4 - Consumo de Cafeína

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Brazilian Journal of Development

Consumo de cafeína: uma abordagem bioquímica e sociocultural num ambiente


escolar

Caffeine consumption: a biochemical and socio-cultural approach in a school


environment

DOI:10.34117/bjdv6n7-601

Recebimento dos originais: 18/06/2020


Aceitação para publicação: 23/07/2020

Daniel Elias de Paula Araujo


Técnico em Química pelo Instituto Federal Catarinense
Instituição: Instituto Federal Catarinense – IFC
Rodovia BR 280 - km 27 - Cx. Postal 21 - CEP 89245-000
Araquari - SC, Brasil
E-mail: danksluker@gmail.com

Fabiúla Suianí Delfino


Técnico em Química pelo Instituto Federal Catarinense
Instituição: Instituto Federal Catarinense – IFC
Endereço: Rodovia BR 280 - km 27 - Cx. Postal 21 - CEP 89245-000
Araquari - SC, Brasil
E-mail: fabisuiani@gmail.com

João Vitor Provesi


Técnico em Química pelo Instituto Federal Catarinense
Instituição: Instituto Federal Catarinense – IFC
Endereço: Rodovia BR 280 - km 27 - Cx. Postal 21 - CEP 89245-000
Araquari - SC, Brasil
E-mail: provesijoaovitor@gmail.com

Luiz Gustavo Skiba


Técnico em Química pelo Instituto Federal Catarinense
Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
Endereço: Rua Eng. Agronômico Andrei Cristian Ferreira, s/n, Trindade
Florianópolis - SC, CEP 88040-900
E-mail: luizgustavoskiba@gmail.com

Marcelo Gabriel Hasper


Técnico em Química pelo Instituto Federal Catarinense
Instituição: Universidade Federal do Paraná – UFPR
Endereço: UFPR – Campus Curitiba, Rua XV de Novembro, 1299, Centro
Curitiba - PR, CEP 80060-000
E-mail: marcelogabrielh@gmail.com

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Paula Vergara da Silva
Mestre em Ciência e Tecnologia Agroindustrial pela Universidade Federal de Pelotas
Instituição: Instituto Federal Catarinense – IFC
Endereço: Rodovia BR 280 - km 27 - Cx. Postal 21 - CEP 89245-000
Araquari - SC, Brasil
E-mail: paula.silva@ifc.edu.br

Rafael Carlos Eloy Dias


Pós-doutor em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Zurich University of Applied Sciences
Instituição: Instituto Federal Catarinense - IFC
Endereço: Rodovia BR 280 - km 27 - Cx. Postal 21 - CEP 89245-000
Araquari - SC, Brasil
E-mail: rafael.rafaeltam@gmail.com

RESUMO
A cafeína é uma das substâncias com efeito psicoestimulante mais utilizadas pelo homem há mais de
600 anos e está presente em diversos produtos naturais e industrializados. Seu uso pode causar efeitos
fisiológicos diversos. Em outra vertente, os produtos cafeinados podem ser promotores de encontros
sociais e isso varia de acordo com a região geográfica em que estão os consumidores. Este trabalho
buscou compreender os efeitos biológicos da cafeína na saúde humana para elencar vantagens e
desvantagens do seu consumo e mensurar o nível de conhecimento dos consumidores de uma
comunidade acerca disto; foi também traçar o perfil do consumo da cafeína da população estudada.
Como abordagem metodológica, foram feitas pesquisas bibliográficas em livros e artigos na web e
entrevistas com alunos e servidores de uma instituição de ensino por meio de questionário
desenvolvido pelo grupo de pesquisa. O trabalho mostrou bom nível de conhecimento da população
sobre a cafeína, sua presença nos produtos diariamente consumidos e efeitos na saúde, além de indicar
que os produtos cafeinados são motivacionais para reunião de pessoas.

