Mdulo1 Didtica

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Conteúdo licenciado para Lucilde Fernandes Carvalho - 796.107.

222-53
Ana Luiza Pedagógico - analuizaalcantara@souunisuam.com.br - IP: 179.158.119.93
DIDÁTICA
É a ciência e a arte de ensinar tudo a todos. É mais que uma simples teoria, a didática
não dita regras preceitos nem

regras.

O objetivo de estudo da didática é o processo ensino aprendizagem (preocupa- se com o


aluno)

COMÊNIOS (têm visão tradicional) é considerado o pai da didática, escreveu o livro


‘‘didática magna’’ (1649).

OBJETO DE ESTUDO

A didática é a parte da pedagogia, que utiliza estratégias de ensino destinadas a colocar


em práticas diretrizes da teoria de ensino aprendizagem.

Seu foco é no processo de ensino aprendizagem (preocupa-se com o aluno). Ela é


CONTEXTUALIZADA, onde cabe a ela converter objetivos sócio-políticos em
pedagógicos (objetivos de ensino).

O que é a didática?

No universo da educação, especialmente no ambiente escolar a palavra didática está


presente de forma imperativa, afinal são componentes fundamentais do cotidiano
escolar os materiais didáticos, livros didáticos, projetos didáticos e a própria didática
como um instrumento qualificador do trabalho do professor em sala de aula. Afinal, a
partir do significado atribuído à didática no campo educacional, é comum ouvir que o
professor x ou y é um bom professor porque tem didática.

Para as teorias da educação, porém, a didática é mais do que um termo utilizado para
representar a dicotomia entre o bom e o mal professor ou para designar os materiais
utilizados no ambiente escolar. Termo de origem grega (didaktiké), a didática foi
instituída no século XVI como ciência reguladora do ensino. Mais
tarde Comenius atribuiu seu caráter pedagógico ao defini-la como a arte de ensinar.

Dimensões:

• Técnica
• Humana

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• Político social

Dimensão técnica :

Interessa a esse processo que os alunos consigam aprender bem o que se propõe, através
da organização de condições apropriadas.

Aspectos como definição de objetivos, seleção de conteúdos, técnicas e recursos de


ensino, organização do processo de avaliação e escolhas de suas técnicas avaliativas,
planejamento de curso e de aulas constitui o núcleo da dimensão técnica do processo de
aprendizagem.

Trata-se do aspecto instrumental, técnico, considerado objetivo e racional através do


qual se organiza o processo de ensino-aprendizagem.

Dimensão humana:

Ensino-aprendizagem é um processo que está sempre presente, de forma direta ou


indireta, o relacionamento humano.

O processo de aprendizagem se realiza através do relacionamento interpessoal muito


forte entre: alunos e professores, alunos e alunos, professores e professores, enfim entre
alunos, professores e direção.

O componente afetivo é fator essencial nesse processo.

Dimensão Político-social:

A prática educativa não é um processo neutro.

Todo processo de ensino-aprendizagem é “situado”.

Acontece num local determinado, numa certa época histórica.

Acontece numa cultura específica, trata com pessoas concretas que têm uma posição de
classe definida na organização social em que vivem.

Sabemos que professores, diretores, alunos, pais, técnicos, funcionários, autores de


livros didáticos, editores que produzem material pedagógico são pessoas reais, que
vivem num tempo e numa cultura específica.

Tem posições políticas e sociais que são transmitidas em seus trabalhos e nas suas
relações com a escola.

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A prática educativa precisa ser analisada e discutida de forma concreta e
contextualizada.

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Jean Jacques Rousseau

No século XVIII surgi um importante filosofo que crítica à Didática Magna de


Comenius, chamado Jean Jacques Rousseau (1712–1778) que percebeu a necessidade
de propor uma nova concepção de ensino, baseado nos interesse das necessidades das
crianças, diferente de Comenius que ao seguir as “pegadas da natureza”, pensava em
“domar as paixões das crianças”. Assim como afirma Castro (2006, p. 17) “enquanto
Comênios, ao seguir as “pegadas da natureza”, pensava em “domar as paixões das
crianças”, Rousseau parte da ideia da bondade natural do homem, corrompido”.

