Piscologia (Salvo Automaticamente)
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Processo de transformação curricular em Moçambique e culturalmente
O CURRÍCULO DO ENSINO BÁSICO EM MOÇAMBIQUE
Na Educação Básica faz-se uma introdução preparatória para compreender a vida real e
cultural em geral, por isso, exige-se uma educação integral. Para começar, o capítulo
aborda, de forma sintética, algumas características gerais que marcam o Ensino Básico
e, seguidamente, apresenta a análise do Currículo do Ensino Básico em Moçambique,
destacando a teoria curricular predominante, o modelo de desenvolvimento e
organização curricular, as inovações curriculares previstas e termina com as estratégias
desenhadas para a implementação curricular. Importa, desde já, sublinhar que para
iluminar as análises sobre as inovações e a modalidade de formação de professores no
contexto do Novo Plano Curricular do Básico (NPCEB), entendemos abrir parênteses e
fazer algumas descrições e entendimento sobre essas duas temáticas, assim convidamos
o leitor para o debate que se Ensino segue.
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sustentáveis ao cidadão moçambicano, para além de aumentar a equidade do
sistema educativo;
Assegura o desenvolvimento dos recursos humanos, base para o sucesso da
economia nacional;
É uma necessidade para o efectivo exercício da cidadania;
A partir da crise de Sputnik, em 1957, volta-se a ênfase aos conteúdos e a renovação das
matérias nas reformas curriculares que tinham enfraquecido à custa da educação
progressiva de conotações psicológicas e sociais. Uma consequência disso foi a
proliferação de projetos curriculares para renovar o seu ensino e a revisão de conteúdos
como pontos-chave de referência nos quais as políticas de inovação se basearam,
(Pacheco, 2001). O movimento de volta ao básico – “back to basics” - nos países
desenvolvidos, as aprendizagens fundamentais relacionadas com a leitura, escrita e as
matemáticas frente ao fracasso escolar e a preocupação economicista pelos gastos em
educação, expressam as inquietações de uma sociedade e dos poderes públicos pelos
rendimentos educativos, preocupação do momento de recessão económica e da crise de
valores e corte nos gastos sociais, (Sacristán, 2000). Na escolaridade obrigatória, “o
currículo costuma refletir um projeto educativo globalizador que agrupa diversas facetas
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da cultura, do desenvolvimento pessoal e social, das necessidades vitais dos indivíduos
para o seu desempenho em sociedade, aptidões e habilidades consideradas
fundamentais”(Sancristán, 2000,p.55). Os conteúdos dos currículos em níveis
educativos posteriores ao obrigatório, em geral, restringem-se aos clássicos
componentes derivados das disciplinas. O tratamento do currículo, nos primeiros níveis
de escolaridade, deve ter um caráter totalizador30. Na escolaridade obrigatória o
currículo tende a integrar, de forma explícita, a função socializadora total que tema
educação. O fato de que vá além dos tradicionais conteúdos académicos se considera
normal, devido à função educativa global que se atribui à instituição escolar. Na
educação básica faz-se uma introdução preparatória para compreender as dimensões
social e natural da realidade a cultura exterior em geral. O conteúdo da cultura geral e
da pretensão de preparar o futuro cidadão não tolera a redução às áreas académicas
clássicas de conhecimento embora essas continuem tendo um lugar relevante e uma
importante função educativa.
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Educação para Todos (EPT) o currículo em causa foi introduzido após um período
prolongado da sua elaboração, que contou com a colaboração de vários sectores da
sociedade, incluindo os actores directos da educação. Portanto o currículo surge em
resposta às exigências da sociedade para o tornar mais relevante, inclusivo e adequado
aos desafios que a mesma enfrentava tendo em conta um dos objectivos do ensino
básico é capacitar a criança para desenvolver valores e atitudes para a sociedade em que
vive através da educação (Lei nº6/92 do SNE)
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uns alegam que os graduados saem sem competências necessárias e outros acham que é
uma interpretação do currículo entre outras. O propósitos básico dos pais sobre o
currículo era que este respondesse as condições de enquadramento a nível regional da
África austral, sobre tudo na comunicação já que Moçambique é considerado como um
país que beneficia se ou é prejudicado por estar rodeado de países falantes da língua
inglesa.
