Lei Orgânica: Câmara Municipal de Açailândia Poder Legislativo
Lei Orgânica: Câmara Municipal de Açailândia Poder Legislativo
Lei Orgânica: Câmara Municipal de Açailândia Poder Legislativo
Poder Legislativo
Lei Orgânica
Açailândia - Maranhão
- 1990 -
VEREADORES CONSTITUINTES
TÍTULO I
Disposições Preliminares
Art. 1º - O Município de Açailândia, pessoa jurídica de direito interno, instalado aos seis de
junho de 1981, de acordo com a Lei Estadual 4.295/81, é unidade territorial que integra a
divisão administrativa da República Federativa do Brasil, dotado de autonomia política,
administrativa e financeira, nos termos da Constituição Federal, Estadual e da presente Lei
Orgânica.
Art. 2º - São símbolos do Município o Brasão, a Bandeira, criado por lei Municipal nº 007/89
de 13 de junho de 1989 e o Hino instituído em Lei nº 011/89 de 31 de agosto do mesmo
ano, símbolos representativos de sua cultura e história.
Art. 4º - A sede do Município dá-lhe o nome e tem categoria de cidade, enquanto a sede
do Distrito tem a categoria de vila.
Art. 5º - Constituem bens do Município todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações
que a qualquer título lhe pertençam.
TÍTULO II
Da Competência Municipal
TÍTULO III
Do Governo Municipal
CAPÍTULO I
Dos Poderes Municipais
Art. 8º - O governo Municipal é constituído pelos poderes Legislativo e Executivo,
independentes e harmônicos entre si.
CAPÍTULO II
Do Poder Legislativo
SEÇÃO I
Da Câmara Municipal
Art. 10 – Em cumprimento ao que determina o Art. 29, inciso IV, alínea “e” da Constituição
Federal , a Câmara Municipal será composta será composta por 17 vereadores a partir da
Legislatura que terá início em 1º de janeiro de 2013.(NR)
SEÇÃO II
Da Posse
§ 2º - Prestado o compromisso pelo Presidente, o Secretário que foi designado para esse
fim fará a chamada nominal de cada Vereador, que declarará:
“Assim o prometo”.
§ 3º - O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo deverá fazê-lo no
prazo de quinze dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara Municipal. § 4º - No ato da
posse, os Vereadores deverão desincompatibilizar-se e fazer declaração de seus bens,
sendo esta transcrita em livro próprio, resumido em ata e divulgada para o conhecimento
público.
SEÇÃO III
Das Atribuições da Câmara Municipal
§ 1º - É fixado em trinta dias, prorrogável por igual período, desde que solicitado e
devidamente justificado, o prazo para que os responsáveis pelos órgãos da Administração
direta e indireta do Município prestem as informações e encaminhem os documentos
requisitados pela Câmara Municipal na forma desta Lei Orgânica.
SEÇÃO V
Das Atribuições da Mesa
SEÇÃO VI
Das Sessões
Art. 20 – As sessões somente poderão ser abertas pelo Presidente ou por outro membro
da Mesa com a presença mínima de um terço de seus membros.
SEÇÃO VII
Das Comissões
SEÇÃO VIII
Do Presidente da Câmara Municipal
SEÇÃO IX
Do Vice-Presidente da Câmara Municipal
Art. 27 – Ao Vice-Presidente compete, além das atribuições contidas no Regimento
Interno:
I – substituir o Presidente da Câmara em suas faltas, ausências,
impedimentos, licenças e sucede-lo no caso de vacância;
II – promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as resoluções e os decretos legislativos
sempre que o Presidente, ainda que se ache em exercício, deixar de fazê-lo no prazo
estabelecido.
SEÇÃO X
Do Secretário da Câmara Municipal
SEÇÃO XI
Dos Vereadores
SUBSEÇÃO I
Disposições Gerais
Parágrafo Único – Aplicam se aos Vereadores, no que couber, a imunidade dos Deputados
Estaduais, contida no artigo 36 da Constituição do Estado.
SUBSEÇÃO II
Das incompatibilidades
§ 2º - Nos casos dos incisos I, II, VI, e VII deste artigo a perda do mandato será decidida
pela Câmara, por voto secreto da maioria absoluta, mediante provocação da mesa ou de
partido representado na Câmara assegurada ampla defesa.
§ 3º - Nos casos dos incisos III,IV e VIII, a perda do mandato será declarada pela mesa da
Câmara, de oficio ou mediante provocação de qualquer Vereador ou de partido político com
representação na Câmara, assegurada ampla defesa.
SUBSEÇÃO III
Do Vereador Servidor Público
SUBSEÇÃO IV Das
Licenças
SUBSEÇÃO V
Da Convocação dos Suplentes
SUBSEÇÃO VI
Das remunerações dos Agentes Políticos
SEÇÃO XII
Do Processo Legislativo
SUBSEÇÃO I
Das Disposições Gerais
SUBSEÇÃO III
Das leis
Art. 42 – Compete privativamente ao Prefeito Municipal a iniciativa das leis que versem
sobre:
I– regime jurídico dos servidores;
II– criação de cargos, empregos e funções na administração direta,
autárquica e fundacional no Município, ou aumento de sua remuneração;
III – orçamento anual, diretrizes orçamentárias e plano plurianual.
IV – criação, estruturação e atribuição dos órgãos da administração direta do Município.