Johann Pestalozzi

Pestalozzi (1746 –1827), que mais a frente dedicaria a sua vida a educação das crianças
mais humildes. Ele deu grande importância ao desenvolvimento do ensino por meio da
educação e das capacidades humanas com o pensamento do cultivo de sentimento da
mente e do caráter, demostrando a valoração da psicologia da criança como fonte de
ensino e desenvolvimento.

Johann Friedrich Herbart

Johann Friedrich Herbart (1766–1841), que defendia e pensava em criar uma pedagogia
cientifica influenciado pela sua formação filosófica. Por exercer uma relevante
influencia sob a didática na pratica docente, continua sendo um dos maiores
inspiradores da Pedagogia Conservadora (Tradicional) dos tempos atuais. Herbart via o
fim da educação como a moralidade. O ensino era remetido com apenas um repasse de
ideias do professor para o aluno, se tornando assim um ensino com aprendizagem
mecânica. Ele defendia “ensino-aprendizagem” aplicado no plano didático dado pela
instrução

Jesuítas

Durante o inicio da colonização portuguesa no Brasil, o ensino ficou por conta dos
padres e da companhia dos jesuítas. Nessa época o ensino era dado pelos jesuítas, aos
índios. Baseado “Ratio Studiorum” uma espécie de cartilha cheia de regras a serem
cumpridas, fundamentada em experiências vivenciadas no Colégio Romano. Os jesuítas
ensinavam apenas que lhe era permitido pela igreja, que também dominava junto com
os portugueses os nativos, que aprendiam a aceitar e também a seguir a doutrina da
igreja.

John Dewey

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Tendo assim por volta de meados de 1930 à disciplina “didática” passa a ser implantada
no currículo da formação de professores. Então Getúlio Vargas constitui o Ministério da
educação, e em 1932 ocorre o manifesta da “Escola Nova” com a liderança de Anísio
Teixeira, buscando mudanças na educação Brasileia. As mudanças na educação nesse
período tinham como base as ideias do educador americano John Dewey (1859–1952),
seguia o movimento “Escola Nova”.

História da Educação

Período Jesuítico (1549–1759)

Em 1549 chega ao Brasil o primeiro grupo de seis padres jesuítas, chefiados por de
Nóbrega, marcando o início “formal” da História da Educação no Brasil (como disse
acima, já havia transmissão de conhecimento entre os indígenas). Quinze dias após a
chegada fundaram, na cidade de Salvador, a primeira escola elementar. Aos poucos a
pedagogia dos jesuítas é consolidada, onde o método era a repetição, a memorização e
provas periódicas. Como o objetivo principal na época era a evangelização dos
habitantes, possuía um caráter muito diferente do que conhecemos hoje e mesmo para
os moldes europeus. Em 1759, pretendendo reduzir a influência dos religiosos em seu
governo, o então Primeiro-Ministro (Secretário de Estado do Reino) Marquês de
Pombal expulsa os jesuítas de Portugal e de suas colônias, incluindo o Brasil.

Período Pombalino (1760-1808)

Para o Brasil, a expulsão dos jesuítas significou, entre outras coisas, a destruição do
único sistema de ensino existente no país. Para Fernando de Azevedo, foi “a primeira
grande e desastrosa reforma de ensino no Brasil”. Como bem colocou Niskier, “A
organicidade da educação jesuítica foi consagrada quando Pombal os expulsou levando
o ensino brasileiro ao caos, através de suas famosas ‘aulas régias’, a despeito da
existência de escolas fundadas por outras ordens religiosas, como os Beneditinos, os
franciscanos e os Carmelitas”. (Niskier, 2001, p. 34). Enquanto na Metrópole buscava-
se construir um sistema público de ensino, mais moderno e popular, na colônia, apesar
das várias tentativas, através de sucessivos alvarás e cartas régias, as Reformas
Pombalinas no campo da educação, só logrou desarranjar a sólida estrutura educacional
construída pelos jesuítas, confiscando-lhes os bens e fechando todos os seus colégios.
As chamadas “aulas régias” eram estudos autônomos e isolados de Latim, Grego,
Filosofia e Retórica. Cada disciplina possuía um professor único e as matérias não se
articulavam uma com as outras. Em lugar de um sistema mais ou menos unificado,
baseado na seriação dos estudos, o ensino passou a ser disperso e fragmentado, baseado

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em aulas isoladas que eram ministradas por professores leigos e mal preparados. Apesar
disso, as aulas régias instituídas por Pombal constituíram a primeira experiência de
ensino promovido pelo Estado na história brasileira. A educação, a partir de então,
passou a ser uma questão de Estado.

