Pratocas Pedagogicas Boaventura

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 17

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância – IED

Tema: A importância da Supervisão escolar.

Boaventura Armindo Rosário Código: 708224075

Curso: Licenciatura em ensino de Português


Disciplina: Práticas Pedagógicas I
Ano de frequência: 1º Ano

Pemba, Agosto de 2022


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
Estrutura organizacionai  Introdução 0.5
s  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada 2.0


ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
Conteúdo do discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise coesão textual)
 Revisão bibliográfica
e discussão
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
Estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
 Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em 4.0
citações/referências
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

2
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4

1.1. Objectivos ............................................................................................................................. 4

1.1.1. Objectivo geral ............................................................................................................... 4

1.1.2. Objectivos específicos .................................................................................................... 4

1.1.3. Metodologia do trabalho................................................................................................. 4

1.1.4. Estrutura do trabalho ...................................................................................................... 4

II. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................. 5

2. Conceito de Supervisão ............................................................................................................... 5

2.1. Conceitos de Supervisão Escolar .......................................................................................... 6

2.2. Evolução do Conceito ........................................................................................................... 6

2.3. O Papel da Supervisão Escolar para a melhoria da qualidade da educação ......................... 7

3.4. Princípios da supervisão ....................................................................................................... 9

2.5. Funções da Supervisão Escolar........................................................................................... 11

2.6. Objectivos da Supervisão Escolar....................................................................................... 12

2.7. A acção do Supervisor Escolar ........................................................................................... 13

2.8. O verdadeiro papel do supervisor ....................................................................................... 14

2.9. O papel do Supervisor e a Prática Pedagógica.................................................................... 15

III: CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 16

3.1. Referências bibliográficas................................................................................................... 17

3
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho enquadra-se na disciplina de Prática pedagógica A importância da supervisão


escolar. O Supervisor educacional como "um agente de mudanças, facilitador, mediador e
interlocutor", um profissional capaz de fazer a articulação entre equipa directiva, educadores,
educandos e demais integrantes da comunidade escolar no sentido de colaborar no
desenvolvimento individual, social, político e económico e, principalmente na construção de uma
cidadania ética e solidária.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral


 Compreender a importância da supervisão escolar.

1.1.2. Objectivos específicos


 Conceituar a supervisão escolar;

 Identificar os tipos de supervisão escolar;

 Caracterizar a supervisão escolar.

1.1.3. Metodologia do trabalho


Metodologia é a maneira como o trabalho foi realizado usando certo caminhos e estratégias. A
metodologia adoptada para este trabalho está fundamentada em uma abordagem qualitativa, de
carácter descritivo e do tipo bibliográfico, isto é, foi realizado com base nas referências
bibliográficas.

1.1.4. Estrutura do trabalho


O trabalho, está estruturado em três fases. A primeira fase, reflecte a parte preliminar onde inclui
os objectivos e a metodologia; o segundo capítulo, condiz o desenvolvimento onde são expostos
os diferentes conceitos e analisados os conteúdos relacionado ao tema e no terceiro capítulo são
apresentadas as conclusões e referências bibliográficas.

4
II. DESENVOLVIMENTO

2. Conceito de Supervisão

A palavra supervisão é formada pelos vocábulos super (sobre) e visão (acção de ver). Indica a
atitude de ver com mais clareza uma acção qualquer. Como significação estrita do termo, pode-se
dizer que significa olhar por cima, dando uma “ideia de visão global”. (Giancaterino, 2010, p.25).

Segundo Giancaterino (2010), a supervisão é um meio de garantir a execução do que foi


planejado, exigindo cada vez mais, um profissional preparado para o exercício desta função,
desempenhando funções variadas que reflectem em sua própria diversidade de flutuações
conceituais e posições políticas.

Segundo Bittel (1982), “o termo supervisor tem suas raízes no latim, onde significa “olhar por
cima’. Originariamente, era aplicado ao mestre de um grupo de artesãos. Há menos de 100 anos
não era incomum que os mestres nas oficinas da Nova Inglaterra tivessem o poder quase total
sobre a força de trabalho. Os mestres podiam apresentar propostas para trabalhos, contratar sua
própria turma, fazê-la trabalhar tão arduamente quanto o desejassem e ganhar a vida com a
diferença entre o preço proposto e os custos de mão-de-obra.” (p.5)

Ainda para Bittel (1982), “supervisor é qualquer pessoa situada no primeiro nível de
gerenciamento que tem a responsabilidade de fazer com que os funcionários envolvidos na
execução efectiva do trabalho cumpram os planos e as políticas da gerência de nível mais
elevado” (p.4).