§ 1º - A proposta popular deverá ser articulada, exigindo-se, para o seu recebimento pela
Câmara, a identificação dos assinantes, mediante indicação do número do respectivo título
eleitoral, bem como a certidão expedida pelo órgão eleitoral compete, contendo informação
do número total de eleitores do bairro, da cidade ou do Município.
§ 2º - A tramitação dos projetos de lei de iniciativa popular obedecerá às
normas ao processo legislativo.
§ 3º - Caberá ao Regimento Interno da Câmara assegurar e dispor sobre o modo pelo qual
os projetos de iniciativa popular serão defendidos na Tribuna da Câmara.
Parágrafo Único – À medida provisória perderá a eficácia, desde a edição, se não for
convertida em lei no prazo de trinta dias, a partir de sua publicação, devendo a Câmara
disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes.
Art. 47 – O Prefeito Municipal poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua
iniciativa, considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo de trinta dias.
§ 1º - Decorrido, sem deliberação, o prazo fixado no caput deste artigo, o projeto será
obrigatoriamente incluído na ordem do dia para que se ultime sua votação, sobrestando-se
a deliberação sobre qualquer outra matéria, exceto medida provisória, veto e leis
orçamentárias.
§ 2º - O prazo referido neste artigo não corre no período de recesso da Câmara e nem se
aplica aos projetos e codificação.
Art. 48 – O projeto de Lei aprovado pela Câmara será, no prazo de dez dias úteis, enviado
pelo seu Presidente ao Prefeito Municipal que, concordando, o sancionará no prazo de
quinze dias úteis.
OBS1º - Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Prefeito Municipal importará
em sanção.
OBS 2º - Se o Prefeito Municipal considerar o Projeto, no todo ou em parte,
inconstitucional ou contrário ao interesse público, veta-lo-a total ou parcialmente, no prazo
de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta
e oito horas ao Presidente da Câmara, os motivos do veto.
§ 3º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou
alínea.
§ 4º - O veto será apreciado no prazo de quinze dias, contados do seu recebimento, com
parecer ou sem ele, em uma discussão e votação.
§ 5º - O veto somente será rejeitado pela maioria absoluta dos Vereadores, mediante
votação secreta.
§ 6º - Esgotado sem deliberação o prazo previsto no § 4º deste artigo, o veto será colocado
na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as mais demais proporções até sua
votação final, exceto medida provisória.
§ 7º - Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito Municipal, em quarenta e
oito horas, para promulgação.
§ 8º - Se o Prefeito Municipal não promulgar a lei nos prazos previstos, e ainda no caso
de sanção tácita, o Presidente da Câmara a promulgará e, se este não o fizer no prazo de
quarenta e oito horas, caberá ao Vice-Presidente obrigatoriamente faze-lo.
Art. 49 – A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto
de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
membros da Câmara.
CAPITULO III
Do Poder Executivo
SEÇÃO I
Do Prefeito Municipal
Art. 50 – O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, com funções políticas, executivas e
administrativas.
§ 1º - Se até o dia dez de janeiro o Prefeito e o Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior,
devidamente comprovado e aceito pela Câmara Municipal, não tiver assumido o cargo, este
será declarado vago.
§ 2º - Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o cargo o Vice-Prefeito e, na
falta ou impedimento deste, o presidente da Câmara Municipal.
§ 3º - No ato de posse o Prefeito e o Vice-Prefeito farão declaração pública de seus bens,
a qual será transcrita em livro próprio, resumida em ata e divulgada para o conhecimento
público.
§ 4º - O vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pela legislação
local, auxiliará o Prefeito sempre que por ele convocado para missões especiais, o
substituirá nos casos de licença e impedimentos, e o sucederá no caso de vagância do
cargo.
SEÇÃO II
Das Proibições
Art. 54 – O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão, desde a posse, sob pena de perda de
mandato:
I– firmar ou manter contrato com o Município ou com suas autarquias, empresas públicas,
sociedade de economia mista, fundações ou empresas concessionárias de
serviços público municipal, salvo quando o contrato obedecer as cláusulas uniformes.
II– aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja
demissível ad nutum, na Administração Pública direta ou indireta, ressalvada a posse em
virtude de concurso público, aplicando-se, nesta hipótese o disposto no artigo 38 da
Constituição Federal;
III – ser titular de mais de um mandato eletivo;
IV – patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades mencionadas no
inciso I deste artigo;
V – ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de
contrato celebrado com o Município ou nela exercer função remunerada;
VI – fixar residência fora do Município.
SEÇÃO III
Das Licenças
SEÇÃO IV
Das Atribuições do Prefeito
SEÇÃO V
Da Transição Administrativa
Art. 58 – Até trinta dias antes das eleições municipais, o Prefeito Municipal deverá preparar
para entregar ao sucessor e para publicação imediata, relatórios da situação da
Administração Municipal que contará, entre outras informações atualizadas sobre:
I– dividas do Município, por credor, com as datas dos respectivos vencimentos, inclusive
das dívidas a longo prazo e encargos decorrentes de operações de créditos, informando
sobre a capacidade da Administração municipal realizar operações de credito de qualquer
natureza;
II– medidas necessárias à regularização das contas municipais perante o Tribunal de
Contas ou órgão equivalente;
III– prestações de contas de convênios celebrados com organismos da União e do Estado
bem como do recebimento de subvenções ou auxílios;
IV– situação dos contratos com concessionárias e permissionárias de serviços públicos;
V– estado dos contratos de obras e serviços em execução ou apenas formalizados,
informando sobre o que foi realizado e pago e o que há por executar e pagar, com os prazos
respectivos;
VI– transferências a serem recebidas da União e do Estado por força de mandamento
constitucional ou de convênios;
VII– projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em cursos na Câmara Municipal, para
permitir que a nova Administração decida quanto à conveniência de lhes dar
prosseguimento, acelerar se andamento ou retirá-los;
VIII– situação dos serviços do Município, seu custo, quantidade e órgãos em que estão
lotados em exercício.
