Relações Interpessoais
Relações Interpessoais
Relações Interpessoais
Perguntas iniciais: O que torna você quem você é? O que te define? Ser racional te torna
humano? Somos conflito, somos caos e contradição! Quem somos? Como chegamos ao
ser que somos?
O Sujeito humano: temos que compreender que não se trata de um sujeito passível de
condicionamento, mas sim, de múltiplas determinações que derivam das mais diferentes
instâncias: políticas, sociais, biológicas, econômicas, emocionais, etc. Nenhuma delas,
porém, fora da materialidade histórica (FREIRE, 2000, p. 27).
A divisão do sujeito, segundo Descartes: Para o filósofo, o que está em jogo é a busca
da certeza pautada na evidência para o alcance da “Verdade” já que o conhecimento das
ciências é considerado potencialmente falso, ou seja, não corresponde a uma realidade
absoluta uma vez que muito do que afirma se baseia nas informações oferecidas pelos
sentidos, o que não seria uma fonte segura para tal, por exemplo. Explica-se desta
forma, a busca de um patamar epistemológico básico a partir do qual todos os outros
conhecimentos seriam derivados, com a insígnia de conhecimento seguro e localizado
então na instância da subjetividade. Para o autor, a saída nesse caso seria duvidar de
tudo, inclusive dos próprios sentidos, e a partir daí buscar a verdade, a chamada dúvida
metódica - penso, logo existo.
1) não aceitar nada como verdadeiro senão quando nós próprios possamos
reconhecê-lo;
reflexão geral em torno da natureza, etapas e limites do conhecimento humano, esp. nas relações
que se estabelecem entre o sujeito indagativo e o objeto inerte, as duas polaridades tradicionais
do processo cognitivo; teoria do conhecimento.
1.
freq. estudo dos postulados, conclusões e métodos dos diferentes ramos do saber científico, ou
das teorias e práticas em geral, avaliadas em sua validade cognitiva, ou descritas em suas
trajetórias evolutivas, seus paradigmas estruturais ou suas relações com a sociedade e a história;
teoria da ciência.
seu estado natural, livre. Encontramos, portanto, duas formas de expressão do sujeito:
livre e autônomo, vivendo dentro dos campos do imaterial; e outro, preso no corpo,
construído a partir de uma série de determinismos naturais e sociais.
O “contrato social” proposto por Rousseau: surge dentro de tal perspectiva, como
forma de retomar a liberdade perdida enquanto ser natural, indo em busca tanto da
igualdade política quanto da socioeconômica. A retomada pela via da lei da igualdade
impede o retraimento da razão e ocorre a partir do convívio entre os homens. O direito,
neste contexto, oferece suporte para a compreensão da desigualdade humana, não mais
sendo esta encontrada dentro de explicações naturais ou divinas, mas sim, a partir da
própria condição social. Dessa forma, um direito quando reconhecido racionalmente
possui a necessidade de ser mantido, da mesma forma que a igualdade política necessita
de um regime que teria a tarefa de, em última instância, diminuir as diferenças sociais –
e as diversas discriminações existentes - entre os homens. Assim, o desenvolvimento
humano, portanto, acaba estando intimamente relacionado com o progresso de toda a
sociedade. Seguindo com Rousseau, vemos que ao mesmo tempo em que formula uma
noção de sujeito Sujeito e construção da subjetividade também constrói um modelo de
„moral‟. Nas palavras de Freitag (1992, p. 42):
Essa divisão entre vida pública e privada parece que entra em colapso nos tempos
atuais. Com a queda de referências consideradas então como seguras para guiar a
conduta moral (seja pelas vias da razão, seja pela crença em algo místico-superior) vêse
um direcionamento para o próprio sujeito que passa a ser detentor do parâmetro último
da própria ação. Ser livre, nesse contexto, é desprezar a existência do outro.
Observamos a formação de uma identidade frágil, sustentada não pelos laços e vínculos
que poderiam surgir como fonte de construção de novas Sujeito e construção da
subjetividade 73 Acta Scientiarum. Human and Social Sciences Maringá, v. 33, n. 1, p.
67-74, 2011 formas de ser, mas sim, pautada pelo isolamento e enfraquecimento da
própria noção de eu. Sobre a dúvida do que se é, surge o vazio, o nada. Aonde se
encontra a saída para os males do indivíduo? Novamente nos limites do corpo. Aqui se
tem o surgimento de relações entre os diferentes sujeitos tendo por suporte interesses
bastante narcísicos. Pode-se ver esse ponto claramente dentro do que chamamos de
sociedade do espetáculo.
https://www.youtube.com/watch?v=OkIx-7-3BIw
Letras
Extra! Extra!
Não fique de fora dessa
Garanta seu ingresso pra me ver fazendo merda
Extra! Extra!
Logo logo o show começa
Melhor do que a subida, só mesmo assistir à queda
Extra! Extra!
Não fique de fora dessa
Garanta seu ingresso pra me ver fazendo merda
Extra! Extra!
Logo logo o show começa
Melhor do que a subida, só mesmo assistir à queda
Extra! Extra!
Não fico de fora dessa
Já tenho o meu ingresso pra te ver fazendo merda
Extra! Extra!
Logo logo o show começa
Melhor do que a subida, só mesmo assistir à queda
Fonte: LyricFind
Compositores: Abraao Lucas Guedes / Daniel Garcia Felicione
Napoleao / Pablo Luiz Bispo / Ruan Claudio Rebello Guimaraes
[...] O espetáculo promove o consumo de imagem, de sexo e de
“coisas felizes”. Esse consumo tem funcionado como
substituição a ansiolíticos, conversas, trocas íntimas, leituras
interessantes, contatos com a natureza, escuta de boa música,
aos prazeres legítimos da vida ou até mesmo aos prazeres
orgásticos. [...] a sexualidade é destituída de libido e veiculada
na mídia não como proposta feliz, mas como marketing para
seduzir o mercado, para vender qualquer bugiganga, para
erotizar qualquer produto. “Esvaziada a sexualidade de seu
objeto relacional, o outro já não conta como sujeito, resta tornar-
se objeto” (CARIDADE, 1999, p. 18-19, grifo nosso).
Referências Bibliográficas: