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EASF - Princípio Do ED - Esquema

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DIREITO CONSTITUCIONAL I

Licenciatura em Direito
1.º Ano – 2.ª Turma Teórica

Eduardo A. S. Figueiredo
Assistente Convidado
Faculdade de Direito, Universidade de Coimbra

- Esquema breve de sistematização da matéria relativa ao princípio do Estado de Direito –

I. Introdução: o princípio do Estado de Direito

Trata-se de um vetor principiológico fundamental (v. art. 2.º CRP) que aponta para a ideia de
submissão do poder estadual a todo o Direito, não apenas num plano material (o que significa que o
exercício do poder estadual deve ser levado a cabo em conformidade com um conjunto de princípios
informados por uma certa ideia de justiça e parâmetros de juridicidade material), mas também num
plano orgânico, formal e procedimental (o que pressupõe o estrito respeito pelo poder estadual de um
conjunto de princípios orgânicos, formais e procedimentais que cumprem uma função organizadora
do Estado e da sociedade segundo a medida do Direito).

II. Dimensões do princípio do Estado de Direito

a) Juridicidade

b) Constitucionalidade (Supremacia da Constituição: vinculação de todos os poderes públicos


pela Constituição)
a. Vinculação de todos os órgãos e atos do Estado à Constituição;
b. Reserva de Constituição:
i. Princípio da tipicidade constitucional de competências (art. 111.º/2 CRP);
ii. Princípio da constitucionalidade das restrições de DLGs (art. 18.º/2 CRP).

c) Jusfundamentalidade

d) Divisão e separação de poderes


a. Divisão horizontal, vertical e pessoal do poder.
b. Repercussões:
i. Atribuição dos poderes a diferentes órgãos;
ii. Salvaguarda do núcleo essencial da ordenação constitucional de poderes;
iii. Adequação funcional da função;
iv. Interdependência entre os poderes (checks and balances).

e) Sustentabilidade
III. Subprincípios concretizadores do princípio do Estado de Direito

a) Princípio da Legalidade da Administração


a. Princípio do primado da lei
i. Dimensão Negativa – Princípio da primazia ou da prevalência da lei – “A lei
como limite à atividade da Administração”;
1. Exceção: Quando o cumprimento estrito da lei implique a prática de
qualquer crime (art. 271.º/3 CRP).
ii. Dimensão Positiva – Princípio da precedência de lei – “A lei como pressuposto
e fundamento à atividade da Administração”;
b. Princípio da reserva de lei
i. Reserva absoluta de competência legislativa (art. 164.º CRP);
ii. Reserva relativa de competência legislativa (art. 165.º CRP).
1. A Assembleia da República emana uma lei de autorização;
2. Em seguida, o Governo legisla através de um decreto-lei autorizado e
respeitando os limites materiais e temporais fixados na lei de
autorização.

b) Princípio da Segurança Jurídica e da Proteção da Confiança


a. Atos Normativos:
i. Princípio da precisão ou determinabilidade das normas jurídicas;
ii. Princípio da proibição dos pré-efeitos dos atos normativos;
iii. Princípio da proibição de normas retroativas (lato sensu):
1. Prospetividade (eficácia ex nunc);
2. Retroatividade autêntica (eficácia ex tunc);
a. Casos de normas retroativas expressamente proibidas pela
Constituição: arts. 18.º/3; 29.º/1/3 e 103.º/3 CRP;
b. Caso em que a retroatividade é exigida pela Constituição: art.
29.º/4 CRP;
c. E nos demais casos? Há que averiguar se está em causa uma
afetação da expetativa legítima dos cidadãos e se a mesma é
arbitrária e excessiva (princípio da proporcionalidade em sentido
amplo).
3. Retrospetividade ou retroatividade inautêntica.
a. Como sabemos se estar normas contrariam a CRP? Há que
averiguar se está em causa uma afetação da expetativa legítima
dos cidadãos e se a mesma é arbitrária e excessiva (princípio da
proporcionalidade em sentido amplo).
b. Atos Jurisdicionais à Instituto do Caso Julgado.
c. Atos da Administração à Instituto do Caso Decidido.
c) Princípio da Proporcionalidade e da Proibição do Excesso
a. Princípio da conformidade ou adequação dos meios (a medida é apta ou idónea para a
prossecução do fim ou fins que estão na base da sua adoção?);
b. Princípio da exigibilidade ou da necessidade (esta medida é, entre todas as medidas
disponíveis, o meio menos restritivo para os direitos e interesses em causa?);
i. Exigibilidade material;
ii. Exigibilidade espacial;
iii. Exigibilidade temporal;
iv. Exigibilidade pessoal.
c. Princípio da proporcionalidade em sentido estrito (esta medida acarreta mais benefícios
do que custos, mais vantagens do que desvantagens?).

d) Princípio da Proibição do Défice de Proteção

e) Princípio do Acesso ao Direito e à Tutela Jurisdicional Efetiva

EM SUMA:

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