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Constitucional

Princípios fundamentais
Principio do estado de Direito, traduz – se em duas facetas
- Diversas instituições do nosso ordenamento jurídico, tendo uma
interdependência e separação entre as mesmas.
- Decreto-lei e lei tem igual valor Art.112º nº2
Poder judicial – tribunais
Função executiva – Governo
2 pilar do principio de estado de direito traduz-se numa logica de garantia e proteção
dos direitos fundamentais dos cidadãos.
1. Principio da legalidade da administração – a lei é o denominador comum
de toda a atuação administrativa. O estado não pode exercer funções de
forma absolutista, tem de atuar de acordo com uma logica de proteção dos
direitos fundamentais, subordinando – se a lei. Art.266º nº2
a. Principio da precedência de lei – todas as atuações da administração
publica tem de ser precedidos por uma lei habilitante.
b. Principio da supremacia da lei – todos os atos praticados pela AP
que violem a lei são inválidos
c. Principio da reserva de lei – matéria da competência legislativa
Há um conjunto de matérias, previstas na constituição, onde so a AR pode legislar,
Art. 164º.
O Art. 165º realça matérias de competência relativa, só a AR é que pode legislar
sobre estas matéria, a menos que, através de uma lei de autorização, conceda essa
capacidade ao governo, onde ele pode legislar através de um decreto legislativo
autorizado.
Último conjunto de matéria de competência reservada – Art. 198º nº2, matéria de
exclusiva competência do governo referente a sua própria organização e
funcionamento
Todas as matérias que não são de competência reservada, são de competência
concorrente, tanto a AR como o Gov. podem legislar.

1-Principio da legalidade da administração indica-nos que a administração está


sujeita a lei Art.271º
2º sobeprincipio do estado de direito
- Principio da proibição do excesso/ principio da proporcionalidade
São precisos 3 requisitos
1º - teste da adequação – vamos apreciar se a medida em cima
da mesa é idónea de satisfazer o fim a que se destina
2º - teste da necessidade – analisar se de todas as medidas aptas,
a escolhida era a menos onerosa
3º - teste da proporcionalidade em sentido estrito, faz-se uma
ponderação final entre os benefícios e prejuízos que resultam da aplicação daquela
medida.

Caso Pratico
1 – principio do estado de Direito
2 – Principio da legalidade da administração
R.: viola o principio da prevalência da lei visto que a lei limita o premio em 100€ e a
escola tenciona dar 500€
2 pergunta
R.:
Aula prática (dia 12/11/2024)

R.: Está em causa o princípio do estado de Direito, subprincípio, segurança jurídica e


da proteção da confiança. Estes princípios colocam-se em causa em relação ao poder
legislativo. Tendo de se cumprir, o respeito pelas boas praticas na elaboração de atos
normativos, proibição de pré-efeito e proibição de normas retroativas. Neste caso a
lei em questão não respeita a proibição de normas retroativas tendo em conta que a
lei é aprovada em 2020 mas refere – se a 2019, pelo Art.29º CRP, esta lei tem uma
retroatividade expressamente proibida pela constituição, tornando-a
constitucionalmente inválida.

Caso III.
No contexto da proteção das vítimas de violência doméstica, foi aprovada uma lei
Parlamentar com o seguinte conteúdo: Artigo 1.º: Se, na sequência de um ou vários
episódios de violência doméstica, a vítima sair da casa de morada de família, o Estado
atribuir-lhe-á um subsídio mensal de 150€. Artigo 2.º: O crime de violência
doméstica, quando praticado pela habitual vítima contra o habitual agressor, tem
uma pena especialmente atenuada. Artigo 3.º: A indemnização por danos materiais
sofridos pela vítima de violência doméstica é majorada em 10%. Artigo 4.º: A
presente lei é imediatamente aplicável e poderão ser pedidos os subsídios relativos
todo o período em que seriam devidos, sempre que o facto previsto na alínea 1 não
tenha ocorrido há mais de dez anos desde a sua entrada em vigor.
1) Aprecie, de forma fundamentada, a compatibilidade da atribuição do subsídio
com o princípio da segurança jurídica e proteção da confiança.
R.: Está em causa o principio do estado de Direito e o Subprincípio da segurança
jurídica e da proteção de confiança em relação ao poder legislativo porque está
em causa uma lei. Dentro desta relação há 3 regras.
Esta norma é retroespetiva pois abrange todas as vitimas de violência domestica
desde que o crime tenha ocorrido há mais de 10 anos. Também pode ser
retroativa e retrospetiva pois não há uma relação jurídica duradoura. Esta medida
não é desfavorável, ou seja, é favorável por isso não é preciso fazer o teste do
principio da proporcionalidade. Esta medida não poe em causa a segurança
jurídica dos cidadãos.
2) Imagine que Maria tinha sido punida por um crime de violência doméstica,
perpetrado contra o seu marido Octávio, que normalmente lhe batia. Uma vez
que a sentença condenatória já tinha transitado em julgado, poderia
beneficiar da especial atenuação previsto no artigo 2.º? Justifique.

