Introdução As Instalações Especiais

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 150

A Pró-Reitoria Acadêmica (Proacad) e a Editora Universitária da

Universidade Federal de Pernambuco (EdUFPE), apresentam a obra

35
Introdução ao Projeto das Instalações Especiais organizada pelos
professores Marcos José Vieira de Melo, Ronald Fernando Albuquerque
Vasconcelos e Sérgio da Motta Bittencourt, o 35º título editado pelo
Programa Livro-Texto.

Introdução ao Projeto das Instalações Especiais


Esta Coleção publica o material produzido pelos professores da
UFPE. Trata-se de uma proposta que visa à publicação de exemplares
de qualidade acadêmica a um baixo custo de aquisição para o
aluno, além de dar a possibilidade concreta de publicação para o
professor. Estimula, ainda, o docente a produzir seu próprio material,
oportunizando correções e atualizações em cada nova impressão. O
padrão de cores utilizado nas capas identifica a área do conhecimento
e, consequentemente, o Centro Acadêmico onde a disciplina é
ministrada: laranja para Humanas, verde para Saúde e azul para
Exatas.

Espera-se que os alunos, incentivados pelas publicações adequadas Introdução ao Projeto


aos programas das disciplinas que vêm estudando, criem o hábito de das Instalações Especiais
adquirir livros e construam, progressivamente, — como estudantes e
futuros profissionais — suas bibliotecas particulares.

Como Editora, ressalto o empenho da Administração Central, da Proacad Marcos José Vieira de Melo
e da Comissão Editorial, que, criteriosamente, avançaram nesse nível de Ronald Fernando Albuquerque Vasconcelos
produção. Congratulo-me com os senhores professores autores e com os Sérgio da Motta Bittencourt
Centros Acadêmicos que responderam à chamada do edital.

Maria José de Matos Luna


Diretora da EdUFPE
35
INTRODUÇÃO AO PROJETO DAS
INSTALAÇÕES ESPECIAIS
Arquitetura e Urbanismo - UFPE
Marcos José Vieira de Melo
Ronald Fernando Albuquerque Vasconcelos
Sérgio da Motta Bittencourt

INTRODUÇÃO AO PROJETO DAS


INSTALAÇÕES ESPECIAIS
Arquitetura e Urbanismo - UFPE

Recife, 2014
Universidade Federal de Pernambuco Editora associada à
Reitor: Prof. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado
Vice-Reitor: Prof. Sílvio Romero Marques
Diretora da Editora UFPE: Profª Maria José de Matos Luna ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DAS EDITORAS UNIVERSITÁRIAS

Comissão Editorial
Presidente: Profª Maria José de Matos Luna

Titulares: Ana Maria de Barros, Alberto Galvão de Moura Filho, Alice Mirian Happ Botler,
Antonio Motta, Helena Lúcia Augusto Chaves, Liana Cristina da Costa Cirne Lins, Ricardo
Bastos Cavalcante Prudêncio, Rogélia Herculano Pinto, Rogério Luiz Covaleski, Sônia Souza
Melo Cavalcanti de Albuquerque, Vera Lúcia Menezes Lima.

Suplentes: Alexsandro da Silva, Arnaldo Manoel Pereira Carneiro, Edigleide Maria Figueiroa
Barretto, Eduardo Antônio Guimarães Tavares, Ester Calland de Souza Rosa, Geraldo Antônio
Simões Galindo, Maria do Carmo de Barros Pimentel, Marlos de Barros Pessoa, Raul da Mota
Silveira Neto, Silvia Helena Lima Schwamborn, Suzana Cavani Rosas.

Editores Executivos: Edigleide Maria Figueiroa Barretto, Rogério Luiz Covaleski e Silvia Helena
Lima Schwamborn

Créditos
Capa e projeto gráfico: EdUFPE

Catalogação na fonte:
Bibliotecária Kalina Ligia França da Silva, CRB4-1408

M528i Melo, Marcos José Vieira de.


Introdução ao projeto das instalações especiais, Arquitetura e
Urbanismo - UFPE / Marcos José Vieira de Melo, Ronald Fernando
Albuquerque Vasconcelos, Sérgio da Motta Bittencourt. – Recife : Ed.
Universitária da UFPE, 2014.
164 p. : il. – (Série Livro-Texto).

Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-415-0412-6 (broch.)

1. Construção civil - Detalhes. 2. Arquitetura. 3. Gás - Instalações.


4. Ar condicionado – Instalações. 5. Refrigeração. 6. Engenharia de
incêndio. I. Vasconcelos, Ronald Fernando Albuquerque. II. Bittencourt,
Sérgio da Motta. III. Título.

690 CDD (23.ed.) UFPE (BC2014-005)

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou pro­cesso, especialmente por sistemas
gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos e vídeográ­ficos. Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial em
qualquer sistema de processamento de dados e a inclusão de qualquer parte da obra em qualquer programa juscibernético. Essas proibições
aplicam-­se também às características gráficas da obra e à sua editoração.
AGRADECIMENtos

Nós autores agradecemos:

Aos nossos pais, por tudo que fizeram pela nossa formação intelectual;

Às nossas esposas e filhos, pelas horas que lhes privamos da


nossa convivência;

Aos nossos alunos, por serem fonte constante de incentivo, reflexão


e inspiração;

À aluna Ulliane Albuquerque, monitora da disciplina, por toda a ajuda


prestada na digitação dos manuscritos que deram origem a
esta publicação.
PREFÁCIO

Quando este Livro-Texto foi escrito, o objetivo dos professores foi pre-
encher uma lacuna existente na disciplina Instalações Especiais, do curso de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco. Até então,
os alunos eram obrigados constantemente a recorrer a publicações especiali-
zadas que, além de escassas, geralmente expunham o assunto de forma não
adequada aos objetivos da disciplina.

Este texto didático visa atender principalmente, aos estudantes do curso de


arquitetura que desejam obter informações sobre o assunto. Expõe de forma
simplificada e prática, os conceitos básicos, no nível predial, sobre instalações
de gás, instalações de proteção e combate a incêndio, e sistemas de ar-condicio-
nado, dispondo sobre seus principais componentes, o seu dimensionamento e
das tubulações, bem como sobre recomendações das normas pertinentes.

Apesar de não se pretender esgotar todo o assunto sobre a matéria, acre-


dita-se que este trabalho possa vir a ser útil na formação teórica e prática tanto
do estudante de arquitetura quanto do estudante de engenharia civil, tendo-
-se em vista a importância do conhecimento do assunto para elaboração mais
adequada do projeto de instalações especiais de um edifício.

Os autores
01 Sistemas Centrais de gás

1.1. CONSIDERACÕES GERAIS SOBRE O FORNECIMENTO DE GLP


O gás combustível é fornecido atualmente no Brasil através de duas manei-
ras diferentes: canalizado ou engarrafado.
O gás encanado ou seja, o gás de rua, é obtido a partir do craqueamento da
nafta, subproduto do petróleo, ou oriundo diretamente de poços de petróleo,
no caso o gás natural, que abastece por exemplo o Rio de Janeiro vindo da
bacia de Campos, e o gás que abastece parte das indústrias em Pernambuco,
vindo do Rio Grande do Norte.
O gás engarrafado ou seja, o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) se cons-
titui basicamente numa mistura de gás butano e propano, obtidos através da
destilação do petróleo, e tem seu uso bastante difundido, sendo praticamente
utilizado em quase todo o país já que não necessita de rede de distribuição
como o gás encanado.
Nos últimos anos a distribuição do Gás Natural vem sendo ampliada em
todo o país, através da instalação de redes nas maiores cidades brasileiras por
concessionárias públicas. Entretanto, neste trabalho serão estudadas apenas as
instalações de Gás Liquefeito de Petróleo, tendo-se em vista ser o mais usual e
o adotado em Pernambuco.
As Normas Brasileiras que tratam das instalações internas de GLP ou GN
são:

• NBR 13932 “Instalações internas de gás liquefeito de petróleo (GLP)


– Projeto e execução”
• NBR 13933 “Instalações internas de gás natural (GN) – Projeto e
execução”
• NBR 14570 “Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e
GLP - Projeto e execução”

1.2. VANTAGENS DO GLP


Entre as vantagens do GLP em relação à maioria dos combustíveis pode-
mos citar:
• Alto poder calorífico
• Gás encanado - 5000 Kca/Kg
• GLP - 11000 a 11800 Kcal/Kg (conforme o teor de butano e propano)
• Não é tóxico
• Alto rendimento
• Após a queima não produz resíduo
• Facilidade e rapidez de operação

1.3. DESVANTAGENS DO GLP


A principal desvantagem do GLP está na descontinuidade de forneci-
mento, já que é necessária a substituição dos cilindros de GLP sempre que esses
acabam, ou abastecimento dos cilindros no caso de recipientes estacionários.

1.4. TIPOS DE PONTOS DE UTILIZAÇÃO


• Fogões;
• Fornos;
• Banho-Maria;
• Chapas;
• Aquecedores de água;
• Equipamentos de laboratórios;
• Incineradores de lixo, Etc.

1.5. TIPOS DE DISTRIBUIÇÃO DO GLP

1.5.1. Recipientes transportáveis


• Botijões de 2 Kg (utilizados para iluminação e camping)
• Botijões de 5 Kg (mesmo uso)
• Botijões de 13 Kg (normalmente utilizados em residências)
• Cilindros de 45 Kg (utilizados em sistemas centrais de GLP)
• Carrapetas de 90 Kg (para grandes consumidores)

1.5.2. Recipientes estacionários


• Para uso Predial ou industrial.Atualmente vêm sendo muito utilizados
em edifícios residenciais (ver fotos 1.1 a 1.7)

1.6. CONSIDERAÇÕES SOBRE RECIPIENTES

1.6.1. Quanto à localização


• De superfície, enterrados ou aterrados

1.6.2. Quanto ao formato


• Cilíndricos ou esféricos

1.6.3. Quanto à posição


• Verticais ou horizontais
1.6.4. Quanto à fixação
• Fixos ou não-fixos

1.6.5. Quanto ao manuseio


• Transportáveis ou estacionários

1.6.6. Quanto ao abastecimento


• Abastecidos no local ou trocados

1.7. NOMENCLATURAS USUAIS

1.7.1. Rede de distribuição externa primária


Trecho de tubulação compreendido entre o regulador de primeiro estágio
e a rede de distribuição externa secundária (ver fig 1.1).

1.7.2. Rede de distribuição externa secundária


Trecho de tubulação situado entre duas derivações para a rede prumada
de gás (ver fig. 1.1).

1.7.3. Rede prumada de gás


Tubulações de gás em direção vertical agrupadas ou isoladas, que atraves-
sam um ou mais pavimentos de um prédio (ver fig. 1.1).

1.7.4. Rede de distribuição interna


Tubulações compreendidas entre as prumadas e os reguladores de segundo
estágio (ou dos medidores) (ver fig. 1.1).
1.7.5. Rede de derivação para os pontos de consumo
Tubulações compreendidas entre os reguladores de segundo estágio (ou
dos medidores) e os aparelhos de utilização (ver fig 1.1).

1.7.6. Dreno
É o equipamento instalado no ponto mais baixo da instalação e que tem a
função de recolher o condensado do gás.

1.7.7. Grupo de medição


É o conjunto de equipamentos reunidos em uma mesma caixa, composto
de medidor, regulador de segundo estágio, registro e acessórios de ligação.

1.7.8. Central de GLP


É o conjunto constituído de cilindros de GLP e manifold.

1.7.9. Manifold (Barrilete)


É o conjunto constituído de registros,manômetro,válvula de redução de
pressão e tubulações de borracha ( pig-tail) e que tem a função de ligação entre
os cilindros de GLP e a tubulação de alimentação (ver figura 1.2).

1.8. pressões de utilização

As empresas distribuidoras fornecem o GLP em recipientes com pressão


na faixa de 35 a 105 m.c.a. (3,5 a 10,5 Kg/cm2). Entretanto os equipamentos
como os fogões, aquecedores de água, etc., precisam para funcionar que o gás
seja fornecido a uma pressão de 0,28 m.c.a. (0,028 Kg/cm2).
Como a utilização do GLP na tubulação de alimentação em alta pressão
tem como vantagem a redução do diâmetro da tubulação, e como a pressão
do GLP na mesma, ou seja, nas redes de distribuição externas e nas redes pru-
madas de gás (Ver fig. 1.1) não pode ser superior a 15 m.c.a. (1,5 Kg/cm2 ),
normalmente é utilizado um regulador de primeiro estágio (regulador de alta)
para reduzir a pressão do gás na tubulação de alimentação para 10 m.c.a. ( 1,0
kg/cm2 ).
Nas redes de derivação para pontos de consumo (Ver figura 1.1), a pressão
é novamente reduzida no regulador de segundo estágio ( regulador de baixa)
para a pressão de utilização. Em alguns casos a pressão é reduzida diretamente
do cilindro através do regulador de segundo estágio.

Em resumo temos:

• PRESSÃO NO RECIPIENTE: 35 a 105 m.c.a.


• REGULADOR DE PRIMEIRO ESTÁGIO: redução para valor ~ 15
m.c.a.
• REGULADOR DE SEGUNDO ESTÁGIO: redução para valor <_ 0,28
m.c.a (Ver fig.03)
• CONVERSÃO DE UNIDADES:
1 m..c.a. = 0,1 Kg/cm2 =1,42233 psi
psi = libra por polegada quadrada
Fig. 1.1. Tubulações de GLP
Fig. 1.2. Manifold

Fig. 1.3. Caixa do Regulador de Segundo Estágio


1.9. exigência de central de glp em edificações

O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de Pernambuco considerando


o elevado risco de sinistros decorrentes de vazamento de GLP de botijões nas
edificações, ‘principalmente nas elevadas, pondo em risco toda a população
das mesmas, através da Portaria Administrativa n° 018/89-CMDO/CB passou
a exigir e regulamentar as instalações de centrais de GLP para as edificações
abaixo:

• TODAS AS EDIFICAÇÕES:
- Com mais de 8 pavimentos, ou
- Altura superior a 20 m.
• HOTÉIS, RESTAURANTES, PANIFICADORAS E ESTABELECI-
MENTOS CONGÊNERES
- Área construída superior a 500 m².
• HOSPITAIS, CUNICAS, ESCOLAS E ESTABELECIMENTOS
CONGÊNERES
- Área construída superior a 750 m².