Currículo
Para melhor entender o termo currículo é necessário entender sua definição e o sobre o
que representa. Normalmente, a expressão Currículo é usada para designar o plano ou
programa de uma disciplina; conjunto de actividades educativas, as metodologias e os
materiais usados no processo ensino-aprendizagem numa determinada escola. A palavra
currículo por si é proveniente do étimo latino currere, significando corrida, jornada,
caminhada, trajectória, percurso que se constrói (Henson, 1995; Pacheco, 2001; Gaspar
e Roldão, 2007). Os significados do étimo currere atrás referidos são relacionados com
o ordenamento das diversas actividades educativas desenvolvidas nas escolas, cuja
designação é currículo. Currículo, segundo Roldão (1999) é: Um conceito que admite
uma multiplicidade de interpretações e teorizações quanto ao seu processo de
construção e mudança. Contudo, refere-se sempre ao conjunto de aprendizagens
consideradas necessárias num dado contexto e tempo e à organização e sequência
adoptadas para o concretizar ou desenvolver (p.43). . Assim, um currículo exprime um
conjunto organizado e sistematizado de aprendizagens, contudo um currículo precisa de
ser flexível para melhor atender às necessidades dos aprendentes. Zabalza (2000, p.12)
considera-o como “um conjunto dos pressupostos de partida, das metas que se desejam
alcançar e dos passos que se dão para alcançar; é um conjunto de conhecimentos,
habilidades, atitudes que são considerados importantes para serem trabalhados na
escola, ano após ano”. Ele é um “plano estruturado de ensino aprendizagem,
englobando a proposta de objectivos, conteúdos e processos” Gaspar e Roldão (2007,
p.23) citando Ribeiro (1990). Assim, o currículo para além de ser um conjunto de
aprendizagens, actividades e dos pressupostos de partida e de chegada, é acima de tudo
um documento que alberga a política educativa para um determinado país e contexto
educacional. Em geral, nas definições a cima nota-se uma convergência no
entendimento de currículo como plano de estudo, conjunto de conhecimentos e
experiências educativas. Entretanto, currículo pode ser também, entendido como um
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conjunto de experiências e conhecimentos organizados de forma articulada com vista a
proporcionar saberes significativos e relevantes aos professores, alunos e a sociedade
(MINED/INDE, 2008). Portanto, o currículo é um instrumento normativo, orientador
em que se pode ter uma visão mais ou menos coerente do tipo de conhecimentos que se
pretendem transmitir aos aprendentes.
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das escolas primárias completas, à capacitação dos professores e à distribuição por
ciclos de aprendizagem, sendo necessário, ainda, operar mudanças no processo de
ensino e aprendizagem na salas de aula, tornando o ensino mais centrado no alunos.
Desenvolvimento curricular
Relativamente ao conceito de desenvolvimento curricular, Roldão (1999, p.49)
corresponde ao processo de “decidir e gerir o quê e o como da aprendizagem, face ao
para quem e para quê, ou por outras palavras, significa decidir o que ensinar e porquê,
como e quando, com que prioridades, com que meios, com que organização, com que
resultados”. Desenvolvimento curricular é um processo contínuo de estudo e
aperfeiçoamento do currículo, trata-se de um processo dinâmico e contínuo que engloba
diferentes fases: da justificação do currículo à avaliação e passando pelos momentos de
conceção e de implementação, (Gaspar & Roldão, 2008).
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construção do plano curricular tendo presente o contexto e justificação que o suportam
bem como as condições da sua execução, seguindo depois a implementação dos planos
e programas de ensino e o processo de avaliação”, (Ribeiro, 1990,p.6). Ao relacionar o
momento da construção e da implementação, o desenvolvimento curricular é um
processo complexo e dinâmico que equivale a uma re (construção) de tomada de
decisões de modo a estabelecer-se na base de princípios concretos, uma ponte entre a
intenção e a realidade. Este caráter global e unitário de conceptualizar o currículo não
tem sido aceite, pois tem se optado por distinção entre o momento de desenho e
implementação. Essa visão deve-se, sobretudo, a conceção americana de currículo que
engloba dois momentos diferentes: o da intenção ou do currículo e o da ação ou de
ensino, (Pacheco, 2001). Contudo, o desenvolvimento curricular é uma prática dinâmica
e complexa que se fundamenta, planeia, realiza em momentos diferentes, mas
relacionados entre si, já que expressam uma mesma realidade. Por conseguinte, ainda
que os atores sejam diferentes não há lugar para uma oposição entre o desenho do
currículo e a implementação do mesmo, já que são momentos interligados que resultam
do modelo previsto na política curricular e do controlo e autonomia existente nas
decisões curriculares.
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Conclusão
Conclui-se que a transformação curricular desenvolvida pela varias adversidade no
concerne a sua mudança para novo sistema de educação nacional, e também podemos
concluir que o estudo é apresentado sob lema “Transformações curriculares do ensino
básico em Moçambique: Inovações, Implementação e Desafios do XXI”, como uma das
acções do governo levados a cabo no país desde 2004. Com esta reflexão, espera-se que
seja mais uma das contribuições no conjunto dos estudos e analise sobre o currículo do
ensino básico no país.
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Referencia bibliográfica
MINED, Plano curricular do ensino Básico, Maputo, 2008, 81p
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Índice
Introdução..................................................................................................................1
Currículo....................................................................................................................6
Desenvolvimento curricular.......................................................................................8
Conclusão.................................................................................................................10
Referencia bibliográfica...........................................................................................11
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