Lentes de Contato e Refração
Lentes de Contato e Refração
Lentes de Contato e Refração
contato e
Refração
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Adaptação de lentes rígidas gás permeáveis (LRGP)
o Indicações
Astigmatismo corneano causando astigmatismo refracional
Exemplo: -4,00DE -2,00DC x 180⁰ kt (ceratometria): 43 x 45 (90⁰),
ou seja, astigmatismo “batendo” igual à ceratometria
Altas miopias
Complicações com lentes gelatinosas (neovasos, insuficiência límbica,
CPG – conjuntivite papilar gigante)
Astigmatismos irregulares
Pós-tx, pós ceratotomia radial, ectasias após cx refrativas
Opacidades corneanas
Obs.: Na LRGP, a preferência é escolher geralmente uma lente igual ou discretamente maior que k
(que é o valor que reflete a menor curvatura da córnea), mas nunca deve-se escolher LCGP mais
curva que a maior curvatura da córnea. Ex.: 42 x 44 180 ⁰ Não escolher LC maior que 44. O motivo disso
está no fato de: usando a LRGP com curva base coincidindo com a menor curvatura, ela vai formar
consequentemente uma lente lacrimal negativa na parte da curvatura maior da córnea, corrigindo o
astigmatismo. Muitas vezes, o paciente já fica satisfeito com a acuidade visual só de colocar a LRGP antes mesmo
da sobre-refração pelo fato de o astigmatismo já ter sido corrigido pelaa formação da lente lacrimal negativa
formada entre a LRGP e a maior curvatura da córnea.
o 4 Desenhos
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Indicações
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o Tipos de borda
o Terminologia
K: meridiano mais plano da córnea, medido na ceratometria/topografia.
É através dele que é medida a curva base da lente.
Curva base: Raio de curvatura da superfície posterior da lente, sendo
expresso em mm (nas hidrofílicas - gelatinosas) ou D (nas rígidas). É
escolhido com base na ceratometria.
Lentes mais curvas têm raio de curvatura menor.
Lentes mais planas têm radio de curvatura maior
Profundidade sagital: Distância do centro da córnea a um plano que
passa pela borda da lente.
Para profundidade diâmetro e/ou curva base ( raio de
curvatura, já que raio de curvatura é inversamente proporcional à
curva base) para apertar a lente
Para profundidade faz-se o oposto para aplanar a lente
o Fisiologia da adaptação
A escolha da curva base da LC rígida se baseia na ceratometria. O
menor valor ceratométrico é chamado de K e as adaptações
baseadas em K são:
Alinhamento apical: em K
Toque apical: mais plano do que K
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Livramento apical: mais curvo do que K
1) Escolha da CB
a) Córneas esféricas CB = K
Ex.: Kt (ceratometria): 42 x 42,5 CB = 42
b) Astigmatismo < 2D K+1/4 do astigmatismo
Ex.: 44 x 45 CB = 44 + ¼ (45 – 44) = 44,25
c) Astigmatismo > 2D K+1/3 do astisgmatismo
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Ex.: 43 x 46 CB = 43 + 1/3 (46 – 43) = 44
2) Escolha do diâmetro
Subtrai 2mm do diâmetro corneano diâmetro da LC para iniciar
teste
3) Poder dióptrico
Usar somente o valor esférico da refração convertido na tabela de
distância vértice. Exemplo 1: -2,00DE +4,00DC 180 +2,00DE -
4,00DC 90 poder da lente de teste: +2,00 DE. Exemplo 2: -
6,00DE -2,00DC 180 poder da lente de teste: -5,50 DE
o Padrões de fluoresceína
1) Lente plana 2) Livramento apical
Fluoresceína pode se
acumular inferiormente e
causar borramento na
Toque central + visão
acúmulo de
fluoresceína na
periferia
3) Alinhamento apical
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Boa distribuição de
fluoresceína. Apresenta
bom resultado visual
4) Toque apical
Lente soper com toque central na foto esquerda que, por isso, precisou ser apertada para 6,5 (foto à direita). Na
foto à direita, ainda há um discreto toque, porém tolerável, já que há boa distribuição e boa troca de fluoresceína.
O objetivo na verdade é que, mesmo que haja um toque, é necessário que ele não seja fixo (haja boa troca de
fluoresceína ao piscar) e seja discreto.
