Artigo Luiz 16 - 08

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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL


INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS, DA TERRA E ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO RELEVO PARA UM


PROJETO DE REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
COM O USO DO PROGRAMA QUANTUM GIS – ESTUDO DE
CASO NO BAIRRO CHACRINHA - MUNICÍPIO DE
JAPERI/RJ

Luiz Alan Costa de Andrade

Nova Iguaçu, 2019


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Luiz Alan Costa de Andrade

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO RELEVO PARA UM PROJETO DE


REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS COM O USO DO
PROGRAMA QUANTUM GIS – ESTUDO DE CASO NO BAIRRO
CHACRINHA - MUNICÍPIO DE JAPERI/RJ

Artigo científico apresentado como requisito


parcial para obtenção do grau de bacharel em
Engenharia civil pelo Curso de Engenharia
Civil, do Instituto de Ciências Exatas, da Terra
e Engenharias, do Centro Universitário Geraldo
Di Biase.

Professor-orientador: Marcelo Cosme da Silva


Maria

Nova Iguaçu, 2019


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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE


FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS, DA TERRA E ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Luiz Alan Costa de Andrade

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO RELEVO PARA UM


PROJETO DE REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
COM O USO DO PROGRAMA QUANTUM GIS – ESTUDO DE
CASO NO BAIRRO CHACRINHA - MUNICÍPIO DE
JAPERI/RJ

Artigo científico apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de


bacharel em Engenharia Civil pelo Curso Engenharia Civil, do Instituto de Ciências
Exatas, da Terra e Engenharias, do Centro Universitário Geraldo Di Biase. Aprovado
pela Banca Examinadora abaixo assinada, com grau ________________.

_________________________________________________
MSc Marcelo Cosme da Silva Maria, Engenheiro
CREA-RJ – n°19891000390
Professor - Orientador

__________________________________________________
Especialista. Isanda Souza da Silva, Arquiteta
CAU A18023-8
Professora
_________________________________________________
MSc. Edson Agostinho Maciel, Arquiteto
CAU A31649-0
Professor

Nova Iguaçu, 19 de Agosto de 2019


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ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO RELEVO PARA UM


PROJETO DE REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
COM O USO DO PROGRAMA QUANTUM GIS – ESTUDO DE
CASO NO BAIRRO CHACRINHA - MUNICÍPIO DE
JAPERI/RJ

RESUMO

O presente artigo visa apresentar estudo das bacias, talvegues e relevo da região
com o uso do Quantum GIS versão 2.18.7 como ferramenta da geotecnologia e sua
contribuição para uma obra civil de drenagem para águas pluviais. O trabalho
também aborda estudos pluviométricos para atender o projeto de drenagem e a
relação com o crescimento populacional do bairro após a entrega da obra.

Palavras-chave: Drenagem, Engenharia Civil,Geotecnologia.

ABSTRACT

The following paper aims to present the study of basins, summit and relief of the
region with the use of Quantum GIS version 2.18.7 as a geotechnology tool and its
contribution to a civil construction work of pluvial waters draining. The paper also
approaches pluviometric studies to support the draining project and its relation to the
growth of the neighborhood population after the construction work is finished.

Key words: Draining, Civil Construction, Geotechnology.


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INTRODUÇÃO

O sistema de drenagem deve ter papel fundamental para um bom funcionamento da


cidade, principalmente em períodos com grandes quantidades de chuvas garantindo
minimizar as enchentes causadas pelo excesso no nível de circulação da água.
Segundo GRIBBIN (2014), o sistema de drenagem para águas pluviais é composto
por coletores e galerias subterrâneas usadas para transportar, segura e
convenientemente, as águas de chuva de áreas urbanizadas até corpos d’água,
como córregos, rios e lagos. São usados comumente em estradas, áreas de
estacionamentos e, algumas vezes, em gramados.

Para execução de uma drenagem deve se levar em consideração a bacia


hidrográfica da região que será contemplada, para que o dimensionamento dos
elementos possa ser capaz de atender a vazão.

O levantamento topográfico e dos limites da área devem ser levados, sendo serviços
básicos de engenharia, e, além disso, a precipitação da cidade em questão.