1.10. DIMENSIONAMENTO DO NÚMERO DE CILINDROS

Para o dimensionamento do número de cilindros da central de GLP, pre-


cisamos inicialmente calcular o valor do consumo total dos equipamentos da
edificação.
Para efeito do cálculo podemos considerar o consumo dos diversos equi-
pamentos conforme descrito abaixo:

Tabela 1.1 – Equipamento x Consumo (Kg GLP/H)


Equipamento Consumo (Kg GLP/H)
Fogão doméstico 4 bocas * 0,40
Fogão doméstico 6 bocas * 0,60
Fogão industrial (por boca) 0,60
Equipamento Consumo (Kg GLP/H)
Forno industrial (câmara única) 0,60
Sanduicheira simples 0,22
Sanduicheira conjugada 0,44
Banho maria (dimensões 0,50 x 1,00) 0,30
Banho maria (dimensões 1,00 x 1,00) 0,60
Aquecedor de água 50 litros 0,33
Aquecedor de água 75 litros 0,53
Aquecedor de água 100 litros 0,68
Aquecedor de água 150 litros 0,71
Caldeirão industrial 50 litros 0,70
Caldeirão industrial 100 litros 1,30
Caldeirão industrial 200 litros 1,80
*considerar: Prédios médios - fogão 4 bocas; prédios de luxo - 6 bocas

Para o caso de edifícios de apartamentos, o cálculo do número total de


equipamentos em uso simultâneo e consumindo GLP no máximo, levaria a
um erro grosseiro, já que na prática isto nunca viria a ocorrer.
Para corrigir essa distorção, adotamos um fator de demanda em função do
número de andares do edifício, conforme tabela abaixo.

Qprojeto = Qmáxima x fator de demanda

Tabela 1.2 – Número de andares x Fator de Demanda


Número de andares do edifício de apartamentos Fator de Demanda
Até 3 andares 1
4 0,95
5 0,90
6 0,85
7 0,80
8 0,75
9 0,70
10 a 15 0,65
Número de andares do edifício de apartamentos Fator de Demanda
15 a mais 0,60

Considerando-se a vazão de gás de 1,2 Kg de GLP/h por cilindro de 45


Kg (vaporização de gás), e dividindo-se a vazão demandada por esse valor,
obtemos o número de cilindros necessários. Ao número de cilindros de 45
Kg encontrados, considerar a mesma quantidade de cilindros para RESERVA,
para possibilitar a substituição da bateria de cilindros sem necessidade de
interrupção do fornecimento de GLP.

1.10.1. Roteiro de cálculo


1. Calcular o valor de consumo dos equipamentos da edificação.
2. Aplicar o fator de demanda.
3. Considerar a vazão de gás de 1,2 Kg de GLP/h por cilindro.
4. Dividir o valor demandado por 1,2 Kg de GLP/h.
5. Ao número de cilindros de 45 Kg encontrados considerar a mesma
quantidade de cilindros para reserva.

1.11. DIMENSIONAMENTO Da central DE glp

1.11.1. Comprimento
Como os recipientes adotados na prática nas centrais de GLP são os de
45Kg que possuem um diâmetro de 0,36 m e altura de 1,30 m temos:

• Para cilindros de 45 Kg considerar 0,40 m por cilindro.


• Acrescentar 0,50 m ao comprimento total.

1.11.2. Largura mínima


• Disposição linear - 0,50 m
• Disposição dupla - 1,00 m 1.11.1. Comprimento
1.11.3. Pé direito
Considerar pé direito de aproximadamente 2,00 m para permitir livre
acesso para manutenção do manifold e substituição dos cilindros.

1.11.4. Considerações sobre a construção


1. A construção deverá ser em alvenaria de tijolos e nos casos onde for
necessária a sua instalação junto ao limite do terreno ou sob a edifica-
ção, deverá ser construída em concreto armado.
2. Deverão ser dotadas de portas em tela ou veneziana, para propiciar boa
condição de ventilação natural, e com sentido de abertura para fora.
3. Na porta de acesso deverá constar a sinalização “INFLAMÁVEL” e
“PROIBIDO FUMAR”.
4. O piso da central de GLP deverá ter nível igualou superior ao piso. cir-
cundante, para evitar acúmulo de GLP, já que esse é mais denso que o ar.

Na figura abaixo temos em planta baixa uma central de GLP de 6+6 cilin-
dros com disposição dupla.

Fig. 1.4. Planta baixa de uma central de GLP


Fotografia 1.1. Central de GLP

Fotografia 1.2. Manifold


Fotografia. 1.3. Central de GLP

Fotografia. 1.4. Central de GLP


Fotografia. 1.5. Central de GLP

Fotografia. 1.6. Central de GLP


Fotografia. 1.7. Manifold

1.12. LOCALIZAÇÃO DA CENTRAL DE GLP

A escolha da central de GLP, quando da elaboração do projeto arquitetô-


nico, deverá obedecer “as seguintes recomendações:

1.12.1. Localização em área externa da edificação


• Protegida do trânsito de veículos e pedestre.
• Em local de fácil acesso em caso de emergência.

1.12.2. Localização em outros pavimentos


• Só com acesso através de rampas.
• Não podem ser instaladas em subsolo.
1.12.3. Afastamentos mínimos

ŪŪ Da projeção do edifício (exceto em edifícios


com ocupação total do terreno) 1.00m
ŪŪ Da divisa do terreno 2.00m
ŪŪ De aberturas de pavimentos superiores.
ŪŪ De pontos elétricos
ŪŪ De pontos de ignição.
ŪŪ De material de fácil combustão abaixo das válvulas.
ŪŪ De fossas, caixas de inspeção, ralos, etc. 3.00m
ŪŪ De portas, janelas e outras aberturas. 1.00m

1.13. REDES DE DISTRIBUIÇÃO

1.13.1. Posicionamento das tubulações - limitações


• Devem ter um traçado o mais curto possível.
• Não devem sofrer esforços não previstos.
• Não devem ser embutidas em elementos estruturais de concreto.
• Não devem atravessar vigas ou lajes: só através de passagens com diâ-
metro maior.

1.13.2. Principais características


1.13.2.1. Afastamentos mínimos
• 0,20m de canalizações de outra natureza (elétricas, hidráulicas, etc.)
• Espaçamento entre si igual ao próprio diâmetro.

1.13.2.2 Declividade mínima


• - 0,50 % (limitada aos trechos horizontais) de forma que os eventuais
condensáveis de GLP possam escoar para os pontos de drenagem pre-
vistos no projeto.
1.13.3. Observações importantes
• Não é permitida a passagem da rede no interior de outras redes (esgo-
tos, ar condicionado, águas pluviais, poços de elevadores, etc.).
• Deverá passar sempre por local bem ventilado.
• Quando embutidas em furos de alvenaria ou painéis, os tubos devem
ser envolvidos por camada de argamassa que preencha os vazios da
alvenaria.

1.13.4. Pressões máximas admitidas para condução do GLP nas redes


• Para as redes primárias: 150 kPa;
• Para as redes secundárias: 5 kPa.

1.14. posicionamento dos medidores de vazão


• Em área comum da edificação com fácil acesso.
• Em áreas bem ventiladas e iluminadas.
• Afastados de qualquer dispositivo elétrico.

1.15. DIMENSIONAMENTO DA TUBULAÇÃO DE BAIXA PRESSÃO

1.15.1. Pela Equação de Pole


O dimensionamento da tubulação de gás em baixa pressão, ou seja, a partir
do regulador de segundo estágio é obtido através da equação de POLE:

D5H Q = Vazão de gás (pés³/h)


Q = 1350
D = Diâmetro interno do tubo (pol.)
SL H = Queda de pressão (pol. coluna d’água)
S = Densidade do gás em relação ao ar (S = 1,76)
L = Comprimento total da tubulação (Jardas)
1 jarda = 3 pés = 0,9144m
Para o cálculo do comprimento total da tubulação, deve ser adicionado
ao comprimento real da tubulação, o comprimento equivalente decorrente de
perda de carga em conexões e válvulas, conforme tabela específica.
O cálculo através da equação de POLE foi incluído neste trabalho apenas
de forma ilustrativa, já que para o nosso estudo será adotado o método prático.

1.15.2. Método Prático - Baixa Pressão


Para o cálculo da tubulação de baixa pressão em edifícios residenciais
podemos adotar o seguinte método prático:

• Apartamentos com um único fogão como ponto de consumo


- tubulação exposta - tubo de cobre recozido com diâmetro 3/8” .
- tubulação embutida - tubo de aço Mannesmann sem costura com
diâmetro de 1/2”.
• Apartamentos com dois ou mais pontos de consumo
- tubo de aço Mannesmann sem costura com diâmetro de 1/2”.

1.16. DIMENSIONAMENTO DA TUBULAÇÃO DE BAIXA PRESSÃO

1.16.1. Pela fórmula


O dimensionamento da tubulação de GLP em alta pressão, ou seja, entre
os reguladores de segundo estágio e o regulador de primeiro estágio é obtido
através da seguinte fórmula:

Q = Vazão do gás (pés³/h)


Q = 2600 D5H
D = Diâmetro interno do tubo (pol.)
SL S = Densidade do gás em relação ao ar (S=1,76)
L = Comprimento total da tubulação (pés)
H = Queda de pressão (pol. coluna d’água)

sendo, H = P12 – P22 onde: P1 = pressão de saída no regulador de pri-


meiro estágio.
P2 = pressão de entrada no regulador de pri-
meiro estágio.
1.16.2. Método prático
Da mesma forma adotada no dimensionamento da tubulação em baixa
pressão, para o nosso estudo, utilizaremos o método prático para dimensiona-
mento da tubulação em alta pressão.

1.16.2.1. Cálculo da vazão do projeto


Qprojeto = Qmáximo x FATOR DE DEMANDA (ver tabela 02)

1.16.2.2. Comprimento total da rede de distribuição


Lr = RDEP + RDE5 + RPG + (n x RDI)

onde: RDEP - Rede de distribuição externa primária


RDE5 - Rede de distribuição externa secundária
RPG - Rede prumada de gás
RDI - Rede de distribuição interna
n - Número de andares do prédio com pontos de gás
Lr - Comprimento Total da tubulação, da saída do regulador de primeiro
estágio até a entrada do mais distante regulador de segundo estágio.
(Ver fig. 1.1)

1.16.2.3. Perda de carga


A perda de carga é decorrente de joelhos, reduções,registros, e demais
conexões e equipamentos no trecho entre o regulador de primeiro estágio e
reguladores de segundo estágio. É convencionado para cada elemento, 1,00m
de comprimento equivalente de tubulação.

Lequiv = m x 1,00
Lprojeto = Lr + Lequiv
onde: Lprojeto – comprimento de projeto
Lequiv – comprimento equivalente
m – número de elementos da tubulação

1.16.2.4. Determinação do diâmetro da tubulação


O diâmetro da tubulação é obtido a partir da tabela 03 abaixo, em função
da vazão de projeto e comprimento de projeto:

Tabela 1.3 – Diâmetro da tubulação do projeto


Lprojeto (m)
Qprojeto
(Kg/h) Até 100m 100 a 200m
Até 10 Ø 3/4” Ø 1”
10 a 20 Ø 1” Ø 1 1/2”
20 a 50 Ø 1 1/2” Ø 1 1/2”
50 a 100 Ø 2” Ø 2”

1.16.2.5. Valores de redução


• Rede prumada de gás
A partir da metade da altura da rede prumada de gás, a tubulação deverá
ter o diâmetro reduzido para o valor imediatamente inferior.
(Ver fig 1.5 e 1.6)
• Rede de distribuição interna
O seu diâmetro deverá ser imediatamente inferior ao do trecho da rede
prumada de gás no qual está conectado. ( Ver fig 1.5 e 1.6 )
• Observação:
- O diâmetro mínimo permitido para as reduções acima citadas é de
3/4”.
- O diâmetro mínimo permitido no Manifold (barrilete) é de 3/4”.
1.16.3. Dimensionamento para uma única rede prumada de gás

Fig. 1.5. Dimensionamento para uma única rede prumada de gás


*OBS.: Sendo o caso com pilotis, o h será observado de forma que a redução
ocorra após a metade mais um pavimento tipo se impar ou par,
no mínimo de 06 pavimentos.
1.16.4. Dimensionamento para duas ou mais redes prumadas de gás

Fig. 1.6. Dimensionamento para duas ou mais redes prumadas de gás


1.16.5. Distribuição de GLP com instalação central para um edifício
de apartamentos

Fig. 1.7. Distribuição de GLP com instalação central para um edifício


de apartamentos
1.16.6. Distribuição de GLP com instalação central para um edifício
de apartamentos

Fig. 1.8. Distribuição de GLP em planta baixa


Fig. 1.9. Distribuição de GLP com instalação central para um edifício
de apartamentos
Fig. 1.10. Distribuição de GLP com instalação central para um edifício
de apartamentos com cilindros móveis e estacionários
Instalações de proteção e
02 combate a incêndio

2.1. CLASSE DA NATUREZA DO INCÊNDIO


De acordo com as normas brasileiras são quatro as classes de natureza dos
incêndios. Esta classificação é geral, e as normas dos Corpos de Bombeiros
estaduais costumam fazer um desmembramento destas classes relacionando-
-as com o tipo de uso e ocupação dos edifícios, como é o caso das normas do
Corpo de Bombeiros de Pernambuco, CB – 016/86. Segundo a norma brasi-
leira as quatro classes são as seguintes:

• CLASSE A – INCÊNDIOS DE MATERIAIS


COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS:
Propriedades: queimam em sua superfície e em profundidade, deixando
resíduos.
- Madeira
- Tecidos
- Papel
- Lixo comum
- Fibras
- Ferragens, etc.
• CLASSE B – INCÊNDIOS EM LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E
DERIVADOS DE PETRÓLEO:
Propriedades: queimam somente em sua superfície, não deixando resíduos.
- Óleos
- Graxas
- Vernizes
- Tintas
- Gasolina
- Querosene
- Solventes
- Borracha, etc.

• CLASSE C – INCÊNDIOS EM EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS


ENERGIZADOS:
Propriedades: presença de risco de vida por choque elétrico.
- Motores
- Geradores
- Transformadores
- Reatores
- Aparelhos de ar condicionado
- Televisores
- Rádios
- Quadros de distribuição, etc.

• CLASSE D – INCÊNDIOS EM MATERIAIS PIRÓFOROS E SUAS


LIGAS (MAGNÉSIO, SÓDIO, POTÁSSIO, ALUMÍNIO EM GROSAS,
ETC.).
2.2. SUBSTÂNCIAS OU AGENTES PARA EXTINÇÃO DO FOGO
Para cada classe existe um agente mais indicado para extinção do fogo.
Estes agentes são:

• CLASSE A – AGENTE EXTINTOR COM PODER


DE “RESFRIAMENTO” E PENETRAÇÃO:
- Água;
- Espuma.