Padrão ideal: sem toque central + 2 toques periféricos pequenos e, a cada vez que o paciente pisca, há a troca
(passagem) de fluoresceína
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Cálculo do grau teórico
o Grau teórico = grau esférico da refração convertido pela distância
vértice + valor para neutralizar o filme lacrimal formado na adaptação
o -3,00 DE – 2,00 DC 180 KT (ceratometria) 42 x 44
o CB melhor adpatada 42, logo LC é paralela a K (e portanto, filme lacrimal
= 0)
o Logo, grau teórico = -3 (grau esférico) +0 = -3 DE
o Se CB fosse 43, a LC é adaptada 1D mais curva que K e forna um filme
lacrimal de 1+ e o grau teórico seria: -3,00 + (-1) = -4,00 DE
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Adaptação de lentes gelatinosas
- Classificação:
o Curvatura
Esféricas
Tóricas
Asféricas
o Hidratação
Alta (>60%)
Média (40-60%)
Baixa (<40%)
o Polímero
Iônicas
Não iônicas
o Material
HEMA
HEMA + Vinilpirrolidona
Siloxane - hidrogel
o Fabricação
Torneadas
Centrifugadas
Moldadas
Mistas
o Espessura central
Normal
Finas (<0,1mm)
Ultrafinas (<0,05mm)
o Tempo de uso
Diário
Prolongado
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Contínuo
Flexível
Ocasional
o Coloração
Incolores
Filtrantes
Cosméticas
o Vida útil
Descartáveis
De troca planejada
- Critérios de adaptação
o LC deve ter
1. Curva base: definida baseando-se na ceratometria e tipo de
fabricação.
Nas lentes torneadas e moldadas de diâmetro <
13,5mmusar CB de 2 – 3D mais planas do que K.
Se diametro > 13,5 mm CB será 5D mais plana do que K.
Se lentes centrifugadas descartáveis levar em consideração
diâmetro da córnea: LC deve ter diâmetro 1-2 mm maior do
que o da córnea
2. Poder dióptrico: esférico = refração convertido para distância vértice
da córnea
3. Diâmetro: deve ser 1-2mm maior que o diâmetro da córnea ao
piscar. Se maior, pode atrapalhar a acuidade visual do paciente. Se
mais apertada, pode causar hipóxia e outras complicações.
Diferentemente das LRGP, a lente gelatinosa escolhida é geralmente mais plana que k.
Fluoresceína macromolecular: é o tipo de fluoresceína que pode ser usada para ver o padrão da lente
gelatinosa. Se não for macromolecular, vai manchar a lente.
- Avaliação da adaptação
o Após pelo menos 20 min com as lentes de teste, avaliar:
1. Posição
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Centralizada, estendendo-se por 1mm além de todo o limbo
2. Mobilidade
Mover-se 0,5 a 1,0 mm com o piscar
3. Miras ceratométricas e reflexos retinoscópico
Ceratometria sobre as lentes-miras nítidas antes e após cada
piscar
Quando a LC está apertada, as miras ficam borradas antes de
piscar e nítidas após. Quando está frouxa, acontece o contrário.
o Se posição e movimento adequados fazer sobre-refraçao e pedir LC
o Prescrição: CB mm Dioptria diam (descrever a curva base, o diâmetro e
o grau)
- Controle de adaptação
o Medida de acuidade visual
o Análise de desconforto
o Avaliação do tempo de uso e sistema de limpeza
o Biomicroscopia: neovasos, edema, infiltrados, ceratites, papilas, etc
o Ceratometria/topografia
- Indicações
o Astigmatismos regulares > 1D e 1/3 maior do que o valor esférico
Ex.: -1,00DE -2,00DC 180⁰ KT 43 x 43
o Má adaptação com LCRGP -1,00DE -2,00DC 180⁰ KT 43 x 45
o Melhores resultados com astigmatismos com eixos próximos a 90⁰ e
180⁰
- Tipos
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o Desenhos
Tórica anterior
Tórica posterior
o Descartáveis (hidrogel ou silicone-hidrogel) e não descartáveis
o Métodos de fabricação
Fresagem
Reprodução
Torneamento de superfície anterior
Moldagem posterior
o Métodos de estabilização
Prisma de lastro
Truncagem
Estabilização dinâmica
Perilastro
Superfície posterior tórica
Lenticulação excêntrica
Combinações entre elas
A preferência quanto ao material é de que seja por lentes descartáveis de silicone-hidrogel, porém, estas têm
limitação do poder cilíndrico de até 2,25 D. As de hidrogel e as não descartáveis têm poder cilíndrico maior.
- Escolha da LC tórica
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- Avaliar:
o Refração, toricidade da córnea, método de estabilização, material e
hidratação da LC
o Métodos de adaptação:
1. Empírico: Encomenda-se a LC tórica pela refração (cilindro
negativo) e ceratometria do paciente, levando-se em conta a
orientação do fabricante escolhido. Com esse método não se
prevêem as alterações de posicionamento do eixo do cilindro.
2. LC gel tórica de teste: CB de acordo com a ceratometria e
esperar 20min para avaliar diâmetro, movimento,
centralização e rotação da lente
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Riscos com lentes de contato
- Toda LC vai causar hipóxia em algum grau. Esse grau que vai depender do
material, do modo de uso do paciente e da limpeza da LC.
- As LC são fabricadas a partir de polímeros
- É dependendo desses polímeros que teremos > ou < permeabilidade a O2
- Permeabilidade: Capacidade de uma substância atravessar um material
- A permeabilidade de um polímero de LC é expresso por Dk
o D Coeficiente de difusão: o quanto rapidamente as moléculas de
gás se movimentam no material
o K Coeficiente de solubilidade que define quanto gás pode ser
dissolvido numa unidade cúbica do material
- Para o uso de LC de forma prolongada, a pO2 mínima deve ser de 55 –
60mmHg.
3. Hidrofílicos
o O grupo HEMA é o mais utilizado na fabricação de lentes gelatinosas
o A permeabilidade a O2 depende do material da LC e também do
conteúdo de água.
Para cada 10% de água a mais, duplicamos a permeabilidade
da lente (Dk)
o O conteúdo de água pode variar de 37,5% a 79%
o A transmissibilidade da LC (Dk/L) depende da sua espessura
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Dobrando-se a espessura, reduziremos a transmissibilidade
pela metade
o Os polímeros hidrofílicos (mesmo os de maior conteúdo de água) não
permitem um DK/L que permita seu uso noturno
Lentes para miopia apresentam maior espessura na periferia, enquanto as lentes para hipermetropia apresentam
maior espessura no centro. Logo, é importante principalmente no caso de hipermétropes, a escolha de material
com boa permeabilidade para compensar o efeito da espessura na diminuição da transmissibilidade de O2 e assim
evitar uma hipóxia maior.
4. Copolímeros híbridos
o Lentes de silicone hidrogel: recentes
Misturam o RGP com o hidrogel: silicone hidrofílico, onde a
permeabilidade ao O2 é alta através do silicone e baixa na
porção do hidrogel
A finalidade da fase aquosa é promover o movimento e
conforto
Apresentam superfície plasmática tratada para ser resistente a
depósitos
Representaram um avanço
Disponibilidade: Esféricas, tóricas, multifocais
Hoje em dia, é a lente de escolha em geral, desde que seja
compatível com a ametropia do paciente
Vantagens:
Oferecem um Dk > 80
Indicação de eleição em casos de: neovasos, em LC
terpêutica, piggy-back
Menor risco de complicações
Desvantagens:
Maior custo
Maior risco de infecção (controverso, pois há outros fatores
associados: modo de uso e modo de descarte têm grande
influência)
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- Riscos
Hipóxia aguda. Cistos que se ropem causando ceratite (área impregnada de fluoresceína)
B. Crônica Neovasos, deformidade corneana, ceratites (inclusive
infecciosas)
Neovascularização corneana
Hipóxia crônica
Córneas com patologia ou já operadas têm > risco
LCG espessas e com baixa hidratação, geralmente
assintomática e com depósito proteico
Tratamento:
Se < 2mm = LCRGP ou gelatinosa mais fina com
mais % H2O ou siloxane-gel
Se > 2mm ou profunda = RGP alto DK se uso
prolongado
o Ceratites infecciosas
Independentemente do material, o uso prolongado de
qualquer tipo de lente representa um risco mais alto de
ceratite microbiana comparado ao uso diário ou diário
descartável
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No entanto as LC silicone hidrogel apresentam taxas
mais baixas
Logo, para pacientes que pretendem usar por períodos
prolongados, deve-se optar pelas LC silicone hidrogel,
alertando-os, entretanto, para o risco aumentado de
ceratite microbiana
Bactérias
¼ cocos gram + (estafilo e estrepto)
¾ cocos gram – (P. aeruginosa)
Fungos
LCT (12%), cosmética e afácico (3%)
Acanthamoeba
Rígida e gelatinosa UD
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Infiltrados corneanos periféricos possuem facilidade em tratar
o Depósitos
As LC podem ser iônicas e não iônicas
Os depósitos acontecem mais nas LC com carga iônica negativa
maior risco de conjuntivite papilar gigante e maior fonte de
infecção
o Síndrome das 3 e 9h
Dissecção corneana nasal e temporal
QC: sensação de olho seco, desconforto, dor que aumenta com
o tempo de uso, ceratite às 3 e 9h, neovascularização,
hiperemia nasal e temporal
Causa: Lente descentrada inferior e sem movimento,
deficiência do filme lacrimal, deficiência de piscar, lente com
borda espessa
TTO: aumentar o diâmetro da lente e/ou aplanar a CB, lentes
asféricas, bordas finas e arredondadas, lubrificantes, diminuir
tempo de uso e melhorar piscadas com exercícios
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o Reações de toxicidade
Toxicidade química: causa irritação e dano celular devido à sua
atividade biológica, causando alterações morfológicas e
funcionais
A resposta ao estímulo pode ser imediata
O uso de LC propicia uma exposição ao produto por tempo
prolongado
A instilação tópica crônica destes agentes pode causar um
efeito citotóxico cumulativo
Vários preservativos e desinfetantes usados no passado e
atualmente podem ter efeitos tóxicos sobre a córnea e a
conjuntiva
Thimerosal era o principal produto associado a reações de toxicidade (não é mais utilizado em soluções). Mas
ainda há outros produtos, exemplo: cloreto de benzalcônio. Para evitar reações de toxicidade, é aconselhado
enxaguar as LC com soro fisiológico antes de colocá-las no olho para diminuir o contato do produto com os olhos.
