos respectivos vencimentos;
V – Conceder licenças ao Prefeito, Vice-Prefeito e aos vereadores;
VI - Autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município, por mais de 15 (quinze) dias por
necessidade de serviços;
VII - Tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando sobre o parecer do Tribunal de
Contas do Estado no prazo máximo de sessenta (60) dias de seu recebimento,
observados os seguintes preceitos:
a) o parecer do Tribunal somente deixará de prevalecer por decisão de 2/3 (dois terços)
dos membros da Câmara;
b) decorrido o prazo de sessenta (60) dias, sem deliberação pela Câmara, as contas
serão consideradas aprovadas ou rejeitadas, de acordo com a conclusão do parecer do
Tribunal de Contas;
c) rejeitadas as contas, serão estas imediatamente remetidas ao Ministério Público para
os fins de direito;
VIII - Decretar a perda de mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, nos casos
indicados na Constituição Federal, nesta Lei Orgânica e na legislação Federal e
Estadual aplicável;
IX - Autorizar a realização de empréstimo, operação ou acordo externo de qualquer
natureza, de interesse do Município;
X - Proceder à tomada de contas do Prefeito, através de comissão especial, quando
não apresentadas a Câmara, dentro de 60 (sessenta) dias após a abertura da sessão
legislativa;
XI - Analisar, aprovar ou rejeitar convênio, acordo ou qualquer outro instrumento
celebrado pelo Município com a União, o Estado, outra pessoa Jurídica de direito
público interno ou entidades assistenciais e culturais;
XII - Estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reuniões;
XIII- Convocar o Prefeito e os Secretários Municipais ou Diretores para prestar
esclarecimentos, aprazando data e hora para o comparecimento;
XIV - Deliberar sobre a antecipação ou a suspensão de suas reuniões;
XV - Criar comissão parlamentar de inquérito, sobre fato determinado, com prazo certo,
mediante requerimento de um terço de seus membros;
XVI- Solicitar a intervenção do Estado no Município;
XVII - Julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em Lei
Federal;
XVIII- Fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluído os da Administração
Indireta;
XIX - Fixar, observado o que dispõe os art. 37, XI, 150, II, 153, II e 153, §2° da
Constituição Estadual, e Lei de Responsabilidade Fiscal a remuneração dos
vereadores, em cada legislatura para a subsequente, sobre a qual incidirá o imposto
sobre renda e proventos de qualquer natureza;
XX- Fixar, observado o que dispõe os art. 37, XI, 150, II, 153, §2°, I da Constituição
Federal, e as normas da Lei de Responsabilidade Fiscal em cada legislatura
subsequente, a remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito, sobre a qual incidirá o
imposto sobre rendas e proventos de qualquer natureza.
§ 1° - A remuneração dos vereadores terá como limite máximo o previsto na Legislação
Federal e Estadual, devendo ser regulamentada por Decreto Legislativo.
§ 2° - A Representação do Prefeito, Municipal e do Presidente da Câmara terá como
limite o valor correspondente podendo ser alterado sempre que houver para tanto.
§ 3° - Ao Vice-Prefeito fica assegurado à percepção da diferença de subsídios do titular,
proporcional aos dias m que exercer em substituição a função de Chefe do Executivo
Municipal.
§ 4° - A remuneração dos Agentes Políticos será corrigida automaticamente pelo índice
oficial que foi estabelecido pelo Governo Federal com os limites previstos na Lei de
Responsabilidade Fiscal, de modo adaptá-lo à política salarial vigente.
§ 5° - Em caso da Câmara Municipal de uma legislatura não estabelecer a política de
remuneração para o Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores para a legislatura
subsequente, ficará autorizada, a remuneração para a legislatura vigente respeitado os
limites legais de seu teto.
§ 6° A Lei Complementar estabelecerá os critérios de indenizações da despesa dos
agentes políticos, em missão oficial ou não.
§ 7° - Fica assegurado aos herdeiros dos agentes políticos que venha a falecer no
exercício do mandato direito a receber a remuneração do falecido, até o final da
legislatura.
§ 8° - Ao agente político que durante o exercício do mandato venha ficar incapacitado
temporariamente ou permanentemente para o desempenho de suas funções terá direito
a receber ajuda de custo dentro dos limites orçamentários e legais, independente de
remuneração. Assegurado fica em caso de incapacidade definitiva o pagamento de sua
remuneração até o final da legislatura.