SEÇÃO VI
Dos Auxiliares Diretos do Prefeito Municipal
SEÇÃO VII
Da Consulta Popular
Art. 63 – O Prefeito Municipal poderá realizar consultas populares para decidir sobre
assuntos de interesse específico do Município, de bairro ou de distrito, cujas medidas
deverão ser tomadas diretamente pela Administração Municipal.
Art. 64 – A consulta popular poderá ser realizada sempre que a maioria absoluta da
Câmara ou pelo menos cinco por cento do eleitorado inscrito no Município, no bairro ou no
distrito, com a identificação do título eleitoral, apresentarem proposição neste sentido.
SEÇÃO I
Dos Servidores Públicos
Art. 67 – São estáveis após dois anos de efetivo exercício os servidores nomeados em
virtude de concurso público.
§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial
transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa.
§ 2º - Invalidade por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado,
no mesmo cargo ou em outro cargo de natureza, com vencimentos compatíveis com o
anteriormente ocupado, e o eventual ocupante da vaga, reconduzindo ao cargo de origem,
sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo posto em disponibilidade.
§ 3° - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em outros cargos.
§ 4° - No regime de plantão respeitar-se-á a proporção de vinte e quatro horas de trabalho
por setenta e duas horas de descanso.
Art. 68 – O pagamento do servidor público será feito, no máximo, até o quinto dia do mês
seguinte ao vencido.
Art. 71 – O Município poderá constituir guarda Municipal, força auxiliar destinada à proteção
de seus bens, serviços e instalações, nos termos da Lei Complementar.
CAPÍTULO II
Dos Atos Municipais
Art. 72 – A publicação das leis e dos atos municipais far-se-á em órgão oficial ou, não
havendo, em órgãos da imprensa local.
§ 1° - No caso de não haver periódicos no Município, a publicação será feita por afixação,
em local próprios e de acesso público, na sede da Prefeitura Municipal ou da Câmara
Municipal.
§ 2° - A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida.
§ 3° - A escolha do órgão de imprensa particular para divulgação dos atos municipais será
feita por meio de licitação em que se levarão em conta, além dos preços, as circunstâncias
de periodicidade, tiragem e distribuição.
Parágrafo Único – Poderão ser delegados os atos constantes do item II deste artigo.
CAPÍTULO III
Dos Tributos Municipais
Parágrafo Único – Enquanto não for criado o órgão previsto neste artigo , os recursos
serão decididos pelo Prefeito Municipal, conforme lei.
I – quando a variação de custos for inferior ou igual aos índices oficiais de atualização
monetária, poderá se realizada mensalmente;
II – quando a variação de custos for superior aqueles índices, a atualização poderá
ser feita mensalmente até esse limite, ficando o percentual restante para ser atualizado por
meio de lei que deverá estar em vigor antes do início do exercício subsequente.
Art. 80 – A concessão de isenção, anistia ou moratória não gera direito adquirido e será
revogada de ofício sempre que se apure que o beneficiário não satisfazia ou deixou de
satisfazer as condições, não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para sua
concessão.
Parágrafo Único – A autoridade municipal, qualquer que seja seu cargo, emprego ou
função, e independentemente do vínculo que possuir com o Município, responderá civil,
criminal e administrativamente pela prescrição ou decadência ocorrida sob sua
responsabilidade, cumprindo-lhe indenizar o Município do valor dos créditos prescritos ou
não lançados.
CAPÍTULO IV
Dos Preços Públicos
Parágrafo Único - Os preços devidos pela utilização de bens e serviços municipais deverão
ser fixados de modo a cobrir os custos dos respectivos serviços a serem reajustados
quando se tornarem deficitários.
Art. 84 – A lei municipal estabelecerá outros critérios para a fixação de preços públicos.
CAPÍTULO V
Dos Orçamentos
SEÇÃO I
Disposições Gerais
SEÇÃO II
Das Vedações Orçamentárias
SEÇÃO III
Das Emendas aos Projetos Orçamentários
§ 7° - Aplicam-se aos projetos referidos neste artigo, no que não contrariar o disposto
nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8° - O projeto de lei orçamentária anual será enviado a Câmara Municipal até trinta
de setembro e devolvido para a sanção até o encerramento da sessão legislativa.
§13 A garantia de execução de que trata o §12 deste artigo aplica-se também às
programações incluídas por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares,
no montante de até 1% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. (NR)
§19 As programações de que trata o §13 deste artigo, quando versarem sobre o início
de investimentos com duração de mais de um exercício financeiro ou cuja execução já
tenha sido iniciada, deverão ser objeto de emenda pela mesma bancada, a cada exercício,
até a conclusão da obra ou do empreendimento. (NR)
SEÇÃO IV
Da Execução Orçamentária
Art. 92 – Na efetivação dos empenhos sobre as dotações fixadas para cada despesa será
emitido o documento Nota de Empenho, que conterá as características já determinadas nas
formas gerais do Direito Financeiro.