R.: Princípio do estado de Direito, subprincípio da segurança jurídica e


proteção da confiança em relação ao poder judicial, estamos perante um caso
que já transitou em julgado Art. 29º nº4. Já não admite recurso. Por causa da
estabilidade não poderá beneficiar da especial atenuação. A sentença esta
estabilizada, eventualmente, como estamos perante uma norma penal mais
favorável ao arguido, por força do Art. 29º nº4 CRP, esta poderia se aplicar a
Maria, caso o caso fosse reaberto através de recurso extraordinário.

Direito ao voto está previsto no Art. 49º CRP  Art. 10º

Aula prática (dia 26/11/2024)


Direitos Fundamentais
Tem regimes jurídicos complexos
Características para se considerar um direito fundamental e diferentes tipologias
Regime geral dos direitos fundamentais, conjunto de normas jurídicas que se aplicam
a todos os direitos fundamentais.
Regime específico dos direitos, liberdades e garantias, são uma tipologia especial
1ª característica – possuir o radical subjetivo – pertencem a pessoa humana
individualmente considerada
2ª característica – tem uma função de proteção de bens ou valores jurídicos –
associa- se um bem jurídico primário que precisa de ser protegido
3ª característica – assume a função de explicitação do princípio da dignidade da
pessoa humana
Direitos direitos, são aqueles que vão proteger um valor essencial
Direitos garantias, permitem que os cidadãos possam viver em liberdade, dá-lhes
alguma segurança e liberdade
Direitos liberdades, permitem a cada cidadão conseguir decidir como conduz a sua
vivencia em sociedade de forma livre

Constitucionalização – estão previstos na constituição –


Fundamentalização – Art. 16º - diz respeito a particular importância dos direitos
fundamentais, estes só o são pois é-lhes reconhecido um valor superior
Esta fundamentalização pode ser formal, se os direitos tiverem previstos na
constituição, ou material, se estiver fora da constituição
Art. 16º nº1 – a esta clausula aberta também se chama princípio da não tipicidade
1º Critério da natureza negativo – defensiva e da determinabilidade do seu conteúdo
2º Critério da exequibilidade autónoma
Os direitos liberdades e garantias tem o seu conteúdo determinado na constituição
Art 24º a 57º CRP - catálogo dos direitos, liberdades e garantias
Art. 58º a 69º CRP - catálogo dos direitos económicos, sociais e culturais
Tipologia:
- Direitos fundamentais CRP – DLG e DESC
- Direitos fundamentais dispersos – estão positivados na constituição, mas fora
dos catálogos, encontramos ao longo do texto constitucional outros direitos
fundamentais que estão fora dos Art. 24º a 69º
- Direitos materialmente fundamentais – são fundamentais, mas não estão
inseridos dentro do texto constitucional, exemplo: direito ao nome, consagrado no
Art 72º do C.C. – so reúne a nota da fundamentalização
- Direitos fundamentalmente fundamentais – estão formalmente na
constituição, mas materialmente não são fundamentais Ex. Art. 40º CRP, este artigo
está aqui só por uma questão de organização segundo Dtr. Vieira de Andrade, na
posição do curso não se defende isto.
Dtr. Gomes Canotilho discorda do Dtr. Vieira de Andrade.
- Direitos análogos a DLG – são direitos fundamentais que pelas suas
características se assemelham aos DLG, mas não estão no catalogo do DLG
Listinha de direitos análogos a DLG:
Art. 20º/ 21º/ 23º/ 59º nº1 al. d)/ 61º/ 62º/ 68º nº3/ 74º nº2 al. a)/
113º nº2/ 245º nº2/ 268º/ 269º CRP e Art. 72º C.C.

Aula dia 03/12/2024


Aula extra dia 16/12/2024 – 17h online
Regime geral dos Direitos fundamentais
Titularidade - Princípio da universalidade – que todos os cidadãos são titulares
de direitos fundamentais. Art.12º nº1 CRP
Cidadãos portugueses
Estrangeiros e apátridas – Art. 15º nº1 – regra de equiparação entre
estrangeiros e nacionais
Cidadãos europeus
Art.15º nº5 – condições de reciprocidade
Pessoas coletivas
Igualdade
Acesso ao Direito e aos tribunais – quando um cidadão for lesado de um
direito fundamental pode recorrer aos tribunais para assegurar os seu direitos
Art.20º
Direito de asilo – Art. 33º nº9

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