o Ceratite pseudodendrítica
Desconforto, hiperemia
Bio: lesão elevada e irregular, que cora com fluoresceína
Causa: soluções com thimerosal ou clorexidina
Diagnóstico diferencial: Herpes, ceratite por Acanthamoeba
(sempre descartar) devido ao fato de também apresentarem
dendritos/psedodendritos
TTO: CE (corticosteroide), suspender solução e trocar LC
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o Ceratite numular
Opacidades em forma de moeda na córnea (superficial ou
profunda) + desconforto + hiperemia
Causa: reação de hipersensibilidade (thimerosal), hipóxia
TTO: colírio de CE + suspender solução de thimerosal
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1. Depósito proteico
2. Papilas > 0,33 mm no tarso superior
- Cuidados
o Anamnese
Perfil do usuário: desleixado/cuidadoso
Condições financeiras para manter as LC
Profissão
Compreensão de como colocar, remover e limpar as LC
o Explicar sobre possíveis complicações, orientar sobre sinais de alerta
(hiperemia, sensação de corpo estranho, BAV)
o Retornos periódicos
1. Procurar alterações que possam atrapalhar o uso de LC, como blefarite (foto 1 e 2), conjuntivite
papilar (3), alterações corneanas (4 e 5)
2. Verificar estado de conservação das LC e dos estojos
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Tipos de LC
- Formas de uso
o Ocasional: esportes/social LC descartáveis são as melhores para
esses casos
o Diário: estudo/trabalho
o Prolongado: maior dependência pode dormir com LC
eventualmente
o Flexível: dependência/comodidade tem dias que dorme e tem dias
que não dorme
o Contínuo: exceção/terapêutica dorme 6 noites e descarta
- Materiais e desenhos
A. Rígidas menos complicações
o Material
Não permeáveis aos gases: PMMA
Permeáveis aos gases: Fluorsiliconadas
o Desenhos
Esféricas, asféricas, soper e derivadas, tóricas anteriores
ou posteriores, geometria reversa, esclerais e
multifocais
B. Gelatinosas
o Material
Hidrofílicas (gelationosas)
Silicone hidrogel
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o Desenhos
Esféricas, asféricas, tóricas, multifocais
o Tempo de descarte
Convencionais/descartáveis
(diário/quinzenal/mensal/bimestral)
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o LRGP (vão regularilzar a superfície da córnea) e soper (ceratocone,
ectasia pós cx, degeneração marginal)
7. Astigmatismo corneano elevado
o LRGP tórica posterior
o Lente gelatinosa tórica
8. Córneas abladas/pós cx refrativa para miopia
o LRGP geometria reversa
9. Córneas com perfil ablado e astigmatismo elevado após cx de
transplante
o LRGP tórica posterior reversa
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Adaptação de LC em pacientes présbitas
o Seleção cuidadosa
o Motivação
o Conhecimento do potencial e da limitação de cada LC
2. LC e óculos
o LC para longe/óculos para perto
o LC para perto/óculos para longe
Boa visão
Simples
Baixo custo
Rejeitada pela maioria
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3. Monovisão
o LC monofocal esférica ou tórica num olho para longe e no outro para perto.
Adições > 2,00 D podem causar desconforto
o Pode-se testar o olho dominante para longe ou vice-versa e ver qual o
paciente tolera mais
o Limite tolerado: +/-50 anos. Após: perda de estereopsia
o Dificuldade para dirigir à noite também
o Redução da sensibilidade ao contraste
o A maior desvantagem é a diminuição da estereopsia e a necessidade de um
período de adaptação no qual o présbita pode ter queixas de cefaléia e
fadiga
4. Monovisão modificada
I. Usa-se multifocais diferentes para os dois olhos, permitindo melhor
visão para longe no olho dominante
II. Corrige-se o dominante para longe com LC monofocal e o não
dominante com LC multifocal
5. Lentes multifocais
o Adaptar LC bifocais ou progressivas em ambos os olhos
o Fornecem 2 tipos de imagem: alternante e simultânea
o Imagem alternante através de desenhos segmentados e concêntricos
a) Multifocais de visão alternada
Bifocais gel ou RGP (possui limitação quanto aos desenhos)
dependem do sistema de estabilização da lente (prisma de
lastro e truncagem) e do tônus palpebral
Vantagem: fornecimento de imagens distintas para
longe e perto
Desvantagem: desestabilização e desconforto
b) Multifocais de imagem simultânea
Através de desenhos concêntricos, asféricos e difrativos
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1) Concêntricos:
Podem ser LRGP ou gelatinosas
Vantagens: Facilidade de adaptação e independem do
tônus palpebral
Desvantagens: dependem do tamanho da pupila e têm
superposição de imagens
2) Asféricos:
Lentes com asfericidade na face posterior permitem
melhor visão para longe do que para perto
Lentes com asfericidade na face anterior permitem
melhor visão para perto do que para longe
As que possuem zona central para visão de possuem
superfície posterior esférica que se aplana
progressivamente em direção à periferia. A AV para é +
nítida de dia, com miose e pode causar glare à noite
Vantagens: boa visão intermediária e conforto
LRGP e gelatinosas
Proclear multifocal: é uma LC descartável cujo mecanismo é
adaptar a lente D no olho dominante e a lente N no olho não
dominante e depois fazer a sobre refração
Frequency 55: multifocal descartável concêntrica: olho
dominante centro longe (2,3 mm) e olho não dominante
centro perto (1,7 mm). Descarte mensal
Soflens multifocal: Desenho anterior asférico, centro perto.