Palavras-chave: Produtos cafeinados, Comportamento, Compostos bioativos, Alcaloides

ABSTRACT
Caffeine is one of the substances with a psychostimulant effect most used by men for more than 600
years and is present in several natural and industrialized products. Its use can cause various
physiological effects. On the other hand, caffeinated products can be promoters of social gatherings
and this varies according to the geographical region where the consumers are. This work sought to
understand the biological effects of caffeine on human health in order to list the advantages and
disadvantages of its consumption and to measure the level of knowledge of consumers in a
community about it; it also sought to profile the consumption of caffeine in the population studied.
As a methodological approach, bibliographic research in books and articles on the web and interviews
with students and staff of an educational institution were carried out through a questionnaire
developed by the research group. The work showed a good level of knowledge of the population
about caffeine, its presence in products consumed daily and effects on health, in addition to indicating
that caffeinated products are motivational for meetings of people.

Keywords: Caffeinated products, Behaviour, Bioactive compounds, Alkaloids

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1 INTRODUÇÃO
Substância psicoativa mais popular e consumida no mundo, a cafeína é uma molécula
alcaloide derivada da xantina, possui fórmula molecular C8H10N4O2 e é utilizada principalmente
como estimulante do Sistema Nervoso Central (SNC). Existem várias discussões sobre o efeito da
cafeína no organismo humano, desde aspectos que consideram a substância como prejudicial à saúde
se consumida em excesso, até o benefício causado pela mesma como recurso para aumento do
desempenho em exercícios físico e esportes, e aumento de algumas capacidades psicomotoras
(ALTIMARI et al., 2000). São diversas as fontes naturais de cafeína, como grãos, frutos de diversas
plantas, e ervas. Além disso, são vários os produtos encontrados no cotidiano que contém cafeína,
sendo eles bebidas como café, chás, refrigerantes, energéticos e chocolates, suplementos para
academia e medicamentos.
Os efeitos fisiológicos causados pelo consumo da cafeína no organismo humano podem variar
de acordo com a quantidade ingerida, idade e massa corporal (HECKMAN et al., 2010). Dentre as
xantinas, a cafeína é o estimulante mais potente, podendo causar a dependência química. A cafeína é
metabolizada pelo fígado, tendo um ciclo de atuação no organismo de três a seis horas, e, logo após,
os produtos de seu metabolismo são eliminados por processos de excreção, especialmente pela urina.
Para uma pessoa adulta de 70 kg, 10 g de cafeína pode ser letal, o que é equivalente a 100 xícaras de
café (BRENELLI, 2003). Dentre as várias pesquisas existentes, discutem-se as relações de quantidade
de ingestão da cafeína a fatores prejudiciais à saúde. Segundo Heckman, Weil e Meija (2010), uma
quantidade moderada e segura de cafeína está em torno de, no máximo, 400 mg por dia.
Existe uma abrangência mundial no consumo da cafeína e, portanto, uma influência
considerável desta substância no meio social. Desta forma, qualquer propriedade fisiológica da
cafeína afeta muitas pessoas (CAMPOS, apud STEIN, 2011). Apesar da cafeína ter sido largamente
estudada, muitos trabalhos enfatizam a necessidade de se ampliar e aprofundar ainda mais os estudos
médicos e acadêmicos, para assim investigar as particularidades das ações da substância no
organismo, como por exemplo, o trabalho de Higdon e Frei (2007) que sugere que os efeitos em
adultos e em adolescentes devem ser comparados. Ao contrário da abundância de estudos biológicos
e físico-químicos sobre a cafeína, há uma escassez de dados sobre o nível de conhecimento dos
consumidores e da população em geral sobre a ação da cafeína no organismo e os efeitos sociais e
culturais causados direta ou indiretamente pelo consumo de produtos alimentícios e medicinais que
contêm a cafeína.
Desta forma, este trabalho objetivou avaliar a ação da cafeína no organismo humano descrita
na literatura para poder analisar a influência sociocultural gerada pelo consumo de produtos
cafeinados em uma comunidade.

