Psicologia Geral
Psicologia Geral
Psicologia Geral
Tema:
As teorias motivacionais e suas influências no desenvolvimento cognitivo do aluno.
Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
2.0
clara do problema)
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico (expressão
escrita cuidada, 3.0
Conteúdo
Analise e coerência/coesão textual)
1. Folha de Feedback
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Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................5
2. Contextualização.....................................................................................................................6
2.1. Conceitos das teorias motivacionais....................................................................................6
2.2. Uma abordagem à Teoria da Atribuição da Causalidade.....................................................7
2.3. A óptica da Teoria da Autodeterminação..........................................................................10
4. Acções correctivas para o desenvolvimento cognitivo do aluno..........................................12
3. Conclusão..............................................................................................................................16
4. Referência Bibliográfica.......................................................................................................17
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1. Introdução
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2. Contextualização
No contexto educacional a motivação dos alunos é um importante desafio com que nos
devemos confrontar, pois tem implicações directas na qualidade do envolvimento do aluno
com o processo de ensino e aprendizagem. O aluno motivado procura novos conhecimentos e
oportunidades, evidenciando envolvimento com o processo de aprendizagem, participa nas
tarefas com entusiasmo e revela disposição para novos desafios (Alcará e Guimarães, 2007).
Segundo Murray (1986: 20), a motivação representaria “um factor interno que dá
inicio, dirige e integra o comportamento de uma pessoa”. Esta perspectiva que relaciona a
motivação com uma energia interna é também defendida por outros teóricos. Na opinião de
Pfromm (1987: 112), “os motivos activam e despertam o organismo, dirigem-no para um alvo
em particular e mantém o organismo em acção”. Para Garrido (1990), a motivação é um
processo psicológico, uma força que tem origem no interior do sujeito e que o impulsiona a
uma acção. Segundo Balancho e Coelho (1996: 17) a motivação é “tudo o que desperta, dirige
e condiciona a conduta”. Com efeito, a motivação é tida como um elemento fundamental no
uso de recursos do indivíduo, de modo a se alcançar um objectivo.
Devido a estas características, alguns autores como Brophy (1983) e Bzuneck (2002)
referem que aplicar conceitos gerais sobre a motivação humana no ambiente escolar não seria
muito adequado sem a consideração das particularidades deste ambiente.
Esta teoria assume-se como um referencial teórico de grande utilidade, uma vez que
permite perceber quais as causas que os alunos atribuem para o êxito e fracasso em diferentes
actividades escolares e os seus efeitos na motivação para a aprendizagem, para as emoções e
para o seu desempenho académico (Martini e Boruchovitch, 1999).
As mesmas autoras mencionam que a investigação da área tem apontado uma série de
comportamentos dos professores que se relacionam frequentemente à promoção da motivação
e do bom desempenho académico dos alunos, destacando-se:
Para a maioria deles, o que fazem precisa de ser motivante, exigir pouco esforço e de
ter alguma utilidade. Dessa forma, eles criam um certo interesse pelas tarefas propostas, e isso
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os conduz à mestria (Lourenço, 2008). Da revisão da literatura constata-se uma distinção entre
dois grupos de alunos:
No que diz respeito à necessidade de pertencer seria uma tendência para estabelecer
um laço emocional ou para estar emocionalmente envolvido com indivíduos significativos.
Para atingir as suas finalidades é indispensável, no entanto, que se fomente entre os alunos
um interesse verdadeiro e um entusiasmo pela aprendizagem e desempenho escolar.
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Boruchovitch (2009) destaca a necessidade de transformar a sala de aula num ambiente
afável, activando no aluno o sentimento de pertença. É essencial que o professor
construa um ambiente onde o aluno se sinta integrado, veja legitimadas as suas dúvidas
e os pedidos de ajuda. Concretamente, a motivação não é somente uma característica própria
do aluno, é também mediada pelo professor, pela ambiente de sala de aula e pela cultura da
escola. Na opinião da mesma autora, das distintas formas de promover a motivação, a
principal é que o próprio professor seja um modelo de pessoa motivada.
