Introdução As Instalações Especiais
Introdução As Instalações Especiais
Introdução As Instalações Especiais
35
Introdução ao Projeto das Instalações Especiais organizada pelos
professores Marcos José Vieira de Melo, Ronald Fernando Albuquerque
Vasconcelos e Sérgio da Motta Bittencourt, o 35º título editado pelo
Programa Livro-Texto.
Como Editora, ressalto o empenho da Administração Central, da Proacad Marcos José Vieira de Melo
e da Comissão Editorial, que, criteriosamente, avançaram nesse nível de Ronald Fernando Albuquerque Vasconcelos
produção. Congratulo-me com os senhores professores autores e com os Sérgio da Motta Bittencourt
Centros Acadêmicos que responderam à chamada do edital.
Recife, 2014
Universidade Federal de Pernambuco Editora associada à
Reitor: Prof. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado
Vice-Reitor: Prof. Sílvio Romero Marques
Diretora da Editora UFPE: Profª Maria José de Matos Luna ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DAS EDITORAS UNIVERSITÁRIAS
Comissão Editorial
Presidente: Profª Maria José de Matos Luna
Titulares: Ana Maria de Barros, Alberto Galvão de Moura Filho, Alice Mirian Happ Botler,
Antonio Motta, Helena Lúcia Augusto Chaves, Liana Cristina da Costa Cirne Lins, Ricardo
Bastos Cavalcante Prudêncio, Rogélia Herculano Pinto, Rogério Luiz Covaleski, Sônia Souza
Melo Cavalcanti de Albuquerque, Vera Lúcia Menezes Lima.
Suplentes: Alexsandro da Silva, Arnaldo Manoel Pereira Carneiro, Edigleide Maria Figueiroa
Barretto, Eduardo Antônio Guimarães Tavares, Ester Calland de Souza Rosa, Geraldo Antônio
Simões Galindo, Maria do Carmo de Barros Pimentel, Marlos de Barros Pessoa, Raul da Mota
Silveira Neto, Silvia Helena Lima Schwamborn, Suzana Cavani Rosas.
Editores Executivos: Edigleide Maria Figueiroa Barretto, Rogério Luiz Covaleski e Silvia Helena
Lima Schwamborn
Créditos
Capa e projeto gráfico: EdUFPE
Catalogação na fonte:
Bibliotecária Kalina Ligia França da Silva, CRB4-1408
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-415-0412-6 (broch.)
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas
gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos e vídeográficos. Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial em
qualquer sistema de processamento de dados e a inclusão de qualquer parte da obra em qualquer programa juscibernético. Essas proibições
aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua editoração.
AGRADECIMENtos
Aos nossos pais, por tudo que fizeram pela nossa formação intelectual;
Quando este Livro-Texto foi escrito, o objetivo dos professores foi pre-
encher uma lacuna existente na disciplina Instalações Especiais, do curso de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco. Até então,
os alunos eram obrigados constantemente a recorrer a publicações especiali-
zadas que, além de escassas, geralmente expunham o assunto de forma não
adequada aos objetivos da disciplina.
Os autores
01 Sistemas Centrais de gás
1.7.6. Dreno
É o equipamento instalado no ponto mais baixo da instalação e que tem a
função de recolher o condensado do gás.
Em resumo temos:
• TODAS AS EDIFICAÇÕES:
- Com mais de 8 pavimentos, ou
- Altura superior a 20 m.
• HOTÉIS, RESTAURANTES, PANIFICADORAS E ESTABELECI-
MENTOS CONGÊNERES
- Área construída superior a 500 m².
• HOSPITAIS, CUNICAS, ESCOLAS E ESTABELECIMENTOS
CONGÊNERES
- Área construída superior a 750 m².
1.11.1. Comprimento
Como os recipientes adotados na prática nas centrais de GLP são os de
45Kg que possuem um diâmetro de 0,36 m e altura de 1,30 m temos:
Na figura abaixo temos em planta baixa uma central de GLP de 6+6 cilin-
dros com disposição dupla.