SEÇÃO V
Da Gestão de Tesouraria
Parágrafo Único – A Câmara Municipal poderá ter a sua própria tesouraria, por onde
movimentará os recursos que lhe forem liberados.
Art. 95 - Poderá ser constituído regime de adiantamento em cada uma das unidades da
Administração direta, nas autarquias, nas fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público Municipal e na Câmara Municipal para ocorrer às despesas miúdas e pronto
pagamento definidas em lei.
SEÇÃO VI
Da Organização Contábil
SEÇÃO VII
Das Contas Municipais
Art. 99 - Até o dia trinta e um de março, após o início da sessão legislativa de cada ano,
o Prefeito Municipal encaminhará ao Tribunal de Contas dos Municípios as contas gerais
do exercício anterior que se comporão de:
SEÇÃO VIII
Da Prestação e Tomada de Contas
Art. 101 – As gerais contas do Município, enviada a Câmara Municipal pelo tribunal de
Contas, serão julgadas no prazo de sessenta dias após seu recebimento.
Parágrafo Único – O parecer prévio emitido pelo Tribunal de contas do Município só deixará
de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara.
SEÇÃO IX
Do Exame Público das Contas Municipais
Art. 102 – As contas do Município ficarão à disposição dos cidadãos durante sessenta dias,
a partir de quinze de abril de cada exercício, no horário de funcionamento da Câmara
Municipal, em local de fácil acesso ao público.
§ 1° - A consulta das contas municipais poderá ser feita por qualquer cidadão,
independente de requerimento ou despacho de qualquer autoridade.
§ 2° - A consulta só poderá ser feita no recinto da Câmara Municipal e haverá pelo menos
três cópias à disposição do Público.
I – a primeira via deverá ser encaminhada pela Câmara ao tribunal de Contas, mediante
ofício;
II – a segunda via deverá ser anexada à conta à disposição do público pelo prazo que
restar ao exame e a apreciação;
III – a terceira via se constituirá em recebido do reclamante e deverá ser autenticada pelo
servidor que a receber no protocolo ;
IV – a quarta via será arquivada na Câmara Municipal.
SEÇÃO X
Do Controle Interno Integrado
Art. 104 – Os Poderes Executivo e Legislativo manterão de forma integrada, um sistema de
controle interno, apoiado nas informações contábeis com o objetivo de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual e a execução dos
programas do Governo Municipal;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial das entidades da Administração
municipal;
III – exercer o controle dos empréstimos e dos financiamento, avais e garantias, bem
como dos direitos e haveres do Município.
CAPÍTULO VI
Da Administração dos Bens Patrimoniais
Art. 105 – Compete ao Prefeito Municipal a administração dos bens municipais, respeitada
a competência da Câmara Municipal, quanto àqueles empregados nos serviços desta.
Art. 108 – O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão,
permissão ou autorização conforme o interesse público o exigir.
Parágrafo único – O Município poderá ceder seus bens e outros entes públicos, inclusive
da Administração indireta, desde que atendido o interesse público.
§ 2° - A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita mediante
licitação, a título precário e por decreto.
§ 3° - A autorização , que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita por portaria,
pra atividades ou usos específicos e transitórios.
Art. 111 – Nenhum servidor será dispensado, transferido, exonerado ou terá aceito o seu
pedido de exoneração ou rescisão sem que o órgão responsável pelo controle dos bens
patrimoniais da Prefeitura ou da Câmara ateste que o mesmo devolveu os bens móveis do
Município que estavam sob sua guarda.
CAPÍTULO VII
Das Obras e Serviços Públicos
Art. 115 – Nenhuma obra pública, salvo os casos extrema urgência devidamente justificados
será realizada sem que conste:
I – o respectivo projeto;
II – o orçamento do seu custo;
III – a indicação das respectivas despesas;
IV – a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse
público;
V – os prazos para o seu início e término;
Art. 116 – A concessão ou a permissão de serviço público somente será efetivada com a
autorização da Câmara Municipal e mediante contrato, precedido de licitação.
§ 1° - Serão nulas de pleno direito as concessões e as permissões, bem como qualquer
autorização para a exploração de serviço público feitas em desacordo com o
estabelecimento neste artigo.
Art. 118 – As entidades prestadoras de serviços públicos são obrigadas, pelo menos uma
vez por anos, a dar ampla divulgação de suas atividades, informando, em especial sobre
planos de expansão, aplicação de recursos financeiros e realização de programas de
trabalho.
Art. 120 – O Município revogará a concessão ou a permissão dos serviços que forem
executados em desconformidade com o contrato ou ato pertinente, bem como daqueles
que se revelarem manifestamente insatisfatórios para o atendimento dos usuários
Art. 121 – As licitações para a concessão ou permissão de serviços públicos deverão ser
precedidas de ampla publicidade inclusive jornais da Capital do estado, do Município
mediante edital ou comunicado resumido.
Art. 122 - As tarifas do serviços públicos prestados diretamente pelo Município ou por
órgãos de sua Administração descentralizada serão fixadas pelo Prefeito Municipal,
cabendo à Câmara Municipal definir os serviços que serão remunerados pelo custos,
acima do custo e abaixo do custo, tendo em vista seu interesse econômico e social.
Art. 123 – O Município poderá consorciar-se com outros municípios para a realização de
obras ou prestações de serviços públicos de interesse comum.