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2 MATERIAL E MÉTODOS
Segundo Barros e Lehfeld (2007), a técnica padronizada da coleta de dados é realizada
principalmente por meio de questionários e da observação sistemática. Nesse tipo de pesquisa, não
há interferência do pesquisador, isto é, ele descreve o objeto de pesquisa, procura descobrir a
frequência com que um fenômeno ocorre, sua natureza, características, causas, relações e conexões
com outros fenômenos sem acrescentar sua opinião. A pesquisa descritiva engloba dois tipos:
pesquisa documental e/ou bibliográfica e a pesquisa de campo. Esta pesquisa compreendeu uma
revisão sobre os efeitos da cafeína no organismo humano e elucidação da sua bioatividade para que
um questionário fosse produzido acerca destes efeitos e em relação a questões sociais e culturais da
comunidade do Instituto Federal Catarinense - Campus Araquari. A pesquisa foi realizada por meio
dos seguintes métodos: pesquisas bibliográficas, tendo como base livros e artigos científicos
impressos e eletrônicos; discussões em grupo sobre o assunto em pauta; elaboração de questionário
impresso; aplicação do questionário com alunos, professores e demais servidores do IFC – Araquari
(entre abril e maio de 2017); avaliação dos resultados e divulgação.
A amostragem foi realizada de acordo com o número de servidores e alunos do Ensino Médio,
estes do 1º ano (ingressantes do ano de 2017) sendo 39 alunos, e dos últimos anos (3º e 4º, ou seja,
os formandos), 55 alunos. Além de 41 servidores, que envolviam professores, técnicos
administrativos, servidores terceirizados e demais funções.
Os gráficos foram construídos utilizando-se programa Excel 2010 (Microsoft®).
O questionário abordou aspectos relacionados aos efeitos da cafeína na saúde e costumes
sobre o consumo de diversos produtos. O nível de conhecimento da comunidade foi observado em
relação a efeitos no organismo, nível seguro de consumo, consequência do uso exagerado e
inconsciente, benefícios do uso moderado e presença do alcaloide em diversos produtos, servindo
também como ferramenta para avaliar efeitos socioculturais promovidos pelo consumo de produtos
cafeinados.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 EFEITOS BIOQUÍMICOS DA CAFEÍNA EM HUMANOS
Em seu estado puro, a cafeína (1,3,7-trimetilxantina) existe em forma de um pó branco ou em
pequenas agulhas quando na ausência de umidade. É uma substância inodora de gosto amargo. Possui
densidade de 1,2 g/cm³, ponto de fusão de 238°C e de sublimação, 178°C em condições normais de
temperatura e pressão (AGYEMANG-YEBOAH; ASARE-ANANE; OPPONG, 2013). A cafeína é
hidrossolúvel (máximo de 2,17 g/100 mL de água, a 25°C) e termo resistente pois suporta