O município de Japeri sofre constantemente com casos de enchentes e


alagamentos. Visando a melhoria da cidade, foi instalada uma rede de drenagem no
bairro Chacrinha para escoar as águas pluviais para um canal existente, a fim de
diminuir ou extinguir as calamidades corriqueiras.

Esse trabalho irá estudar os processos de determinação de uma bacia hidrográfica


com o programa Quantum GIS versão 2.18.7. Além de comparar os dados vetoriais
e matriciais que serão base para o programa. O principal objetivo é ouso da
ferramenta complementar, TauDeM (Terrain Analysis Using Digital Elevation
Models), para gerar assim as redes de fluxo e outros elementos de estudo da
hidrologia aplicada a região.

2.0 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1Bacia hidrográfica : Conceituação básica


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A bacia hidrográfica é uma área de captação natural da água de


precipitação que faz convergir o escoamento para um único ponto de
saída. A bacia hidrográfica compõe-se de um conjunto de superfícies
vertentes e de uma rede de drenagem formada por cursos de água
que confluem até resultar em um leito único no seu exutório. (TUCCI
1997, p.26).

Também se conceitua bacia hidrográfica como “sendo uma área definida e fechada
topograficamente num ponto do curso de água, de forma que toda a vazão afluente
possa ser medida ou descarregada através desse ponto”(GARCEZ e ALVAREZ
1988, p.50).

Para a maioria dos projetos hidráulicos, bacias hidrográficas são relativamente


pequenas, exigindo uma topografia detalhada para determinar adequadamente as
áreas de drenagem. Em geral, os mapas são preparados em uma escala de 1:600 e
mapas topográficos de quadrangulares, desenhados a uma escala de 1:24.000,
(GRIBBIN, 2014).

2.2 Áreas de drenagem

Antes de um projeto de drenagem, devém-se,primeiro, determinar o tamanho da


área sobre a qual a chuva incide. Tal área é denominada de bacia de drenagem.
Toda a chuva que incide sobre a bacia segue seu caminho até um curso d’água,
enquanto toda chuva que cai fora dela segue caminho distinto, afluindo a outro curso
d’água (GRIBBIN, 2014).

Segundo TUCCI et AL. (2001), é um dado fundamental para determinar a


potencialidade hídrica da bacia hidrográfica, por que seu valor multiplicado pela
lâmina da chuva precipitada define o volume de água recebido pela bacia. Por isso
considera-se a área da bacia hidrográfica a sua área projetada verticalmente. Sendo
possível a sua determinação através de cálculos matemáticos de mapas arquivados
eletronicamente através do sistema SIG (Sistema de Informação Geográfica).

Para Carvalho e Silva (2006), é a área plana (projeção horizontal) inclusa entre os
divisores topográficos. A área de uma bacia é um elemento básico para o cálculo
das outras características físicas. É normalmente obtida pesagem do papel em
7

balança de precisão ou por planimetria. São muito usados os mapas do IBGE


(escala de 1:50.000).

2.3 Divisor da bacia

Existe uma linha imaginária que delineia o limite da bacia de drenagem é chamado
de divisor da bacia e determina através da topografia da região. Sendo o primeiro
passo para delinear é decidir o ponto, no curso d’água onde a bacia começa
(GRIBBIN, 2014).

Para Carvalho e Silva (2006), densidade de drenagem é um bom indicador do


graude desenvolvimento de um sistema de drenagem. Expressa a relação entre o
comprimento total dos cursos d’água (sejam eles efêmeros, intermitentes ou
perenes) de uma bacia e a sua área total.

Já para Paz (2004), Normalmente, os limites da bacia são estabelecidos analisando


a topografia do terreno (relevo), através das curvas de nível (linhas indicativas da
altitude do terreno – cotas – em relação a um referencial, como o nível do mar). Seja
utilizando mapas impressos ou arquivos eletrônicos, a bacia hidrográfica é
delimitada identificando as áreas de maior cota, que constituem os 19 chamados
divisores topográficos da bacia.

2.4 Exutório

É o ponto de saída do escoamento produzido pela bacia, e pode estar localizado em


qualquer lugar no curso d’água. Sendo comumente o ponto escolhido para
instalação da obra hidráulica (GRIBBIN, 2014).