Parágrafo Único – O Município propiciará meios para criação, nos consórcios, de órgão
consultivo constituído por cidadãos não pertencentes ao serviço municipal.
Art. 124 – Ao Município é facultado conveniar com a União ou com o Estado a prestação
de serviços públicos de sua competência privativa, quando lhe faltarem recursos técnicos
ou financeiros para a execução dos serviços em padrões adequados, ou quando houver
interesse mútuo para a celebração do convênio.
Parágrafo Único – Na celebração de convênios de que trata o caput deste artigo deverá o
Município:
I – propor os planos de expansão dos serviços públicos;
II – propor os critérios para fixação de tarifas;
III – realizar avaliação periódica da prestação dos serviços.
Art. 125 – A criação pelo Município de entidade de Administração indireta para execução
de obras ou prestação de serviços públicos só será permitida caso a entidade possa
assegurar sua auto-sustentação financeira.
Art. 126 – Os órgãos colegiados das entidades de Administração indireta do Município terão
a participação obrigatório de um representante de seus servidores, eleito por estes
mediante voto direto e secreto, conforme regulamentação a ser expedida por ato do Prefeito
Municipal.
CAPÍTULO VIII
Do Planejamento Municipal
SEÇÃO I
Disposições Gerais
SEÇÃO II
Do Administrador Distrital
Art. 133 - O Administrador Distrital terá remuneração que for fixada na legislação municipal.
Parágrafo único – Criado o distrito, fica o Prefeito Municipal autorizado a criar o respectivo
cargo de Administrador Distrital.
SEÇÃO III
Da Cooperação das Associações do Planejamento Municipal
Art. 135 – O Município buscará, por todos os meios ao seu alcance, a cooperação das
associações representativas no planejamento municipal.
Parágrafo Único – Para fins deste artigo, entende-se como associação representativa
qualquer grupo organizado, de fins lícitos, que tenha legitimidade para representar seus
filiados independentemente de seus objetivos ou natureza jurídica.
Art. 136 – A convocação das entidades mencionadas neste capítulo far-se-á por todos os
meios à disposição do Governo Municipal.
TÍTULO V
Da Ordem Econômica e Social
CAPÍTULO I
SEÇÃO I
Da Política de Saúde
Art. 137 – A saúde é direito de todos os municípios; e dever do Poder Público, assegurada
mediante política sociais e econômicas que visem a eliminação do risco de doenças e outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção,
proteção e recuperação.
Art. 138 – Para atingir os objetivos estabelecidos no artigo anterior, o Município promoverá
por todos os meios ao seu alcance:
I – condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação, transporte
e lazer;
II – respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;
III- acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Município às ações e serviços
de promoção e recuperação da saúde, reabilitação, isenção e reintegração do indivíduo
na sociedade, sem qualquer discriminação;
IV– criação de mecanismo que assegure o direito de assistência à gestante, recém-nato e
crianças até dois anos de idade;
V– criação de unidades de saúde hospitalar e de serviço ambulatorial, ou estabelecer
convênios para o cumprimento do artigo 137, desta Lei Orgânica;
VI - Desenvolver, em consonância com instituições e entidades ligadas à política de saúde,
trabalhos:
a-educativos e preventivos;
b-de vacinação, em caráter permanente;
c- de primeiros socorros;
d- de desenvolvimento de programas como pré-natal , aleitamento materno e controle
familiar; e- acompanhamento de doenças transmissíveis e contagiosas;
f- serviços odontológicos em toda extensão do município, bem como o Sistema de
tratamento dentário nas redes de ensino público.
VII – O Município, em convênio com o Estado, possibilitará às comunidades do interior
assistências médica, odontológica, farmacêutica e social, utilizado unidades móveis de
atendimento;
VIII – O Município formulará política se saneamento básico e implementará a execução
de ações que visem à erradicação de doenças endêmicas, parasitárias, infectocontagiosas,
priorizando a saúde preventiva promovendo a educação sanitária;
IX – O sistema de saúde do Município estabelecerá cooperação com o Estado para
manutenção para a rede pública de creches, pré-escolar e de ensino fundamental, de modo
a promover acompanhamento médico odontológico ao educando;
X - criação de comissão permanente de fiscalização e controle de atividades próprias
do setor de saúde;
XI – elaboração e atualização do plano nacional de atendimento e nutrição em
consonância com o plano nacional respectivo;
XII - cabe ao Município, com o uso de técnicas adequadas, inspecionar e fiscalizar os
serviços de saúde pública e privados, visando assegurar a salubridade e o bem- estar dos
funcionários e usuários.
Art. 141 – As ações e os serviços de saúde realizados no Município integram uma rede
regionalizada e hierarquizada constituindo o Sistema Único de Saúde no âmbito do
Município, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I – comando único exercido pela Secretaria Municipal de Saúde ou equivalente;
II – integridade na prestação das ações de saúde;
III– organização de distritos sanitários com alocação de recursos técnicos e práticas de
saúde adequada a realidade epidemiológica local;
IV- participação em nível de decisão de entidades representativa dos usuários, dos
trabalhadores de saúde e dos representantes governamentais na formulação, gestão e
controle da política municipal e das ações de saúde através de Conselho Municipal de
caráter deliberativo e partidário;
V– direito do indivíduo de obter informações e esclarecimentos sobre assuntos pertinentes
à promoção, proteção e recuperação de sua saúde e da coletividade.