§ 9° - Os membros da Mesa Diretora da Câmara, quando a serviço do Poder
Legislativo, ou desempenhando missão especial, devidamente autorizado, fora do
Município, terão direito a perceber adicional de 30 % (trinta por cento) de seus
subsídios, respeitadas as limitações legais.
Art. 36 - Durante os interregnos das sessões legislativas ordinárias, a Mesa Diretora da
Câmara terá as seguintes atribuições:
I - Reunir-se ordinariamente uma vez por semana e extraordinariamente sempre que
convocada pelo Presidente;
II - Zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo;
III - Zelar pela observância da Lei Orgânica e dos direitos e garantias individuais;
IV - Autorizar o Prefeito ao ausentar-se do Município por mais de 15 quinze dias;
V - Convocar extraordinariamente a Câmara em caso de urgência ou interesse público
relevante.
Parágrafo Único - A mesa da Câmara deverá apresentar e elaborar relatório dos
trabalhos por ela realizados, quando do reinício do período do funcionamento ordinário
da Câmara.
Seção IV
Dos Vereadores
Seção V
Do Poder Legislativo
Seção VI
Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária.
Art. 53 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária e administrativa do município
será exercida, pela Câmara Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de
controle interno do Executivo, instituído em lei.
§ 1° - O controle externo da Câmara será exercido com o auxilio do Tribunal de Contas
do Estado ou órgão estadual a que for atribuída essa incumbência, com o
acompanhamento das atividades financeiras e orçamentárias do Município, o
desempenho das funções de auditoria financeiro e orçamentário, bem como o
julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por bens e valores
públicos.
§ 2° - O Presidente da Câmara se obriga a fornecer cópia do Balanço Geral do
Município aos vereadores, antes de seu encaminhamento ao Tribunal de Contas do
Estado.
§ 3° - As contas do Prefeito e da Câmara Municipal, prestadas anualmente, serão
julgadas pela Câmara dentro de 60 (sessenta) dias, sendo que para as do Executivo
fica obrigatória à juntada do parecer prévio do Tribunal de Contas ou órgão estadual a
que for atribuída essa incumbência.
§ 4° - Serão consideradas julgadas, as contas do Executivo, nos termos das conclusões
do parecer do Tribunal de Contas, se não houver deliberação dentro do prazo
estabelecido na Lei Complementar Estadual.
§ 5° - As do Legislativo serão julgadas pelo Tribunal de Contas do Estado, que
comunicará sua decisão diretamente a Câmara municipal.
§ 6° - Somente por decisão de dois terços (2/3) dos membros da Câmara Municipal
deixará de prevalecer o parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado ou órgão
estadual incumbido dessa missão.
§ 7° - As contas relativas à aplicação dos recursos transferidos pela União e Estado
serão prestadas na forma da legislação Federal e Estadual em vigor, podendo o
Município suplementar essas contas, sem prejuízo de sua inclusão na prestação anual
de contas.
Art. 54 - O Executivo manterá sistema de controle interno, a fim de:
I - Criar condições indispensáveis para assegurar eficácia ao controle externo e
regularidade à realização da receita e despesa;
II - Acompanhar as execuções de programas de trabalho e do orçamento;
III-Avaliar os resultados alcançados pelos administradores;
IV - Verificar a execução dos contratos.
Art. 55 - As contas do Município ficarão durante 60 (sessenta) dias, anualmente, a partir
da data do envio a Câmara Municipal, à disposição de qualquer contribuinte, para
exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhe a legitimidade, nos termos da lei.