Sendo uma área de captação natural onde todo o volume de chuvas que escorre
superficialmente, é escoa até um único ponto (TUCCI, 1997).

Esse é um ponto de saída do escoamento produzido bacia de drenagem,


denominado exutório da bacia (GRIBBIN, 2009).
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A expressão bacia hidrográfica é usada para denotar a área de captação natural da


água de precipitação que faz convergir os escoamentos para um único ponto de
saída, que é chamado de exutório (PAZ, 2004).

2.5 Escoamento Superficial

Os processos hidrológicos em uma bacia hidrográfica possuem duas direções de


fluxo: vertical, representado pela precipitação e evapotranspiração, e horizontal,
representado pelo escoamento (TUCCI e CLARKE, 1997).

O escoamento superficial é resultado da água precipitada que não foi interceptada


pela cobertura vegetal ou retida sobre a superfície do terreno e não infiltrou e que,
conseqüentemente, acaba escoando nos caminhos de maior declividade (TUCCI,
1998)

Sob o ponto de vista da hidrologia superficial, é importante nas análises orientadas a


quantificar a geração de escoamento superficial. A água que infiltra no solo deixa de
escoar superficialmente, portanto, a redução da infiltração normalmente resulta no
aumento do escoamento superficial, o que pode contribuir para aumentar a
freqüência e a intensidade das cheias (COLLISCHONN, 2013).

O constante escoamento aos cursos d’água devido ao fornecimento de água do


subsolo é chamado escoamento de base, e a onda rápida decorrente do
escoamento sobre o solo é o escoamento superficial (GRIBBIN, 2009).

2.6 Evapotranspiração

Evapotranspiração é o conjunto de processos físicos e fisiológicos que provocam a


transformação da água precipitada na superfície da terra em vapor (GARCEZ e
ALVAREZ, 1988).

Segundo Gribbin (2009), evapotranspiração é a perda de vapor de água das plantas


para a atmosfera.
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Para Carvalho e Silva (2006), é o conjunto evaporação do solo mais transpiração


das plantas. O termo evapotranspiração foi utilizado, por Thornthwaite, no início da
década de 40, para expressar essa ocorrência simultânea.

3.0 METODOLOGIA

Método analítico: com o auxílio da ferramenta QGIS e um MDE (Modelo


Digital de Elevação) de domínio público, e recorte SRTM da bacia localizada na
divisa entre os municípios de Japeri e Miguel Pereira – Rio de Janeiro,foram
acessadas informações para iniciar o processo de delimitação da bacia. Os métodos
de pesquisa para elaboração deste trabalho foi por intermédio de bibliografias,
projetos e modelos de análise de terreno utilizando modelos de elevação digital.

Com a disponibilidade e coleta destas informações para o modelo construtivo


da rede, este trabalho acadêmico tem o objetivo de apresentar de forma técnica a
análise de uma bacia e sua contribuição na drenagem de águas pluviais.

4.0 ANÁLISES DE DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A bacia localiza-se na divisa dos municípios de Japeri e Miguel Pereira, se


estendendo em sua maior parte pelo bairro Chacrinha – Japeri/RJ.

Tendo os seus exutórios nas margens do corpo hídrico baixo – Guandu também no
mesmo bairro, bairro este com pouco mais de 3995 habitantes, segundo dados
fornecidos pela defesa civil do município de Japeri/RJ.

Analisando a necessidade dos dados coletados, como por exemplo, os dados


vetoriais (arquivos em shapefile) e matriciais (arquivos em raster) atrelados a uma
ferramenta da geotecnologia que é o programa QGIS, para que seja feita a
delimitação da bacia e extração da rede de drenagem através de um Modelo Digital
de Elevação (MDE).

Além da necessidade de se conhecer a rede de fluxo de uma bacia, poderão ser


calculados alguns dados, como por exemplo, os caminhos de fluxo (direções),
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declividade, delimitação de sub-bacias, área de contribuição e desenvolvimento de


Modelos Digitais de Elevação hidrologicamente corretos (remoção de depressões).

Lançando mão desses elementos notáveis do ponto de vista de hidrologia, o


profissional garante um estudo mais idôneo da drenagem em vista.