Segundo Faria; Dalmonico (2000, p. 46) "o supervisor é o facilitador do desenvolvimento de


projectos colectivos na escola, é o agente responsável por uma prática democrática, envolvendo o
professor e o aluno." (p.46).

Diante desse aspecto sua contribuição sustenta o processo ensino-aprendizagem dando


assessoramento ao professor no campo das variáveis psicossociais e político, porém a sua
formação inicia-se na universidade, preferencialmente no curso de Pedagogia ou no caso das
licenciaturas em disciplina específica. Já a complementação se concretiza no exercício de sua
profissão, no processo de formação continuada.

5
2.1. Conceitos de Supervisão Escolar

Foram vários os conceitos aplicados pelos autores a supervisão escolar. Entre esses conceitos
estão:

Nérici (1976) “A supervisão escolar visa à melhoria do processo ensino aprendizagem, para o que
tem de levar em conta toda a estrutura teórica, material e humana da escola.” (p.28).

Ainda para Nérici (1976) “Supervisão escolar significa visão sobre todo o processo educativo,
para que a escola possa alcançar os objectivos da educação e os objectivos específicos da própria
escola.” (p.30)

Supervisão Escolar é o processo que tem por objectivo prestar ajuda técnica no planeamento,
desenvolvimento e avaliação das actividades educacionais em nível de sistema ou de unidades
educacionais, tendo em vista a unidade das acções pedagógicas, o melhor desempenho e o
aprimoramento do pessoal envolvido na situação ensino aprendizagem.

Para Libâneo (2005), a supervisão educacional é responsável pela viabilização, integração e


articulação do trabalho pedagógico-didáctico em articulação com os professores.

2.2. Evolução do Conceito

Como foi mencionado anteriormente, inicialmente a supervisão foi usada na indústria. Somente
em meados de 1800 foi vinculada ao processo de ensino com a intenção de inspeccionar o
trabalho docente. Assim foi classificada como Inspecção Administrativa.

Segundo Gadotti (1989), “A ideologia industrial penetrou na escola, transformando-a em


empresa. E a escola não só não resistiu como também passou a utilizar-se do dicionário
economicista. A supervisão escolar é um exemplo, embora tente desvencilhar-se de suas origens,
ultrapassando sua concepção fiscalizadora para formular uma concepção mais integradora,
coordenadora”.

No início do século XX, a supervisão passa a enfatizar os métodos para verificação do


rendimento escolar e a estruturação de padrões de comportamento com o objectivo de melhorar o
ensino.

6
A partir de 1920, influenciadas pelas Ciências Comportamentais, o supervisor passa a
desempenhar o papel de líder democrático, que buscava alcançar os objectivos pedagógicos com
a cooperação dos docentes.

Na década de quarenta, cabia ao supervisor a tarefa de engajar o professor em pesquisas que


identificassem as dificuldades e as medidas necessárias para superação das mesmas, para que o
processo de ensino se concretizasse com êxito.

Com o objectivo de melhorar o ensino através do aperfeiçoamento e treinamento dos inspectores,


foi criada a Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário.

No âmbito educacional, o supervisor foi visto, durante muito tempo, como vigia das acções
pedagógicas. Nesse sentido, trazer à tona discussões acerca das práticas pedagógicas desse
profissional é sempre muito oportuno.

Conforme Lima (2008), o desafio que a escola enfrenta actualmente exige dos profissionais da
educação, como é colocado o supervisor, uma competência técnica e política que o habilita a
participar da construção da autonomia escolar construída a partir da autonomia garantida pela lei,
isso faz com que na discussão do trabalho pedagógico abram-se amplas perspectivas que
estimulam e asseguram a participação de todos (p.3).

Por certo, este profissional hoje é um dos membros da equipe gestora, devendo, portanto, apoiar e
orientar o fazer pedagógico a partir da análise crítica da proposta pedagógica da escola
compreendendo os problemas e, sobretudo, articulando soluções para os mesmos.

O supervisor escolar deve, portanto, ser habilitado e capacitado para realizar suas actividades de
assessoria ao professor principalmente no planeamento no desenvolvimento curricular e no
processo avaliativo. Sabe-se que este é o profissional que sustenta o fazer pedagógico na escola
através da acção orientadora e de acompanhamento da equipe, através de um contínuo processo
acção-reflexão-acção.