Uma abordagem importante é-nos apresentada por Vygotsky (2003) quando menciona,
de uma forma resumida, que o processo de aprendizagem pode ser definido como a forma
como os sujeitos adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e modificam o
comportamento; é uma mudança relativamente estável do comportamento, de uma maneira
mais ou menos constante, conseguida pela experiência, pela observação e pela prática
motivada.
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(Brophy, 1999). Na maioria dos casos, a aprendizagem dá-se no meio social e temporal em
que o indivíduo convive, sendo a sua conduta normalmente alterada por esses factores.
Outro caminho é o feedback dado pelo professor nas várias tarefas, que deve ser
correctivo e informativo, assinalando o problema detectado, mas que indique também
orientações claras para resolver o mesmo, a fim de alcançar a meta estabelecida. Os
professores necessitam de aprender a monitorizar o grau de dificuldade da tarefa,
desenvolvendo a cultura da qualidade. Se o professor faz transparecer ao aluno que algo não é
exequível, certamente vai desmotivá-lo. Uma tarefa demasiado fácil é identicamente
desmotivante. Deve ser demonstrado ao aluno que o desafio proposto é susceptível de ser
efectivado, mas que para isso é necessário empenho e dispêndio de esforço (Rosário, 2002).
Olhando para o futuro, acreditamos que é necessário que o professor use estratégias
que possibilitem ao aluno integrar novos conhecimentos, usando, assim, métodos ajustados às
suas necessidades e um currículo bem estruturado, não desprezando o papel basilar que a
motivação representa para este processo. As técnicas de incentivo que buscam as causas para
o aluno se tornar motivado garantem uma aula mais produtiva por parte do professor, pois
ensinar está relacionado com a comunicação. O ensino só tem sentido quando interfere na
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aprendizagem, por isso é necessário conhecer como o professor ensina e entender como o
aluno aprende (Paiva, 2008), só assim o processo educativo poderá resultar e o aluno
conseguirá aprender a pensar, a sentir e a agir. Não há aprendizagem sem motivação, assim
um aluno está motivado quando sente necessidade de aprender e atribui significado ao
aprendido.
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3. Conclusão
O envolvimento dos alunos em cada disciplina do currículo vária muito em função de
diversos factores, individuais e de contexto, ligados à motivação. As actuais teorias cognitivas
da motivação dão prioridade ao estudo das crenças, valores e emoções do indivíduo, por
considerarem que essas são mediadoras do comportamento e exercem forte influência no
processo motivacional. As pesquisas realizadas permitem concluir que a relação entre a
aprendizagem e a motivação vai além de qualquer pré-condição estabelecida, ela é recíproca
e, dessa forma, a motivação pode produzir um efeito na aprendizagem e no desempenho,
assim como a aprendizagem pode interferir na motivação.
A motivação no contexto escolar tem sido avaliada como um determinante crítico do
nível e da qualidade da aprendizagem e do desempenho. Um aluno motivado revela-se
activamente envolvido no processo de aprendizagem, insistindo em tarefas desafiadoras,
despendendo esforços, utilizando estratégias apropriadas e procurando desenvolver novas
capacidades de compreensão e de domínio. Manifesta entusiasmo na execução das tarefas e
brio relativamente aos seus desempenhos e resultados. Criar esta cultura de actuação na escola
poderá ser o pilar essencial para a acção de aprender.
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4. Referência Bibliográfica
ALCARÁ, A.R. e Guimarães, S.E.R. (2007). A Instrumentalidade como uma estratégia
motivacional. Psicologia Escolar Educacional, 11 (1), 177-178.
BALANCHO, M.J. e Coelho, F. (1996). Motivar os alunos – criatividade na relação
pedagógica: conceitos e práticas. Lisboa: Texto Editora.
DAVIDOFF, L.L. (2001). Introdução à Psicologia (3. ed.). São Paulo: Makron Books.
LOURENÇO, A, A. (2010). A Motivação escolar e o processo de aprendizagem. Ciências
& Cognição 2010; Vol 15 (2): 132-141 http://www.cienciasecognicao.org
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