Parágrafo Único – Os limites dos distritos sanitários referidos no inciso III constarão do
Plano Diretor de Saúde e serão fixados segundo os seguintes critérios:
I – área geográfica de abrangência ;
II – a distribuição da clientela ;
III – resolutividade de serviços à disposição da população;
Art. 142 – O prefeito convocará anualmente o Conselho Municipal de saúde para avaliar a
situação do Município, com ampla participação da sociedade, e fixar as diretrizes gerais da
política de saúde do Município.
Art. 145 – O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será financiado com recursos
do orçamento do Município, do Estado, da União da seguridade social, além de outras
fontes.
Parágrafo 2° - O montante das despesas de Saúde não será inferior ao das despesas
globais do orçamento anual do Município.
SEÇÃO II
Da Política Educacional
I – ensino fundamental, obrigatório, inclusive para os que não tiveram acesso na idade
própria;
II – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiências físicas e
mentais;
III – atendimento em creche e pré-escolar às crianças de zero a seis anos de idade;
IV – ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
V – atendimento ao educando, no ensino fundamental, por meio de programas
suplementares de fornecimento de material didático, transporte escolar, alimentação e
assistência à saúde;
VI – fica obrigado a criação de escola em comunidades rurais onde houver, no mínimo, dez
crianças;
Parágrafo Único – O não oferecimento de ensino obrigatório pelo Poder Público ou sua
oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente.
Art. 149 – O Município zelará, por todos os meios ao seu alcance, pela permanência do
educando na escola.
Art. 150 – O calendário escolar municipal será flexível e adequado às peculiaridades
climáticas e as condições sociais e econômicas dos alunos.
Art. 151 – Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e
regionais, (Art. 210 da Constituição Federal).
Art. 153 – O Município não manterá escolas de segundo grau até que estejam atendidas
todas as crianças de idade até quatorze anos, bem como não manterá estabelecimento de
ensino superior.
Art. 154 – O Município aplicará, anualmente, nunca menos de vinte e cinco por cento da
receita resultante de imposto e das transferências recebidas do Estado e da União na
manutenção e no desenvolvimento do ensino.
§ 2° - Serão obrigatoriamente descontados vinte e cinco por cento de toda isenção fiscal
concedida, a qualquer título, pelo Município, que os destinará à manutenção de sua rede
escolar.
Parágrafo Único – Fica o Poder Executivo autorizado a manter convênios com empresas,
para os fins preceituados no § 5°, do artigo 212 da Constituição Federal.
Art. 157 – O Município não concederá licenças para construção de conjuntos residenciais
cujos projetos não incluem a edificação de prédios escolares com capacidade de
atendimento à população escolar ali residente.
Parágrafo Único – As escola públicas ou particulares para serem aprovadas , deverão ser
construídas dentro de padrões que permitam a qualidade do ensino apresentando
condições adequadas no que diz respeito a:
Art. 161 – A lei assegurará, na gestão das escolas da rede municipal, a participação efetiva
de todos os seguimentos sociais envolvidos no processo educacional, podendo para esse
fim, instituir conselho comunitário escolar em cada unidade educacional e/ou eleição da
direção escolar.
Art. 162 – O Poder Público Municipal destinará dotações orçamentárias a outros níveis de
ensino, da rede escolar municipal, subvenções e auxílios a estabelecimentos escolares
de comprovada natureza comunitária, confessional ou filantrópica sediadas no Município,
desde que plenamente atendida a prioridade de aplicação dos recursos nas unidades
educacionais de 1° grau e de educação pré-escolar por ele mantidas.
Parágrafo Único – O plano de que trata este artigo poderá ser elaborado em conjunto ou
de comum acordo com a rede escolar mantida pelo Estado, na forma estabelecida pela
Lei Federal.
SEÇÃO II
Da Cultura
Art. 166 – Ficam isentos do pagamento do imposto predial e territorial urbano os imóveis
tombados pelo Município em razão de suas características históricas, artísticas, culturais e
paisagísticas.
Art. 167 – O Município estimulará o desenvolvimento das ciências das artes, das letras e da
cultura em geral, observado o disposto na Constituição Federal.
Art. 170 – constituem o patrimônio cultural do Município, por cuja guarda e proteção este é
responsável, o patrimônio natural, os bens de natureza material e imaterial portadores de
referencia a identidade, a ação e a memória de diferente grupo formadores da sociedade,
nos quais se incluem:
I – as formas de expressão;
II – os modos de fazer, criar e viver;
III – as criações artísticas cientificas e tecnológicas;
IV – as obras, objetos , monumentos naturais e paisagens, documentos, edificações e
demais espaços públicos e privados, destinados as manifestações políticas, artísticas
culturais.
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
cientifico e ecológicos.
Art. 174 – Institui-se o sistema municipal de museu, sendo os membros de seu corpo
diretivo, nomeados pelo Prefeito Municipal.
Art. 175 – O Município, promoverá, apoiando diretamente através das instituições oficiais
de desenvolvimento econômico, a consolidação da população cinematográfica, teatral,
fonográfica, literária, musical de dança e de artes plásticas, bem como outras formas de
manifestações culturais, criando condições de viabilidade que garantam a continuidade
destas no Município.
Art. 176 – O Município colaborará com as entidades em suas ações culturais, devendo
aplicar recursos para atender e incentivar a produção local e para proporcionar o acesso da
população à cultura, de forma ativa e criativa e não apenas como espectadora e
consumidora.