2.3. O Papel da Supervisão Escolar para a melhoria da qualidade da educação

A escola é um espaço social que ainda necessita de grandes mudanças com a finalidade de
cumprir o seu papel na sociedade, que é formar para a cidadania. A realidade educacional
7
brasileira demonstra que a escola mesmo diante das transformações ocorridas com relação a sua
estrutura e funcionamento, a maioria ainda encontra-se no plano de suas concepções teóricas e
práticas alienadas a modelos pré-estabelecidos e, até mesmo a modelos estereotipados.

A supervisão escolar é responsável pelo planeamento e execução do processo educativo. Sem


esse acompanhamento a instituição fica impossibilitada de atingir a melhoria do processo ensino-
aprendizagem. Cabe a supervisão escolar: promover o aperfeiçoamento do corpo docente,
garantir o desenvolvimento dos planos educacionais, interagir a escola com o meio, garantir a
constante actualização do ensino, proporcionar ao corpo discente e docente meios que facilitem e
estimulem a educação, contribuindo eficazmente para a organização e dinâmica da escola.

Libâneo (2002, p. 35) refere-se ao supervisor educacional como "um agente de mudanças,
facilitador, mediador e interlocutor", um profissional capaz de fazer a articulação entre equipa
directiva, educadores, educandos e demais integrantes da comunidade escolar no sentido de
colaborar no desenvolvimento individual, social, político e económico e, principalmente na
construção de uma cidadania ética e solidária.

De acordo com a interpretação moderna, a Supervisão Escolar consiste em estimular, coordenar e


dirigir as actividades docentes de forma cooperativa, levando todos que dela participam a dar o
máximo de si em prol de um maior rendimento da situação ensino- aprendizagem.” (Przybylski,
p. 16, 1985).

A partir das reflexões de Libâneo (2002), é possível compreender que o supervisor necessita
desenvolver dentro do espaço escolar uma visão crítica e construtiva do seu fazer pedagógico,
trabalhando de forma coesa e articulada com os directores escolares e coordenadores
pedagógicos. Esta articulação possibilitará a melhoria da qualidade de ensino e da aprendizagem
(p.75).

Acreditamos que se a escola almeja atingir bons resultados na aprendizagem dos educandos,
necessita planejar, avaliar e aperfeiçoar suas acções pedagógicas, para que o processo
educacional seja de qualidade. Estas acções são algumas das diversas funções do supervisor
escolar, as quais devem garantir para a escola resultados positivos e mobilizar toda a comunidade
escolar para participar activamente na tomada de decisões referentes à organização do ensino no
seu Projecto Político-Pedagógico.
8
Outro factor importante com relação ao papel do supervisor está ligado à análise do planeamento
do currículo escolar, sendo que este deve ser acompanhado desde a sua execução dando ênfase na
avaliação contínua, isso reforça a necessidade, segundo Lück (2008, p. 20) na "somatória de
esforços e acções desencadeadas com o sentido de promover a melhoria da qualidade do processo
ensino-aprendizagem".

Neste processo de promoção o supervisor deve conhecer o funcionamento da educação escolar,


suas relações com o contexto histórico-social e o desenvolvimento humano, seus níveis e
modalidades de ensino. Além disso, precisa conhecer também:

 Os fundamentos teóricos que dão sustentabilidade no ensino e na aprendizagem;


 Os princípios e valores norteadores da prática pedagógica;
 As normas e directrizes que orientam todos os níveis e modalidades de ensino;
 Socializar e conduzir as práticas pedagógicas e as possíveis interferências no quotidiano
escolar;
 Promover a autonomia da instituição escolar envolvendo a comunidade; priorizar pela
formação continuada dos educadores valorizando-os através de um trabalho colectivo
respeitando as especificidades pessoais de todos os participantes.

Fica evidente que muitas são as atribuições que o supervisor deve desempenhar para qualificar o
trabalho pedagógico que desenvolve dentro da escola onde actua. Este desempenho se justifica
através de acções motivadoras envolvendo o estímulo para que cada educador possa executar
trabalhos com a colaboração das demais pessoas, os quais devem ser valorizados com
objectividade, ética e diálogo.

O supervisor deve ser capaz de interpretar as carências reveladas pela sociedade, direccionando
acções capazes de responder as demandas sociais, culturais, económicas e políticas que fazem
parte de uma sociedade que está em constantes transformações.