Lequiv = m x 1,00
Lprojeto = Lr + Lequiv
onde: Lprojeto – comprimento de projeto
Lequiv – comprimento equivalente
m – número de elementos da tubulação
2.6.1 Componentes
• Detectores;
• Acionadores;
• Indicadores sonoros e visuais;
• Central de Alarme;
2.6.1.2 Detectores
Os detectores podem ser dos seguintes tipos:
• DETECTORES DE TEMPERATURA
Área de ação: 36m2
Tipos: Térmicos e Termovelocimétrico
- Térmicos: acionado pela ultrapassagem da temperatura ajustada; são
utilizados quando as condições ambientais não permitem a utilização dos
demais tipos de detectores.
• DETECTORES DE FUMAÇA
Detectores de fumaça por irrigação – possibilitam a prévia determina-
ção do fogo, muito antes das chamas se formarem, ou a temperatura torna-se
muito elevada. Alta sensibilidade a fumaças visíveis ou não. Protegem áreas de
60 a 80 m² e pode ser instalados dentro de dutos de ar condicionados.
• DETECTORES DE CHAMA
Instalados onde a primeira conseqüência seja a produção da chama,
quando esta precede o surgimento de fumaça.
Tipos:
• Detector de chama tremulante: para chama de luz visível;
• Detector de ultravioleta: para detecção de energia radiante fora da
faixa de visão humana (faixa baixa);
• Detector de infravermelho: para detecção de energia radiante fora da
faixa de visão humana (faixa alta).
Fotografia 2.17: Detector de Chama
Fonte: http://www.nei.com.br/images/lg/226963.jpg
2.7.1 Norma
• NBR 9077/85
• Norma técnica de incêndio Corpo bombeiros de PE: CB – 016/96.
2.7.4 Escadas
As escadas são basicamente de quatro tipos: escada comum (para a qual
não há exigência indicada nas normas), escada protegida e escada à prova de
fumaça.
2.7.4.1 Requisitos básicos das escadas
• Ser construída em material resistente ao fogo.
• Pisos e degraus com revestimento incombustível.
• Pisos antiderrapantes.
• Atender a todos os pavimentos, inclusive subsolo.
• Largura mínima com duas unidades de passagem -> 60x2 = 1,20m
(exceto corrimãos que podem avançar 10cm de cada lado). (Ver
Figura 2.8)
• Altura dos degraus: entre 16 e 18cm.
• Largura dos degraus: pela fórmula -> 0,63 ≤ 2h + b ≤ 0,64 cm.
• Altura máxima de piso a piso entre patamares: 3m.
• Lance mínimo de 3 degraus.
• Comprimento do patamar quando em lance reto: c = (2h + b)n + b
onde n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando se trata de escada reta,
medida na direção do trânsito.
• A Escada deve ser isolada dos corredores por portas resistentes ao fogo
por 30 minutos.
• Acessos ventilados por dutos conforme a figura 2.11.
A 12 a 20 5a8 - 1 II - 2 II -
Resi- 20 a 50 9 a 18 - 1 III - 2 III -
dencial 50 a 120 19 a 40 s/n 1 IV - 2 IV -
+ de 120 + de 40 s/n 2 IV - 2 IV -
• Tipos de Escadas:
I – Escada comum.
II – Escada protegida
III – Escada enclausurada
IV – Escada à prova de fumaça.
2.8 rampas
• Guarda corpo: h = 1,10m (em concreto armado).
• Hospitais, escolas etc. – largura mínima: 1,50m; declividade: 10%
• Demais edificações – largura mínima: 1,50m; declividade: 12%
2.9 PORTAS
2.9.1 Portas corta-fogo (* Fechadas, mas destrancadas).
• Escadas protegidas
- Classe PRF= 30 min
• Escadas enclausuradas
- Classe PCF = 60
• Escadas à prova de fumaça
- Classe PCF = 60 (antecâmara)
- Classe PCF = 90 (escada)
Fotografia. 2.29 Porta corta-fogo com barra anti-pânico
2.10. HELIPONTOS
De acordo com as Normas do Corpo de Bombeiros do Estado de Pernam-
buco, exige-se a instalação de Helipontos nas seguintes situações:
I. Acima de 40 pavimentos, para as edificações do tipo Residencial Pri-
vativa Multifamiliar;
II. Acima de 30 pavimentos, para as demais edificações.
3.2 NORMAS
As instalações de ar condicionado são baseadas na Norma Brasileira NBR-
16401 (Instalações de Ar Condicionado – Sistemas Centrais e Unitários) de
2008, que é dividida em três partes, Parte 1 - Projetos das Instalações, Parte
2 - Parâmetros de Conforto Térmico e Parte 3 – Qualidade do Ar Interior, que
determina os critérios a serem adotados na elaboração de projetos e especi-
ficações, mas que não se aplica a pequenos sistemas unitários isolados com
capacidades nominais totais inferiores a 10 KW.