Período Joanino (1808–1821)

A mudança da Família Real, em 1808, permitiu uma nova ruptura com a situação
anterior. Para atender às necessidades prementes da nova capital e centro do Império
Português, D. João VI refundou a academia militar que havia (atual Academia Militar
das Agulhas Negras), criou duas escolas de medicina – um no Rio de Janeiro e outro em
Salvador, transferiu a Biblioteca Real para cá (atual Biblioteca Nacional), criou o
Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Imprensa Régia (primeira imprensa oficial que
criou o primeiro jornal impresso do Brasil). Há de se notar que todas essas intervenções
mudariam a condição cultural do Brasil que antes era relegado à dependência colonial.
O surgimento da imprensa permitiu que os fatos e as ideias fossem divulgados e
discutidos no meio da população letrada, preparando terreno propício para as questões
políticas que permearam o período seguinte da História do Brasil; apesar de tudo
infelizmente não se conseguiu implantar um sólido sistema educacional nas terras
brasileiras. A educação continuou a ter uma importância secundária. O professor Lauro
de Oliveira Lima disse: “A ‘Abertura dos portos’, além do significado comercial da
expressão, significou a permissão dada aos ‘brasileiros’ de tomar conhecimento de que
existia, no mundo, um fenômeno chamado civilização e cultura”. Não existiam
universidades.

Período imperial (1822-1889)

D. João VI volta a Portugal em 1821. Em 1822, seu filho D. Pedro I proclama a


Independência do Brasil e, em 1824, outorga a primeira Constituição brasileira. O Art.
179 desta Lei Magna dizia que a “instrução primária é gratuita para todos os cidadãos”.
Em 1823, tentando suprir a falta de professores, institui-se o Método Lancaster, pelo
qual um aluno treinado ensinava um grupo de 10 alunos sob a vigilância de um inspetor.
Em 1826, um Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas primárias),
Liceus, Ginásios e Academias. Em 1827 um projeto de lei propõe a criação de
pedagogias em todas as cidades e vilas, além de prever o exame na seleção de
professores, para nomeação. Propunha ainda a abertura de escolas para meninas. Em 11
de agosto de 1827 o imperador D. Pedro I cria duas faculdades de Direito no País. Tal
empreendimento é de ordem prática: assim não era mais necessário deslocar-se para a
Europa (para a Universidade de Coimbra na época colonial) – e estava assegurada a

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formação dos advogados e administradores públicos do nascente Império Brasileiro. Por
todo o Império pouco se fez pela educação brasileira e muitos reclamavam de sua
qualidade ruim.

República Velha (1889-1929)

A República proclamada adotou o modelo político estadunidense baseado no sistema


presidencialista. Na organização escolar percebe-se influência da filosofia positivista. A
Reforma de Benjamin Constant tinha como princípios orientadores a liberdade e
laicidade do ensino, como também a gratuidade da escola primária. Estes princípios
seguiam a orientação do que estava estipulado na Constituição brasileira. Uma das
intenções desta Reforma era transformar o ensino em formador de alunos para os cursos
superiores. Outra intenção era substituir a predominância literária pela científica. Esta
Reforma foi bastante criticada: pelos positivistas, já que não respeitava os princípios
pedagógicos de Comte; pelos que defendiam a predominância literária, já que o que
ocorreu foi o acréscimo de matérias científicas às tradicionais.