• CLASSE B – AGENTE EXTINTOR COM PODER


DE “ABAFAMENTO” E AÇÃO DE PERMANÊNCIA:
- Espuma;
- Compostos químicos em pó;
- Gás carbônico;
- Compostos halogenados.

• CLASSE C – AGENTE EXTINTOR NÃO DEVE SER CONDUTOR


DE ELETRICIDADE:
- Compostos químicos em pó;
- Gás carbônico;
- Compostos halogenados;
- Sistemas especiais como água nebulizada (para transformadores).

• CLASSE D – SUBSTÂNCIAS OU AGENTES ESPECIAIS:


- Compostos químicos;
- Limalha de ferro;
- Salgema;
- Areia etc.
2.3. EXTINTORES DE INCÊNDIO
Os extintores são basicamente de dois tipos: extintores manuais e so-
bre rodas.

2.3.1. Extintores manuais

Fotografia. 2.1. Extintor manual

Na tabela a seguir são apresentadas as substâncias e capacidades dos extin-


tores manuais.

Tabela 2.1 – Extintores Manuais: substâncias e capacidades


Substâncias Capacidade Nº de extintores que constituem uma unidade extintora
Espuma 10 L 1
Água pressurizada 10 L 1
Gás carbônico 6 kg 1
4 kg 2
Pó químico 4 kg 1
2 kg 2
* Com compostos halogenados a critério do Corpo de Bombeiros.
2.3.2. Extintores sobre rodas

Fotografia. 2.2. Extintor sobre rodas

Na tabela a seguir são apresentadas as substâncias e capacidades dos extin-


tores sobre rodas.

Tabela 2.2 – Extintores Sobre Rodas: substâncias e capacidades


Substância Capacidade do extintor
Água e espuma 50 L
Gás carbônico (CO2) 30 kg
Pó químico 20 kg
Compostos halogenados A critério do C.B.
* Para o cálculo do número de unidades extintoras, considerar apenas a metade da carga.

2.3.3. Área máxima de proteção de uma unidade extintora


De acordo com as classes são as seguintes as áreas de cobertura de 01
(uma) unidade extintora:

• RISCOS CLASSE A: 500m2


Distância máxima a percorrer: 20m
• RISCOS CLASSE B e C: 250 m2
Distância máxima a percorrer: 15m

No caso de extintores sobre rodas:


- Distância máxima a percorrer → uma vez e meia
a distância exigida.

2.3.4. Observações gerais


• O número mínimo de unidades extintoras são: 2 para cada pavimento
ou risco isolado, exceto área inferior a 50m2.
• No mínimo 50% dos extintores exigidos para cada risco devem ser
manuais.
• Extintores sobre rodas não podem proteger locais em pavimentos
diferentes ou de difícil acesso.
• Locais de riscos especiais devem ser protegidos por unidades extinto-
ras em quantidade correspondente à carga-incêndio independente da
proteção normal da edificação.
Exemplos:
- Casa de caldeira
- Casa de força
- Casa de bombas
- Incineradores
- Casa de máquinas
- Centrais de ar condicionado
- Quadro de comando de força e luz
- Transformadores
- Outros riscos

• Edificação residencial, comercial ou mista, com pilotis, subsolo ou


área destinada a estacionamento de veículos dentro de sua projeção
será classificada pelo risco mais elevado para efeito de instalação de
unidades extintoras.

2.4. SISTEMA DE PROTEÇÃO POR HIDRANTES


2.4.1. Tipos de hidrantes
São os seguintes os tipos de hidrantes:

• Hidrante interno (Ver Fotografia 2.5 e 2.7)


• Hidrante de passeio (Ver Figura 2.6)
• Hidrante de coluna (Ver Figura 2.3 e 2.4)

Fotografia. 2.3. Hidrante de coluna

Fotografia. 2.4. Hidrante de coluna


Fotografia 2.5 Hidrante interno

Fotografia 2.6 Hidrante de passeio


Fotografia 2.7 Extintores e hidrante

Fotografia 2.8 Hidrante


2.4.2. Canalizações dos hidrantes
Aspectos a serem observados na canalização dos hidrantes:

• Uso exclusivo para os hidrantes


• Diâmetro interno maior que 63mm
• Material: ferro fundido, aço galvanizado ou cobre.

Fig 2.1 Localização dos Hidrantes

Para que haja o funcionamento adequado dos hidrantes, a altura mínima


entre o fundo do reservatório e a saída do hidrante interno localizado no
último pavimento deve ser de 4 (quatro) metros. Observado esta condição são
respeitados os níveis mínimos de pressão e vazão para uma canalização de
63mm e funcionamento do hidrante durante uma hora, sem que seja necessá-
rio um dimensionamento específico do trecho de tubulação entre o reservató-
rio e o hidrante mais elevado.
2.4.3. Níveis mínimos de vazão e pressão
De acordo com as diferentes classes são os seguintes os níveis mínimos de
vazão e pressão:

Tabela 2.3 – Hidrantes: níveis mínimos de vazão e pressão


Edificações não-industriais Edificações industriais
Risco Classes Classes
Níveis A B C A B C
Vazão mínima (l/min) 120 180 250 200 500 900
Pressão mínima no
bocal (kgf/cm2) 1,25 1,20 2,30 3,50 1,50 4,50
Diâmetro do local indicado 13mm 16mm 16mm 13mm 25mm 25mm
Reserva mínima
(reserv. suplementar) (l) 7200 10800 15000 12000 38000 54000

2.4.4. Recomendações quanto ao local de instalação do sistema


de hidrantes
As principais recomendações são as seguintes:

• Qualquer ponto da edificação ou pavimento que possa ser atingido


por um jato d’água.
• Alcance mínimo da mangueira: 30m (15+15) com a mangueira
estirada.
• Um mesmo hidrante não poderá proteger pontos de pavimentos
diferentes.
• Altura do registro de manobra do hidrante: de 1m a 1,50m.
• Localizado próximo às portas de acesso às saídas.
• Distância máxima entre dois hidrantes: 70m.
2.5. SISTEMA DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO POR CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS (Sprinkler)
2.5.1. Considerações Gerais
As edificações onde se exige a instalação de chuveiros automáti-
cos constam no quadro de ocupação e exigências constantes das normas
016/96-CB.

A exigência dos chuveiros automáticos visam:


• Proteger áreas de maior risco;
• Evitar propagação de incêndios;
• Garantir um caminhamento seguro nas rotas de fuga.

Além das canalizações e dos chuveiros, o sistema de Sprinklers é cons-


tituído ainda de válvulas, alarme, reservatório de água, casa de bomba, cha-
ves de fluxo. São tubulações fixas e bicos devidamente dispostos, os quais
deverão permanecer pressurizados, de forma a permitir a aplicação de água
automaticamente, através do rompimento do selo sensor de temperatura em
cada chuveiro.

Fotografia 2.9 Sprinkler


O Sistema de Sprinklers Automático atua na extinção de fogo num edi-
fício, pela pronta e contínua descarga de água, diretamente sobre o material
em combustão. Os sprinklers são constituídos basicamente de um corpo, um
ampola e defletor. O elemento sensível dos sprinklers é a ampola de vidro
transparente, caracterizado pela sua resistência e rigidez. A ampola de vidro
é hermeticamente fechada e selada e contém um líquido altamente expansível
ao calor, capaz de exercer uma força de rompimento elevada. No caso da tem-
peratura se elevar acima de um limite pré-determinado, a pressão criada pela
expansão do líquido rompe a ampola, dando saída à água, a qual se espalha.
O sistema de alarme do sprinkler deverá estar ligado a uma central, de
forma a poder identificar qual a zona de proteção afetada. (Ver figura 2.2 e
fotografia 2.13)
Nos casos de abastecimento por gravidade, admitir-se-á, objetivando atin-
gir os níveis de pressão e vazão mínimos, a instalação de bomba elétrica, em
by-pass, de acionamento automático, com ligação independente da rede elé-
trica do edifício. A reserva mínima para o sistema de chuveiros não poderá
ser menor que 50% daquela destinada ao sistema de hidrantes. As bombas
serão dimensionadas para garantir, observando-se os níveis de pressão e vazão
mínima, o funcionamento de 10 bicos de sprinklers por 15 minutos, nos pon-
tos mais desfavoráveis.
O sistema de proteção por chuveiros deverá ser dotado de chaves de fluxo,
objetivando o acionamento das bombas quando for o caso. As chaves de fluxo
deverão ser instaladas em cada ramal ou sub-ramal, ou em cada pavimento ou
zona de proteção, ligadas aos dispositivos de alarme. As edificações constantes
nas normas que exigem a instalação de sprinklers estão de acordo com a tarifa
de seguro de incêndio do Instituto de Resseguros do Brasil, que contém os
abatimentos em função do sistema de proteção existente.
2.5.2. Dimensionamento
A área máxima a ser coberta por um bico de sprinklers e a distância
máxima entre bicos, de acordo com respectivos riscos são:

Risco Área coberta Distância entre bicos


A 21m² 4,5m
B 12m² 4,5m
C 9m² 3,5m

Os níveis de pressão e vazão mínimos exigidos para os bicos de sprinklers


mais desfavoráveis são:

Diâmetro do Bico Pressão Vazão


½”(15mm) 0,4kgf/cm² 52,2L/min

Deverá ser prevista a distância de um espaço livre de 1,00m abaixo e ao


redor dos bicos, a fim de assegurar uma ação eficaz dos mesmos. A distância
entre bicos dos sprinklers e as paredes, vigas, lajes ou pilares não poderá ser
maior que a distância exigida entre os bicos em cada risco. O afastamento ver-
tical dos bicos dos elementos estruturais(tetos e vigas) deverá ser:

• Tetos lisos – entre 2,5 e 4,5cm


• Tetos com vigas – entre 2,5 e 4,5cm
• Vigas longitudinais e transversais:
- Nos vãos – entre 7,5 a 40 cm
- Sob vigas – 50cm abaixo do teto.

As tubulações dos sistemas de sprinklers são compostas de linhas alinha-


das, ramais e sub-ramais. Para dimensionamento dos sub-ramais pode-se ado-
tar as tabelas 2.4, 2.5 e 2.6.
Tabela 2.4 – Riscos Leves (NFPA)
Nº de sprinklers Diâmetro do tubo
Aço Cobre (polegadas)
2 1 1
3 3 1¼
5 5 1½
10 12 2
30 40 2½
60 65 3
100 115 3½
Acima de 100 (áreas < 4800m²) 4

Tabela 2.5 – Riscos comuns (NFPA)


Nº de sprinklers
Aço Cobre Diâmetro do tubo
2 2 1”
3 3 1¼
5 5 1½
10 12 2
20 25 2½
40 45 3
65 75 3½
100 115 4
160 180 5
275 300 6
400 -

Tabela 2.6 – Riscos elevados (NFPA)


Nº de sprinklers
Aço Cobre Diâmetro do tubo
1 1 1”
2 2 1¼
5 5 1½
Nº de sprinklers
Aço Cobre Diâmetro do tubo
8 8 2
15 20 2½
27 30 3”
40 45 3½
55 65 4
90 100 5
150 170 6
225 8

Fotografia 2.10 Sprinkler, prédio do CFCH, UFPE

Fotografia 2.11 Sprinkler, Shopping Center Recife


Fotografia 2.12 Sprinkler, prédio do CFCH, UFPE

2.6 SISTEMAS DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO


O alarme de incêndio é o sistema responsável pela informação a todos os
usuários presentesem uma determinada área, da iminência da ocorrência de
um incêndioou no princípio do mesmo. Normalmente um sistema deste tipo
é constituído por detectores automáticos, baseados na detecção de fumaça,
chamas ou calor, por acionadores manuais, baseados na observação humana
do princípio de incêndio para posterior acionamento do alarme, que enviam
seus sinais para uma central de alarme. Esta central de alarme, por sua vez,
envia sinaisde alerta para dispositivos de sinalização audiovisuais como sire-
nes e luzes de emergência.
No Brasil, a norma técnica oficial que define os parâmetros dos sistemas
de alarme e detecção de incêndio é a norma ABNT NBR-17.240 cuja última
revisão foi publicada em 2010.
Escritórios, hotéis, hospitais, indústrias e supermercados, devem possuir
uma central de alarme, que recebendo as informações de sensores distribuídos
adequadamente, emita sinais sonoros e luminosos, indicando no painel onde
está começando o incêndio. Ao mesmo tempo são acionados os diversos equi-
pamentos de combate ao incêndio.
Esta Central comanda ainda o desligamento do ar condicionado e
exaustão, impedindo que a fumaça seja conduzida pelos dutos para outros
locais. Emite sinais de orientação ao público, orienta porteiros e zeladores e
certas vezes emitem avisos ao corpo de bombeiros.
Em indústrias, refinarias, petroquímicas e plataformas marítimas é de
extrema importância detectar a presença de gases e vapores capazes de causar
incêndio e explosão. Para isso existem detectores altamente sensíveis.

2.6.1 Componentes
• Detectores;
• Acionadores;
• Indicadores sonoros e visuais;
• Central de Alarme;

2.6.1.1 Central de alarme de incêndio


As centrais de alarme de incêndio, quando acionadas pelas botoeiras tipo
“quebra-vidro” ou pelos detectores, fornecem uma sinalização óptica e acús-
tica indicando o local acionado, possibilitando o funcionamento de diversos
sistemas de proteçãoe de combate a incêndio. (Ver Figura a seguir).

As centrais de alarme de incêndio devem possuir:

• SUPRIMENTO DE ENERGIA: Os circuitos de alarme devem ser


abastecidos por duas fontes de energia de operação independentes. O
suprimento é por corrente contínua com bateria apropriada, capaz de
manter o sistema em funcionamento durante 30 horas.
• BATERIA DE ACUMULADORES: autonomia: 30h.
• PAINEL REPETIDOR: sinalização visual e/ou sonora informando o
setor onde ocorre um princípio de incêndio.
Fig 2.2 Central de alarme

Fotografia 2.13 Central de alarme


Fonte: www.kidde.com.br
As Centrais de Alarme servem para processar os sinais transmitidos pelos
detectores e acionar diversos sistemas: de alarme, de aviso, de combate auto-
mático ao incêndio, de desligamento de certos equipamentos e de ligação de
bombas de combate a incêndio.