Além da NBR-16401 será adotada também nessa publicação, a Norma Bra-
sileira NBR 6675 - Instalação de Condicionadores de Ar de Uso Doméstico (tipo
monobloco ou modular) de 1993, que fixa as condições exigíveis na execução de
instalação de aparelhos condicionadores de ar de uso doméstico, do tipo mono-
bloco ou modular, de forma a garantir sua segurança e seu bom funcionamento.
1 TR = 12000 BTU/h
1 TR = 3024 Kcal/h
1 TR = 12670 KJ/h
Brasil este fluído foi utilizado até recentemente. Mas, por atacar a camada de ozônio, este gás vem sendo
substituído em cumprimento aos acordos ambientais subscritos pelo país na ONU.
Cada substância tem um calor latente diferente para mudança de estado
(evaporação ou condensação), e, no caso do freon-22 são necessárias aproxi-
madamente 52 calorias por grama em 21° C.
O refrigerante sob forma líquida e em alta pressão, ao passar através de
uma válvula de expansão (C), sua pressão cai repentinamente causando a sua
evaporação parcial e resfriamento. Ao se deslocar ao longo da serpentina do
evaporador (D), esta serpentina gelada pelo gás refrigerante, em contato com o
ar forçado por um ventilador (no sistema de expansão direta), troca calor com
este ar que vai ser novamente reconduzido para o ambiente a ser refrigerado.
Nessa troca de calor o gás refrigerante absorve calor e é novamente aspirado
pelo compressor (E) e na sequência o calor absorvido no evaporador é elimi-
nado no condensador, dando continuidade ao ciclo de refrigeração.
Na figura 3.2, abaixo, vemos o ciclo de refrigeração, aplicado no funciona-
mento de um aparelho de ar condicionado doméstico.
• SILENCIOSOS - para locais onde são desligadas à noite, como por exem-
plo, instalações administrativas e comerciais.
• CUSTO REQUERIDO:
- Custo inicial de instalação;
- Custo operacional;
- Custo de manutenção.
• RAPIDEZ DE INSTALAÇÃO
• NÍVEL DE RUÍDO:
- Salas de aula;
- Auditórios;
- Agências bancárias;
- Áreas de recreação, etc.
• VOLUME E DISTRIBUIÇÃO DO AR
Da parte absorvida (q2) uma parcela é liberada para o exterior e a outra re-
-irradiada para o interior. O fator solar é a soma do percentual de calor trans-
mitido diretamente e da parcela re-irradiada para o interior.
Os vidros com coloração uniforme de sua massa, como o cinza e o bronze,
por exemplo, atuam como filtrantes de irradiação solar que atravessa o vidro
(q3), mas em contrapartida são termo absorventes retendo uma elevada per-
centagem de calor absorvido (q2). Isto faz com que mesmo após o por do sol,
continuem liberando calor para o interior do ambiente. Podemos observar que
esta solução é mais indicada para regiões de clima frio onde se poderia adotar
este recurso para aquecer os ambientes.
Os vidros que possuem a cor na superfície externa por incrustação iônica
de óxidos metálicos, são termo refletores, com reflexão metálica dos raios
infravermelhos. São indicados para climas tropicais já que refletem a maior
parte da radiação solar, e por serem maus absorventes, possuem fraca re-irra-
diação e fator solar baixo.
Apesar dos vidros termo refletores possuírem baixo fator solar, todos os
vidros monolíticos, independente de cor e espessura, possuem o mesmo coefi-
ciente de transmissão K, e com este coeficiente elevado, o frio produzido pelo
sistema de condicionamento de ar tenderá a ser transmitido para o exterior.