3.4. Princípios da supervisão

Para que a supervisão possa realizar um trabalho eficaz ela segue alguns princípios, que são
assim denominados:

9
Científico, democrático, cooperativo, construtivo, objectivo, permanente, abrangente e planejado
e avaliativo.

Princípio Científico – Aplicação de técnicas e metodologias adequadas à situação para a solução


dos problemas existentes na escola.

Segundo Nérici (1976) a supervisão deve-se basear em panejamentos e avaliações constantes dos
resultados de seus trabalhos, para que possa haver rectificações ou modificações nos trabalhos,
sempre que necessárias.

Princípio Democrático – Todos os membros da escola participam do processo e a autoridade da


supervisão não é imposta, mas é vista como uma colaboração. A interacção do grupo é uma
constante.

Segundo Nérici (1976) “ todos os participantes do processo de ensino-aprendizagem tenham


liberdade de opinião, sejam respeitados em suas diferenças individuais e que sejam convencidos a
agir desta ou daquela maneira, e não obrigados a fazê-lo”.

Princípio Cooperativo – Todos estão envolvidos e colaboram para alcançar um objectivo


comum.

Para Nérici (1976), “ todos os responsáveis ou influenciadores nos resultados do ensino


participem das preocupações da supervisão e com ela cooperem para o bom andamento dos
trabalhos”.

Princípio Construtivo – Todos são orientados para o aperfeiçoamento nos seus campos de
actuação.

Nérici (1976) “todos os envolvidos pela supervisão possam ser o que são, orientados, sim, para
melhorarem a sua actuação, quando necessário”.

Princípio Objectivo – Direccionamento do plano educacional voltado para a realidade escolar.

Para Nérici (1976) o princípio científico é complementado por este princípio, uma vez que todos
os planos de trabalho devem derivar de uma realidade educacional, para que não haja imposições
de modelos que venham a deformar o processo ensino-aprendizagem.

10
Princípio Permanente – Actuação contínua para maior eficiência de suas tarefas.

Para Nérici (1976) “... Sendo a supervisão um processo permanente, aumentam as possibilidades
de tornar o seu funcionamento mais ajustado e eficiente”.

Princípio Abrangente – Toda a estrutura do processo educacional deve ser atingida, sendo
orientada e assistida pela supervisão.

Princípio Planejado – Plano de acção para estabelecimento e execução dos objectivos traçados
com maior eficácia e comprometimento do pessoal envolvido. Evita a perda de tempo.

Segundo Przybylski (1985) “toda acção, por mais simples que seja, pode ou mesmo deve
embasar-se num planeamento, para que se possam alcançar os objectivos propostos de forma
mais eficiente. A Supervisão Escolar enquadra-se nessa situação, pois, se não for elaborado num
planeamento adequado, o Supervisor não poderá saber o que, como, quando ou porque realizar
qualquer acção”.

Princípio Avaliativo – Para verificar se as metas estão sendo alcançadas da forma almejada, é
necessário que todos os passos sejam avaliados. Utilizando esse princípio, a supervisão terá maior
facilidade em identificar erros ou problemas e solucioná-los a tempo, obtendo assim maior
aperfeiçoamento do processo.

2.5. Funções da Supervisão Escolar

A supervisão escolar é responsável pelo constante desenvolvimento do aluno, professor e a


equipe que por ela é assessorada, durante todo o processo ensino-aprendizagem. As funções
desempenhadas pela Supervisão Escolar são determinantes para que esse processo ocorra
conforme os objectivos traçados. São elas:

 Promover debates sobre a elaboração e execução do Projecto Político Pedagógico,


baseado na realidade escolar;
 Assistir ao corpo docente, incentivando-o na elaboração dos planos de aula, na escolha
dos livros didácticos e nos projectos educacionais;
 Promover o aperfeiçoamento do corpo docente e dos profissionais envolvidos no processo
ensino-aprendizagem;
11
 Participar da execução das actividades inerentes aos planos de trabalho da escola;
 Promover reuniões e debates que se façam necessários durante todo o processo
educacional;
 Divulgar métodos e técnicas de trabalho;
 Verificar o aproveitamento escolar dos educandos e incentivar possíveis planos de
recuperação;
 Avaliar constantemente todo o processo educacional, verificando os erros e buscando
soluções com a equipe envolvida no processo;
 Promover o inter-relacionamento de todos os profissionais da escola;
 Elaborar o calendário escolar;
 Nérici (1976) ressalta que as funções básicas da Supervisão Escolar são:
 função preventiva – função que visa à antecipação;
 do problema com medidas correctivas;
 função construtiva – tem a finalidade de auxiliar o professor a superar dificuldades, de
maneira cooperativa;
 função criativa – função que visa incentivar a criatividade do professor, a melhoria do seu
desempenho.