Capítulo II
Do Poder Executivo
Seção I
Do Prefeito e do Vice-Prefeito
Seção II
Das Atribuições do Prefeito
b) Caso o projeto de lei não seja vetado pelo Prefeito no prazo improrrogável fixado na
alínea anterior, o mesmo não poderá mais ser alvo de veto;
V - Decretar, nos termos da lei, a desapropriação por necessidade ou utilidade pública;
VI- Expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;
VII - Permitir ou autorizar o uso de bens municipais, por terceiros para fins filantrópicos
ou coletivos ou para pessoas reconhecidamente pobres;
VIII - Permitir e autorizar a execução de serviços públicos por terceiros, mediante
concorrências públicas;
IX - Prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situação funcional
dos servidores;
X - Enviar a Câmara os Projetos de Leis relativos ao Plano Plurianual, Plano Diretor,
Diretrizes Orçamentárias e de Lei Orçamentária do Município e de suas autarquias;
XI - Encaminhar a Câmara até quinze de abril à prestação de contas, bem como o
balanço do exercício findo;
XII - Encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicações e as prestações de
contas exigidas em lei;
XIII- Fazer publicar os atos oficiais;
XIV - Prestar a Câmara, dentro de quinze dias, as informações pela mesma solicitada,
salvo prorrogação, a seu pedido e por prazo determinado, em face da complexidade da
matéria ou da dificuldade de obtenção nas respectivas fontes, os dados pleiteados, sob
pena de incorrer nas penalidades legais previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal e
demais legislações pertinentes a matéria;
XV - Prover os serviços e obras da administração pública;
§ 1° - Fica o Executivo, obrigado a incluir Orçamento recursos e dotações para
construção de esgotos destinados ao escoamento e drenagem de águas pluviais
podendo para tanto, firmar convênios com órgãos federal e estadual.
§ 2° - Construir estradas que facilitem o escoamento da produção na zona rural do
Município, cujos recursos e dotações deverão ser previstos em orçamentos e plano
plurianual, facultada a obtenção de recursos através de convênios;
§ 3° - Incluir no orçamento do Município, recursos para a manutenção das estradas na
zona rural.
XVI - Superintender a arrecadação dos tributos, bem como a guarda e aplicação da
receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades
orçamentárias ou dos Decretos votados pela Câmara;
XVII - Colocar à disposição da Câmara, dentro de 10 (dez) dias de sua requisição, as
quantias que devem ser despendidas de uma só vez e até o dia vinte de cada mês os
recursos correspondentes as suas dotações orçamentárias, compreendendo os créditos
suplementares e especiais;
XVIII - Aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como revê-las quando imposta
irregularmente;
XIX - Resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem
dirigidas;
XX - Oficializar, obedecidas às normas urbanísticas aplicáveis, as vias e logradouros
públicos, mediante denominação aprovada pela Câmara;
XXI - Convocar extraordinariamente a Câmara quando o interesse da administração o
exigir;
XXII - Aprovar projetos de edificação e planos de loteamento, arruamento e
Zoneamento urbano ou para fins urbanos respeitados no que couber a legislação
ambiental;
XXIII - Apresentar anualmente, a Câmara, relatório circunstanciado sob o estado das
obras dos serviços municipais, bem como os programas de administração para o ano
seguinte;
XXIV - Organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, sem exceder as
verbas para tais destinadas;
XXV - Contrair empréstimos, realizar operações de crédito, mediante prévia autorização
da Câmara;
XXVI - Providenciar sobre a administração dos bens do Município e sua alienação, na
forma da lei;
XXVII - Organizar e dirigir, nos termos da lei os serviços relativos às terras do
Município;
XXVIII- Desenvolver o sistema viário do Município;
XXIX - Conceder auxílios, prêmios e subvenções, nos limites das respectivas verbas
orçamentárias e do plano de distribuição, prévia e anualmente aprovado pela Câmara;
XXX - Providenciar sobre o interesse do ensino e da educação dentro de sua
competência legal;
XXXI - Estabelecer a divisão administrativa do Município, de acordo com a lei;
XXXII - Solicitar auxílio das autoridades policiais do Estado para garantir o cumprimento
de seus atos;
XXXIII - Solicitar, obrigatoriamente, autorização à Câmara para ausentar-se do
Município por tempo superior a quinze dias;
XXXIV - Adotar providências para a conservação e salvaguarda do Patrimônio
Municipal;
XXXV - Publicar bimestralmente e após o encerramento de cada mês, relatório
circunstanciado da execução orçamentária, relacionando o nome das pessoas e seus
respectivos serviços prestados ao Município;
XXXVI - Até 30 (trinta) dias das eleições municipais o Prefeito deverá preparar para
entregar ao sucessor um relatório circunstanciado da situação geral da administração
municipal, direta e indireta, bem como determinar sua imediata publicação enviando
cópia da mesma ao Tribunal de Contas do Estado e Presidência da Câmara Municipal.
