A Crise de 1980

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José José Siconimoda

Causas e consequências da crise económica de 1980 em africa

Licenciatura em Ensino de História com Habilidades em Documentação

Instituto Superior de Recursos Naturais e Ambiente

Extensão de Montepuez

2024
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José José Siconimoda

Causas e consequências da crise económica de 1980 em africa

Trabalho de carácter avaliativo de cadeira de


Historia de África IV, Curso de Licenciatura
em Ensino de Historia com Habilidades em
Documentação, a ser entreguem no
Departamento de Letras e Ciências Sociais 3º
Ano, I semestre, orientado pelo:

Docente: MA. Mouzinho M.L. Manhalo.

Instituto Superior de Recursos Naturais e Ambiente

Extensão de Montepuez

2024
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Índice
Introdução..........................................................................................................................2

Causas e consequências da crise económica de 1980 em africa.......................................4

Factores da Ineficiência do PPI.........................................................................................4

No Contexto Mundial........................................................................................................4

No Contexto Regional.......................................................................................................5

No Contexto Nacional.......................................................................................................5

As Principais Causas da Crise de 1980.............................................................................6

As Principais Consequências da Crise de 1980 são:.........................................................7

Conclusão..........................................................................................................................8

Bibliografia........................................................................................................................9
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Introdução
Introduzindo este trabalho de caracter investigação irei abordar sobre factos ocorridos
neste continente Africano particularizando os países que adoptaram sistema socialista
depois das primeira independências ocorridas na Africa a partir da década 50 ate inicio
da crise da década 80. Em 1980 assolou uma crise que provocou ate mortes por causa da
fome, doenças, falta de medicação industrias que não produziam para africa. Em Abril
de 1980 os chefes de Estado africanos reunidos em Lagos, na Nigéria, adoptaram um
plano de acção para o desenvolvimento económico e social do continente, o qual passou
a ser conhecido por «Plano de Acção de Lagos» ou, como doravante referiremos, PAL
Este Plano pretende fazer o balanco dos vinte anos que decorreram entre 1960 e 1980 e,
sobretudo, delinear perspectivas para o período de 1980-2000.

O trabalho tem seguintes objectivos

Objectivo Geral

 Descrever as causas e as consequências da crise económica da áfrica nos


anos 1980;

Objectivo Especifico

 Identificar as causas e consequências da crise económica;


 Compreender as causas e as consequências da crise de 1980 nos países
que adoptaram o sistema socialista;
 Caracterizar as mudanças económicas na África em seu contexto
mundial (1935- 1980).

Metodologia e estrutura do Trabalho

Para elaboração deste trabalho foi recorrida a consulta bibliográfica, Google Académico
e consulta dos colegas que passaram na mesma cadeira nos anos anteriores. O trabalho
está estruturado de seguinte forma: introdução, desenvolvimento, conclusão e
referências bibliográfica.
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Causas e consequências da crise económica de 1980 em africa


As causas internas e externas, da crise e procurando respostas pragmáticas dentro de
estratégias ambiciosas, com o homem como centro de gravidade numa dinâmica sempre
renovada de mudança.

Segundo HOBSBAWM, Eric (1995). No momento que muitos países africanos


conquistaram sua independência nas décadas de 1950 e 1960, alguns líderes políticos
rejeitaram as ideias capitalistas em favor de um modelo económico mais afrocêntrico.

Os lideres e os respectivos países Africanos que adoptaram o sistema socialista são:

-Julius Nyerere (Tanzânia); - Modibo Keita (Mali);

-Léopold Senghor (Senegal); -Kwame Nkrumah (Gana);

-Samora Machel (Moçambique) -Agostinho Neto (Angola)

-Sékou Touré (Guiné)

O Plano Prospectivo Indicativo (PPI)

NEGRÃO, (2003:p.5). O objectivo primordial do PPI era o de acabar com o


subdesenvolvimento no país em dez (10) anos. Para responder ao objectivo deste plano,
Maloa (2016: 107) refere que definiram-se as seguintes principais acções:

 Socialização do campo e desenvolvimento agrário;


 Industrialização rápida;
 Educação.

Factores da Ineficiência do PPI

No Contexto Mundial
A Guerra Fria – assolou de forma negativa a proficiência do PPI. Este fenómeno deveu-
se ao excesso de confiança dos apoios dos países socialistas e nórdicos. Ora, essa
confiança traduziu-se na dependência directa de concessão de apoios financeiros e de
mão-de-obra especializada estrangeira, sobretudo oriundos de países socialistas.
MALOA, (2016: 133);

A Crise Mundial da década de 1970 – fez-se sentir em Africa através dos níveis de
inflação registados a nível mundial GENTIL, (1998: 366).
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No Contexto Regional
A Política de desestabilização de África do Sul – que, tendo adoptado a estratégia da
CONSAS, contra a SADCC, onde a primeira pretendia perpetuar a dependência
regional em relação a África do Sul. Assim, no âmbito mais abrangente da estratégia da
CONSAS, o sistema ferro-portuário moçambicano que, representava-se como
instrumento estratégico da SADCC, tornou-se alvo de dois processos Sul-Africanos (a
desestabilização militar e a desestabilização económica) LUCAS,( s/d.;l 6).

No Contexto Nacional
Guerra Civil – a sua generalização por quase todo país, alcançou zonas de grande
importância económica a Sul do Save (o Vale do Limpopo e as vias de acesso a Maputo
começaram a ser persistentemente atacadas) e a Norte do Save, ocupou-se com tamanha
facilidade o Vale do Zambeze MALOA,(2016: 131);

Catástrofes naturais – as cheias e a seca atingiram o auge nos princípios da década de


1980, tendo influenciado para a generalização da fome e da desagregação da economia
rural (NEWITT, 1997: 484).