Desenho posterior esférico bi-curvo
- Lentes Rígidas
o Lifestyle GP (Ultralentes)
o Boston multivision (Mediphacos)
o Permeasil 17 e Permeafluor 17
o Medcon Xtra (Mediphacos)
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- Gelatinosas convencionais
o Sunsoft
o Optogel OP 45
o Multivision
Zona central perto e concêntricas para visão intermediária e
longe
LC em ceratocone
- Finalidade:
o Melhorar a visão (e não estabilizar o ceratocone)
o Indicado quando visão não satisfatória com óculos
- Tipos de LC
o Cones incipientes
Lentes gelatinosas esféricas ou tóricas: siloxane-hidrogel,
preferencialmente, se os parâmetros permitirem. AV com
lente = com óculos (o que melhora em relação aos óculos são
as LRGP)
o LRGP esféricas
Cones centrais e redondos iniciar com LRGP esféricas de CB
mais curvas do que K e com diâmetros menores (8,0-8,7)
Cones ovais e descentrados inferiormente começar com
curvas em K ou mais planas e com diâmetros maiores (9,0-9,5)
1. Ceratocones incipientes
o Livramento apical no cone incipiente < 46 D
o Lente monocurva
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o Se não conseguir livramento apical fazer padrão de 3 toques
o LRGP multiesférica Testar em cones descentrados inferiormente
o LRGP asféricas indicações: cones ovais e descentrados
inferiormente
O melhor padrão vai ser quando houver o mínimo toque e a melhor distribuição de fluoresceína.
Não existe marca soberana. Cada ceratocone varia com o tipo de desenho e marca.
2. Cones moderados e avançados
o Quando o padrão de adaptação não for satisfatório com as LRGP
esféricas usar lentes soper (bicurvas)
Lentes esclerais
- Vantagens:
o Adaptação em córneas com topografias irregulares
o Maior estabilidade para lentes com alto poder dióptrico
o Menor sensação palpebral, maior conforto
o Menor retenção de corpos estranhos atrás das lentes
o Menor perda das lentes, devido à ação palpebral
o Melhora dos sintomas de olho seco
- Desvantagens
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o Mais dispendiosa
o Colocação requer maior habilidade e com ventosa
o Tamanho pode intimidar paciente, provocando sensação de volume
e aparência de pseudo-propotose
o Fenestrações: podem deixar passar bolhas de ar causando alterações
visuais e também podem produzir um gradiente de pressão, levando
a uma adaptação + apertada, especialmente no limbo
o Propensão à hipóxia (uma das piores complicações), principalmente
nas LC de PMMA, mas também pode ocorrer em lentes de Dk alto,
pela ausência de troca lacrimal neovascularização e edema de
córnea, que dificultam um possível transplante futuro de córnea.
o Necessita de reavaliação frequente, pois mesmo com teste de
adaptação adequada, o paciente precisa ser reavaliado devido a
alterações que podem surgir
- Adaptação
o Método de adaptação pode variar de acordo com o fabricante
o Escolha da LC pode com base em:
Diâmetro corneano (2 mm maior que o limbo)
Ceratometria central
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Altura sagital ou “Sag”da córnea (distância entre o ápice e a
base da córnea)
o Fase 1: escolha do diâmetro – a lente deve ser cerca de 2mm > que o
limbo, sendo + facilmente observado com a luz de azul de cobalto. A
medida do HVID (diâmetro horizontal da íris visível) é bastante útil
o Fase 2: escolha da altura sagital (Sag) – observado empiricamente ao
olharmos a córnea de perfil. Será avaliada pela largura do menisco
lacrimal e o ajuste pode ser feito considerando-se a correção de
0,1mm de Sag para cada 1mm de toque na córnea. Não se deve
haver nem toque central nem toque periférico
- Altura sagital
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o Pode ser estimada de forma empírica e subjetiva ao se examinar a
córnea do paciente lateralmente ou de forma mais precisa com o
auxílio de exames de imagem (OCT de câmara anterior ou Pentacam)
- LC bem adaptada
Centralizada
2 mm maior que o limbo
Sag ao redor de 100 micra
Sem toque central ou periférico
Borda alinhada, sem compressão ou elevação
Sem movimento ou muito discreto
- Complicações
o Principais:
Edema corneano (27%)
Desconforto (24%)
Neovascularização corneana periférica (12%)
o Causas: adaptação insatisfatória em que negligenciou-se a presença
de toque corneano e/ou limbar, a espessura excessiva do
reservatório interno (Sag), e a interrupção do fluxo episcleral limbar
das lentes demasiadamente apertadas
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o Conduta: retirar LC, esperar a córnea recuperar e decidir após se
adaptar lente corneal ou readaptar lente escleral
- Lentes esclerais
o Solótica
o Ultralentes
o Mediphacos
o World vision
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O que o oftalmologista deve saber sobre refração?