2.6. Objectivos da Supervisão Escolar

Os objectivos são as metas a serem alcançadas pela acção supervisora para o aperfeiçoamento do
processo ensino-aprendizagem.

Segundo (Lemus, apud Przybylski, p. 72 e73) A Supervisão é “um subsistema da administração,


que tem por propósito conseguir a participação dos membros da comunidade escolar, para o
estudo e aprimoramento da situação educacional e propõe os seguintes objectivos gerais:

 Conseguir a superação do grau de madureza profissional dos pessoal em serviço;

 Conseguir um maior desenvolvimento do currículo de estudos, consistente em sua


interpretação, elaboração aplicação e avaliação;

 Conseguir o aprimoramento do processo ensino-aprendizagem;

12
 Conseguir um melhor relacionamento entre a escola e a comunidade, por meio de uma
extensão da escola e uma elaboração e desenvolvimento de programas em conjunto;

 Determinar novas experiências para o futuro.”

Os objectivos da supervisão educacional se fundem aos objectivos da escola e o principal deles é


a educação do aluno. Essa educação deve ser libertadora e tornar o aluno um cidadão livre e
crítico que conheça e busque os seus direitos e deveres na sociedade.

2.7. A acção do Supervisor Escolar

A escola trabalha numa organização sistémica aberta, a fim de conhecer, analisar e controlar o
que se passa dentro da escola e direccionar as inovações necessárias ao bom desempenho das
suas funções. Em virtude disso que a escola dispõe de profissionais com diferentes papéis,
possibilitando a interacção e a troca de conhecimentos entre os membros da instituição.

É necessário que a escola trabalhe buscando uma prática colectiva, para que os educadores,
especialistas, pais e funcionários possam trabalhar juntos e com isso estarem envolvidos com a
escola. É necessário ter parceria, isso contribuirá para o desenvolvimento da escola,
possibilitando a comunidade uma escola mais participativa, onde cada um deve se comprometer
em actuar na sua função com responsabilidade, pensando sempre no colectivo.

Em relação à divisão de trabalho que ocorre nas escolas e função da supervisão escolar, observa-
se que a liderança, e inspiração pedagógica, tornaram-se próprias do supervisor escolar. Lück diz
que o papel do supervisor escolar “se constitui na somatória de esforços e acções desencadeados
com sentido de promover a melhoria do ensino aprendizagem ” (2001, p. 20).

Percebe-se a necessidade da prática profissional da supervisão escolar como aquele que coordena
e controla da prática educativa a fim de assegurar os princípios e as finalidades da educação

Cabe ao supervisor, elaborar o plano do sector de supervisão, a documentação do sector,


cronograma de actividades para a escola, as pautas das reuniões, controlar o horária dos
professores, e as aulas dadas e previstas na grade curricular, realizar levantamentos estatísticos de
rendimento dos alunos, organizar o mural da escola, controlar o preenchimento do diário escolar

13
dos professores, providenciar substituição dos professores nos casos de absenteísmo,
confeccionar material didáctico para os professores e entre outras (1997. p.19).

Actualmente, a acção do supervisor não é vista mais como uma acção de autoritarismo e poder, o
supervisor tem a função de auxiliar os professores e se colocar a disposição da escola no que for
preciso, e construir através do seu trabalho um ambiente escolar mais organizado e cooperativo,
onde todos se ajudam, independente do cargo que ocupa.

O supervisor leva consigo no seu trabalho, princípios, conceitos e valores que fizeram parte de
sua formação, factores estes, que podem contribuir para uma discussão colectiva dentro da
escola. Entretanto, pode-se avaliar a acção do supervisor na escola, e perceber como é importante
e fundamental para a mesma poder contar com esse profissional, pois o seu trabalho de
cooperação e integração contribui para uma escola mais participativa, organizada, e articulada
com os professores, alunos e a comunidade.

O desafio que a escola enfrenta actualmente exige dos profissionais da educação, como é
colocado o supervisor, uma competência técnica e política que o habilita a participar da
construção da autonomia escolar construída a partir da autonomia garantida pela lei, isso faz com
que na discussão do trabalho pedagógico abram-se amplas perspectivas que estimulam e
asseguram a participação de todos.