4.1.1 Estudo de Caso

Antes de iniciar o uso da ferramenta TauDEM, dependem de um preparo do MDE


que é a base de elevação desse estudo, pois algumas etapas apresentam
dificuldades para processar dados no Sistema de Coordenadas Geográficas, sendo
de domínio público da EMBRAPA (Empresa de brasileira de pesquisas
agropecuárias), a reprojeção do MDE para o Sistema plano é obrigatório. A figura 1
ilustra esse processo.

Figura 1-QGIS 2.18.7: Arquivo MDE recortado e reprojetado (Japeri - Miguel


Pereira).

Garantir o uso do MDE SRTM (Resolução Espacial de 30m) sendo de domínio


público fornece resultados mais apurados na análise. Com base nos fusos horários
vigentes no território nacional o Sistema de Coordenadas será as SIRGAS 2000
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UTM Zona 23S. Para o polígono dos municípios de Japeri e Miguel Pereira,
representados na figura 2.

Figura 2 - QGIS 2.18.7: Arquivo shapefile recortado (Japeri - Miguel Pereira).

4.1.2 O cuidado com o destino e nomes de pastas e arquivos

Para que se obtenha êxito na execução dos algoritmos que integram o processo de
delimitação, são necessários alguns cuidados com as pastas e destinatário dos
arquivos como:

Não sendo indicado o uso da área de trabalho como destino, arquivos sem o uso de
acentuação, ponto ou espaço entre nomes.

Portanto, o destino da pasta seria diretamente no diretório raiz da unidade principal


do computador e com ajuste dos dados do projeto começando pelo local de
armazenamento das folhas SRTM.

Após a execução de alguns algoritmos do TauDEM, mantém-se o diretório raiz do


computador (C:) como caminho desses processos, como mostra a figura 3.
12

Figura 3 – Local de destino das pastas do TauDEM e SRTM.

4.1.3 Dados Utilizados no trabalho

A localização em estudo de Japeri/Miguel Pereira – RJ para ilustrar todos os


algoritmos, além do recorte SRTM30 dos municípios, polígono dos municípios e
dados brutos (imagem SRTM de Japeri/Miguel Pereira para a execução dos
processos).

Programa de geotecnologia para leitura de arquivos do tipo shapefile e raster,


conhecido como QUANTUM GIS versão 2.18.7.

Ferramenta gratuita para extração e análise de informação de topografia hídrica tal


como representado por um DEM, desenvolvida por David G. Tarboton- professor,
laboratório de pesquisa de água de Utah e departamento de engenharia civil e
ambiental, Universidade Estadual de Utah – Estados Unidos da América.

4.1.4 Processos do TauDEM

Serão definidos os processos necessários a delimitação da bacia em estudo e seus


dados pontos notáveis para a hidrologia aplicada, como por exemplo, área de
drenagem e direção de fluxo.

4.1.5 O remover depressão ou Pit Remove


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O algoritmo fica nas ferramentas básica de análise de grade do TauDEM.


Sua função é remover os poços ou depressões que o MDE (recorte - mde) possua.
No Raster, esses poços são as células mais baixas cercadas por um relevo mais
elevado. E remover essas depressões se torna a primeira tarefa executada com os
algoritmos do TauDEM.

Acesse o local do MDE no item Elevation Grid. No item Pit Removed Elevation
Grid, selecione a opção Salvar em Arquivo. Todos os arquivos raster gerados pelo
TauDEM devem ser do tipo TIF, o único formato de imagem permitido, e as figuras
de números 4 e 5 ilustram o processo.

Figura 4 – QGIS 2.18.7: Parâmetros para criação do raster com remoção de buracos
ou poços.
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Figura 5 – QGIS 2.18.7: Raster com remoção de buracos ou poços.

4.1.6 Direções de fluxo D8 ou Flow Directions D8

Prosseguindo nas ferramentas básicas encontra-se o algoritmo que executa as


direções de fluxo da bacia.
A função dessa ferramenta consiste em gerar o raster que mapeia o escoamento de
água através do método D8, que estima para cada pixel presente na imagem oito
direções para o fluxo hídrico. O algoritmo D8 Flow Directions gera dois arquivos
raster: a direção de fluxo e a declividade (slope).