o Boa anamnese
o Determinar poder dióptrico do olho
o Decidir se prescrever e quando prescrever
- Anamnese
o Idade e profissão
Diferentes necessidades visuais (perto, longe e meia distância)
Estimar amplitude de acomodação
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Tolerância acomodativa é o valor até quanto conseguimos acomodar sem desconforto.
o Queixa principal
O motivo de o paciente estar ali
o Antecedentes oculares
Uso ou não de óculos (tipo e lensometria)
Se intolerante aos óculos, quais motivos
Cx prévias
Uso de colírios
o Antecedentes pessoais
DM (astigmatismo, miopia e hipermetropia)
HAS (olho seco), anemia severa (diminui amplitude de acomodação)
Uso de drogas antiparkinsonianas, relaxantes musculares para trato
gastrointestinal, topiramato, fenotiazidas e amitriptilina (diminuem
acomodação), sulfonamidas (miopia reversível),
parassimpaticomiméticos tópicos (espasmo de acomodação)
Paciente > 50 anos com queixa de BAV pensar nas 2 principais causas: DM e catarata
- Acuidade visual
o Monocular
o Sem correção, com correção e estenopeico
- Refratometria
- Testes subjetivos
- Cilindro cruzado
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o Investigar se existe astigmatismo: colocar o cabo do cilindro posição 90 –
180⁰; 135 - 45⁰
o Emétrope: cilindro cruzado gera astigmatismo simétrico tanto quando o
cilindro negativo está a 90⁰ como a 180⁰
- Teste bicromático
o Avalia hipercorreção em míopes
o Se o paciente disser que está vendo melhor no verde, ele está
hipercorrigido
- Balanço acomodativo
o Objetivo: deixar a acomodação balanceada
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- Teste de balanço muscular
o Método da dissociação prismática
o Coloca-se 6 em um olho = diplopia, OD verá objeto mais inferior
Se objetos duplos estiverem um sobre o outro na mesma vertical =
ortoforia
Se o objeto estiver inferior à esquerda do superior = exodesvio
Se o objeto estiver inferior à direita do superior = endodesvio
- Balanço vertical
o Serve para identificar qual olho com hiperdesvio/hipodesvio
o Coloca-se o prisma com base nasal, e pergunta-se ao paciente em qual
lado ele está vendo a imagem mais baixa
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- Medida de distância nasopupilar
o Por pupilômetro ou régua
o Para lentes progressivas, mede-se a DNP de perto e acrescenta-se 2,5
mm para estimar a DNP de longe
- Fundoscopia
- Biomicroscopia e tonometria
- Calcular a distância-vértice nas altas ametropias
- Quando prescrever?
- Hipermétropes
o Com esotropia prescrever hipermetropia total (cicloplegia)
o Como exotropia corrigir o suficiente para proporcionar boa AV e
provocar convergência acomodoativa (tolerância acomodativa)
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Sugestão de prescrição
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- Astigmatismo: limites normais e evolução
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- Indicações para prescrição de óculos (resumo):
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Anisometropias
- Definição:
o Diferença de erro refrativo (ametropia) entre os dois olhos
- Classificação
1. Hipermetrópica simples: um olho hipermétrope e outro emétrope
2. Miópica simples: um olho míope e outro emétrope
3. Astigmática simples: um olho astigmata e outro emétrope
4. Miópica composta: dois olhos míopes, um mais do que outro
5. Hipermetrópica composta: dois olhos hipermétropes, um mais do que
outro
6. Astigmática composta: dois olhos astigmatas, um mais do que outro
7. Antimetropia: um olho míope e outro hipermétrope
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C. Mista
-
- Sintomas na anisometropia não corrigida
a) Simples: provavelmente assintomática e haverá risco de ambliopia
nas hipermetrópicas e astigmáticas
b) Compostas:
o Hipermetrópicas: podem ter borramento visual e/ou astenopia
dependendo da quantidade de hipermetropia.
o Miópicas: borramento visual é a principal causa
- Cálculo de aniseiconia
- Observações e diferenças
o Nas anisometropias axiais, a melhor forma de correção para diminuir a
aniseiconia é óculos, enquanto nas anisometropias refrativas, a menor
aniseiconia é com LC (pois estas diminuem mais a aniseiconia e
anisoforia que o óculos)
o Na correção de anisometropias axiais com óculos cuja aniseiconia é de
até 1%, os óculos são bem tolerados. Quando essa anisometropia for de
1 – 5%, devemos mudar a magnificação da imagem retiniana para poder
ocorrer a fusão. Se anieiconia > 5%, não haverá binocularidade
Portanto a correção de anisometropias axiais com óculos ocorrerá em
anisometropias com aniseiconia até 5%
o Prescrição de óculos nas anisometropias axiais com aniseiconia de 1 –
5%:
Prescrever as lentes, orientando o óptico a aumentar a curvatura
anterior e/ou espessura da lente no olho mais míope ou diminuir a
curva anterior e/ou espessura da lente do olho mais hipermétrope
Sempre indicar armações pequenas e com menor distância vértice
possível
Avaliar necessidade de correção baseado nos sintomas, AV<
tolerância na armação de prova
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Refração nas altas ametropias
- Atenção
o Refração cuidadosa
o Distância ao vértice
o Equilíbrio binocular
o Distância nasopupilar
o Centralização das lentes
o Material das lentes, armação, montagem e ajuste
- Importante
o Escolher previamente a armação
o Armação de prova: maior lente mais próxima do olho
o Medir DV
- Técnica de refração
o AV
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o Refrator
o Armação e lentes de prova
o Sobre-refração
O foco da lente deve coincidir com o ponto remoto. Na miopia, quando se aproxima a lente, deve-se então
diminuir o poder da lente para o ponto remoto coincidir com o foco. Já na hipermetropia, quando se aproxima a
lente, deve-se aumentar o poder da lente para haver o mesmo efeito
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Deve-se principalmente evitar as descentrações de base temporal nas hipermetropias.