2.8. O verdadeiro papel do supervisor

O papel do supervisor é importantíssimo no contexto educacional.

Anteriormente, o supervisor actuava somente garantindo a eficiência escolar através da inspecção


dos docentes.

Contudo, outras atribuições surgiram à essa profissão, cujo objectivo principal é o de propiciar
aos indivíduos uma educação de qualidade, que o forme como ser humano livre e ciente dos seus
direitos e deveres na sociedade.

O supervisor garante que o trabalho pedagógico seja de qualidade e voltado à acção


humanizadora, tornando possível uma sociedade capaz de reinvenções e de melhorias.

14
Esse tipo de trabalho é algo imprescindível no Brasil, visto o descaso e precariedade de ensino de
muitas escolas.

O supervisor participa activamente a construir essa escola dinâmica, cooperando com mudanças
construtivas no ensino e no aprendizado, interagindo com toda a comunidade escolar.

2.9. O papel do Supervisor e a Prática Pedagógica

Libâneo, (2002, p. 29,30) ressalta a importância da prática pedagógica para educadores e implica
vários conceitos empíricos para tal prática; sendo que formalmente considera-se o "pedagógico"
como um dos processos educativos, metodológicos ao modo de ensinar. Desse modo, percebe-se
que é um campo de conhecimento que trata sobre a problemática educacional visualizando sua
totalidade e historicidade e, ao mesmo tempo, uma directriz orientadora da acção educativa.

Portanto, o supervisor constitui-se em um agente de mudanças, facilitador e mediador,


oportunizando uma relação de harmonia entre os interlocutores da instituição. Sua prática não
deve está dissociada da teoria e nem a teoria da prática. Conforme aponta a seguir Houssaye,
citado por Libânio (2002, p. 35):

Por definição, o pedagogo não pode ser nem um puro e simples prático nem um puro e simples
teórico. Ele está entre os dois. A ligação deve ser ao mesmo tempo permanente e irredutível,
porque não pode existir um fosso entre a teoria e a prática.

É esta abertura que permite a produção pedagógica. Em consequência, o prático em si mesmo não
é um pedagogo, é mais um utilizador de elementos, de ideias ou de sistemas pedagógicos. Mas o
teórico da educação; pensar o acto pedagógico não basta. Somente será considerado pedagogo
aquele que fará surgir um "mais" na e pela articulação teoria e prática na educação.

15
III: CONCLUSÃO

Esta pesquisa foi realizada com a intenção de mostrar a importância da supervisão escolar no
contexto educacional, abordando sua origem, evolução e influência na educação até o momento
actual.

Desde sua origem a supervisão escolar tinha como objectivo a eficiência escolar, através da
inspecção dos docentes. Com o passar dos anos, outras atribuições passaram a fazer parte da
responsabilidade do supervisor educacional. Apesar disso, alguns profissionais da área da
educação ainda conservam certo preconceito em relação a estes profissionais, que são tão
importantes no processo ensino-aprendizagem.

Acredita-se que o Supervisor Escolar tem a possibilidade de transformar a escola no exercício de


uma função realmente comprometida com uma proposta política e não com o cumprimento de
um papel alienado assumido.

16
3.1. Referências bibliográficas

Ferreira, N. S. Carapeto (2007). Supervisão educacional para uma escola de qualidade. São
Paulo: Cortez.

Guimaraes, M. H.. (2010). É preciso cultivar o respeito no ambiente escolar. NOVA ESCOLA,
Ano I, Nº 6, Fev/Mar.

Libâneo, J. C. (1994). A avaliação escolar. In didáctica. São Paulo: Cortez.

Libaneo, J. C. (2002). Pedagogia e Pedagogos para quê? 6. ed. São Paulo: Cortez.

Medina, A. S. (1997). Noves olhares sobre a supervisão. Supervisor Escolar: parceiro político-
pedagógico do professor. Campinas, SP: Papirus.

Mendes, R. E. de Araújo. (1985). Supervisão Pedagógica: do modelo burocrático ao processo


participativo. Revista de Educação AEC, Brasília.

Alves, N (coord.). (2003). Educação e Supervisão O Trabalho Colectivo na Escola, SP: Cortez.

Rangel, Mary. (Org.) Supervisão Pedagógica Princípios e Práticas, SP: Papirua.

Tavares, W. R. (2009). Gestão Pedagógica Gerindo Escolas Para a Cidadania Crítica, RJ: Wak,
2009.

17

Você também pode gostar