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temperaturas elevadas, como ao processo de torra e a extração da bebida café (DIAS; BENASSI,
2015).
A cafeína desempenha função estimulante do sistema nervoso central (SNC) e, por ser
estruturalmente parecida com a molécula de adenosina, age como antagonista nos receptores da
mesma, impedindo as ligações do SNC com a molécula de adenosina, o que, por vez, estimula os
centros vasomotores, medulares e respiratórios no cérebro (NCI, 2015). Este mecanismo é
responsável pelo principal efeito da cafeína, o estímulo cerebral, que produz a sensação de despertar
no consumidor após determinadas doses da substância e, inclusive, é comum observar indicações de
produtos cafeinados no cotidiano para combater o cansaço tanto mental quanto físico.
Mesmo ainda não sendo um assunto muito esclarecido cientificamente, afirma-se que o
consumo de cafeína pode causar o aumento da pressão arterial, assim como o risco de
desenvolvimento de arritmias majoritariamente as taquiarritmias que, explicado por Queiroz (2015),
é a alteração da frequência cardíaca, podendo resultar em mais de 100 batimentos por minuto. A
cafeína também age como antagonista da vitamina B6, causando aumento da concentração plasmática
de hemocisteína. A elevação deste aminoácido na corrente sanguínea prediz risco de doenças
cardiovasculares. A cafeína também tem efeito discreto sobre a frequência e intensidade respiratória.
Isso se deve mais uma vez ao seu efeito de receptor antagonista de adenosina localizados nos centros
respiratórios superiores; desta forma ela aumenta a sensibilidade à concentração de gás carbônico e
então provoca tal eventualidade (ALMEIDA; PEREIRA; MOREIRA, 2013).
Há indícios de que a cafeína pode atuar como neuroprotetor, protegendo as células nervosas
contra a toxicidade da proteína β-amilóide, impedindo a redução progressiva das capacidades
cognitivas e assim, sendo capaz de evitar doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. Alguns
estudos, como o de Alves, Casal e Oliveira (2009) mostram indicativos do papel neuroprotetor da
cafeína. Também há estudos que sugerem que a cafeína tem associação inversa com os riscos de
outras doenças neurodegenerativas, como o mal de Parkinson, que provoca a degeneração dos
neurônios dopaminérgicos no cérebro. Verificou-se que homens que bebem pelo menos três ou quatro
copos de café por dia apresentam riscos cinco vezes menores de desenvolver a doença de Parkinson
do que os que não consomem, enquanto outra abordagem, feita com mulheres, notou que aquelas que
bebem no mínimo quatro copos de café diariamente têm riscos duas vezes menores de desenvolver a
doença neurodegenerativa. Porém, esses efeitos beneficentes são impedidos em mulheres que usam
estrogênio (ALVES; CASAL; OLIVEIRA, 2009).
O fato de os efeitos da cafeína não serem os mesmos em mulheres que fazem tratamentos com
estrogênio após a menopausa ainda não está bem claro, mas acredita-se que o uso desses estrogênios
impede a capacidade da enzima hepática CYP1A2 metabolizar a cafeína (HIGDON e FREI 2007).

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Ainda de acordo com Higdon e Frei (2007), há estudos que apresentam relação inversa entre o
consumo de cafeína com o risco de desenvolvimento de diabete tipo 2. Um deles, realizado na
Holanda com 17.111 homens e mulheres, identificou que as pessoas que bebiam pelo menos sete
copos (250 mL) de café por dia tiveram riscos 50% menores de desenvolver diabete tipo 2 do que
aqueles que bebiam dois copos ou menos por dia (van DAM e FESKENS, 2002).
Outro grande estudo feito nos EUA com 41.934 homens e 84.276 mulheres também encontrou
associação inversa, sendo que homens que bebiam pelo menos seis copos de café por dia
apresentaram riscos 54% menores de desenvolver diabete tipo 2 do que aqueles que não bebiam,
enquanto mulheres que bebiam no mínimo seis copos de café por dia apresentaram riscos apenas 24%
menores de desenvolver diabete tipo 2 do que aquelas que não bebiam. Em ambos os casos, o alto
consumo de cafeína foi associado com a diminuição nos riscos de desenvolvimento de diabete tipo 2
(SALAZAR-MARTINEZ, et al., 2004).
De acordo com Williams et al. (2002), as alterações fisiológicas e metabólicas causadas pela
ingestão da cafeína têm sido notadas como recursos ergogênicos há quase 100 anos. Porém, segundo
Altimari et al. (2000), apenas no início do século XXI houve um grande aumento na importância do
estudo da eficácia da cafeína como estimulante físico. A literatura tem apontado que a cafeína tem o
poder de modular o desempenho atlético, principalmente devido ao seu potencial de poupar o uso do
glicogênio muscular (ANNUNCIATO et al., 2009). Os estudos apontam melhoras significativas na
performance física após a ingestão de doses de 3 a 6 mg/kg de massa corporal (ALTIMARI et al.,
2005). Apesar de seu potencial ergogênico ter sido relatado, a cafeína não é um estimulante proibido
pela Agência Mundial Antidoping (WADA) desde 2004. Porém, seu uso ainda é regularizado pelo
Comitê Olímpico Internacional (COI) (GOSTON, 2011).