Aros pequenos
- Afacia
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o Ausência do cristalino
o Mono ou binocular
o Problemas da correção:
Magnificação de 20-35%
Alteração de percepção da profundidade
Distorção
Mudanças do poder dióptrico em mínimas mudanças de
distância ao vértice e inclinação pantoscópica
Escotoma em anel (efeito prismático base nasal na periferia da
lente)
o Refração do afácico
Realizar sobre seus óculos para ter sob controle a distância
vértice, a curva base e a inclinação pantoscópica
Armação de prova e medida de distância vértice são outras
opções
Se afacia monocular, é preferível prescrever lentes de contato
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Bifocais: películas pequenas e altas (1mm de CO) para aproximar
centros ópticos longe/perto e adições até 2,50 D
- Hipermetropia
o Alto índice
o Armação pequena
o Lentes asféricas
o Centralização dos CO
o DV pequena
Armação pequena
O peso dos óculos pode até causar carcinoma de pele. As lentes de resina são mais leves e aconselhadas para esses
casos de redução do peso dos óculos
- Astigmatismo
o Acima de 5,00 D
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o Frequentemente irregular
o AV baixa
o Ambliopia meridional
o Podem modificar a adaptação
Aniseiconia meridional
Correção prévia
o Opções
Correção total
Correção parcial + EQ esférica
- Causas de insucesso
o Fatores inerentes aos ópticos
o Fatores inerentes aos oftalmologistas
o Fatores inerentes aos pacientes
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4. Descentração dos centros ópticos DNP diferente da prescrita
o Efeito prismático (EP)
o EP = Poder dióptrico x descentralização em cm
o Queixas: visão confusa e desconforto para ler
o Lentes progressivas: campo de visão diminuído e visão
confusa
5. Inclinação inadequada
o Inclinação normal 8⁰ e para lentes multifocais deve ser em
torno de 10 – 15⁰ em relação ao plano de face
o Quando o eixe visual está disposto obliquamente à uma
lente esférica, esta se trasnformará em uma lente esfero-
cilíndrica: poder esférico maior e cilindro com eixo 180⁰
o Queixa: sensação de incômodo e distorção das coisas,
redução do campo visual para perto e BAV para perto
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6. Posição do cilindro
o Além de 2,00D – cilindro nas face côncava, principalemente
nas anisometropias
o Cilindro na face côncava diminui não só o astigmatismo
marginal, mas também o efeito de magnitude
o Aferição através do esferômetro
7. Mudança na curva posterior
o A superfície da lente reflete cerca de 8% do raio luminoso
o A mudança da curva posterior provoca mudança dos
reflexos, sendo os míopes os mais sensíveis, mesmo nas
baixas ametropias
o Sempre que possível devemos manter as mesmas curvas
posteriores nas trocas dos óculos
o Correção: película anti-reflexo, < distância vértice, aplanar a
face côncava ou mudar a inclinação da lente
8. Curva base
o Curva base adequada é escolhida com auxílio de tabelas
para diminuir aberrações
o Curvas de margem corrigida: + 8,00 a -20,00
o Além de 8,00 D – Lentes asféricas
9. Manter a distância vértice prescrita pelo oftalmologista nas
altas ametropias
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o Foco da lente – ponto remoto para correção da ametropia
do olho
Prestar atenção principalmente em idosos, que muitas vezes se cansam durante a
refração e se afastam do aparelho de Greens.
10.Multifocais
o Início da área de progressão em posição horizontal com a
postura do paciente
o Inclinação de 10 – 15⁰ para que a lente forme um ângulo de
90⁰ com o eixo visual: é um dos principais motivos, e é comprovada
quando colocamos a haste um pouco mais pra cima e o paciente passa então a dizer
que consegue ler. Daí, faz-se uma carta para a óptica para aumentar a inclinação.