2.6.1.2 Detectores
Os detectores podem ser dos seguintes tipos:

• DETECTORES DE TEMPERATURA
Área de ação: 36m2
Tipos: Térmicos e Termovelocimétrico
- Térmicos: acionado pela ultrapassagem da temperatura ajustada; são
utilizados quando as condições ambientais não permitem a utilização dos
demais tipos de detectores.

Fotografia 2.14: Detector Térmico


Fonte: http://www.mass.com.ar/images/det1.jpg

- Termovelocimétrico: acionado pela rapidez do aumento da tempera-


tura (Ver Fotografia 2.15); dão alarme quando o calor produzido por um
foco de incêndio atinge determinada temperatura.
Fotografia 2.15: Detector Termovelocimétrico
Fonte: www.kidde.com.br

• DETECTORES DE FUMAÇA
Detectores de fumaça por irrigação – possibilitam a prévia determina-
ção do fogo, muito antes das chamas se formarem, ou a temperatura torna-se
muito elevada. Alta sensibilidade a fumaças visíveis ou não. Protegem áreas de
60 a 80 m² e pode ser instalados dentro de dutos de ar condicionados.

Indicado especialmente para ambientes onde num princípio de incêndio


haja produção de fumaça.

Área de ação: 80m2.


Princípio de funcionamento:

• Por escurecimento (fumaça preta);


• Por reflexão (fumaça clara) (Ver Fotografia 2.16)
Fotografia 2.16 Detector de Fumaça por reflexão.
Fonte: www.kidde.com.br

• DETECTORES DE CHAMA
Instalados onde a primeira conseqüência seja a produção da chama,
quando esta precede o surgimento de fumaça.

Tipos:
• Detector de chama tremulante: para chama de luz visível;
• Detector de ultravioleta: para detecção de energia radiante fora da
faixa de visão humana (faixa baixa);
• Detector de infravermelho: para detecção de energia radiante fora da
faixa de visão humana (faixa alta).
Fotografia 2.17: Detector de Chama
Fonte: http://www.nei.com.br/images/lg/226963.jpg

• DETECTORES DE GASES COMBUSTÍVEIS


Serve para monitorar permanentemente a atmosfera quanto à presença de
gases.

Fotografia 2.18: Detector de gases combustíveis


Fonte: http://www.nei.com.br/images/lg/226963.jpg
2.6.1.3 Acionador manual
No acionador manual quando o vidro é quebrado aciona a central de
incêndio (Ver Fotografia 2.19). Deve ser instalado a uma distância máxima a
ser percorrida de 30m.

Fotografia 2.19. Acionador Manual.


Fonte: www.kidde.com.br

Fotografia 2.20. Acionador de alarme manual


2.6.1.4 Indicadores sonoros e visuais
Estes elementos de notificação são utilizados para avisar sonora e/ou visu-
almente que o sistema entrou em alarme. (Ver Fotografia 2.21)

Fotografia 2.21 Indicadores sonoros e visuais.


Fonte: www.kidde.com.br

2.7 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS


É uma proteção do tipo estrutural, incorporada às estruturas dos edifícios.
Podem ser basicamente dos seguintes tipos: escadas, rampas e helipontos.

2.7.1 Norma
• NBR 9077/85
• Norma técnica de incêndio Corpo bombeiros de PE: CB – 016/96.

2.7.2 Requisitos básicos - acessibilidade


• Escoamento fácil e seguro, sem obstrução.
• Largura mínima (Ver Figura 2.3):
- Edificações em geral: 1,20m (equivalente a duas unidades
de passagem).
- Hospitais e assemelhados: 2,40m.

Fig. 2.3 Largura mínima - escadas

2.7.3 Distâncias máximas a percorrer

Fig. 2.4 Distâncias máximas a percorrer

Distância a ser percorrida para atingir as portas das escadas enclausura-


das, ou as portas das antecâmaras das escadas a prova de fumaça ou o último
degrau (degrau superior) das escadas protegidas (Ver Figura 2.4).
No caso de pavimento entre unidades autônomas (ver item 2.7.3.1), de
pavimentos isolados entre si ou sem isolamento (ver item 2.7.3.2) estas dis-
tâncias são:

• Em pavimentos isolados entre si: 25m.


• Em pavimentos sem isolamento entre si: 15m.
• Em pavimentos isolados entre si e entre unidades autônomas: 35m.
• Em caso de proteção total por sprinklers: pode-se aumentar 15m. (Ver
Figura 2.4)

2.7.3.1 Pavimento entre unidades autônomas


No caso de unidade autônoma do item 2.7.3 com porta externa com acesso
a no mínimo duas saídas em sentidos opostos ou para duas ou mais saídas de
emergências independentes: pode-se aumentar 15m.(Ver Figura 2.5)

Fig. 2.5 Pavimento entre unidades autônomas

*AF=AG=BG=BH= distância medida com aumento de 15 metros.


2.7.3.2 Pavimentos isolados entre si – condições mínimas
São as seguintes as condições mínimas para os pavimentos serem conside-
rados isolados entre si:

• Entrepiso em concreto armado.


• Paredes externas resistentes a 2 horas de fogo.
• Ex.: parede de ½ vez - tijolo maciço.
• Detalhes apresentados nas figuras a seguir.

Fig. 2.6. Condições – Pavimentos Isolados entre si

2.7.3.3 Unidades autônomas isoladas entre si – condições mínimas


São as seguintes as condições mínimas das unidades de um pavimento
para serem considerados autônomas:

• Separadas entre si por paredes resistentes a 4 horas de fogo.


Ex.: parede de 23cm de tijolo maciço.
• Separadas da área de uso comum por parede resistente a 2 horas
de fogo.
• Dotadas de portas externas resistentes ao fogo.
• Detalhes apresentados nas figuras a seguir.

Fig. 2.7 Condições – Unidades autônomas isoladas entre si

2.7.4 Escadas
As escadas são basicamente de quatro tipos: escada comum (para a qual
não há exigência indicada nas normas), escada protegida e escada à prova de
fumaça.
2.7.4.1 Requisitos básicos das escadas
• Ser construída em material resistente ao fogo.
• Pisos e degraus com revestimento incombustível.
• Pisos antiderrapantes.
• Atender a todos os pavimentos, inclusive subsolo.
• Largura mínima com duas unidades de passagem -> 60x2 = 1,20m
(exceto corrimãos que podem avançar 10cm de cada lado). (Ver
Figura 2.8)
• Altura dos degraus: entre 16 e 18cm.
• Largura dos degraus: pela fórmula -> 0,63 ≤ 2h + b ≤ 0,64 cm.
• Altura máxima de piso a piso entre patamares: 3m.
• Lance mínimo de 3 degraus.
• Comprimento do patamar quando em lance reto: c = (2h + b)n + b
onde n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando se trata de escada reta,
medida na direção do trânsito.

Fig. 2.8 Largura mínima- escadas

• Corrimãos conforme esquema seguinte (Ver Figura 2.9):


• Não localizar equipamentos ou usar como depósito.
• Não pode ter abertura para tubulação de lixo.
• As escadas devem terminar obrigatoriamente no piso de descarga, não
podendo ter comunicação direta com outro lance da mesma prumada.
(Ver Figura 2.10)
Fig. 2.9 Corrimão e patamar

Fig. 2.10 Piso de descarga

2.7.4.2 Tipos e números de escadas


2.7.4.2.1 Escada protegida
São requisitos básicos:

• Caixa isolada por paredes resistentes ao fogo – mínimo 2 horas.


• Portas de acesso resistentes ao fogo – mínimo 30 minutos.
Fig. 2.11 Escada protegida

Quando não for possível a ventilação direta da escada:

• A Escada deve ser isolada dos corredores por portas resistentes ao fogo
por 30 minutos.
• Acessos ventilados por dutos conforme a figura 2.11.

Admite-se a abertura de portas de unidades autônomas para o patamar ou


corredor sem portas a ele ligado (Ver Figura 2.12), desde que:

• Paredes entre acessos e unidades autônomas resistentes a 2 horas de


fogo e dotadas de portas resistentes ao fogo.
• Acesso dotado de janelas ou dutos conforme dimensões acima da
Figura 2.11, anteriormente apresentada.
Fig. 2.12 Escada abrindo paracorredor

2.7.4.2.2 Escadas enclausuradas


São requisitos básicos:
• Caixa isolada por paredes resistentes ao fogo – mínimo 2 horas.
• Portas de acesso tipo corta-fogo.
• Acessos ventilados por janelas ou dutos.(Ver Figura 2.13)

Fig. 2.13 Escada enclausurada


Fotografia 2.22 Escada enclausurada

Fotografia 2.23 Escada enclausurada


2.7.4.2.3 Escadas à prova de fumaça
São requisitos básicos:
• Caixa envolvida por paredes resistentes ao fogo – mínimo 4 horas.
• Acesso por antecâmaras ventiladas, terraço ou balcão. (Ver Figura
2.15, 2.16 e 2.17)
• Portas entre a antecâmara e a escada tipo corta-fogo e na entrada da
antecâmara.
• Janela de iluminação da escada no mesmo modelo da escada
enclausulada.
• Abertura guarnecida de vidro aramado entre a antecâmara e a escada
com área máxima de 1m2.
• Não são admitidos degraus em leque.
• Poderá ser admitido o uso de pressurização interna na caixa de escada.
• Sendo exigida mais de uma escada, a distância entre elas não deve ser
menor que 10m.
- Antecâmara
• Porta corta-fogo na entrada e na saída. (Ver Figura 2.14)
• Ventilação por janela abrindo para o exterior com área mínima de
0,85m2 e largura mínima de 1,20m e situada junto ao teto.(Ver Figura
2.14)
• Distância horizontal máxima entre janela e PCF: 3m.
- Aberturas do duto (venezianas) - com área de 0,70 m2 e largura mínima
de 1,20m.

Fig. 2.14 Antecâmara


Fig. 2.15 Antecâmara com dutos de ventilação

Fig. 2.16 Cortes do duto de ventilação


Fig. 2.17 Antecâmara com balcão - Prefeitura do Recife

Fotografia. 2.24 Antecâmara com balcão - Prefeitura do Recife


Observação Importante:

Atualmente, tanto as Normas do Corpo de Bombeiro de Pernambuco


quanto a Lei de Edificações da Prefeitura do Recife, dispõem de igual maneira
sobre os tipos de escadas, suas exigências e seus requisitos básicos, pois a PCR
ao editar a Lei de Edificações já cuidou para que a compatibilização fosse rea-
lizada, providência que aconteceu na segunda metade da última década do
século XX. Entretanto, muitos edifícios no Recife, construídos nas décadas
anteriores têm suas escadas fora das normas atuais, como pode ser visto nas
fotografias 2.25 e 2.26 adiante. Nos casos de risco mais grave o Corpo de Bom-
beiro tem exigido reformas adaptações nestes edifícios de modo a diminuir os
riscos para as pessoas que habitam ou trabalham nestes edifícios.

Fotografia 2.25 Escada de Emergência externa - Shopping Tacaruna,


colocada como requisito de segurança adicional.
Fotografia 2.26 Escada de emergência externa - fora da norma atual

2.7.4.2.4 Escadas: Tipo e número


A definição do tipo e do número de escadas num edifício é feita de acordo
com a tipologia e altura da edificação, do número de pavimentos e da área
do pavimento tipo. Para tanto, as Normas do Corpo de Bombeiros apresenta
uma tabela que permite este dimensionamento. A seguir apresenta-se parte
da tabela do C.B. para um edifício residencial. Na figura da página seguinte é
possível se compreender a diferença entre a altura do edifício em metros (que
vai do nível de acesso à laje de cobertura do último pavimento, sem considerar
andar duplex ou tríplex no caso de apartamentos de cobertura) e a altura do
edifício em números e pavimentos (que vai do nível de acesso à laje de cober-
tura do último pavimento) a que se refere a tabela apresentada.
Fig. 2.18 Altura do edifício

Tabela 2.7 Número de escadas e tipos


Área pav. Tipo < 750 m² Área pav. Tipo > 750 m²
Tipo de Nº de nº de Tipo de Área de nº de Tipo de Área de
prédio Alt. pav. Alarme escada escada refúgio escada escada refúgio
Até 12 Até 4 - 1 I - 2 I -

A 12 a 20 5a8 - 1 II - 2 II -
Resi- 20 a 50 9 a 18 - 1 III - 2 III -
dencial 50 a 120 19 a 40 s/n 1 IV - 2 IV -
+ de 120 + de 40 s/n 2 IV - 2 IV -

• Tipos de Escadas:

I – Escada comum.
II – Escada protegida
III – Escada enclausurada
IV – Escada à prova de fumaça.
2.8 rampas
• Guarda corpo: h = 1,10m (em concreto armado).
• Hospitais, escolas etc. – largura mínima: 1,50m; declividade: 10%
• Demais edificações – largura mínima: 1,50m; declividade: 12%

Fotografia. 2.27 Rampa de acesso - Mercado de Artesanato de João Pessoa


Fotografia. 2.28 Rampa de acesso - Mercado de Artesanato de João Pessoa

2.9 PORTAS
2.9.1 Portas corta-fogo (* Fechadas, mas destrancadas).

• Escadas protegidas
- Classe PRF= 30 min
• Escadas enclausuradas
- Classe PCF = 60
• Escadas à prova de fumaça
- Classe PCF = 60 (antecâmara)
- Classe PCF = 90 (escada)
Fotografia. 2.29 Porta corta-fogo com barra anti-pânico

Fotografia. 2.30 Porta corta-fogo


Fotografia. 2.31 Porta corta-fogo

Fotografia. 2.32 Porta corta-fogo


2.9.2 Larguras mínimas
• 0,80m - 1 unidade de passagem;
• 1,20m - 2 unidades de passagem;
• 1,70m - 3 unidades de passagem;
• 2,20m - 4 unidades de passagem;

2.9.3 Observações gerais


• Salas para mais de 50 pessoas: as portas devem abrir para fora.
• Salas para mais de 200 pessoas: ferragem tipo pânico (barra entre 0,90
e 1,10m).

2.10. HELIPONTOS
De acordo com as Normas do Corpo de Bombeiros do Estado de Pernam-
buco, exige-se a instalação de Helipontos nas seguintes situações:
I. Acima de 40 pavimentos, para as edificações do tipo Residencial Pri-
vativa Multifamiliar;
II. Acima de 30 pavimentos, para as demais edificações.