3.2 CONSUMO DE BEBIDAS CAFEINADAS: EFEITOS SOCIOCULTURAIS


Quando se deparam com a palavra “cafeína”, muitas pessoas pensam apenas no café, pois o
café é a principal fonte de cafeína para a maior parte da população mundial. Nesta vertente, algumas
das influências sociais e culturais promovidas muitas vezes inconscientemente pelo consumo de um
simples “cafezinho” podem ser observadas e estudadas. Desde o século XV, o café é uma das
principais bebidas de consumo humano, especialmente pelo seu sabor e odor característicos,
dificilmente reproduzido por outras bebidas. Segundo Looijen (2012), para muitas pessoas a
popularidade do café deve-se ao seu sabor e efeito estimulante da cafeína, que leva muitas pessoas a
consumir a bebida principalmente quando estão se sentindo cansadas. Porém, estas não são as únicas
causas de sua vasta abrangência. Seu local de consumo se tornou um ponto de encontro de intelectuais

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a partir do século XV em países como França e Holanda, que tinham o intuito de compartilhar
conhecimento.
Atualmente, a influência continua em vigor, considerando que cafeterias (coffee houses),
panificadoras, lanchonetes, seus principais pontos de venda, continuam sendo utilizados como local
de reuniões, não só pela bebida, mas também por serem, geralmente, ambientes confortáveis e
agradáveis para uma conversa. Segundo Matsumoto, Rosaneli e Biancardi (2008) o café não se
restringe somente a uma simples bebida, significa uma cultura gastronômica que ao longo de muito
tempo é vivenciada e degustada em um processo constante de afetividade e sociabilidade.
Existem algumas versões para a vinda do café ao Brasil, porém, a mais aceita é a de que suas
primeiras mudas foram surrupiadas da Guiana Francesa e trazidas ao estado do Pará pelo sargento
Francisco de Mello Palheta, em 1727. As mudas se adaptaram aos solos brasileiros, tornando o Brasil
um dos maiores exportadores do grão. Atualmente, mais de 90% dos brasileiros bebem ao menos
uma xícara de café por dia (AITH, 2006). Os locais de encontro, comerciais ou não, informais ou de
negócios, atualmente são utilizados por consumidores e admiradores não somente do café, mas
também de diversas bebidas elaboradas com grãos e folhas, como chás, refrigerantes e energéticos,
que também contém a cafeína. Outro fator social observado é que o consumo de suplementos e
produtos energéticos estimulam os consumidores a estarem cada vez mais interagindo uns com os
outros, já que os mesmos costumam frequentar ambientes ao ar livre e academias por exemplo, que
abrangem o público que comumente faz uso de tais produtos.

3.3 O PERFIL DOS ENTREVISTADOS


Dentre os entrevistados do presente estudo, os alunos ingressantes do Ensino Médio tinham
entre 14 e 17 anos, e metade dos formandos tinham entre 18 e 23 anos; 3/4 dos servidores tinham
entre 31 e 50 anos. A Figura 1 mostra informações a respeito do consumo dos produtos cafeinados
entre cada categoria (relacionadas às questões 4 e 10 do questionário - Anexo I). É perceptível um
consumo maior de café e chá por parte dos servidores em relação aos alunos, sendo que entre os
servidores, o café é inclusive mais consumido que a água mineral. Outro dado interessante é o fato
de as bebidas energéticas estarem muito mais presentes no meio juvenil. Isto pode ser causa do meio
social no qual eles se encontram. Em geral, essas bebidas são utilizadas para retirar o sono. Sabe-se
que muitos dos alunos dos cursos técnicos têm aulas em períodos matutinos e vespertinos, e em
muitos semestres o número de disciplinas ultrapassa 20. Nenhum servidor assinalou o consumo
semanal de bala de café (menos de 5% dos entrevistados) ou chocolate, concordando com a pesquisa
de Osman e Sobal (2006).

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Figura 1. Produtos consumidos toda semana (a) e ocorrência da cafeína (b), segundo os entrevistados

O questionário (Anexo I) forneceu informações para se avaliar a relação entre a quantidade


de cafeína ingerida pelos consumidores entrevistados e os momentos desta ingestão. Observou-se que
o mais recorrente é o consumo de duas a três vezes por dia considerando as três categorias de

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entrevistados. Esses momentos de consumo ocorrem em sua maioria pela manhã, apontado por quase
35% dos alunos formandos e, em média, 30% dos servidores e 30% dos alunos do primeiro ano
(Figura 2a).