Problemas do PRE É bem sabido que o PRE tinha como sua maior pretensão a
reposição do equilíbrio macroeconómico e dar mais flexibilidade e eficiência à
economia nacional, em forma de correcção dos erros gerados pelo PPI. Na mesma
perspectiva, MALENDZA (2006: 10) aponta como principais objectivos do PRE os
seguintes:

 Reverter o declínio da produção;


 Assegurar às populações as receitas mínimas e um nível de consumo mínimo;
 Restaurar o balanço macroeconómico através da diminuição do deficit
orçamental;
 Reforçar a balança de transacções correntes e a balança de pagamentos.

O PRE passou mais tarde ao PRES (1990), devido a necessidade de focalizar mais a
dimensão humana, uma vez que com tal política o fosso entre ricos e pobres aumentava
progressivamente, trazendo impactos significativos nas estruturas da sociedade

Obviamente, o fato de que a URSS era o único país socialista do


mundo, colocava necessidade da instauração do socialismo em outras
partes do mundo, no mínimo, com o objectivo de criar economias
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internacionais solidárias, que pudessem contornar o crescente


Imperialismo capitalista. Fernandes (1992, 1999) e de Maidanik (1995).

Simultaneamente ao aumento da importância do continente africano no âmbito dos


assuntos mundiais, os países socialistas desenvolveram as suas relações com os Estados
Africanos. Desta forma, estabeleceu-se uma interacção que influenciou, sob muitos
aspectos, a trajectória dos acontecimentos nestes países.

Nesta explicação da crise, se é verdade que as responsabilidades dos governos africanos


existem, também não pode ser ignorado o impacte dos factores exógenos ou
internacionais.

As Principais Causas da Crise de 1980.


Contudo, a principal causa de agravamento dos défices da balança comercial durante a
década de 70 não parece ter sido apenas a deterioração dos termos de troca, mas sim,
em relação à década anterior, a diminuição do volume das exportações. Se esse volume
tinha aumentado a uma taxa de 5,3% por ano de 1960 a 1970, no período de 1970-1980
acusou uma diminuição anual de — 1,6% no conjunto dos países africanos ao sul do
Sara, que culminou em principais causas que são:

 Dependência do ocidente;
 Guerras;
 Conflitos;
 Fome;
 Doenças;
 Trabalhos forçados;
 Empréstimos.
No «Programa Prioritário de Reconstrução Económica da África 1986-1990»,
que acompanha em anexo a Declaração, a agricultura é sem dúvida objecto de
particular atenção. Reconhecesse que os «planos nacionais de desenvolvimento e
os orçamentos anuais da maior parte dos países africanos tendem a perpetuar e
mesmo acentuar a dependência das nossas economias em relação aos recursos
estrangeiros (financeiros e humanos). Declaração de Adis Abeba de Julho de
(1985).
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As Principais Consequências da Crise de 1980 são:


 Dividas externas
 Baixa permanente da população acentuada do início dos anos 80;
 Insuficiência no fluxo de investimentos estrangeiros;
 Défices nas operações corrente combinado;
 Clientelismo e a corrupção.
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Conclusão
Chegando este ponto conclui-se que a década de 1980 presenciou-se uma crise que
assustou o continente Africano de uma crise por se adoptar o sistema socialista; Depois
da mudança mais fundamental ocorrida na África nos anos 1960 − mais da metade da
África havia então conquistado a sua independência. A mais fundamental mudança,
advinda ao mundo socialista, no curso dos anos 1980, foi a liberalização. Na União
Soviética baptizada glasnost ou perestroika, segundo as esferas dos aspectos,
respectivamente, político e económico, este movimento processou-se com outras
denominações em todo o mundo socialista, de Pequim a Budapeste. A liberalização
introduzida por Mikhaïl Gorbachev, ao final dos anos 1980, concretizou-se, no que diz
respeito à URSS, tanto no tangente à sua política externa quanto em sua política interna.
A nova posição soviética consistiu em evitar qualquer enfrentamento com o Oeste, em
reduzir os arsenais de guerra, aliviar o domínio hegemónico da União Soviética sobre a
Europa Oriental, assim como em distender as tensões regionais
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Bibliografia
-Banque Mondiale (1983-a), L'Afrique au sud du Sahara: Rapport intérimaire sur les
perspectives et programme de développement, Washington.

COUTINHO, L. Coreia do Sul e Brasil: paralelos, sucessos e desastres. In: FIORI, J. L.


(Org.). Estado e moedas no desenvolvimento das nações. Petrópolis: Vozes, (1999).

FERNANDES, L. M. URSS: ascensão e queda. 2. ed. São Paulo: Ed. A. Garibaldi,


(1992).

GENTIL, Ana Maria. O Leão e o Caçador: uma história de África Subsaariana. Maputo,
Arquivo Histórico de Moçambique, (1998).

SHANIN, T. Coletivização na União Soviética. Reforma Agrária, São Paulo, n. 3, dez.


1989; mar. (1990).

HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos. O breve século XX. São Paulo: Companhia das
Letras, (1995).

UNCTAD (1985-b), The Development Dialogue in the 1980 — Continuing Paralysis or


New Consensus? Nova Iorque, Nações Unidas.

OUA, Organisation de l'Unité Africaine (1985), Déclaration sur la situation économique


en Afrique, Adis Abeba, Doc. AHG/DECL. i (xxi) («Declaração de Adis Abeba»).

Mestri, E.(1980). — Les Cubains et l’Afrique, Paris, Karthala. Meyer, J. W. e

Hannan, T. (1979). — National development and the world system: educational,


economic and political change, 1950-1970, Chicago, Chicago University Press.

NEGRÃO, José. Como Induzir o Desenvolvimento em África? Caso de Moçambique.


Maputo, (2003).

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