Pressão Intracraniana - PIC: Aula 10

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Pressão Intracraniana - PIC

Aula 10
Definição
 É a pressão encontrada no interior da caixa
craniana.

 Pressão exercida pelo líquor nas paredes dos


ventrículos cerebrais.

 Quando essa pressão é alterada significa que


alguma coisa referente ao conteúdo intracraniano
esta errado.

 Tem uma variação fisiológica de 5 a 15 mmHg;


Definição

 Reflete a relação entre o conteúdo da caixa


craniana (cérebro, líquido cefalorraquidiano e
sangue).

 A alteração do volume de um desses conteúdos


pode causar a hipertensão intracraniana (HIC).

 A medida da PIC é sempre invasiva e sua


indicação depende de uma avaliação do
risco/benefício
Indicações
 Em algumas situações, ela é necessária:
 TCE com suspeita de HIC.
 Casos graves de isquemia cerebral.
 PO de neurocirurgia.
 Meningite grave.
 Encefalite.
 Monitorização de pacientes com problemas em sistemas
de válvulas empregadas no tratamento de hidrocefalia.

Todas estas patologias serão abordadas


posteriormente em disciplinas específicas.
Técnicas
 O cateter de PIC ventricular é conectado a um
sistema de drenagem e ao monitor
multiparamétrico por meio de equipo em “Y” com
dânulas nesse equipo o que permite realizar
medidas de valores da PIC e se necessário à
drenagem do conteúdo liquórico a partir da
abertura da dânula no equipo aliviando a PIC.

 O valor da PIC é decodificado por um transdutor


que fica acoplado ao monitor multiparamétrico.
Técnicas
 Monitorização da Pressão Intracraniana:

 Cateter de PIC subdural

 Cateter de PIC intraparenquimatoso

 Cateter de PIC interventricular com drenagem


liquórica
Técnicas
Implantação de um transdutor no espaço
extradural – menos convencional
 Vantagem: monitorização menos invasiva.

 Desvantagens: transmissão da PIC é mais difícil.

 Exige o uso de transdutores de pressão mais


sofisticados, que são aplicados diretamente sobre
a duramáter.
Técnicas
Implantação de um cateter semi-rígido no
ventrículo, parênquima ou no espaço
subaracnóideo.
 Vantagem: transmissão natural da pressão
através da coluna líquida, possibilidade do uso
dos transdutores comuns e de remoção de LCR
para alívio da HIC ou para análise.

 Desvantagens: a coluna líquida favorece a


infecção pelo contato do meio interno com o
externo e raramente, observam-se hematomas no
trajeto da cânula ventricular
Técnicas
Técnicas
Avaliação
 Valor normal - 5 a 15 mmHg.

 Moderadamente elevados - 20 a 30 mmHg

 Gravemente elevados - acima de 30 mmHg

 Quase sempre fatal - acima de 60 mmHg


Avaliação

 Falência vasomotora da microcirculação - traçado


que não apresenta ondas de pressão e, apenas
variações rítmicas com a respiração, e que não
responde a estímulos, como a tosse e a retenção
de CO2, que normalmente aumentam a PIC.
Tipo de Onda de PIC
 Normal  Aumentada
Assistência de enfermagem
 Lembrar que o LCR é claro, seroso.

 O transdutor que decodifica o valor da PIC deve permanecer


ao nível do meato auricular.

 O cateter de PIC é confeccionado por fibra ótica portando


não pode dobrar, pois se rompe.

 As conexões do cateter com o equipo devem permanecer


bem atadas.

 Deve-se ainda manter uma fixação secundária para evitar


tração;
Assistência de enfermagem
 O curativo na inserção do cateter deve manter-se limpo e
seco.

 A cabeça deve ser posicionada de modo que não fique


sobre a cirurgia e o cateter.

 Monitorização da PIC: manusear todo o sistema com


técnica asséptica e interpretar os resultados (ondas e valor
numérico).

 Cuidados gerais: avaliação cuidadosa da influencia de


estímulos que possam gerar estresse (dor, banho,
procedimentos médicos, fisioterápicos e de enfermagem,
iluminação e ruído ambiental)
Assistência de enfermagem
Avaliação neurológica: avaliar continuamente o nível de
consciência,EEG, tamanho e reatividade pupilar,
movimentos oculares, padrão respiratórios e respostas
motoras).

 Avaliar continuamente os sinais vitais: PA, P, T, R, SatO2 e


CO2

 Vias aéreas e ventilação: avaliar a frequência, ritmo e


padrão respiratório, presença de cianose, ausculta torácica,
manter vias aéreas permeáveis para prevenir hipóxia –
retenção de CO2 – edema cerebral, aspiração traqueal,
instalar oximetria de pulso, monitorar gases sanguíneos
com gasometria arterial e venosa.
Assistência de enfermagem
 Posição e movimentação do paciente: manter a cabeça
elevada 30° e alinhada com o corpo para facilitar a
drenagem.

 Evitar que o paciente faça esforço físico como tossir,


espirrar, esforço para evacuar, movimentos bruscos no leito
ou fora dele, pois aumenta a PA e aumenta a PIC.

 Terapias com drogas: conhecer a ação, a dosagem, o


preparo e os efeitos colaterais das drogas utilizadas para
diminuir a PIC.

 Reconhecer sinais sugestivos de infecção.


Assistência de enfermagem
 Eliminação urinária e intestinal: monitorar débito urinário,
facilitar a eliminação intestinal (dietas, laxantes e
manobras).

 Proteger e prevenir lesões de pele.

 Drenagem ventricular: conhecer o nível adequado da


derivação para manutenção do sistema de drenagem e
manter técnica asséptica no seu manuseio.
Referências
 CAMPOS, MA. Assistência de enfermagem ao paciente neurocirúrgico
na UTI. In:Pinto, FCG. Manual de Iniciação em Neurocirurgia. São
Paulo: Santos, 2003 p.189-205.

 BURNNER; SUDDART. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica.


Função Neurológica.. ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2003.
14. cap. 56-57 e 59. v.4.

 GUYTON, AC; HALL, JE. Fisiologia Humana e mecanismos das


doenças. O Sistema Nervoso: (A) Organização Básica e Fisiologia
Sensorial. Cap. 11. p. 395-443. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,
2003.

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