Figura 2. Momentos da ingestão de cafeína (a) e frequência de consumo (b) dos entrevistados

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A cafeína deve ser consumida em porções controladas, ou seja, não pode ser ingerida
indiscriminadamente. Muitos dos entrevistados (acima de 18%) a consomem em momentos não
definidos. Também é superior o número de servidores que consomem cafeína mais de 5 vezes por
dia. Do total dos entrevistados, mais de 20% dos alunos do primeiro ano, em média 10% dos alunos
formandos e praticamente 5% dos servidores afirmam não ingerir cafeína (Figura 2b).
Foi solicitado o preenchimento de uma questão dissertativa para a definição que os
entrevistados têm em mente sobre a cafeína. Os três termos mais evidentes foram, respectivamente,
“substância energética”, citado por 30% dos entrevistados, “substância estimulante”, por 28% e
“substância química”, definição de 17% dos entrevistados. De fato, a cafeína é uma substância
química alcaloide (termo também citado na pesquisa), estimulante - portanto relacionado ao termo
“energética” (e não pela quantidade de calorias que fornece) (HECKMAN, 2010). Apesar dos termos
citados serem definições simples, mostram o bom entendimento da comunidade, com exceção de
alguns indivíduos que escreveram que a cafeína seria a “matéria-prima para a produção de café”,
quando, na realidade ela é um componente deste (Figura 3).
Dentre os consumidores de café que se lembravam do motivo pelo qual inseriram o café em
sua alimentação diária, a maioria dos formandos do Ensino Médio e dos servidores afirmaram que
foi pelo gosto e aroma (Figura 3). O café é conhecido pelo sabor e aroma bastante intensos e
exclusivos, com variações de corpo e acidez, que fazem desta bebida um produto bastante
personalizado e inconfundível, e, de fato, seduz o consumidor por estes atributos.

Figura 3. Motivo pelo qual o entrevistado iniciou o consumo de cafeína (a) e qual seria a definição de cafeína (b)

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Foi possível ter um panorama das diferentes formas de consumo do principal produto
cafeinado do Brasil, o café. Mais de 25% dos entrevistados, de uma forma geral, que se disseram
consumidores da bebida, afirmaram que o fazem em grupo (acima de 25% das respostas), número
menos expressivo diante daqueles que consomem sozinhos (acima de 40%). A porcentagem de
indivíduos que consomem café no trabalho/escola (acima de 45%) é menor que a do grupo que
consome em casa (acima de 60%). Como foi possível assinalar mais de uma opção, muitos dos que
consomem em casa também podem consumir no trabalho/escola, ou ainda sozinho e em grupo. Quase
metade dos servidores bebem seu café costumeiramente em locais de comércio. Os alunos tiveram
bem menos expressão nesta opção.
As Figuras 4 e 5 mostram, respectivamente, o nível de conhecimento dos entrevistados quanto
à relação entre consumo da cafeína e a saúde dos consumidores humanos, e as reações no organismo.
Mais de 70% dos entrevistados acreditam que, em curto ou longo prazo, o consumo de cafeína pode
aliviar o cansaço, aumentar a concentração e a frequência dos batimentos cardíacos. Isto expressa o
bom nível de conhecimento da população consultada para estes aspectos, considerando que a cafeína
é o estimulante natural presente em alimentos mais consumida diariamente (ALTIMARI et al., 2000).