Os helipontos também podem ser instalados para buscar atender finalida-


des outras, além das especificas de proteção contra incêndios, como é o caso
daqueles que são instalados para facilitar o deslocamento de executivos (exem-
plo da Sede do Banco ITAÚ no Recife) ou para atender requerimentos de agi-
lidade nos serviços de saúde, tendo-se como exemplos os que são instalados
em hospitais.
Fotografia 2.33 Acesso heliponto - Prefeitura Recife

Fotografia 2.34 Vista heliponto - Prefeitura Recife


Fotografia 2.35 Tela de proteção heliponto - Prefeitura Recife

Fotografia 2.36 Vista heliponto - Prefeitura Recife


Fotografia 2.37 Heliponto externo em Hospital – João Pessoa

Fotografia 2.38 Heliponto


03 Ar-condicionado

3.1. Climatização de ambientes fechados


O processo de climatização de ambientes fechados surgiu a partir da neces-
sidade de controle da temperatura de processos industriais no ano de 1902,
através do engenheiro americano Willis Carrier, passando posteriormente a
ser utilizado também como meio de possibilitar o conforto ambiental.
A climatização de um ambiente tem por finalidade não apenas o controle
da temperatura do ar interior, mas também o controle das demais variáveis
do ar de um determinado recinto como a sua umidade relativa, intensidade e
dinâmica de movimento, pressão e pureza através de processos específicos de
filtragem, de forma a possibilitar condições constantes ambientais.

3.2 NORMAS
As instalações de ar condicionado são baseadas na Norma Brasileira NBR-
16401 (Instalações de Ar Condicionado – Sistemas Centrais e Unitários) de
2008, que é dividida em três partes, Parte 1 - Projetos das Instalações, Parte
2 - Parâmetros de Conforto Térmico e Parte 3 – Qualidade do Ar Interior, que
determina os critérios a serem adotados na elaboração de projetos e especi-
ficações, mas que não se aplica a pequenos sistemas unitários isolados com
capacidades nominais totais inferiores a 10 KW.
Além da NBR-16401 será adotada também nessa publicação, a Norma Bra-
sileira NBR 6675 - Instalação de Condicionadores de Ar de Uso Doméstico (tipo
monobloco ou modular) de 1993, que fixa as condições exigíveis na execução de
instalação de aparelhos condicionadores de ar de uso doméstico, do tipo mono-
bloco ou modular, de forma a garantir sua segurança e seu bom funcionamento.

3.3 CONCEITOS BÁSICOS


• AR CONDICIONADO – É aquele que através de aparelhos condicio-
nadores de ar e equipamentos auxiliares, é submetido a determina-
das condições que permitam o controle de sua temperatura, umidade,
pureza, pressão, bem como movimentação dentro de um determinado
ambiente.
• REFRIGERAR UM AMBIENTE – Consiste basicamente em retirar
calor de um determinado ambiente, transferindo-o para outro. O calor
não é criado ou destruído, mas apenas transferido.
• CARGA TÉRMICA – É a quantidade de calor que deverá ser removida
ou introduzida em determinado ambiente, tendo-se como objetivo
impor determinadas condições térmicas para esse mesmo ambiente.
• CALORIA – É a quantidade de calor que, fornecida para um grama de
água, eleva sua temperatura em 1°C.
• Para aumentar 1g de água de 0° C para 100°C → 100 calorias
• Para aumentar 10g de água de 0°C para 100°C → 1000 calorias
• CALOR SENSÍVEL - É a quantidade de calor que deve ser removido
ou introduzido num ambiente, em função da diferença de temperatura
do interior em relação ao exterior, de forma a propiciar determinadas
condições de conforto. O calor sensível é o que podemos medir com
um termômetro e também sentir.
• CALOR LATENTE – Não é possível senti-lo nem medi-lo com um
termômetro. É a quantidade de calor que se retira ou mesmo se acres-
centa a um determinado elemento, causando sua mudança de estado,
sem alterar a temperatura.
• Gelo a 0° C → +80 Kcal/Kg → Água a 0° C.
(calor latente de fusão)
• Água a 0° C → +100Kcal/Kg → Água a 100°C
• Água a 100°C → +538 Kcal/Kg → Vapor a 100°C
(calor latente de vaporização)
• TEMPERATURA EFETIVA – É um índice que reproduz a sensação
de calor ou frio de determinado ambiente, decorrente de sua tempe-
ratura, umidade e movimento do ar. Se dois ambientes transmitem
a mesma sensação de calor ou frio, dizemos que ambos possuem a
mesma temperatura efetiva.
• TEMPERATURA DE BULBO SECO – Temperatura lida em um ter-
mômetro em contato direto com o meio cuja temperatura se deseja
obter.
• TEMPERATURA DE BULBO ÚMIDO – Temperatura lida com o
bulbo do termômetro coberto por uma flanela úmida. É utilizada para
determinação da quantidade de umidade do ar.

3.4 UNIDADES BÁSICAS


CAL (caloria)
BTU (unidade térmica britânica)
TR (tonelada de refrigeração)
J (joule)

1 TR = 12000 BTU/h
1 TR = 3024 Kcal/h
1 TR = 12670 KJ/h

3.5 APLICAÇÕES GERAIS DO AR CONDICIONADO


• Para conforto humano. Em ambientes de trabalho, aumenta a produti-
vidade de 6 a 10%, segundo cálculos estatísticos na Alemanha.
• Em processos industriais que exijam controle de temperatura, umi-
dade e pureza do ar: Indústrias alimentícias; Indústrias têxteis; Indús-
trias farmacêuticas, etc.
• Em locais de operação de determinados equipamentos: Centro de
Processamento de Dados - CPD; Laboratórios, etc.

3.6 CONFORTO AMBIENTAL


3.6.1 Fatores de escolha da temperatura efetiva para um recinto
• TIPO DE ATIVIDADE DOS USUÁRIOS:
• Maior atividade física → maior metabolismo → menor temperatura
efetiva
• SEXO DOS USUÁRIOS:
• Sexo masculino → maior metabolismo → menor temperatura efetiva
• Sexo feminino → menor metabolismo → maior temperatura efetiva.
• IDADE DOS USUÁRIOS
• Maior idade → menor temperatura efetiva
• PERÍODO DO ANO
• Verão → maior temperatura efetiva
• Inverno → menor temperatura efetiva
• PERÍODO DE PERMANÊNCIA DO USUÁRIO
• Menor permanência → menor diferença de temperatura entre o inte-
rior e o exterior, para evitar o choque térmico.
• AMBIENTES FECHADOS E COM ALTA DENSIDADE
DE USUÁRIOS
• Maior calor trocado entre as pessoas por radiação → menor tempera-
tura efetiva

A Norma Brasileira NBR 16401 utiliza parâmetros de conforto baseados


nas zonas de conforto estipuladas pela ASHRAE para pessoas utilizando rou-
pas típicas da estação e exercendo atividades leves ou sedentárias.
(ver tabela 3.1)
Tabela 3.1 Parâmetros ambientais de conforto térmico
Temperatura operativa Umidade relativa
22,5 ºC a 25,5 ºC 65%
VERÃO (roupa típica) 23,0 ºC a 26,0 ºC 35%
21,0 ºC a 23,5 ºC 60%
INVERNO (roupa típica) 21,5 ºC a 24,0 ºC 30%

3.6.2 Condições de conforto ambiental

• Diferença máxima de temperatura entre dois pontos do recinto a


1.50m de altura → 2° C.
• Velocidade média do ar na zona de ocupação → entre 0,20m/s a
0,25m/s (verão com roupa típica) e entre 0,15m/s a a,20m/s (inverno
com roupa típica).
• Qualidade do ar introduzido no recinto → filtrado e parcialmente
renovado.
• Níveis de ruído dentro dos padrões recomendados pela norma NBR
10152.

3.7 CICLO DE REFRIGERAÇÃO


Antes de entrar no estudo dos diversos tipos de centrais de ar condicio-
nado, é importante compreender como se processa o resfriamento do ar através
dos aparelhos de ar-condicionado, no sistema de refrigeração a ser enfocado
nessa publicação.
Na da página seguinte tem-se um diagrama do CICLO DE REFRIGERA-
ÇÃO a compressão de vapor. Este diagrama fisicamente poderia ser imaginado
como sendo composto por um tubo em cobre associado a um compressor e
a uma válvula de expansão, todos constituindo um sistema hermeticamente
fechado, onde seria introduzido um fluído refrigerante como o freon 221, nor-
malmente utilizado em sistema de compressão a vapor.
1 O gás freon 22 foi o fluído refrigerante originalmente utilizado nos aparelhos de ar-condicionado. No
Fig. 3.1 Ciclo de Refrigeração

No ciclo de refrigeração o compressor aspira o refrigerante sob forma de


vapor e o comprime consequentemente aumentando a pressão e temperatura
decorrente da concentração de suas unidades de calor. (A)
Ao passar na serpentina que forma o condensador, o gás refrigerante em
alta pressão e superaquecido (B) é resfriado (perde calor) através de um ven-
tilador, forçando o ar diretamente sobre o condensador ou através de água em
circulação em contato com a serpentina. Como o calor sempre flui para o lado
frio, o gás refrigerante transfere o seu calor para o meio circundante, dimi-
nuindo sua temperatura e se condensa transformando-se em líquido.

Brasil este fluído foi utilizado até recentemente. Mas, por atacar a camada de ozônio, este gás vem sendo
substituído em cumprimento aos acordos ambientais subscritos pelo país na ONU.
Cada substância tem um calor latente diferente para mudança de estado
(evaporação ou condensação), e, no caso do freon-22 são necessárias aproxi-
madamente 52 calorias por grama em 21° C.
O refrigerante sob forma líquida e em alta pressão, ao passar através de
uma válvula de expansão (C), sua pressão cai repentinamente causando a sua
evaporação parcial e resfriamento. Ao se deslocar ao longo da serpentina do
evaporador (D), esta serpentina gelada pelo gás refrigerante, em contato com o
ar forçado por um ventilador (no sistema de expansão direta), troca calor com
este ar que vai ser novamente reconduzido para o ambiente a ser refrigerado.
Nessa troca de calor o gás refrigerante absorve calor e é novamente aspirado
pelo compressor (E) e na sequência o calor absorvido no evaporador é elimi-
nado no condensador, dando continuidade ao ciclo de refrigeração.
Na figura 3.2, abaixo, vemos o ciclo de refrigeração, aplicado no funciona-
mento de um aparelho de ar condicionado doméstico.

Fig 3.2 Funcionamento de aparelho de ar condicionado doméstico


É importante ressaltar que, quando se baixa a pressão sobre um líquido,
baixa-se também o seu ponto de ebulição.
Alguns líquidos têm o ponto de ebulição inferior ao da água que se situa
a 100°C à pressão atmosférica. Esses líquidos são utilizados em sistemas de
refrigeração, como por exemplo, o freon-22, que tem o seu ponto de ebulição
em torno de -40°C. (abaixo de zero).
Ao abrirmos a válvula de um cilindro contendo freon-22, automatica-
mente se baixaria a sua pressão, o cilindro começaria a esfriar, suar e formar
gelo na sua parte inferior. O líquido (freon-22) teria o seu ponto de ebulição
abaixado, ferveria, se transformando em vapor e absorvendo qualquer calor
maior que -40°C, abaixo de zero.

3.8 SISTEMAS DE AR CONDICIONADO


3.8.1 Sistema de expansão direta
É um sistema geralmente utilizado em instalações pequenas ou médias.
Nesse caso o condicionador recebe diretamente ou através de dutos de retorno
o ar do ambiente a ser refrigerado, resfriando-o e devolvendo-o ao ambiente
(ver figuras 3.3 e 3.4). Estão enquadrados nesses sistemas, os aparelhos de ar-
-condicionado do tipo de janela, os Self Contained e os Split System.

3.8.2 Sistema de expansão indireta


É um sistema que utiliza um meio intermediário, como água ou salmoura
para resfriar o ar de determinado ambiente. Nesse sistema a parte onde se pro-
cessa a produção do frio, o evaporador, fica inserida dentro de um recipiente
contendo água ou salmoura, resfriando-a. São geralmente utilizadas em gran-
des instalações, nas centrais de água gelada (ver figura 3.5).
Da mesma forma que ocorre nos sistemas de expansão direta, nos sistemas
de expansão indireta o resfriamento da serpentina do condensador pode ser
através do ar forçado ou através de troca de calor com a água (ver figura 3.6).
Fig 3.3 Sistema de ar condicionado de expansão direta (condensação a ar)
Fig 3.4 Sistema de ar condicionado de expansão direta (condensação a água)
Fig 3.5 Sistema de ar condicionado de expansão
indireta (água gelada condensação a ar)
Fig 3.6 Sistema de ar condicionado de expansão
indireta (água gelada - condensação a água)

3.9 TIPOS DE CONDENSAÇÃO


3.9.1 Condensação a ar
Nos sistemas de condensação a ar, o ar forçado proveniente de um venti-
lador, circula através da serpentina do condensador, extraindo calor do fluido
refrigerante através das paredes dos tubos. Nessa troca de calor, o ar é aquecido
e conduzido para o exterior se dissipando na atmosfera. Os tubos da serpen-
tina do condensador normalmente são dotados de aletas para possibilitar um
maior contato com o ar circulante.
O sistema por condensação a ar é utilizado geralmente em pequenas uni-
dades com potências até aproximadamente 15 TR. ( ver figura 3.3).

3.9.2 Condensação a água


O processo de resfriamento do condensador por água é muito utilizado em
instalações de grande capacidade. Os condensadores utilizados são geralmente
os do tipo “SHELL AND TUBES” (carcaça cilíndrica e tubos), que são consti-
tuídos basicamente por um tubo cilíndrico fechado, contendo no seu interior
diversos tubos por onde circula a água de resfriamento (ver figura 3.7). O gás
refrigerante entra pela parte superior do cilindro, e em contato com as paredes
dos tubos, troca calor com os mesmos resfriando e condensando, para já na
parte inferior do cilindro seguir para a válvula de expansão.
O sistema por condensação a água é indicado para quaisquer potências de
equipamentos.
A utilização da água diretamente da rede pública ou de instalação pri-
vada, é antieconômica, e para viabilizar o sistema, são utilizadas torres de
arrefecimento.