§ 4º - Baixar decreto de Calamidade Pública e de Emergência.
Art. 66 - O Prefeito poderá delegar, por decreto, as funções administrativas previstas
nos incisos IX, XV, XXIV do art. 65, desta Lei Orgânica.
Seção III
Da perda e Extinção do Mandato
Art. 67 - É vedado ao Prefeito sob pena de perda do mandato, assumir outro cargo ou
função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de
concurso público, observado o disposto nesta Lei Orgânica.
§ 1° - É igualmente vedado ao Prefeito e Vice-Prefeito desempenhar função de
administração ou qualquer outra em empresas privadas.
§ 2° - A infringência do disposto neste artigo e em seu parágrafo primeiro importará em
perda de mandato a ser declarado pela Câmara Municipal.
Art. 68- A incompatibilidade declarada na presente Lei Orgânica estende-se no que
forem aplicáveis, ao Prefeito e aos Secretários Municipais ou Diretores de Autarquias.
Art. 69 - São crimes de responsabilidade do Prefeito os previstos na Legislação Federal
competente e nesta Lei Orgânica.
Parágrafo Único - O Prefeito será processado e julgado, pela prática de crime de
responsabilidade perante o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas.
Art. 70 - São infrações políticos administrativas do Prefeito as previstas em Lei Federal
e nesta Lei Orgânica e o seu julgamento se fará pela Câmara Municipal, sendo-lhe
concedido o amplo direito de defesa.
Art. 71 - Será declarado vago, pela Câmara Municipal, o cargo de Prefeito Municipal
quando:
I - Ocorrer falecimento, renúncia ou condenação transitada em julgado por crime
funcional ou eleitoral;
II - Deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Câmara, dentro do prazo de 10
(dez) dias;
III – Infringir as normas da presente Lei Orgânica, no que couber;
IV - Perder ou tiver suspenso seus direitos políticos;
V - Quando sofrer condenação criminal em sentença transitada e julgada.
Sessão IV
Dos auxiliares diretos do Prefeito
Seção V
Da Administração Pública
Seção VI
Dos Servidores Públicos
Art. 82 - O Município instituirá o Regime Jurídico e Planos de Carreira para os
servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
§ 1º - A lei assegurará, aos servidores da administração direta, isonomia de
vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas entre servidores do
mesmo poder, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza
ou ao local de trabalho.
§ 2º - Aplica-se a esses servidores o disposto no art.7, IV, VI VII, VIII, IX, XII, XIII, XV,
XVIII, XIX, XX, XXII, XIII e XXX da Constituição Federal e ainda os que, nos termos da
lei, visem à melhoria de sua condição social e a produtividade no serviço público.
§ 3º São garantidos, especialmente:
I - Adicional por tempo de serviço;
II - Promoção para cargos organizados em carreira.
§ 4º - As disposições de servidor ou empregado público municipal para Órgão Publico
Federal ou Estadual, somente poderão ser efetuadas se o ônus da remuneração for por
eles assumido, mantido a vinculação administrativa.
Art. 83 - O servidor será aposentado:
I - Por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de
acidente em serviço, moléstia profissional, doença grave, contagiosa incurável,
especificadas em lei e proporcionais nos demais casos;
II - Compulsoriamente, nos termos da legislação federal que regulamenta a matéria e
que passa a integrar a presente Lei Orgânica;
III - Voluntariamente:
a) nos limites estabelecidos no Estatuto do Servidor Público Municipais e nos termos da
Lei Federal competente.
b) se professor ou professora terá sua aposentadoria definida em Lei Complementar,
ressalvados os direitos adquiridos e os limites constitucionais.
§ 1º - A Lei Complementar poderá estabelecer exceções ao disposto neste artigo e nos
casos de exercícios de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas.
§ 2º- A Lei disporá também sobre aposentadoria em cargos ou empregos temporários.
§ 3° - O tempo de serviço público Federal, Estadual ou Municipal será computado
integralmente para os efeitos de aposentadoria e de disponibilidade, respeitado os
limites constitucionais.
§ 4º - Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma
data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade sendo
também estendidas aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente
concedidas aos servidores em atividade, inclusive, quando decorrentes da
transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria,
na forma das Leis Federal, Estadual e no Estatuto do Funcionalismo Público Municipal.