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Nota-se também que mais de 70% das respostas apontam que as reações bioquímicas da
cafeína não incentivam o ato de suicídio de consumidores e não está relacionada com doenças
neurodegenerativas (Figura 4). Porém, existe uma relação importante que é preciso destacar. Estudos
mostram que a cafeína, quando consumida moderadamente (para café é o mesmo que três xícaras por
dia), têm efeito cientificamente comprovado para evitar o suicídio (HIGDON e FREI, 2007). Também
com doses semelhantes, o mal de Parkinson e Alzheimer foram reportados como doenças
degenerativas dos neurônios que têm seus sintomas reduzidos com o consumo de cafeína (van DAM
e FESKES, 2002; MASOOD e SULTAN, 2011).
Cerca de 70% das pessoas consultadas acreditam que a cafeína causa manchas nos dentes a
longo prazo. É normal fazer essa relação com a cafeína por associá-la quase que involuntariamente
ao café. Porém, não é a cafeína a causa deste problema odontológico e sim pigmentos desenvolvidos
em reações específicas que ocorrem durante a torra do grão de café, como a reação de Maillard, que
produz compostos escuros a partir de carboidratos e aminoácidos em mecanismos complexos
(OOSTERVELD; VORAGEN; SCHOLS, 2013).
Apesar de estimulante do bom humor, a cafeína não age no alívio de dores no corpo humano,
como responderam grande parte dos entrevistados (mais de 40%; efeito a longo prazo). A cafeína é
utilizada como base de medicamentos que prometem o alívio da cefaleia. Porém, mais de 20% dos
entrevistados entendem que a cafeína promove as dores de cabeça, a curto ou longo prazo (Figura 5).

Figura 4. Opinião dos entrevistados a respeito dos efeitos bioquímicos da cafeína para consumidores

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Observou-se ainda que mais de 30% dos entrevistados que consomem produtos cafeinados
sentem animação, alívio de cansaço, insônia e ansiedade, sensações semelhantes em níveis diferentes.
Porém a falta do consumo naqueles assíduos também causa ansiedade, além de azia e queimação no
estômago, dor de cabeça, falta de concentração, insônia, sonolência e tremor. Observa-se que os
sintomas de ansiedade e insônia são pertinentes tanto aos indivíduos que consomem quanto aos que
não consomem tais produtos (Figura 5). Isto indica que a ansiedade é sintoma de abstinência pelo
consumo ou privação de cafeína, efeitos oriundos da dependência de tal substância, concordando
assim com a caracterização dos efeitos bioquímicos descritos por Heckman et al. (2010).

Figura 5. Reações da cafeína reportados após o consumo

Desta forma, foi traçado o perfil dos consumidores de cafeína de uma comunidade específica
por meio de coleta de dados, análise e comparação com informações da literatura.

4 CONCLUSÃO
Foi possível projetar o perfil dos consumidores de produtos cafeinados na comunidade do
IFC – Campus Araquari. Existe uma grande ocorrência da cafeína na dieta deste meio ambiente
acadêmico, já que no mínimo 70% dos entrevistados consomem pelo menos um produto cafeinado
todo dia. Além disso, também pôde-se perceber um conhecimento comum da população a respeito

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da cafeína, embora às vezes equivocada, como a ideia de que a cafeína possa ser matéria prima do
café, mas em sua maioria, correto, como ser um composto químico estimulante.
Apesar de a cafeína trazer diversos benefícios, o seu consumo em excesso pode trazer danos
irreversíveis à saúde, a curto ou longo prazos. Observou-se que alguns mitos permeiam entre o
público explorado, porém o conhecimento geral foi considerado bom.
Quanto à quantidade consumida, os produtos cafeinados estão presentes na alimentação dos
entrevistados, em sua maioria, em quantidades aceitas como não prejudiciais pela literatura (até 400
mg diários de cafeína). Os produtos cafeinados foram considerados motivadores de presença da
atividade social dos entrevistados.

REFERÊNCIAS

AGYEMANG-YEBOAH, Francis; ASARE-ANANE, Henry; OPPONG, Sylvester Yaw (Ed.). 3.


Caffeine: The wonder compound, chemistry and properties. 3 ed. Kerala, India: Research
Signpost, 2013. 11 p. Disponível em: <http://www.trnres.com/
ebook/uploads/yeboahcontent/T_1372500799Yeboah 3.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2020.

AITH, M. Café: o grão que mudou o mundo: A chegada da Starbucks ao Brasil é apenas o lance mais
recente da fascinante história de 500 anos do café. Revista Veja, p.87, 2006.