Fig 3.7 Condensador tipo “SHELL AND TUBES”


3.10 TORRES DE ARREFECIMENTO
3.10.1 Tipos de arrefecimento
Instalações onde o resfriamento do condensador e feito através da água. É
comum a utilização de água circulando em circuito fechado com o auxílio de uma
TORRE DE ARREFECIMENTO (ou de resfriamento), já que a utilização de água
corrente sem reutilização, é de custo muito elevado e requer grande disponibili-
dade de água. (ver figuras 3.8, 3.9 e 3.10)
Outra possibilidade de utilização de água em circuito fechado, é através de
grandes reservatórios onde o resfriamento da água ocorre através do contato do ar
atmosférico com a superfície livre da água, ou através de borrifadores em forma
de fonte, como ocorre no edifício sede da SUDENE, e da CHESF (ver fotografias
3.1, 3.2 e 3.3), em Recife, muito embora as torres de arrefecimento apresentem
uma maior praticidade e menor custo. Caberá ao arquiteto da obra, assessorado
pelo projetista da instalação de ar condicionado, escolher a melhor solução a ser
adotada.
As torres de resfriamento podem ser dos tipos: torre atmosférica, torre de
corrente de ar induzido e torre de corrente de ar forçado.

Fotografia 3.1 Chafariz de condensação de água. Edifício Sede da CHESF


Fotografia 3.2 Spray pound

Fotografia 3.3 Dosador de líquido utilizado no


tratamento de água para evitar ferrugem na tubulação
3.10.2 Torre atmosférica
É constituída basicamente por aspersores que borrifam a água na
parte superior da torre, que cai por gravidade dentro de uma bacia
(recipiente), para ser novamente utilizada no resfriamento dos conden-
sadores. O resfriamento da água se dá através do contato das gotícu-
las borrifadas com o ar atmosférico que circula por entre as venezianas
laterais.
(ver figura 3.8)

Fig 3.8 Torre de arrefecimento atmosférica


3.10.3 TORRE DE CORRENTE DE AR INDUZIDO
Da mesma forma como acontece na torre atmosférica, a água é borrifada
na parte superior por aspersores dentro de uma caixa com paredes em vene-
zianas para circulação do ar. Na parte superior acima dos borrifadores, possui
um ventilador que induz a entrada do ar em sentido contrário ao das gotículas
que estão caindo. Possui em seu interior um enchimento de grades e colmeias
que tem a finalidade de facilitar a transferência do calor da água para o ar. Para
impedir que a água chegue até o ventilador e seja jogada para fora da torre,
possui entre o ventilador e os aspersores um separador de gotas.
Devem ser instaladas de preferência na cobertura das edificações. (ver
figura 3.9)

Fig 3.9 Torre de Corrente de Ar induzido


3.10.4 Torre de corrente de ar forçado
Possui a caixa com as mesmas características das anteriores, porém com
um ventilador instalado lateralmente na parte inferior da mesma, que insufla
o ar em sentido horizontal sobre as colmeias onde estão passando as gotículas
borrifadas pelos aspersores. Assim como nos demais tipos de torres, possui
bacia para acumulação da água resfriada, com seu nível controlado através de
uma torneira boia interligada com a caixa d’água da edificação.
(ver figura 3.10)

Fig 3.10 Torre de Corrente de Ar Forçado


3.10.5 Escolha do local de instalação da torre
As torres atmosféricas por não possuírem ventiladores, necessitam de grande
área e devem ser instaladas na cobertura das edificações para melhor aproveita-
mento dos ventos dominantes, muito embora não produzam muito ruído, só o da
água em queda na bacia.
As torres de corrente de ar induzido e as de corrente de ar forçado, por
possuírem ventiladores, normalmente produzem muito barulho, decorrente do
funcionamento do ventilador e da movimentação da água. Apesar das torres de
corrente de ar forçado poderem ser instaladas em qualquer local da edificação,
desde que em contato com o exterior, já que não necessitam da ajuda da venti-
lação natural como as outras duas, é importante observar que quando instala-
das em hotéis e hospitais, por exemplo, onde é necessário o seu funcionamento
também à noite, o ruído causado pode vir a ser incômodo, principalmente em
áreas residenciais. Considerando esses aspectos é fundamental a escolha do local
mais adequado para a sua instalação, de preferência próximo a áreas de serviço
onde o silêncio não seja essencial e afastadas de locais onde o ruído possa trazer
transtornos.
A escolha do tipo de torre de resfriamento é importante, tendo-se em vista
que fabricantes, como a Alpina (ver fotografias 3.4 e 3.5), oferecem três tipos dife-
rentes de modelos sendo:

• STANDARD - quando o ruído não e motivo de preocupação, como em


instalações industriais.

• SILENCIOSOS - para locais onde são desligadas à noite, como por exem-
plo, instalações administrativas e comerciais.

• SUPER-SILENCIOSOS - para locais onde o seu funcionamento é inin-


terrupto, como em hospitais e hotéis, e em bairros residenciais com vizi-
nhança próxima da torre de arrefecimento.
Fotografia 3.4 Torre de resfriamento alpina

Fotografia 3.5 Torre de resfriamento alpina


3.11 TIPOS DE INSTALAÇÃO
Podemos classificar os sistemas de condicionamento de ar conforme a
localização ou distribuição dos equipamentos na edificação:

3.11.1 Instalações locais


Quando os condicionadores de ar são instalados junto ao ambiente a ser
climatizado, como os condicionadores de ar tipo SELF CONTAINED com
insuflamento de ar a plenum.

3.11.2 Instalações semi-centrais


Quando os condicionadores de ar são instalados em mais de um local da
edificação.

3.11.3 Instalações centrais


Quando os equipamentos condicionadores de ar são instalados num
ponto da edificação promovendo a climatização de vários ambientes distantes
do mesmo.

3.12 TIPOS DE EQUIPAMENTOS


Podemos classificar os diversos tipos de instalações de ar condicionado
conforme a carga térmica necessária para condicionar a edificação. Temos
então:

3.12.1 Condicionador de ar tipo janela


São aparelhos individuais com condensação a ar, projetados para peque-
nos ambientes com o objetivo de proporcionar condições de conforto térmico,
podendo ser instalados em janelas, paredes ou consoles.
A Springer Carrier fornece entre outros, aparelhos com as seguintes carac-
terísticas: (Ver Tabela 3.2)
Tabela 3.2 Parâmetros de Modelo, Capacidade, Dimensões
Modelo Capacidade Dimensões (cm)
(BTU/h) (Kcal/h) Altura x Largura x Profundidade
UXB 075 07500 1975 33,5 x 49,0 x 56,3
UXB 095 09000 2375 33,5 x 49,0 x 56,3
XCB 105 10500 2625 42,5 x 34,0 x 61,0
XCB 128 12500 3125 42,5 x 34,0 x 61,0
XCB 155 15000 3750 42,5 x 34,0 x 61,0
XCB 185 18000 4500 42,5 x 34,0 x 61,0
YCA 215 21000 5250 44,5 x 66,0 x 71,3
YCA 305 30000 7500 44,5 x 66,0 x 71,3

3.12.2 Condicionador de ar tipo self contained


São condicionadores de ar compactos, que incorporam em seus gabinetes
todas as partes necessárias para efetuar o tratamento do ar de um determinado
ambiente, tais como compressor, condensador, válvula de expansão, evapora-
dor, circulador de ar com filtro e dispositivos de controle de segurança. (ver
fotografias 3.6, 3.7 e 3.8).
Os condicionadores de ar tipo janela, embora sendo do tipo self contained
não são condicionadores centrais, e sim individuais.

Fotografia 3.6 Self Contained com condensação a ar


Fotografia 3.7 Condensador do
Self Contained

Fotografia 3.8 Serpentina do Self Contained

3.12.2.1 Maneiras de instalar


• Diretamente no próprio local a ser condicionado, possuindo nesse
caso gabinetes com boa apresentação estética, com insuflamento de ar
diretamente para o ambiente à plenum ou através de dutos.
• Instalados em casas de máquinas, nesse caso não possuindo caixa ple-
num, e fazendo a distribuição do ar condicionado através de redes de
dutos para mais de um ambiente. (ver figuras 3.11 e 3.12, e fotografias
3.9 e 3.10)

Fig 3.11 Sistema de distribuição de ar através de dutos


Fig. 3.12 Sistema de distribuição de ar através de dutos

Fotografia 3.9 Rede de distribuição do ar no ambiente ainda em construção


Fotografia 3.10 Duto que regula o fluxo de ar para que
cada ambiente permaneça na temperatura ideal

3.12.2.2 Tipos de condensação


Com condensação a ar
Quando instalados diretamente dentro de um ambiente a ser condicio-
nado, o gabinete deverá ser posicionado junto a uma parede externa da edi-
ficação, com abertura para o exterior, para propiciar a perfeita ventilação do
condensador, exceto nos modelos com condensação remota. Quando insta-
lado em casa de máquinas, o posicionamento do gabinete irá depender das
condições de ventilação da casa de máquinas, muito embora para o perfeito
funcionamento do equipamento é necessária uma boa troca de calor do con-
densador com o ar exterior. (ver figura 3.13)
Fig. 3.13 Gabinete com localização que possibilita troca de calor com o exterior

Com condensação a água


Quando por questões arquitetônicas não é possível a ventilação forçada
do condensador, diretamente na fachada da edificação, ou quando o custo de
investimento e operação assim indica, é utilizado condicionadores de ar self
contained com condensação a água. Para isso é necessário que haja espaço
disponível para a instalação de torres de arrefecimento e água disponível para
a operação. Nesse caso o gabinete do equipamento self contained pode ser
instalado no interior da edificação, tanto em casa de máquinas, como dentro
do ambiente a ser condicionado, sem a necessidade de se posicionar junto a
uma parede periférica da edificação. Porém, é fundamental que haja ponto de
drenagem e tubulação de água ligando o condensador do equipamento à torre
de arrefecimento, o qual não necessitará receber isolamento térmico, já que os
aparelhos são feitos para trabalhar com a temperatura da água aproximada-
mente 34º C na entrada da torre e 29º C na saída. (ver figuras 3.14 e 3.15)

Fig. 3.14 Torre de resfriamento situada no pavimento inferior


Fig. 3.15 Torre de Arrefecimento na coberta

Conforme o fabricante podemos ter condicionadores de ar tipo self contai-


ned em diversos modelos e capacidades, sendo com condensação a ar com capa-
cidade na faixa de 13.400 a 45.548 Kcal/h e os com condensação a água na faixa
de 6.000 a 176.900 Kcal/h. Estes valores são apenas ilustrativos, já que com a
continuidade de lançamentos de novos modelos estes números tendem a variar.
Além dos modelos acima citados encontram-se disponível no mercado
aparelhos self contained com condensador remoto. São aparelhos constituí-
dos por uma unidade básica contendo compressor, evaporador, circulador de
ar e dispositivos de controle e proteção do equipamento, e uma unidade de
condensação interligada à unidade básica, geralmente instalada em posição
remota, constituída por trocador de calor de serpentinas aletadas (condensa-
dor) e ventilador.
Esses aparelhos são fornecidos com capacidade na faixa de 5.000 Kcal/h
até 61.200 Kcal/h e permitem uma flexibilidade de instalação.

3.12.3 Condicionadores de ar tipo split system


São aparelhos condicionadores de ar projetados para atender ambientes de
pequeno e médio porte. Possuem os mesmos componentes das unidades com-
pactas self contained se diferenciando pelo fato de serem divididas em duas
unidades distintas: a UNIDADE EVAPORADORA onde se encontra o evapo-
rador, circulador de ar e filtro, que é instalada no próprio ambiente a ser condi-
cionado, e a UNIDADE CONDENSADORA onde se encontra o condensador,
compressor e ventilador de resfriamento do condensador (nas unidades com
condensação a ar) que é instalada no exterior. (ver figuras 3.16 e 3.17)

Fig. 3.16 Sistema de condicionador de ar tipo Split


Fig. 3.17 Sistema de condicionador de ar tipo Split

As unidades condensadoras podem ser instaladas no exterior até uma


distância de aproximadamente 30m da unidade evaporadora a depender do
projeto de instalação e equipamento, sendo interligada apenas por dois tubos
por onde circulará o refrigerante, a linha de alta e de baixa com diâmetros em
torno de 1/4” a ¾” dependendo da capacidade do aparelho.
Os condensadores de ar tipo split system têm a grande vantagem de serem
super silenciosos, já que as unidades condensadoras onde estão os compres-
sores (que são responsáveis pela maior parcela de ruído dos aparelhos) ficam
instaladas na parte externa dos ambientes. São ideais para pequenos e médios
ambientes onde é requerido silêncio, como salas de aula, pequenos auditórios,
etc. (ver figuras 3.18 e 3.19 e fotografias 3.11, 3.12)
Fig. 3.18 Unidades Evaporadoras

Fotografia 3.11 Unidade Evaporadora

Fotografia 3.12 Unidade Condensadora


Fig. 3.19 Unidade Evaporadora instalada dentro de armário

3.12.3.1 Sistemas multi split


Nos sistemas MULTI SPLIT é possível a utilização de mais de uma uni-
dade evaporadora sendo atendida por apenas uma única unidade condensa-
dora (ver figuras 3.20 e 3.21). Este tipo de sistema é muito útil principalmente
quando não há espaço suficiente na edificação para instalação de várias uni-
dades condensadoras, além de permitir a utilização simultânea de modelos
diferentes de unidades evaporadoras como por exemplo as de parede, de piso,
do tipo cassete, inclusive com a utilização de sistemas dutados.
Fig. 3.20 Sistema Split com quatro unidades condensadoras
Fig. 3.21 Sistema Multi Split com uma unidade condensadora
3.12.4. Central de Água Gelada
As centrais de água gelada são geralmente utilizadas em grandes instala-
ções e diferentemente dos sistemas de refrigeração vistos acima, utiliza a água
gelada para resfriar os ambientes (sistemas de expansão indireta).
São constituídas basicamente por um ou mais refrigeradores de líquido
(CHILLERS), onde se processa o ciclo de refrigeração, com instalação normal-
mente centralizada em uma casa de máquinas. A serpentina do evaporador
fica inserida dentro de um depósito de água, onde o gás refrigerante que cir-
cula troca calor com a mesma, resfriando-a.
A água gelada no evaporador é bombeada para os FAN COILS, que podem
estar localizados em qualquer ponto da edificação. Nos fan coils, a água gelada
ao circular dentro de uma serpentina troca calor com o ar insuflado através
dela por um ventilador, resfriando o ar do ambiente condicionado. (ver figuras
3.22 e 3.23, e fotografias 3.14, 3.15 e 3.16)

Fotografia 3.13 Chiller


Fig. 3.22 Central de Água Gelada
Fig. 3.23 Esquema de um Sistema de Ar Condicionado Central
Fotografia 3.14 Chiller dotado de bomba que faz a
centrifugação com condensação à água

Fotografia 3.15 Painéis Elétricos da casa de máquinas


Fotografia 3.16 Fan Coil de embutir

A regulagem da temperatura do ambiente é feita através de termostato que


controla a vazão de água gelada que circula nos fan coils, fechando a válvula de
três vias, adequando-se a variação da carga térmica. Nos fan coils que atendem
pequenos ambientes, a variação da temperatura do ambiente pode ser obtida
apenas pela variação da velocidade do ventilador, mantendo-se o fluxo de água
gelada constante.
As tubulações de água gelada não devem ser embutidas em alvenaria,
devem ser distribuídas ao longo da edificação em shafts e forros rebaixados.
Devem receber isolamento térmico em lã de vidro ou outro material, com
proteção mecânica em alumínio corrugado, já que a temperatura da água na
alimentação dos fan coils é por volta de 7º C e a de retorno para os chillers
aproximadamente 12 º C.
As centrais de água gelada têm a grande vantagem de permitir centralizar
todos os refrigeradores de líquido, responsáveis juntamente com as torres de
arrefecimentos, pela maior parte do ruído provocado pelo sistema.
Os fan coils são silenciosos, podem ser desligados individualmente,
podem ser instalados em qualquer ponto da edificação e permitem tanto a
climatização de pequenos ambientes, como quartos de hotéis e escritórios,
quanto de grandes zonas da edificação, através de fan coils maiores instalados
no ambiente ou em casas de máquinas setorizadas, através de redes de dutos.
Os refrigeradores de líquido podem ter, conforme o modelo, o conden-
sador resfriado a água com o auxílio de torres de arrefecimento, ou a ar. São
disponíveis em pequena capacidade na faixa de 11.200 Kcal/h a 66.000Kcal/h
com condensadores a ar remotos ou não, como em grandes capacidades na
faixa de 118.000 Kcal/h a 696.000 Kcal/h.