Art. 177 – O Município propiciará o acesso às obras de arte com exposição desta em locais
públicos, incentivará à instalação e manutenção de bibliotecas nos Distritos e em
estabelecimentos de ensino de 1° grau completo.
Parágrafo Único – O Poder Público dedicará atenção especial aquisição de bens culturais
para garantir sua permanência no Município.
SEÇÃO IV
Do Esporte
Art. 179 – É dever do Município formentar as práticas desportivas e não formais em suas
manifestações de Educação Físicas, desporto e lazer e recreação, como direito de cada
um, observando:
SEÇÃO V
Da Família, da Criança, do Adolescente e do Idoso
Art. 182 – É dever do Poder Público Municipal promover ações voltadas para assegurar,
com prioridade absoluta à criança e ao adolescente, o direito à vida, à saúde, à alimentação,
ao lazer, à educação, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade
e à convivência familiar e comunitárias, colocando-os a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, violência, opressão e exploração.
Art. 183 – Fica criado o Conselho Municipal de Defesa e promoção de Direitos da Criança,
da Mulher e do Adolescente, órgão deliberativo, controlador, orientador e formulador da
política municipal de atendimento dos direitos da infância, da mulher e da adolescência,
bem como fiscalizador das ações em todos os níveis, assegurada a participação popular
paritária por meio de organizações representativas da sociedade civil, nos termos da lei.
Art. 184 – A Família, base da sociedade, receberá especial proteção do Município, na forma
desta Lei Orgânica e da Constituição Federal e Estadual.
Art. 185 – O Município estimulará, por meio de incentivos fiscais e subsídios, nos termos
da lei, o acolhimento ou a guarda de criança e adolescente, órfão ou carente, ou idoso
necessitado.
§ 4º - Para a execução do previsto neste artigo, serão adotadas, entre outras, as seguintes
medidas:
I– Amparo às famílias numerosas e sem recursos;
II– Ação contra os males que são instrumentos da dissolução da família;
III – Estímulo aos pais e às organizações sociais para formação moral, cívica, física e
intelectual da juventude;
IV– Colaboração com as entidades assistenciais que visem à proteção e educação da
criança;
V– Colaboração com a União, com o Estado e com outros municípios, para a solução do
problema dos menores desamparados ou desajustados, através de processos adequados
permanente recuperação.
(ALTERAR A REDAÇÃO DO INCISO V: (COLABORAÇÃO COM A UNIÃO, ESTADOS
E MUNICÍPIOS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DAS CRIANÇAS E
ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO, ATRAVÉS DE PROCESSOS
ADEQUADOS DE PERMANENTE RECUPERAÇÃO)
SEÇÃO VI
Da política de Assistência Social
Art. 189 – O Município, dentro de sua competência, regulará o serviço social, favorecendo
e coordenando as iniciativas particulares que visem a este objetivo.
§ 2° - O plano de assistência social do Município, nos termos que a lei estabelecer, terá
por objetivo e correção dos desiquilíbrio do sistema social e a recuperação dos elementos
desajustados, visando a um desenvolvimento social harmônico, consoante do previsto no
art. 203 da Constituição Federal.
SEÇÃO VII
Da Política Urbana
Art. 192 – O plano diretor, aprovado pela Câmara municipal, é o instrumento básico da
política urbana a ser executada pelo Município.
§ 1° - O plano diretor fixará os critérios que assegurem a função social da propriedade, cujo
uso e ocupação deverão respeitar a legislação urbanística, a proteção do patrimônio
ambiental natural constituído e o interesse da coletividade.
Art. 193 – Para assegurar as funções sociais da cidade, o Poder Executivo utilizará os
instrumentos jurídicos, tributários, financeiros e de controle urbanísticos existente à
disposição do Município.
Art. 194 – O Município promoverá, em consonância com sua política urbana e respeitada
as disposições do plano diretor, programas de habilitação popular destinados a melhorar as
condições de moradia da população carente do Município.
Art. 195 – O Município, em consonância com a sua política urbana e segundo o disposto
em seu plano diretor, deverá promover programas de saneamento básico destinados a
melhorar as condições sanitárias e ambientais das áreas urbanas e os níveis de saúde da
população.
Art. 197 – O Município, em consonância com sua política urbana e segundo o disposto em
seu plano diretor, deverá promover planos e programas setoriais destinados a melhorar
as conduções do transporte público, da circulação de veículos e da segurança do trânsito.
SEÇÃO VIII
Da Política Agrícola
Art. 200 – O desenvolvimento rural será planejado através de plano plurianual levando em
consideração:
I – a melhoria das condições sociais como a educação, saúde, habitação, lazer, cultura,
transporte e saneamento;
II – os mesmos benefícios concedidos a população urbana devem ser
concedidas à rural, uma vez que os direitos e deveres são iguais;
III – a assistência técnica e extensão rural será voltada aos pequenos e médios produtores
rurais e sua organização levando em conta: a – a realidade, interesse e anseios da
família rural; b – alternativas tecnológicas ao alcance da família rural, que não venham
destruir ou poluir o meio ambiente e que proporcionem incremento da receita líquida da
família;
c – medida de assessoramento para o aperfeiçoamento das organizações dos produtores,
produção, armazenamento, agro-industrialização e comercialização.
Art. 201 – A Assistência Técnica e Extensão Rural de que trata o caput do art. 200, inciso
III, será mantida com recursos estadual e federal.