§ 5º - O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou
proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei observado o disposto no
parágrafo anterior.
Art. 84 - São estáveis, após 03 (três) anos de efetivo exercício, os servidores
nomeados em virtude de concurso público.
§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial
transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa.
§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito
a indenização, e aproveitado no outro cargo em disponibilidade.
§ 3º - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em outra função.
Art. 85 - Ao servidor público municipal é assegurado o recebimento de adicional por
tempo de serviço por quinquênio.
Art. 86 - É vedada à participação dos servidores públicos municipal no produto da
arrecadação de tributos, multas, inclusive os da dívida a qualquer título.
Art. 87 - Fica assegurado ao servidor público municipal o décimo terceiro salário,
garantido recursos orçamentários para tanto.
Parágrafo Único – O não cumprimento desse artigo implica em crime de
responsabilidade, com as sanções da lei.
Art. 88 - A data de pagamento do salário dos servidores municipais obedecerá a
calendário próprio e não poderá ultrapassar o último dia de cada mês.
Seção VII
Da Segurança Pública
Título III
Da Organização Administrativa Municipal
Capítulo I
Da Estrutura Administrativa
Art. 91 - A publicação das Leis e atos municipais far-se-á na imprensa local ou regional
por afixação na sede da Prefeitura ou da Câmara, conforme o caso, até que seja
instruído o Diário Oficial do Município por meio de lei complementar.
§ 1° - A escolha do órgão de imprensa para a divulgação das Leis e Atos
Administrativos far-se-á através de licitação, em que se levarão em conta não só as
condições de preços, como as', circunstâncias de frequências, horário, tiragem e
distribuição.
§ 2° - Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação.
§ 3° - A publicação dos Atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida.
Art. 92 - O Prefeito fará publicar:
I - Diariamente, por edital, o movimento de caixa do dia anterior;
II - Mensalmente, o balancete circunstanciado da receita e da despesa de acordo com o
previsto nesta Lei Orgânica.
III - Mensalmente, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os recursos
recebidos;
IV - Anualmente, até 15 de março, pelo órgão oficial do Estado, as contas de
administração, constituídos do balanço financeiro, do balanço patrimonial, balanço
orçamentário e demonstração das variações patrimoniais, em forma sintética.
Seção II
Dos Livros
Seção III
Dos Atos Administrativos
Seção I
Das Proibições
Seção V
Das Certidões
Capítulo III
Dos Bens Municipais
Capítulo IV
Das Obras e Serviços Municipais.
Art. 108 - Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município poderá ter início
sem prévia elaboração do plano respectivo, no qual obrigatoriamente, conste:
I - A viabilidade o empreendimento, sua conveniência, utilidade e oportunidade para o
interesse comum;
II – Os pormenores para sua execução;
III – Os recursos para o atendimento das respectivas despesas;
IV – Os prazos para o seu inicio e conclusão, acompanhados da respectiva justificação.
Parágrafo Único - Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo casos de extrema
urgência, será executado sem prévio orçamento do seu custo.
Art. 109 - A permissão de serviços públicos a título precário será outorgada por decreto
do Prefeito, após edital de chamamento de interessados para a escolha do melhor
pretendente, sendo que a concessão só será feita com autorização legislativa, mediante
contrato, precedido de concorrência pública.
§ 1° - Serão nulas de pleno direito às permissões, as concessões, bem como quaisquer
ajustes feitos em desacordo com o estabelecido neste artigo.
§ 2° - Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre sujeitos à regulamentação
e fiscalização do Município, incumbindo, aos que os executarem, sua permanente
autorização e adequação as necessidades dos usuários.
§ 3° - O Município poderá retomar sem indenização, os serviços permitidos ou
concedidos, desde que executados em desconformidade com o ato ou contrato, bem
como aqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento dos usuários.
§ 4° - As Concorrências para a concessão de serviços públicos deverão ser precedidas
de ampla publicidade em jornais e rádios locais, inclusive em órgãos da imprensa da
capital do Estado, mediante edital ou comunicado resumido.
Art. 110 - As tarifas dos serviços públicos deverão ser fixadas pelo Executivo, tendo-se
em vista ajusta remuneração.