3.13 FATORES DE ESCOLHA DO TIPO DE EQUIPAMENTO


• TIPO DA EDIFICAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DO USO:
- Edifícios de escritórios de uma só empresa ou de mais de uma empresa;
- Hotéis de pequeno ou grande porte;
- Residências, etc.

• CUSTO REQUERIDO:
- Custo inicial de instalação;
- Custo operacional;
- Custo de manutenção.

• RAPIDEZ DE INSTALAÇÃO

• VARIAÇÕES NA DEMANDA DE CARGA TÉRMICA

• NÍVEL DE RUÍDO:
- Salas de aula;
- Auditórios;
- Agências bancárias;
- Áreas de recreação, etc.

• CONDICIONANTES DO PROJETO ARQUITETÔNICO:


- Espaço disponível para casas de máquinas;
- Espaços para redes de dutos;
- Espaço desimpedido para fluxo do ar;
- Zoneamento na edificação;
- Pontos e canalizações de alimentação d’água;
- Pontos e canalizações de drenagem;
- Pontos de energia elétrica.

• VOLUME E DISTRIBUIÇÃO DO AR

• TEMPERATURA, UMIDADE E PUREZA DO AR

3.14 INTRODUÇÃO A CARGA TÉRMICA DO RECINTO


Como visto anteriormente, define-se como carga térmica a quantidade de
calor sensível ou latente, expressa geralmente em Kcal/h, que deve ser retirada
ou adicionada a um determinado ambiente, com o objetivo de manter as con-
dições de temperatura e umidade desejadas. Nesta publicação vamos nos fixar
apenas na CARGA TÉRMICA DE REFRIGERAÇÃO.
As fontes de calor mais significativas vêm do exterior da edificação, já que
o sol é a maior fonte de calor.
O calor é introduzido em um determinado recinto a ser climatizado de
várias formas, como se pode classificar abaixo:

3.14.1 Carga térmica de condução (Transmissão).


O calor exterior penetra em uma edificação procurando estabelecer um
equilíbrio térmico entre o exterior e o interior, já que quanto maior for a dife-
rença de temperatura entre ambos, maior será o fluxo de calor.
A quantidade de calor conduzida para o interior depende da área das pare-
des e tetos, bem como da resistência ao fluxo de calor que o material utilizado
impõe, que é medido em função de um coeficiente K. Este coeficiente K deter-
mina a quantidade de calor que atravessa um metro quadrado de superfície
de parede, como pode ser observado na tabela 3.3 que fornece os coeficientes
globais de transmissão de calor para janelas e paredes.
Tabela 3.3 Coeficientes Globais de Transmissão de Calor
U em Kcal/h. m². ºC para janelas e paredes
Elementos U em Kcal/h . m²° C
Janelas
Janelas de vidros Comuns (simples) 5,18
Janelas de vidros duplos 3,13
Janelas de vidros triplos 1,66
Paredes externas
- Tijolos maciços (20 X 10 X 6 cm):
Meia vez (14 cm) = 10 tijolos + 2 revestimentos 2,88
Uma vez (24 cm) = 20 tijolos + 2 revestimentos 1,95
- Tijolos furados (20 x 20 x 10 ou 30 x 30 x 10 cm):
Meia vez (14 cm) = 10 tijolos + 2 revestimentos 2,59
Uma vez (24 cm) = 20 tijolos + 2 revestimentos 1,90
Paredes internas
- Tijolos maciços (20 x 10 x 6 cm):
Meia vez ( 14 cm) = 10 tijolos + 2 revestimentos 2,29
Meia vez (10 cm) = 6 tijolos + 2 revestimentos 2,68
Uma vez (24 cm) = 20 tijolos + 2 revestimentos 1,66
- Tijolos furados (20 x 20 x 10 ou 20 x 10 x 6 cm);
Meia vez (10 cm) = 6 tijolos + 2 revestimentos 2,54
Meia vez ( 14 cm) = 10 tijolos + 2 revestimentos 2,10
Uma vez (24 cm) = 20 tijolos + 2 revestimentos 1,61
Concreto externo ou pedra
15 cm 3,81
25 cm 3,03
35 cm 2,54
50 cm 2,00
Concreto interno
10 cm 3,17
15 cm 2,83
20 cm 2,59
Observação.: Estes coeficientes são usados para cálculos sem grandes precisões

3.14.2 Carga térmica devido a insolação


O sol geralmente é o principal responsável pela parcela de carga térmica a
ser retirada de um ambiente para a sua climatização.
A temperatura de tetos e paredes decorrente da radiação direta do sol, está
intimamente relacionada com os seguintes fatores:

• Localização da edificação (coordenadas geográficas)


• Tipo da construção
• Cor da superfície externa
• Rugosidade da superfície externa
• Refletância da superfície externa

3.14.2.1 Cor da superfície externa


Para se ter uma ideia da influência da cor da superfície externa tem-se na
cor preta aproximadamente 94% de calor absorvido para apenas 6% de calor
refletido, enquanto que para o alumínio polido essa relação é de 28% para 72%
de calor refletido.

3.14.2.2 Rugosidade e refletância da superfície externa


Superfície mais brilhante, maior refletância e menos energia de radiação
solar absorvida.

3.14.2.3 Orientação da edificação


A orientação e localização do edifício é muito importante na determina-
ção da carga térmica de insolação, pois o efeito solar é considerado apenas nas
paredes onde há incidência do sol.
Pode ocorrer situações onde o sol não incida em nenhuma parte do
ambiente a ser climatizado, decorrente do bloqueio da radiação solar por edi-
ficações vizinhas. Nesses casos a carga térmica de insolação não é considerada.

3.14.2.4 Tipos de materiais de construção


Apesar de permitir iluminação natural dos ambientes e visão exterior, os
vidros das esquadrias e claraboias, quando não protegidos, permitem que a
radiação do sol penetre no ambiente condicionado, fazendo com que o calor
solar seja absorvido imediatamente. Nas paredes e tetos dependendo do mate-
rial de construção utilizado, o calor solar demora mais a penetrar no ambiente
climatizado, chegando a levar horas para isto ocorrer.
A utilização do vidro entre o ambiente externo e interno, em regiões de
clima tropical, requer sempre uma preocupação no sentido de permitir a
entrada de luz natural e a máxima diminuição da entrada do calor solar, o que
não ocorre em regiões de clima frio.
Da energia solar que incide em um vidro, uma parte é refletida (q1), uma
é absorvida (q2) e a outra atravessa diretamente o vidro (q3). (ver figura 3.24)

Fig. 3.24 Incidência da luz solar no vidro

Da parte absorvida (q2) uma parcela é liberada para o exterior e a outra re-
-irradiada para o interior. O fator solar é a soma do percentual de calor trans-
mitido diretamente e da parcela re-irradiada para o interior.
Os vidros com coloração uniforme de sua massa, como o cinza e o bronze,
por exemplo, atuam como filtrantes de irradiação solar que atravessa o vidro
(q3), mas em contrapartida são termo absorventes retendo uma elevada per-
centagem de calor absorvido (q2). Isto faz com que mesmo após o por do sol,
continuem liberando calor para o interior do ambiente. Podemos observar que
esta solução é mais indicada para regiões de clima frio onde se poderia adotar
este recurso para aquecer os ambientes.
Os vidros que possuem a cor na superfície externa por incrustação iônica
de óxidos metálicos, são termo refletores, com reflexão metálica dos raios
infravermelhos. São indicados para climas tropicais já que refletem a maior
parte da radiação solar, e por serem maus absorventes, possuem fraca re-irra-
diação e fator solar baixo.
Apesar dos vidros termo refletores possuírem baixo fator solar, todos os
vidros monolíticos, independente de cor e espessura, possuem o mesmo coefi-
ciente de transmissão K, e com este coeficiente elevado, o frio produzido pelo
sistema de condicionamento de ar tenderá a ser transmitido para o exterior.
Para manter o frio no ambiente, temos como recurso, diminuir o coeficiente
de transmissão K do vidro, através da utilização de vidros duplos, triplos ou
quádruplos com camada de ar entre eles, totalmente isenta de umidade e sem
comunicação com o ar externo. Uma camada de ar imóvel é excelente isolante
térmico, e neste caso para as camadas de ar de 9 mm é possível baixar o coe-
ficiente de transmissão K=4,85 dos vidros comuns monolíticos para K = 2,70
Kcal/m²°C.
Uma excelente alternativa consiste na utilização de vidros laminados que
são constituídos basicamente por duas ou mais lâminas de vidro unidas atra-
vés de película de POLIVINIL BUTIRAL (PVB). O vidro laminado refletivo
como o cinza de 10 mm da Blindex, deixa passar apenas 37% da energia solar
incidente, filtrando até 99,6% dos raios ultravioleta, decorrente da presença do
Polivinil Butiral (ver figura 3.25).

Fig. 3.25 Incidência da luz solar no vidro laminado refletivo


3.14.3 Carga térmica devido aos dutos
O ar de retorno que é conduzido através de dutos ou mesmo sob a forma
de PLENUM, ganha calor entre o ambiente condicionado e o aparelho
condicionador.

3.14.4 Carga térmica devido as pessoas


Todas as pessoas emitem calor e a quantidade de calor emitido dependerá
de diversos fatores, como o tipo de atividade das pessoas (repouso, atividade
intensa), idade, sexo.
No cálculo da carga térmica é fundamental o conhecimento do número e
características dos usuários do ambiente a ser climatizado, bem como do tipo
de atividade que irão desenvolver no local.
Para determinação do número de pessoas que deverá ocupar um determi-
nado recinto quando este número não é conhecido poderemos utilizar como
referência os valores indicados na tabela 3.4.

Tabela 3.4 Valores recomendados para ocupação dos recintos


Local Metro quadrado/pessoas
Dormitório 10
Salas residenciais 8
Salões de hotel 6
Escritórios privados 8
Escritórios em geral 6
Bancos – recintos privados 7
Bancos – recintos públicos 4
Lojas de pouco público 5
Lojas de muito público 3
Restaurantes 2
Boates 1
Auditórios –conferências 1,5
Teatros - Cinemas 0,75

Conforme o tipo de atividade das pessoas no recinto condicionado pode-


mos utilizar os valores médios de carga térmica em função da atividade desen-
volvida. (ver tabela 3.5)
Tabela 3.5 Taxas típicas de calor liberado por pessoas (de acordo com a ABNT NBR
16401-1/2008).
Calor Calor
Sensível Latente % Radiante do
Nível de atividade Local Calor total (W) (W) (W) calor sensível
Baixa ve- Alta ve-
Homem Ajustado locidade locidade
adulto M/Fa do ar do ar
Teatro
Sentado no teatro Matinê 115 95 65 30
Sentado no teatro,
noite Teatro noite 115 105 70 35 60 27
Escritórios,
hotéis, apar-
Sentado, trabalho leve tamentos 130 115 70 45
Atividade moderada Escritórios,
em trabalhos de hotéis, apar-
escritório tamentos 140 130 75 55
Loja de
Parado em pé, varejo ou
trabalho moderado; de depar-
caminhando tamentos 160 130 75 55 58 38
Farmácia,
Caminhando, agência
parado em pé bancária 160 145 75 70
Restau-
Trabalho sedentário ranteb 145 160 80 80
Trabalho leve
em bancada Fábrica 235 220 80 140
Dançando Salão
moderadamente de baile 265 250 90 160 49 35
Caminhando 4,8
km/h; trabalho leve
em máquina operatriz Fábrica 295 295 110 185
Jogando bolichec Boliche 440 425 170 255
Trabalho pesado Fábrica 440 425 170 255 54 19
Calor Calor
Sensível Latente % Radiante do
Nível de atividade Local Calor total (W) (W) (W) calor sensível
Baixa ve- Alta ve-
Homem Ajustado locidade locidade
adulto M/Fa do ar do ar
Trabalho pesado em
máquina operatriz;
carregando carga Fábrica 470 470 185 285
Ginásio,
Praticando esportes academia 585 525 210 315
NOTA 1 - Valores baseados em temperatura de bulbo seco ambiente 24 °C. Para uma
temperatura de bulbo seco ambiente de 27 °C, o calor total permanece o mesmo,
porém o calor sensível deve ser reduzido em aproximadamente 20%, e o calor latente
aumentado correspondentemente. Para uma temperatura de bulbo seco ambiente
de 21 °C, também o calor total permanece o mesmo, porém o calor sensível deve ser
aumentado em aproximadamente 20%, e o calor latente reduzido correspondentemente.
NOTA 2 - Valores arredondados em 5 W.
a
O valor do calor ajustado é baseado numa percentagem normal de homens, mulheres e
crianças para cada uma das aplicações listadas, postulando-se que o calor liberado por uma
mulher adulta é aproximadamente 85% daquele liberado por um homem adulto, e o calor
liberado por uma criança é aproximadamente 75% daquele liberado por um homem adulto.
b
O ganho de calor ajustado inclui 18 W para um prato de comida
individual (9 W de calor sensível e 9 W latente.
c
Considerando uma pessoa por cancha realmente jogando boliche, e todas as
demais sentadas (117 W), paradas em pé ou caminhando lentamente (231 W)
Fonte: Adaptado de 2005 ASHRAE Fundamentals Handbook, Capítulo 30, “Nonresidential Cooling and Heating
Load Calculations”, Tabela 1.

