Cartilha - A História Da Cannabis - Nanastey
Cartilha - A História Da Cannabis - Nanastey
Cartilha - A História Da Cannabis - Nanastey
Registros sobre
os benefícios
terapêuticos da
cannabis foram
documentados
por Dioscórides
em sua obra
"De Matéria
Médica",
de 70 d.C.
O irlandês William Brooke O'Shaughnessy é
o grande responsável pela popularização da
maconha na medicina ocidental na primeira
metade do século 19. Convidado para atuar
como assistente cirúrgico da então famosa
Companhia das Índias Orientais, empresa
britânica que controlava grande parte das
Índias na época, em 1833 ele se mudou para
Calcutá, onde ficou por oito anos. Foi durante
esse período que o médico conheceu e
estudou uma grande variedade de plantas
locais, entre elas a cannabis, que já era muito
conhecida pela sociedade indiana.
Impactado pela maconha, O médico defendeu o uso
ele resolveu fazer uma rigorosa da maconha medicinal
pesquisa, a partir de fontes publicamente durante a
bibliográficas e experimentos apresentação de sua tese
em animais e depois, com a para a Sociedade Médica
confirmação de que seu uso e Física de Calcutá, em
era seguro, em pessoas. Em 1839. Considerado um
paralelo a isso, o médico marco para a medicina
passou a ministrar a cannabis ocidental, o estudo de
para seus pacientes no hospital O'Shaughnessy causou
em tratamentos de cólera, furor na Inglaterra e
reumatismo, raiva, tétano depois por toda a Europa
e convulsões. e Estados Unidos.
A descoberta do sistema
endocanabinoide e sua
atuação na regulação dos
neurônios só foi possível
a partir dos estudos sobre
como essas substâncias
agem em nosso organismo
e, consequentemente,
gerou uma intensa e nova
onda de pesquisas sobre
o potencial terapêutico
da cannabis.
Todo esse trabalho científico acadêmico foi trazendo mais
e melhores resultados e, no fim do século 20, produtos
feitos com canabinoides isolados - a exemplo do Marinol
e do Dronobinol - foram aprovados para tratamento em
pacientes com câncer (náuseas e vômitos) e HIV e
doenças terminais (aumentar o apetite). O avanço das
pesquisas fortaleceu não apenas a indústria, mas também
grupos de pacientes que militaram e conquistaram o direito
de cultivar a planta e produzir seu próprio remédio.
Mary se declarou
culpada e foi
condenada a três
anos de liberdade
condicional, além
de 500 horas de
serviço comunitário.
E foi exatamente
aí que sua vida
mudou e ela se
tornou ativista.
Mary se tornou voluntária
do AIDS Ward, no Hospital
Geral de São Francisco,
em 1984 e dois anos
depois recebeu o prêmio
“voluntário do ano”.
Em 1991, seu papel foi
fundamental para a
proposta de tornar
a cannabis disponível para
fins médicos na cidade de
São Francisco passar com
79% de apoio.
COMESTÍVEIS_
Nem só de brownies vive a
gastronomia canábica!
Tendência cada vez mais
forte, os pratos com
cannabis fazem sucesso
não só entre os usuários e
são tema de cursos e
livros de culinária ao redor
do mundo, incluindo o Brasil. As receitas são uma
alternativa eficaz para tratar dores crônicas. Lá fora, existe
também um amplo cardápio de snacks prontos para comer
com balas, pirulitos, chocolates e até pipocas aditivadas.
_POMADAS E LOÇÕES
Se a intenção é ficar chapado,
claro que essas não são a opção.
O uso tópico, aplicado direto na
pele, é exclusivo para fins estéticos
e terapêuticos. Ricas em THC, as
pomadas, cremes e loções de
cannabis são boas para o alívio
da dor e da inflamação.
VAPS_
Cada vez mais habituais,
começam a dividir espaço
com os baseados, mas com
vantagem de serem menos
prejudiciais aos pulmões.
Com eles, ao contrário do
que acontece quando é queimada, a maconha não
entra em combustão. Ela é apenas aquecida para que
o vapor produzido seja inalado, sem toxinas e com até 95%
a menos de fumaça. O método minimiza o gosto e cheiro
da maconha e pode ser usado para o consumo nas
versões cera, óleo ou a própria erva.
_EXTRATOS E ÓLEOS
Populares no mundo, aqui no
Brasil ainda não atingiram todo
esse sucesso por conta da
dificuldade de aquisição. As duas
opções regulamentadas são
comprar da Abrace, única no país
com aval da justiça para cultivo e
produção, e importar com a autorização da Anvisa.
Com grande concentração de CBD, podem ser ingeridos
diretamente, com algumas gotas embaixo da língua,
ou misturados em chás, iogurtes e comidas.
CÁPSULAS_
Possuem grande variedade de
dosagens de canabinoides e,
de acordo com a formulação,
ajudam no tratamento desde
ansiedade e depressão até de
dores crônicas e câncer. Entre
as propriedades da cannabis:
analgésicas, anti-inflamatórias,
reguladoras de apetite
A cannabis desembarcou por aqui no período
colonial – trazida por escravos africanos – e sua
produção foi estimulada na mesma velocidade
que seu consumo se disseminou desde entre
índios até membros da corte portuguesa. Um
exemplo? A rainha Carlota Joaquina tinha o
hábito de tomar chá de maconha.