A Reforma Rivadávia Correa, de 1911, pretendeu que o curso secundário se tornasse


formador do cidadão e não como simples promotor a um nível seguinte. Retomando a
orientação positivista, prega a liberdade de ensino, entendendo-se como a possibilidade
de oferta de ensino que não seja por escolas oficiais, e de frequência. Além disso, prega
ainda a abolição do diploma em troca de um certificado de assistência e aproveitamento
e transfere os exames de admissão ao ensino superior para as faculdades. Os resultados
desta Reforma foram desastrosos para a educação brasileira. Num período complexo da
História do Brasil surge a Reforma João Luiz Alves que introduz a cadeira de Moral e
Cívica com a intenção de tentar combater os protestos estudantis contra o governo do
presidente Artur Bernardes. A década de vinte foi marcada por diversos fatos relevantes
no processo de mudança das características políticas brasileiras. Foi nesta década que
ocorreu o Movimento dos 18 do Forte (1922), a Semana de Arte Moderna (1922), a
fundação do Partido Comunista do Brasil (1922), a Rebelião Tenentista (1924) e a
Coluna Prestes (1924 a 1927).

Segunda República (1930-1936)

A Revolução de 30 foi o marco referencial para a entrada do Brasil no modelo


capitalista de produção. A acumulação de capital, do período anterior, permitiu com que
o Brasil pudesse investir no mercado interno e na produção industrial. A nova realidade
brasileira passou a exigir uma mão-de-obra especializada e para tal era preciso investir
na educação. Sendo assim, em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde

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Pública e, em 1931, o governo provisório sanciona decretos organizando o ensino
secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. Estes Decretos ficaram
conhecidos como “Reforma Francisco Campos”. Em 1932 um grupo de educadores
lança à nação o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, redigido por Fernando de
Azevedo e assinado por outros conceituados educadores da época. Em 1934, a nova
Constituição (a segunda da República) dispõe, pela primeira vez, que a educação é
direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos Poderes Públicos. Ainda
em 1934, por iniciativa do governador Armando Salles Oliveira, foi criada a
Universidade de São Paulo. A primeira a ser criada e organizada segundo as normas do
Estatuto das Universidades Brasileiras de 1931. Em 1935 o Secretário de Educação do
Distrito Federal, Anísio Teixeira, cria a Universidade do Distrito Federal, no atual
município do Rio de Janeiro.

Estado Novo (1937-1945)

Refletindo tendências fascistas é outorgada uma nova Constituição em 1937. A


orientação político-educacional para o mundo capitalista fica bem explícita em seu texto
sugerindo a preparação de um maior contingente de mão-de-obra para as novas
atividades abertas pelo mercado. Neste sentido a nova Constituição enfatiza o ensino
pré-vocacional e profissional. Por outro lado propõe que a arte, a ciência e o ensino
sejam livres à iniciativa individual e à associação ou pessoas coletivas públicas e
particulares, tirando do Estado o dever da educação. Mantém ainda a gratuidade e a
obrigatoriedade do ensino primário. O contexto político do estabelecimento do Estado
Novo faz com que as discussões sobre as questões da educação, profundamente ricas no
período anterior, entrem “numa espécie de hibernação”. As conquistas do movimento
renovador, influenciando a Constituição de 1934, foram enfraquecidas nessa nova
Constituição de 1937. Marca uma distinção entre o trabalho intelectual, para as classes
mais favorecidas, e o trabalho manual, enfatizando o ensino profissional para as classes
mais desfavorecidas. O ensino ficou composto, neste período, por cinco anos de curso
primário, quatro de curso ginasial e três de colegial, podendo ser na modalidade clássico
ou científico. O ensino colegial perdeu o seu caráter propedêutico, de preparatório para
o ensino superior, e passou a se preocupar mais com a formação geral. Apesar dessa
divisão do ensino secundário, entre clássico e científico, a predominância recaiu sobre o
científico, reunindo cerca de 90% dos alunos do colegial.

República Nova (1946-1963)

A nova Constituição, na área da Educação, determina a obrigatoriedade de se cumprir o


ensino primário e dá competência à União para legislar sobre diretrizes e bases da

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educação. Além disso, fez voltar o preceito de que a educação é direito de todos.
Baseado nas doutrinas emanadas pela Carta Magna de 1946, o Ministro Clemente
Mariani, cria uma comissão com o objetivo de elaborar um anteprojeto de reforma geral
da educação nacional. Esta comissão, presidida pelo educador Lourenço Filho, era
organizada em três subcomissões: uma para o Ensino Primário, uma para o Ensino
Médio e outra para o Ensino Superior. Em novembro de 1948 este anteprojeto foi
encaminhado à Câmara Federal, dando início a uma luta ideológica em torno das
propostas apresentadas. Num primeiro momento as discussões estavam voltadas às
interpretações contraditórias das propostas constitucionais.