Para manter o frio no ambiente, temos como recurso, diminuir o coeficiente
de transmissão K do vidro, através da utilização de vidros duplos, triplos ou
quádruplos com camada de ar entre eles, totalmente isenta de umidade e sem
comunicação com o ar externo. Uma camada de ar imóvel é excelente isolante
térmico, e neste caso para as camadas de ar de 9 mm é possível baixar o coe-
ficiente de transmissão K=4,85 dos vidros comuns monolíticos para K = 2,70
Kcal/m²°C.
Uma excelente alternativa consiste na utilização de vidros laminados que
são constituídos basicamente por duas ou mais lâminas de vidro unidas atra-
vés de película de POLIVINIL BUTIRAL (PVB). O vidro laminado refletivo
como o cinza de 10 mm da Blindex, deixa passar apenas 37% da energia solar
incidente, filtrando até 99,6% dos raios ultravioleta, decorrente da presença do
Polivinil Butiral (ver figura 3.25).
Tabela 3.6 Taxas típicas de dissipação de calor pela iluminação (de acordo com a ABNT NBR
16401-1/2008).
Nível de iluminação Potência dissipada
Local Tipos de iluminação Lux W/m²
Escritórios e bancos Fluorescente 500 16
Fluorescente 17
Fluorescente compacta 23
Lojas Vapor metálico 750 28
Fluorescente compacta 9
Residências Incandescente 150 30
Fluorescente 21
Supermercados Vapor metálico 1000 30
Armazéns Fluorescente 2
climatizados Vapor metálico 100 3
Fluorescente compacta 6
Cinemas e teatros Vapor metálico 50 4
Fluorescente 5
Museus Fluorescente compacta 200 11
Fluorescente 16
Bibliotecas Fluorescente compacta 500 28
Fluorescente compacta 13
Restaurantes Incandescente 150 41
Auditórios:
Fluorescente 30
Tribuna Fluorescente compacta 750 32
Plateia Fluorescente 150 10
Vapor metálico 18
Sala de espera Fluorescente compacta 200 8
Nível de iluminação Potência dissipada
Local Tipos de iluminação Lux W/m²
Hotéis:
Corredores Fluorescente compacta 100 8
Fluorescente 15
Sala de leitura Fluorescente compacta 500 22
Fluorescente compacta 9
Quartos Incandescente 150 30
Sala de convenções
(plateia) Fluorescente 150 8
Sala de convenções Fluorescente 30
(tablado) Fluorescente compacta 750 30
Fluorescente 8
Portaria e recepção Fluorescente compacta 200 9
Para se obter a carga térmica em kcal/h, usar a relação: 1 kw.h = 860 kcal
Tabela 3.7 Taxas típicas de dissipação de calor e umidade de alguns equipamentos comerciais
– restaurantes e lanchonetes (de acordo com a ABNT NBR 16401-1/2008).
NBR 14570/00 Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP
- Projeto e execução
NBR 7.256/04 – Tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde
(EAS) – Requisitos para projeto e execução das instalações.
NBR 14024 – Centrais prediais e industriais de gás liquefeito de petróleo (GLP)
– Sistema de abastecimento a granel.
NBR 16401/08 Instalações de ar-condicionado sistemas centrais e unitários.
SILVA, Jesue Graciliano da. Introdução a tecnologia da refrigeração e da cli-
matização. 1. ed. São Paulo: Editora Artliber, 2004.
Formato
digital
Tipografia
Swiss 721 Cn BT
Minion Pro
Editoração eletrônica
35
Introdução ao Projeto das Instalações Especiais organizada pelos
professores Marcos José Vieira de Melo, Ronald Fernando Albuquerque
Vasconcelos e Sérgio da Motta Bittencourt, o 35º título editado pelo
Programa Livro-Texto.
Como Editora, ressalto o empenho da Administração Central, da Proacad Marcos José Vieira de Melo
e da Comissão Editorial, que, criteriosamente, avançaram nesse nível de Ronald Fernando Albuquerque Vasconcelos
produção. Congratulo-me com os senhores professores autores e com os Sérgio da Motta Bittencourt
Centros Acadêmicos que responderam à chamada do edital.