Alguns detalhes são necessários para a execução do processo como: Informar o


MDE gerado pelo Pit Remove (removedor de depressão), Informar o local de
armazenamento do MDE’s que serão gerados (D8 Flow Directions e Slope) e as
figuras de números 6 e 7 ilustram o processo.
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Figura 6 - QGIS 2.18.7: Criação do raster declividade (Slope)

Figura 7 - QGIS 2.18.7: Raster D8 Flow Directions gerado pelo TauDEM.

4.1.7 Área de contribuição D8 ou D8 Contributing Area - Primeira Versão

A determinação da área de contribuição corresponde aos limites da bacia


hidrográfica determinado pelo ponto de escoamento. Este ponto de escoamento
é um arquivo shapefile de pontos definido pelo autor. Este processo deve ser
executado em duas fases, gerando versões da área de contribuição da bacia.
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Na primeira fase, cria-se uma área de contribuição geral para visualizar as sub-
bacias, como mostra a figura 8. Esta fase é importante para definir o ponto de
exutório.

Figura 8 - QGIS 2.18.7: Raster área de contribuição D8- versão 1 gerado pelo
TauDEM.

4.1.8 Limiar de fluxo canalizado ou Stream Definition by Threshold

Localizado nas ferramentas de análise de rede de drenagem do TauDEM o


algoritmo do limiar de fluxo canalizado também possui duas versões, onde o
primeiro raster não será uma rede de drenagem definitiva, conforme foi mostrado em
área de contribuição D8, a definição dos córregos aplica-se em toda a área de
interesse do limiar (Threshold) para criação dos rios de margem simples.

Para gerar o raster serão necessários alguns arquivos como: Área de contribuição
D8, definir um limiar onde para questões de estudo será 100 para drenagens densas
e especificar o nome e local de saída para o arquivo.

Na figura 9, tem-se o raster gerado pelo TauDEM com a rede de drenagem. A


escolha do valor para o limiar depende do objetivo do estudo (alguns rios são
permanentes, outros não) a partir desse arquivo as nascentes ficam explicitas para
análise do exutório.
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Figura 9 - QGIS 2.18.7: Raster limiar de fluxo canalizado - versão 1 gerado pelo
TauDEM.

4.1.9 Escolha do exutório

A marcação do exutório é feita através de uma camada do tipo shapefile de ponto,


sendo assim, esse ponto deve ter o mesmo sistema de coordenadas do projeto
(SIRGAS 2000 Zona 23S) para a nova camada vetorial.

A criação do shapefile do ponto de exutório depende da sub-bacia. É necessário que


o ponto da barragem ou foz seja conhecido.

Após a criação da nova camada, deve-se acessar o recurso de feições e desenhar o


ponto no local que representa o exutório, sempre com o “id” sendo 0 (zero), como
mostra a figura 10.
18

Figura 10-QGIS 2.18.7: Modo de edição de feições: Ferramenta Adicionar Feição.

Para uma melhor análise das sub-bacias e suas feições, dois exutórios serão
estudados. Sendo (exutório - 1) na foz do Rio Guandu – Bairro Chacrinha/Japeri e
(exutório - 2) na outra margem do Rio.

Figura 11 -QGIS 2.18.7: Fluxos e demarcação dos exutórios.

4.1.10 Área de contribuição D8 ou D8 Contributing Area – Segunda Versão

●Exutório – 1

Lançando mão do ponto de saída (exutório - 1), como mostra a imagemraster


demarcada na figura 12.
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Figura 12 - QGIS 2.18.7: Panorama das sub-bacias e o ponto de exutório1.

Novamente executa-se o algoritmo da “Área de contribuição”, para a segunda


versão são exigidos alguns campos como: O raster direções de fluxo D8 (D8 Flow
Directions), o shapefile exutório - 1 (Outlets shapefiles) e o local de saída da Área de
contribuição D8 (D8 Contributing Direction Grid)- Segunda versão. Além disso, duas
feições devem ser analisadas: Um raster de Peso da bacia (Weight Grid), sendo
opcional a sua marcação e a confirmação da ferramenta “Verificação da
Contaminação de Borda” (Check for Edge Contamination) para que não haja mais
de uma bacia a ser gerada após a execução do algoritmo. E na figura 13 pode-se
visualizara sub-bacia a ser delimitada do ponto da nascente até o exutório.