A nova Constituição, na área da Educação, determina a obrigatoriedade de se cumprir o


ensino primário e dá competência à União para legislar sobre diretrizes e bases da
educação. Além disso, fez voltar o preceito de que a educação é direito de todos.
Baseado nas doutrinas emanadas pela Carta Magna de 1946, o Ministro Clemente
Mariani, cria uma comissão com o objetivo de elaborar um anteprojeto de reforma geral
da educação nacional. Esta comissão, presidida pelo educador Lourenço Filho, era
organizada em três subcomissões: uma para o Ensino Primário, uma para o Ensino
Médio e outra para o Ensino Superior. Em novembro de 1948 este anteprojeto foi
encaminhado à Câmara Federal, dando início a uma luta ideológica em torno das
propostas apresentadas. Num primeiro momento as discussões estavam voltadas às
interpretações contraditórias das propostas constitucionais.

Ditadura Civil-Militar (1964-1985)

Em 1964, um golpe militar aborta todas as iniciativas de se revolucionar a educação


brasileira, sob o pretexto de que as propostas eram “comunizantes e subversivas”. O
Regime Militar espelhou na educação o caráter antidemocrático de sua proposta
ideológica de governo: professores foram presos e demitidos; universidades foram
invadidas; estudantes foram presos e feridos nos confronto com a polícia e alguns foram
mortos; os estudantes foram calados e a União Nacional dos Estudantes proibida de
funcionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e professores. Neste período deu-se
a grande expansão das universidades no Brasil. Para acabar com os “excedentes”
(aqueles que tiravam notas suficientes para serem aprovados, mas não conseguiam vaga
para estudar), foi criado o vestibular classificatório. Para erradicar o analfabetismo foi
criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização, aproveitando-se a didática do
expurgado Paulo Freire. O MOBRAL se propunha a erradicar o analfabetismo no
Brasil: não conseguiu. Entre denúncias de corrupção, acabou por ser extinto e, no seu
lugar, criou-se a Fundação Educar. É no período mais cruel da ditadura militar, onde
qualquer expressão popular contrária aos interesses do governo era abafada, muitas

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vezes pela violência física, que é instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, em 1971. A característica mais marcante desta Lei era tentar dar a
formação educacional um cunho profissionalizante.

Nova República (1986 ...)

No fim do Regime Militar a discussão sobre as questões educacionais já haviam perdido


o seu sentido pedagógico e assumido um caráter político. Para isso contribuiu a
participação mais ativa de pensadores de outras áreas do conhecimento que passaram a
falar de educação num sentido mais amplo do que as questões pertinentes à escola, à
sala de aula, à didática, à relação direta entre professor e estudante e à dinâmica escolar
em si mesma. Impedidos de atuarem em suas funções, por questões políticas durante o
Regime Militar, profissionais de outras áreas, distantes do conhecimento pedagógico,
passaram a assumir postos na área da educação e a concretizar discursos em nome do
saber. Neste período, do fim do Regime Militar aos dias de hoje, a fase politicamente
marcante na educação, foi o trabalho do economista e ministro da Educação Paulo
Renato de Souza, que tornou o Conselho Nacional de Educação menos burocrático e
mais político. Jamais houve execução de tantos projetos na área da educação. Até os
dias de hoje muito tem se mexido no planejamento educacional, mas a educação
continua a ter as mesmas características impostas em todos os países do mundo, que é
mais o de manter o “status quo”, para aqueles que frequentam os bancos escolares, e
menos de oferecer conhecimentos básicos, para serem aproveitados pelos estudantes em
suas vidas práticas.

Atualmente... de lá para cá tivemos muitas mudanças na Educação brasileira, incluindo


uma grande reforma no Ensino Médio em 2017.

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