Art. 111 - Nos serviços, obras e concessões do Município, bem como das compras e
alienações será adotada a licitação nos termos da lei.
Art. 112 - O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante
convênio ou parceria com o Estado, a União ou entidades particulares, bem assim,
através de consórcios com outros Municípios.
Capítulo V
Da Administração Tributária e Financeira Seção I
Dos Tributos Municipais
Seção II
Da Receita e das Despesas
Seção III
Do Orçamento
Título IV
Da Ordem Econômica e Social Capítulo I
Disposições Gerais
Capítulo II
Da Previdência e Assistência Social
Capítulo III
Da Saúde
Capítulo IV
Da Família, da Educação, da Cultura e do Desporto.
Capítulo V
Da Política Urbana
Capítulo VI
Do Meio Ambiente
Art. 202 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem como o
seu uso pelo público, e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público Municipal e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.
§ 1° - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prever o manejo das
espécies e ecossistema;
II - Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético
III - Definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos,
sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer
utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção,
podendo criar para tanto reservas ecológicas ou declarar área de relevante interesse
ecológico;
IV - Exigir na forma da lei, para instalação de obras ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;
V - Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnica, método e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e ao meio ambiente;
VII - Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente;
VIII - Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em
risco suas funções ecológicas, provoque a extinção de espécies ou submetam os
animais à crueldade;
IX - Definir as áreas de preservação, no perímetro urbano para fins de estudos
científicos,
§1° - As áreas de que trata o presente inciso serão regulamentadas por legislação
específica.
§2° - A Secretaria do Meio Ambiente e o Conselho Municipal dos Recursos Naturais e
do Meio-Ambiente terão a responsabilidade pela utilização e fiscalização das áreas de
preservação no perímetro urbano e na Zona Rural do Município de Parintins.
§3° - Fica proibida a exploração de recursos florestais e minerais no Município, que
venham degradar e devastar o meio ambiente.
§4° - As condutas e atividades lesivas ao meio-ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanção penal e administrativa, independente da
obrigação de reparar os danos causados.
Art. 203 - Ficam criadas a partir da promulgação desta Lei Orgânica, as seguintes
áreas de proteção ambiental:
I - A bacia hidrológica da Francesa;
II - A bacia hidrológica do Parananema;
III - A bacia hidrológica do Macurany;
IV - Abacia hidrológica do Aninga;
V - A bacia hidrológica do Macuricanã, na parte pertencente ao Município de Parintins.
Parágrafo Único - Essas áreas de proteção ambiental também servirão como reservas
pesqueiras, limitando-se, nesse caso a prática da pesca artesanal e de subsistência.
Art. 204 - O Poder Público Municipal criará e manterá obrigatoriamente, o Conselho
Superior do Meio Ambiente e de Recursos Naturais, junto a Secretaria Municipal do
Meio Ambiente, órgão colegiado autônomo e deliberativo e consultivo, composto
prioritariamente por representantes do Poder Público, entidades ambientalistas,
representantes dos movimentos populares dentre outras atribuições definidas em lei
deverá:
I - Analisar, aprovar ou vetar qualquer projeto público ou privado que implique em
impacto ambiental.
a) para o julgamento de projeto que se refere o inciso I deste artigo o Conselho
Superior do Meio Ambiente e Recursos Naturais realizarão audiências públicas
obrigatórias em que se ouvirão as entidades interessadas especialmente à população
atingida;
b) as populações atingidas e/ou que poderão ser atingidas gravemente pelo impacto
ambiental dos Projetos, referidos no inciso I deste artigo, deverão ser consultadas
obrigatoriamente através do referendo.
Art. 205 - É dever do Poder Público elaborar e implantar, através de lei um plano
municipal do meio ambiente e recursos naturais que contemplará a necessidade de
conhecimento das características e recursos dos meios físicos e biológicos, de
diagnóstico de sua utilização e definição, de diretrizes para o seu melhor
aproveitamento no processo de desenvolvimento econômico-social.
Art. 206 - Fica assegurado ao Município o direito sobre as chamadas áreas de marinha
e manancial para projetos reconhecidamente de utilidade pública.
§1º - Cabe ao Município a remoção de moradias de todas as áreas de marinha e
manancial, assim como a desobstrução dos terminais de ruas na orla fluvial.