Prestar atenção que, com a alteração da inclinação, os centros ópticos também
podem precisar ser alterados com a nova alteração.
o Seguir as instruções fornecidas pelos fabricantes para
montagem das lentes
o Cruz central deve estar no eixo pupilar
o Distância vértice: menor possível para aumentar a largura
do campo para perto
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4) Medir as distância vértice do exame nas altas ametropias
5) Medir a distância nasopupilar, especialmente na prescrição de
multifocais
6) Medir DNP perto e acrescentar 2,5 mm para cada olho = DNP
de longe para lentes progressivas convenionais
7) Determinação da adição conforme: idade, profissão e
amplitude de acomodação
8) Identificar se houver anisometropia axial, formas de diminuir
aniseiconia, mudando curva base, espessura e/ou distância
vértice
Lentes progressivas
- Desenhos
o Fatores
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Tamanho e localização das superficies anteriores esféricas das
áreas de longe e perto
Comprimento e largura do corredor de progressão
Distribuição do astigmatismo marginal indesejado
- Tipos
1. Monodesign: a quantidade de astigmatismo indesejado (aberração
periférica) é proporcional à adição
2. Multidesign: Série de desenhos usados para controlar aberrações
periféricas quando a adição aumenta. À medida que a adição
aumenta, as aberrações periféricas se estendem para a área de
longe
3. Simétricas ou assimétricas
Classificação conforme zonas de visão e corredores
A. Desenhos “Hard”:
Zonas de visão mais larga e corredor mais curto
Sintomas de tontura e flutuação durante movimentos de
cabeça (distorção periférica)
A área de meia distância é muito ruim
Proporciona um campo mais largo de visão, necessitando de
menos movimentos de cabeça ou dos olhos do paciente
B. Desenhos “Soft”:
Áreas de visão mais estreita e corredor mais longo
As mudanças de grau são mais graduais, se espalhando para
uma área mais ampla
Zona longe asférica (menos astigmatismo inferior e maior
superior) ou esférica
C. Otimizadas/Ergonômicas
Mais modernas que se situam entre as propriedades dos tipos
anteriores
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- Lentes semi-progressivas
o Área de longe – dioptria 0,75 a 1,50 D menos positiva que o poder da
lente para perto
o A área de visão para longe é totalmente eliminada
o Consequentemente, obtém-se grande área de perto com um
corredor intermediário muito amplo na horizontal e na vertical
o Comparadas com as lentes progressivas, sua área de perto é 3x
maior, e a área intemediária é cerca de 15x mais ampla
o As aberrações astigmáticas laterais não ultrapssam 0,50 D, por isso,
raramente causam problemas de adaptação
o Indicação: présbitas que necessitem de correção para perto e
distância intermediária e com pouca/nenhuma necessidade de
correção para longe
o Prescrição: receita-se o grau para perto, as distâncias naso-pupilar
direita e esquerda de perto e a marca de lente indicada
o Desvantagens x vantagens:
Melhor estética e visão de longe, perto e distância
intermediária na mesma lente
Desvantagens: zonas de aberração, menor campo de visão para
perto, montagem precisa, adaptação mais trabalhosa e custo
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Material das lentes oftálmicas
- Considerações gerais
o As lentes possuem uma face anterior côncava (efeito de
convergência) e uma face posterior convexa (efeito de divergência)
o O poder da lente varia conforme
Curvatura das suas faces
Espessura
Densidade óptica do material
o Logo, para preferir lentes mais/menos espessas e mais/menos
curvas, devemos decidir o material da lente
o Na prática, quanto maior o índice de refração do material, mais fina
será a lente
- Aberrações
o Ocorrem porque os raios que incidem próximo às bordas são muito
mais refratados do que os que incidem próxmo ao eixo óptico
o Quando a dioptria é baixa, isso não é problema pois a pupila regula a
quantidade de feixes luminosos e elimina os raios mais periféricos
o Porém, quando se trata de um alto grau positivo, a única solução de
reduzí-las é o uso de lentes asféricas
o Aberração astigmática/cromática ocorre quando um feixe de luz
incide obliquamente em superfícies esféricas e a imagem
correspondente não será um ponto, mas linhas ou formas alongadas
em planos perpendiculares entre si
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Em pacientes com alta ametropia, quando se olha fora do centro óptico, os objetos ficam deformados, que podem
ser em crescente (no hipermétrope) ou barriete (impressão que o chão sobe no caso do míope).
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Tipos de materiais, vantagens e desvantagens. Ajuda na decisão de uma lente mais leve com melhor
qualidade óptica e estética dentro das limitações/ametropia do paciente.
- Tratamentos de superfície
o Endurecimento térmico e químico dos cristais ópticos: aumenta
resistência da lente
o Tratamento anti-reflexo: várias camadas de substâncias que vão
diminuir reflectância da lente
o Anti-risco: obrigatório das resinas
o Filtro UV: A proteção UV deve ser no mínimo 90% da radiação até da
radiação até 400 nm.
o Tingimento: Ajuda nos pacientes com fotofobia
o Tratamento polaroide: muito usado nas lentes solares, pra quem
trabalha com luz externa, como esportes radicais. Filtram em até
90% do brilho. Composta por 7 camadas
Camada 1: filtro polaroide para eliminação do brilho
Camadas 2 e 3: Filtro de absorção de UV. Oferecem ptoteção
total, filtrando todos os raios até 400 nm
Camadas 4 e 5: camadas de suporte para resistência à quebra
Camadas 6 e 7: Camadas de resistência ao risco
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