3.14.5 Carga térmica devido aos equipamentos


Todos os equipamentos que se encontram dentro do ambiente a ser clima-
tizados e que produzem calor, devem ser considerados para o cálculo da carga
térmica. Podemos ter:
• CARGA DEVIDO AOS MOTORES – deve ser considerado o tempo
de funcionamento do motor.
• CARGA DEVIDO À ILUMINAÇÃO – decorrente de lâmpadas, rea-
tores. (ver tabela 3.6)
• CARGA DEVIDO A EQUIPAMENTOS COMERCIAIS – decorrente
da utilização de equipamentos geralmente utilizados em copas, cozinhas, res-
taurantes, laboratórios. (ver tabela 3.7)
• CARGA DEVIDO ÀS TUBULAÇÕES - quando o ambiente é atraves-
sado por tubulações de vapor ou água quente que liberem calor.

Tabela 3.6 Taxas típicas de dissipação de calor pela iluminação (de acordo com a ABNT NBR
16401-1/2008).
Nível de iluminação Potência dissipada
Local Tipos de iluminação Lux W/m²
Escritórios e bancos Fluorescente 500 16
Fluorescente 17
Fluorescente compacta 23
Lojas Vapor metálico 750 28
Fluorescente compacta 9
Residências Incandescente 150 30
Fluorescente 21
Supermercados Vapor metálico 1000 30
Armazéns Fluorescente 2
climatizados Vapor metálico 100 3
Fluorescente compacta 6
Cinemas e teatros Vapor metálico 50 4
Fluorescente 5
Museus Fluorescente compacta 200 11
Fluorescente 16
Bibliotecas Fluorescente compacta 500 28
Fluorescente compacta 13
Restaurantes Incandescente 150 41
Auditórios:
Fluorescente 30
Tribuna Fluorescente compacta 750 32
Plateia Fluorescente 150 10
Vapor metálico 18
Sala de espera Fluorescente compacta 200 8
Nível de iluminação Potência dissipada
Local Tipos de iluminação Lux W/m²
Hotéis:
Corredores Fluorescente compacta 100 8
Fluorescente 15
Sala de leitura Fluorescente compacta 500 22
Fluorescente compacta 9
Quartos Incandescente 150 30
Sala de convenções
(plateia) Fluorescente 150 8
Sala de convenções Fluorescente 30
(tablado) Fluorescente compacta 750 30
Fluorescente 8
Portaria e recepção Fluorescente compacta 200 9

Para se obter a carga térmica em kcal/h, usar a relação: 1 kw.h = 860 kcal

Tabela 3.7 Taxas típicas de dissipação de calor e umidade de alguns equipamentos comerciais
– restaurantes e lanchonetes (de acordo com a ABNT NBR 16401-1/2008).

Potência Ganho de calor (W)


(W) Sem coifa Com coifa
Plena
Equipamento Tamanho carga Sensível Latente Total Sensível
Elétrico (sem exigência de coifa)
Armário (grande,
servir quente) 1,06 a 1,15 m³ 2000 180 90 270 82
Armário (provador grande) 0,45 a 0,48 m³ 2030 180 90 270 82
Armário (pequeno,
manter quente) 0,09 a 0,18 m³ 900 80 40 120 37
Cafeteira 12 xícaras 1660 1100 560 1660 530
Expositor refrigerado,
por m³ de interior 0,17 a 1,9 m³ 1590 640 0 640 0
Aquecedor de alimentos
(lâmpada infravermelha),
por lâmpada 1 a 6 lâmpadas 250 250 - 250 250
Potência Ganho de calor (W)
(W) Sem coifa Com coifa
Plena
Equipamento Tamanho carga Sensível Latente Total Sensível
Aquecedor de alimentos
(tipo prateleira), por 0,28 m³ a
m² de superfície 0,84 m³ 2930 2330 600 2930 820
Aquecedor de alimentos
(tubo infravermelho),
por metro linear 1,0 m³ a 2,1 m³ 950 950 - 950 950
Aquecedor de alimentos
(água quente), por
m³ de banho 20 a 70 L 37400 12400 6360 18760 6000
Congelador (grande) 2,07 m³ 1340 540 - 540 0
Congelador (pequeno) 0,51m³ 810 320 - 320 0
48 a 56
Grelha de cachorro quente unidades 1160 100 50 150 48
Forno de microondas
(resistente, comercial) 20 L 2630 2630 - 2630 0
Forno de microondas 600 a 600 a 600 a
(tipo residencial) 30 L 1400 1400 - 1400 0
Refrigerador (grande) por
m³ de espaço interior 0,71 a 2,1 m³ 780 310 - 310 0
Refrigerador (pequeno)
por m³ de espaço interior 0,17 a 0,71 m³ 1730 690 - 690 0
Carrinho de transporte
(quente), por m³ de banho 50 L a 90 L 21200 7060 3530 10590 3390
Aquecedor de caldas,
por litro de capacidade 11 L 87 29 16 45 14
Torradeira (grande
automático) 10 fatias 5300 2810 2490 5300 1700
Torradeira (pequeno
automático) 4 fatias 2470 1310 1160 2470 790
Chapa de Waffle 0,05 m² 1640 700 940 1640 520
3.14.6 Carga térmica devido a infiltração
O ar externo em movimento geralmente penetra nos ambientes climatiza-
dos através de frestas nas portas, janelas ou quando da abertura das portas para
a circulação de pessoas, introduzindo no ambiente calor (carga térmica). Por
isto é fundamental a correta especificação do tipo de esquadrias a ser utilizado.

3.14.7 Carga térmica devido a ventilação


O aparelho de ar condicionado insufla ar refrigerante para dentro do
ambiente e o mesmo retorna para o aparelho para ser novamente resfriado.
Porém, nem todo o ar insuflado retorna para o aparelho, já que parte dele é
perdido através de aberturas e frestas, precisando ser complementado com ar
exterior que introduz calor no ambiente. Além, desse ar, é necessária a intro-
dução de ar renovado para as pessoas, cuja quantidade dependerá do tipo de
uso do ambiente. Esse ar introduz calor quando misturado ao ar existente,
antes de retornar ao aparelho.

3.15 Estimativa da carga térmica total


Para o cálculo da carga térmica de um determinado ambiente que se deseja
climatizar, deverá ser somada toda a carga térmica a ser removida do mesmo,
a qual foi introduzida no ambiente através da condução, insolação, dutos, pes-
soas, equipamentos, infiltrações e ventilação;
Para se obter um valor aproximado da carga térmica de um ambiente,
como ponto de partida pode utilizar a tabela que foi concebida baseada nos
valores abaixo que representam as principais características de cidades brasi-
leiras. (ver tabela 3.8)

Temperatura externa BS = 35°C / BU = 23,8 a 25,5° C


Temperatura interna BS = 24,4 a 26,6°C
Tabela 3.8 Estimativa de carga térmica de verão
Total de
BTU por Kcal/h
Tipo de carga Categoria h por m² m²/tl m³/h por m² m²/pessoa por m²
Baixo 139,94 85,8 9,13 9,29 35,2
Apartamentos e Médio 215,29 55,7 12,8 16,26 54,2
quarto de hotel Alto 322,93 37,1 16,4 30,19 81,3
Baixo 376,75 31,8 20,1 2,42 94,9
Médio 570,71 21,0 32,9 4,92 143,2
Bancos Alto 807,32 14,8 45,7 7,43 203,4
Baixo 484,39 24,7 23,7 1,86 122
Médio 785,99 15,2 47,5 3,72 197,9
Barbearias Alto 1205,60 9,95 80,4 5,37 303,7
Consultórios Baixo 355,22 33,7 21,9 2,69 89,5
médicos e Médio 548,98 21,8 31 6,97 138,2
dentários Alto 731,97 16,3 43,8 14,87 184
Baixo 376,75 31,8 20,1 1,58 94,9
Médio 753,5 15,9 34,7 3,62 189,8
Drogarias Alto 1173,31 10,2 62,1 8,55 295,5
Baixo 236,81 50,6 12,8 2,97 590,6
Escritórios Médio 462,86 25,9 25,5 9,76 116,6
em geral Alto 775,03 15,5 40,2 25,83 195,2

Para nosso estudo, considerando-se a complexidade da estimativa de carga


térmica através de métodos mais rigorosos, que extrapolariam os nossos obje-
tivos, vamos adotar o Anexo I – Formulário para Cálculos Simplificado de
Carga Térmica e o Anexo II – Fator Geográfico para Cálculo de Carga Térmica
de Resfriamento, ambos da Norma Brasileira NBR 5858 – junho / 1993 – Con-
dicionador de Ar Doméstico. ( ver Anexo I e II nas páginas seguintes).
Anexo I – Formulário para cálculo
simplificado de carga térmica
Anexo II – Fator geográfico para
cálculo de carga térmica
bibliografia básica

BORGES, R. S., BORGES, W. L. Manual de Instalações Prediais


Hidráulica¬Sanitária e de Gás. 3ª edição. Belo Horizonte, FUMARC, 1989.
557p.

CAMARGO, José Rui. Resfriamento evaporativo: climatização ecológica. 1.


ed. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2009.

CORPO DE BOMBEIROS. COMANDO. (Recife). Portaria Administrativa n°


018189 Recife,1989. (mimeografado).

CORPO DE BOMBEIROS DE PERNAMBUCO. Normas CB-016/96 Recife,


1996.

CREDER, H. Instalações de Ar Condicionado, Rio de Janeiro, Livros Técnicos


e CientíficosEditora S.A. - Grupo GEN, 6.a Edição, 2004.

HELlOGÁS. DEPARTAMENTO DE INSTALAÇOES INDUSTRIAIS. Manual


de instalações centralizadas prediais de GLP. Fortaleza, 1973. (mimeografado).

JONES, W. P. Engenharia de ar condicionado. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora


Campus, 1983.

MACINTYRE, A. J. Instalações Hidráulicas. 2ª edição. Rio de Janeiro: Guana-


bara, 1978. 797 p.
MASCARO, Juan Luís; MASCARO, Lúcia Elvira Raffo (coordenadores). Inci-
dência das variáveis projetivas e de construção no consumo energético dos
edifícios. Porto Alegre: Editora Sagra Dc Luzzatto, 1992.

MENDES, Luíz Magno de Oliveira. Refrigeração e ar condicionado. 1. ed. Rio


de Janeiro: Editora Ediouro, 1984.

MILLER, Mark R. Refrigeração e ar condicionado. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC


– Livros Técnicos e Científicos, 2008.
NBR 6.401/80 – Instalações Centrais de ar condicionado para conforto – Parâ-
metros básicos de projeto (temperatura e umidade).
NBR 5858/83 Condicionador de ar doméstico

NBR 9077/93 Saídas de emergência em edifícios

NBR 6675/93 Instalação de condicionador de ar de uso doméstico

NBR 13932/97 Instalações internas de gás liquefeito de petróleo (GLP) – Pro-


jeto e execução

NBR 13933/97 Instalações internas de gás natural (GN) – Projeto e execução

NBR 14570/00 Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP
- Projeto e execução
NBR 7.256/04 – Tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde
(EAS) – Requisitos para projeto e execução das instalações.
NBR 14024 – Centrais prediais e industriais de gás liquefeito de petróleo (GLP)
– Sistema de abastecimento a granel.
NBR 16401/08 Instalações de ar-condicionado sistemas centrais e unitários.
SILVA, Jesue Graciliano da. Introdução a tecnologia da refrigeração e da cli-
matização. 1. ed. São Paulo: Editora Artliber, 2004.

SILVA, Pérides. Acústica arquitetônica e condicionamento de ar. 4. ed. Belo


Horizonte: Edtal E. T. Ltda., 2002.
TORREIRA, Raul Peragallo.Elementos Básicos de ar condicionado. Hemus
Editora Limitada, 1994.
introdução ao projeto das instalações especiais:
Arquitetura e Urbanismo - UFPE

Formato
digital

Tipografia
Swiss 721 Cn BT
Minion Pro

Editoração eletrônica

Rua Acadêmico Hélio Ramos, 20 | Várzea,


Recife - PE CEP: 50.740-530
Fones: (0xx81) 2126.8397 | 2126.8930 | Fax: (0xx81) 2126.8395
www.ufpe.br/edufpe | livraria@edufpe.com.br | editora@ufpe.br
A Pró-Reitoria Acadêmica (Proacad) e a Editora Universitária da
Universidade Federal de Pernambuco (EdUFPE), apresentam a obra

35
Introdução ao Projeto das Instalações Especiais organizada pelos
professores Marcos José Vieira de Melo, Ronald Fernando Albuquerque
Vasconcelos e Sérgio da Motta Bittencourt, o 35º título editado pelo
Programa Livro-Texto.

Introdução ao Projeto das Instalações Especiais


Esta Coleção publica o material produzido pelos professores da
UFPE. Trata-se de uma proposta que visa à publicação de exemplares
de qualidade acadêmica a um baixo custo de aquisição para o
aluno, além de dar a possibilidade concreta de publicação para o
professor. Estimula, ainda, o docente a produzir seu próprio material,
oportunizando correções e atualizações em cada nova impressão. O
padrão de cores utilizado nas capas identifica a área do conhecimento
e, consequentemente, o Centro Acadêmico onde a disciplina é
ministrada: laranja para Humanas, verde para Saúde e azul para
Exatas.

Espera-se que os alunos, incentivados pelas publicações adequadas Introdução ao Projeto


aos programas das disciplinas que vêm estudando, criem o hábito de das Instalações Especiais
adquirir livros e construam, progressivamente, — como estudantes e
futuros profissionais — suas bibliotecas particulares.

Como Editora, ressalto o empenho da Administração Central, da Proacad Marcos José Vieira de Melo
e da Comissão Editorial, que, criteriosamente, avançaram nesse nível de Ronald Fernando Albuquerque Vasconcelos
produção. Congratulo-me com os senhores professores autores e com os Sérgio da Motta Bittencourt
Centros Acadêmicos que responderam à chamada do edital.

Maria José de Matos Luna


Diretora da EdUFPE
35

Você também pode gostar