Figura 13- QGIS 2.18.7: Delimitação da sub-bacia no formato raster usando o


exutório – 1.
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●Exutório– 2

Como mencionado anteriormente, o segundo ponto de saída localiza-se na outra


margem do Rio (figura 14), sendo sinalizado por outro shapefile de ponto também
demonstrado anteriormente.

Figura 14 - QGIS 2.18.7: Panorama das sub-bacias e o ponto de exutório2.

Seguindo a analogia do processo, executa-se o algoritmo da “Área de contribuição”


novamente. Porém o campo obrigatório (Outlets shapefiles) preenchido com o ponto
de exutório – 2 e definindo o local de saída da nova área. Com todos os pontos
notáveis adicionados, gerando assim, uma nova área de contribuição para o limite
da bacia e sua hierarquia fluvial arranjada, conforme a figura 15.
21

Figura 15 - QGIS 2.18.7: Delimitação da sub-bacia no formato raster usando o


exutório – 2

5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante uma análise do estudo abordado neste artigo verifica-se a


importância da delimitação das bacias e microbacias de uma região, para
que, garanta uma análise visual e quantitativa dos elementos da hidrologia
aplicada à engenharia civil e sanitária. Garantindo a eficácia de métodos
matemáticos – computacionais para o controle de enchentes do município
que recebe uma obra de drenagem ou similar.

Esta ferramenta da geotecnologia trabalha sobre os dados geográficos


regionais como relatado neste artigo, sendo de grande valia para instituições
públicas de controle geomorfológico, como empresas de engenharia que
atuam em obras hidráulicas de grande, médioe pequeno porte, visto que, a
ferramenta QUANTUM GIS, assim como, seu complemento de análise o
TAUDEM são gratuitos e de fácil acesso a qualquer profissional ou estudante
de engenharia.

Após as etapas de estudo da ferramenta e algumas de suas funções


expostas neste documento, cabe a educação continuada da pesquisa, assim
como, os algoritmos que sucedem a delimitação das microbacias, como por
22

exemplo, a quantificação das bacias e a hierarquia fluvial com a determinação


da ordem dos rios que compõe toda a hidrografia que fora analisada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANA. Agência Nacional de Águas. Espírito Santo. Disponível em:<


http://www.hidroweb.ana.gov.br/cd4/ES.doc> Acesso em :14 Julho. 2019.

CARVALHO, D. F.; SILVA, L. D. B. Hidrologia. Rio de Janeiro: UFRRJ, 2006

COLLISCHONN, W. DORNELLES, Hidrologia: para engenharia e ciências


ambientais. 2. ed. :ABRH, 2013.

GARCEZ, Lucas Nogueira; COSTA ALVAREZ, Guillermo. Hidrologia. 2. ed. São


Paulo: Blücher, 1988.

GRIBBIN, John E. Introdução a Hidráulica, Hidrologia e Gestão de Águas


Pluviais. 4.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2014.

PAZ, Adriano Rolim. Hidrologia Aplicada. Caxias do Sul: Rio Grande do Sul, RS:
UERGS,2014.Disponível:<http://www.ct.ufpb.br/~adrianorpaz/artigos/apostila_HIDR
OLOGIA_APLICADA_UERGS.pdf> Acesso em: 11 ago. 2019.

QGIS218 - DELIMITAÇÃO COM TAUDEM.


Disponívelem:<http://www.processamentodigital.com.br/2017/11/06/qgis28-
delimitacao-de-bacias-hidrograficas-com-taudem/>. Acesso em 10 jul. 2019.

TUCCI, C. E. M. Hidrologia: ciência e aplicação. 2.ed. Porto Alegre: UFRGS,


1997.

TUCCI, C. E. M. Hidrologia: ciência e aplicação. 2. ed. Porto Alegre, UFRGS,


2001.

TUCCI, C. E. M.; CLARKE, R. T. Impacto das mudanças da cobertura vegetal no


escoamento: Revisão. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v.2, p.135-152,
1997.
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