Parágrafo Único – os recursos de que trata o caput deste artigo farão parte do orçamento
anual do Município.
SEÇÃO IX
Da Política do Meio Ambiente
Art. 203 – O Município deverá atuar no sentido de assegurar a todos os cidadãos o direito
ao meio ambiente ecologicamente saudável e equilibrado, de uso comum do povo e
essencial à qualidade de vida.
Art. 204 – O Município deverá atuar mediante planejamento, controle e fiscalização das
atividades públicas ou privadas, causadoras efetivas ou potenciais de alterações
significativas ao meio ambiente.
Art. 206 – A política urbana do Município e seu plano diretor deverão contribuir para a
proteção do meio ambiente, através de doação de diretrizes adequadas de uso e ocupação
do solo urbano.
SEÇÃO X
Da Política Econômica
Art. 210 – O Município promoverá o seu desenvolvimento econômico agindo de modo que
as atividades econômicas realizadas em seu território contribuam para elevar o nível de
vida e o bem-estar da população local, bem como valorizar o trabalho humano.
Art. 213 – A atuação do Município na zona rural terá como principal objetivo:
I – oferecer meios para assegurar ao pequeno produtor e trabalhador rural condições de
trabalho e de mercado para os produtos e trabalhador rural condições de trabalho e de
mercado para os produtos, a rentabilidade dos empreendimento e a melhoria do padrão de
vida da família rural;
II– garantir o escoamento da produção, sobretudo o abastecimento alimentar;
III -garantir a utilização racional dos recursos naturais.
Art. 214 – Como principais instrumentos para o fomento da produção na zona rural, o
Município utilizará a assistência técnica, a extensão rural, o armazenamento, o transporte
e associativismo e a divulgação das oportunidades de crédito e de incentivos fiscais.
Art. 215 – O Município poderá consorciar–se com outras municipalidades com vista ao
desenvolvimento de atividades econômicas de interesse comum, bem como integrar-se em
programas de desenvolvimento regional a cargo de outras esferas de Governo.
Art. 216 – O Município desenvolverá esforços para proteger o consumidor através de:
I – orientação e gratuidade de assistência jurídica, independentemente da situação social
e econômica do reclamante;
II – criação de órgão no âmbito da Prefeitura ou da Câmara Municipal para defesa do
consumidor;
III – atuação coordenada com a União e o Estado.
Parágrafo Único – O tratamento diferenciado previsto no caput deste artigo será dados aos
contribuintes citados, desde que atenham às condições estabelecidas na legislação
específica.
Art. 219 – O Município, em caráter precário e por prazo limitado definido em ato do Prefeito
Municipal, permitirá às microempresas se estabelecerem na residência de seus titulares,
desde que não prejudiquem as normas ambientais, de segurança, de silêncio, de trânsito e
de saúde pública.
Art. 223 – É lícito a qualquer cidadão obter informações e certidões sobre assuntos
referentes à administração municipal.
Art. 224 - qualquer cidadão será parte legitima para pleitear a declaração de nulidade ou
anulação dos atos lesivos ao patrimônio municipal.
Art. 225 – O Município não poderá dar nome de pessoas vivas a bens e serviços públicos
de qualquer natureza.
Parágrafo Único – Para os fins deste artigo, somente um ano do falecimento poderá ser
homenageada qualquer pessoa, salvo personalidades marcantes que tenham
desempenhado altas funções na vida administrativa do Município, do Estado ou do País.
Art. 226 – Os cemitérios, no Município, terão sempre caráter secular e serão administrados
pela autoridade municipal, sendo permitido a todas as confissões religiosas praticar neles
os seus ritos.
Art. 227 – Fica protegida por esta lei da qual originou a espécie Euterpe Edulis (açaizeiros)
que originou nome do Município.
Art. 228 – O Município criará o centro cívico de Açailândia abrigando a Prefeitura Municipal,
Câmara Municipal, Fórum da Comarca, Biblioteca Pública Municipal, e o Teatro Municipal,
a serem instalados e edificados em local próprio, definido na área de expansão da Cidade.
Art. 229 – Fica criado o Distrito Industrial do Pequiá, como parte integrante do perímetro
urbano de Açailândia, na forma que a lei dispuser.
TÍTULO V
Ato das Disposições Transitórias
Art. 1° - Até a entrada em vigor da lei complementar federal, o projeto do plano plurianual,
para vigência até o final do mandato em curso do Prefeito, e o projeto de lei orçamentária
anual, serão encaminhados a Câmara até quatro meses antes do encerramento da sessão
legislativa.
Art. 4° - No prazo de cento e vinte dias da promulgação desta Lei Orgânica, o Município
instituirá.
I – o plano de carreira, cargos e salários dos servidores públicos Municipais;
II – o Estatuto do Magistério;
III- o plano Diretor da cidade.
Art. 5° - Promulgada a presente Lei Orgânica, caberá o Município, no prazo de seis meses
adaptar as normas nela contidas, as leis que instituírem:
I – Código de Obras e Edificações;
II – Código de Postura
Art. 9° - Promulgada esta Lei Orgânica, a Câmara Municipal, terá cento e vinte dias para
elaborar e aprovar seu Regimento Interno.
Art. 10 - Esta Lei Orgânica, aprovada e assinada pelos integrantes da Câmara municipal,
será promulgada pela Mesa e entra em vigor na data de sua promulgação, revogadas as
disposições em contrário.
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