§2º - Compete ao Executivo Municipal efetivar a captação de recurso necessário ao
cumprimento do parágrafo anterior, mediante convênios, parcerias e recursos próprios,
previstos na Lei Orçamentária.
TÍTULO V
DA POLÍTICA AGRÍCOLA, FUNDIÁRIA E PESQUEIRA.
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 207 - A Política Agrícola e Fundiária será formulada e executada pelo Município,
observado o disposto nos artigos da Constituição Federal e Estadual.
§ 1º - Fica assegurada nos termos desta Lei e das Constituições Federal e Estadual, a
realização de serviços de assistência técnica e extensão rural gratuita aos pequenos e
médios produtores rurais e suas famílias, a serem executadas através da Secretaria
Municipal de Produção ou em convênio com os órgãos públicos Federal e Estadual
específicos.
§ 2º - Cabe ao Município editar a Lei Agrícola Municipal, bem como instrumentar as leis
agrícolas Federais e Estaduais, a qual dará tratamento diferenciado e privilegiado aos
pequenos e médios produtores através dos seguintes preceitos:
I - Criar as condições necessárias à fixação do homem na zona rural e promover
melhorias em suas condições socioeconômicas;
II - Buscar a participação efetiva do setor de produção envolvendo produtores e
trabalhadores rurais, bem com os setores de comercialização, de armazenamento e
transporte;
III - Apoiar uma política de produção para a região com ênfase ao emprego a renda e
ao acesso a terra;
IV - Promover a utilização racional das várzeas e das terras firmes respeitando suas
limitações e potencialidades observando suas diferenças e características,
estabelecendo políticas compatíveis de produção com vistas ao melhor aproveitamento
dos seus recursos;
V - Promover e assessorar programas de investimentos com incentivos específicos para
fortalecimento de pequena e média propriedade.
Seção II
Da Política Agrícola
Art. 208 - A Política Agrícola a ser implantada pelo município priorizará a pequena e
média produção e o abastecimento alimentar através do sistema de comercialização
direta entre produtores e consumidores, bem como observará o interesse da
coletividade na conservação do solo, competindo ao Poder Público:
I - Planejar e implantar a política de desenvolvimento agrícola compatível com a
preservação do meio ambiente e conservação do solo, estimulando o sistema de
produção, integrados a policultura, e a integração agrícola-pecuária-piscicultura e
atividades extrativistas;
II - Incentivar e manter a pesquisa agropecuária, priorizando os produtos nativos, que
garantam o setor de produção de alimentos, com processo tecnológico voltado ao
pequeno e médio produtor observado as características regionais e o ecossistema;
III - Fiscalizar e controlar o armazenamento, o abastecimento de produtos
agropecuários, de insumos agrícolas, estimulando o combate biológico às pragas e a
adubação orgânica;
IV - Desenvolver infraestrutura física, social e de serviço que garantam a produção,
transporte e comercialização agrícola e criem condições de permanência do homem no
campo;
V - Orientar os produtores rurais sobre técnicas de planejamento e recuperação de
solos;
VI - Exercer o controle sobre a produção, o armazenamento, o transporte
comercialização e utilização de produtos agrotóxicos visando à preservação do meio
ambiente;
VII - Promover uma política racional de aproveitamento dos recursos naturais,
observando o zoneamento agroecológico.
§1º - São instrumentos de política agrícola: o planejamento agrícola, a pesquisa
agropecuária, a assistência técnica e extensão rural, o armazenamento, os estoques
reguladores, o crédito, o transporte o associativismo, os incentivos fiscais, o
contingenciamento e a política de preços mínimos no Município.
§2º - Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agroindustriais, agropecuárias,
pesqueiras, e florestais e extrativistas.
Art. 209 - O Município exercitará sua função reguladora de abastecimento alimentar no
sentido de garantir a sua normalidade, níveis de qualidade e preços satisfatórios e
organizará sua ação, tendo por base uma política voltada, para área agrícola e
fundiária.
Art. 210 - O Poder Legislativo definirá em lei, por proposta do Executivo, o
fortalecimento da pequena propriedade rural, dando incentivos especiais e específicos.