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Anexo I. Questionário
Pesquisa: a cafeína no dia a dia das pessoas no IFC – Araquari

PESQUISA: A CAFEÍNA NO DIA A DIA DAS PESSOAS NO IFC - ARAQUARI

Perfil do avaliado
1) Nome (opcional):

2) Idade:
Entre 14 e 17 anos ( )
Entre 18 e 23 anos ( )
Entre 24 e 30 anos ( )
Entre 31 e 40 anos ( )
Entre 41 e 50 anos ( )
Entre 51 e 60 anos ( )
Acima de 60 anos ( )

3) Você é:
( ) Estudante do Ensino Médio
( ) Estudante do Ensino Superior
( ) Professor
( ) Técnico Administrativo
( ) Terceirizado
( ) Outro:

4) Quais produtos abaixo você consome frequentemente (toda semana)?


( ) Água mineral com gás
( ) Água mineral sem gás
( ) Bala de Café
( ) Bebidas energéticas
( ) Biscoitos
( ) Cafés
( ) Chás
( ) Chocolates
( ) Chimarrão (erva-mate)
( ) Iogurtes
( ) Leite
( ) Refrigerantes de cola
( ) Remédios analgésicos
( ) Salgadinhos
( ) Sorvetes
( ) Sucos industrializados
( ) Suplementos de academias
( ) Vinho

5) Quantas vezes por dia você consome café ou chá preto ou chocolate amargo?
( ) Não ingiro
( ) 1 vez por dia
( ) De 2 a 3 vezes por dia
( ) No máximo 5 vezes por dia

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( ) Mais de 5 vezes ao dia

6) Em que momento do dia você consome os produtos citados na questão 5? (Pode assinalar mais de
uma alternativa).
( ) Não ingiro
( ) De manhã
( ) Logo após o almoço
( ) À tarde
( ) À noite
( ) Não tem um momento específico

7) Em uma definição simples, para você, o que é a cafeína?

8) Por que você começou a consumir café?


( ) Não ingiro
( ) Influência de amigos e/ou familiares
( ) Curiosidade
( ) Para diminuir o sono
( ) Por causa do aroma/sabor
( ) Não lembro

9) Como você costuma beber café? (Pode assinalar mais de uma alternativa).
( ) Não ingiro
( ) Sozinho
( ) Em grupo
( ) No trabalho/escola
( ) Em casa
( ) Em cafeterias e bares

A cafeína e sua ocorrência

10) Na sua opinião, quais produtos podem conter cafeína?


( ) Água mineral com gás
( ) Água mineral sem gás
( ) Bala de Café
( ) Bebidas energéticas
( ) Biscoitos
( ) Cafés
( ) Chás
( ) Chocolates
( ) Chimarrão (erva-mate)
( ) Iogurtes
( ) Leite
( ) Refrigerantes de cola
( ) Remédios analgésicos
( ) Salgadinhos
( ) Sorvetes
( ) Sucos industrializados
( ) Suplementos utilizados em academias
( ) Vinho

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11) Considerando o efeito da cafeína sobre a saúde humana, assinale com P, L ou N:


P: efeito em pouco tempo.
L: efeito a longo prazo (após anos de ingestão diária)
N: não é causado pela cafeína.

( ) Aceleração dos batimentos cardíacos


( ) Alívio de dores no corpo
( ) Alívio do cansaço
( ) Aumento da frequência respiratória
( ) Aumento de gases no estômago
( ) Diabetes do tipo II
( ) Dor de cabeça
( ) Maior concentração
( ) Mal de Alzheimer
( ) Mal de Parkinson
( ) Mancha nos dentes
( ) Melhoria na digestão
( ) Prevenção do Mal de Alzheimer
( ) Problemas psicológicos que causam suicídio.

12) Assinale C para os efeitos que você sente ao consumir cafeína e N para os efeitos que sente
quando não consome cafeína. Caso não saiba a resposta, deixe em branco.
( ) Alívio do cansaço
( ) Animação
( ) Ansiedade
( ) Azia / Queimação
( ) Dor de cabeça
( ) Falta de concentração
( ) Insônia
( ) Sonolência
( ) Tremor
( ) Outros: _____________________________

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