Art. 211 - Em favor dos objetivos propugnados nesta Lei a Prefeitura orientará sua ação
para:
I - Divulgar, junto aos pequenos e médios produtores, os produtos selecionados, os
incentivos colocados a sua disposição, ou, onde são encontrados e as exigências
mínimas requeridas;
II - Promover a simplificação e agilização do processo da concessão de incentivos aos
pequenos e médios produtores;
III - Selecionar matrizes e reprodutores para ampliação dos rebanhos bovinos,
bubalinos, suínos, caprinos e outros pequenos animais;
IV - Estimular o criatório de aves e a ampliação dos plantéis, por intermédios de linhas
especiais de créditos para financiamento aos pequenos e médios produtores;
V - Incrementar a produção de ração animal a partir de produtos regionais, farinha de
peixe, pupunha, milho, farelo de arroz e mandioca;
VI - Elevar os níveis de sanidade dos rebanhos existentes, através de campanhas
sanitárias sistemáticas;
VII - Selecionar e disciplinar, junto à comunidade pesqueira, as áreas piscosas no
Município, divulgando, junto à comunidade pesqueira, as épocas da captura não
predatória, em consonância com os órgãos específicos do setor pesqueiro;
VIII - Estimular a organização de pescadores em colônias, nas áreas selecionadas, em
consonância com o setor pesqueiro, no sentido de elevar-lhe o nível técnico e o poder
competitivo no mercado, bem como racionalização e a intermediação no processo de
comercialização;
IX - Incentivar a implantação de fábricas de gelo e frigoríficos para estocagem do
pescado, nas áreas selecionadas;
X - Fomentar a criação de peixes em lagos;
XI - Identificar e divulgar processos nativos de beneficiamento de pescado, bem como
técnicas adequadas de salga e defumação de peixe;
XII - Simplificar a reduzir, ao mínimo, os custos da regularização fundiária;
XIII - Realizar o assentamento dirigido em núcleos de produção, visando à ocupação do
espaço e transformação da economia e do modo de vida no interior do Município;
XIV - O Município se obriga a destinar recursos financeiros para a Pesquisa
Agropecuária, e, para Assistência Técnica e Extensão Rural.
Art. 212 - O Município reprimirá, na forma da lei, qualquer abuso de poder, manifesto
sob suas distintas formas, especialmente as que visem à dominação do mercado, a
eliminação da concorrência e o aumento arbitrário do lucro.
Art. 213 - O Município, em caso de crise, iminência de estados calamitosos ou no
exercício de função reguladora, poderá colocar ao alcance da população, a preços
acessíveis, cestas básicas de alimentos que já integram o hábito alimentar, da
população e supram as necessidades orgânicas do indivíduo.
Art. 214 - O Município apoiará e estimulará a criação, organização e desenvolvimento
de cooperativas de produção de consumo, de crédito, cantinas e associações rurais,
favorecendo-lhes serviços de assistência técnica e operacional.
Art. 215 - O Poder Executivo Municipal dotará a sede do Município de mercados ou
feiras cobertas e promoverá, nos bairros, feiras permanentes para possibilitar, à
população de baixa renda, por custos menores, o acesso aos produtos básicos de
alimentação.
Art. 216 - O Município exercerá, também, função indutora com visto a estimular e
incentivar a formação de estruturas simplificadas de comércio na periferia urbana, bem
como a implantação de empresas de impacto reduzido, tendo por alvo principalmente, o
aumento de números de empresas e o poder aquisitivo da população.
Art. 217 - O Município deverá regulamentar e fiscalizar a venda de guloseimas e outros
gêneros conforme dispuser a lei.
Art. 218 - O Executivo Municipal se obriga a estimular a implantação de hortas caseiras
e comunitárias, prioritariamente nos assentamentos populacionais de sua iniciativa.
Parágrafo Único - À Prefeitura, em tais casos, caberá promover a distribuição de
mudas e sementes e outros subsídios necessários.
Seção III
Da Política Pesqueira
Art. 219 - O Município elaborará uma política especifica para o setor pesqueiro,
privilegiando pesca artesanal, a piscicultura e agricultura através de ações e dotações
orçamentárias, programas específicos de crédito, rede de frigoríficos, pesquisa,
assistência técnica e extensão pesqueira, propiciando a comercialização direta entre
pescadores e consumidores, promovendo o zoneamento específico à proliferação
ictiológica.
TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS