Políticas E Desafios Do Ensino Básico No Sistema Nacional de Educação Moçambicana
Políticas E Desafios Do Ensino Básico No Sistema Nacional de Educação Moçambicana
Políticas E Desafios Do Ensino Básico No Sistema Nacional de Educação Moçambicana
A M O R M U N D I
DOI: https://doi.org/10.46550/amormundi.v1i2.2
Recebido em: 01.09.2020
Aceito em: 13.10.2020
Resumo: O objetivo principal do estudo é refletir em torno de políticas e desafios do ensino básico no
sistema nacional de educação Moçambicana, no período pós-independência, a partir das transformações
socioeconómicas e políticas. O estudo adota uma pesquisa bibliográfica e documental, a partir legislação
educacional moçambicana. E, conclui-se que as políticas do ensino básico ainda está preocupado em
oferecer o ensino de qualidade, mas os desafios como a insuficiência no provimento de professores;
inadaptação dos currículos às atuais necessidades do mercado de trabalho, e orçamentos insuficientes, de
desistência de alunos nas escolas constitui um calcanhar de aquiles.
Palavras-chave: Políticas. Desafios. Ensino Básico. Moçambique.
Abstract: The main objective of the study is to reflect on the policies and challenges of basic education in
the national Mozambican education system, in the post-independence period, based on socio-economic and
political transformations. The study adopts bibliographic and documentary research, based on Mozambican
educational legislation. And, he concluded that basic education policies are still concerned with offering quality
education, but with challenges such as insufficient teacher supply; unsuitability of curricula to the current needs
of the labor market, and insufficient budgets, high repetition rates, dropping out of students in schools is an
Achilles’ heel.
Keywords: Policies. Challenges. Basic education. Mozambique.
1 Introdução
A Revista Amor Mundi está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-
NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
90 Revista Amor Mundi | Santo Ângelo | v. 1 | n. 2 | p. 89-100 | nov. 2020.
DOI: https://doi.org/10.46550/amormundi.v1i2.2
O sistema educativo nacional moçambicano1 era regulado por uma Lei de bases, de 1983, a lei
constituía uma das principais conquistas da educação pós-colonial, pois este procurava traduzir
na prática o tipo de sociedade que se pretendia construir e que papel seria reservado à educação
nessa gigantesca missão (CHICAVA, 2018).
A introdução do sistema nacional de educação em 1983, tinha como objetivo;
a erradicação do analfabetismo, a introdução da escolaridade obrigatória e a
formação de quadros para o desenvolvimento económico e social e da investigação
científica, tecnológica e cultural [...] um maior conhecimento do universo
cultural e psicológico do aluno, uma nova estratégia na formação de professores,
uma investigação pedagógica aprofundada que permita utilizar metodologias de
ensino e critérios de avaliação eficazes, bem como elaborar programas e manuais
de ensino adequados (Moçambique, 1983, p. 15).
Em 1992 o Sistema Nacional de Educação moçambicana foi reajustado (Moçambique,
1992) de modo a refletir as transformações socioecónomicas e políticas de cariz neoliberal
advindas da adopção do Programa de ajustamento estrutural nos finais dos anos 80 do século
passado e a introdução de uma nova Constituição em 1990 (Moçambique, 1990), marcando
o fim do modelo de economia centralmente planificada e sob a égide de um partido único, o
Partido Frelimo (STELA DUARTE et al, 2019).
Em Agosto de 1995, foi aprovada pelo Governo uma nova política nacional de educação,
reconfirmada pelo “Plano Nacional de Desenvolvimento do Sistema Educativo”, discutido com
os doadores em Setembro de 1997, em que se definiram as grandes orientações para os anos
vindouros, a saber: melhorar o acesso à educação e a qualidade do ensino, isto é, “combate ao
insucesso escolar através da reforma curricular de modo a tornar o currículo mais relevante e
flexível” (MINED, 1995, p. 8-9).
O sector da Educação em Moçambique, particularmente do ensino básico, enfrenta vários
desafios, dentre os quais, melhorar a qualidade do ensino através do aumento das habilidades de
leitura, escrita e cálculo numérico nos ciclos iniciais para alcançar uma escolarização de 9 anos
no ensino básico, assegurando um equilíbrio entre a qualidade e a expansão do ensino.
É neste âmbito que se encontrou duas abordagens distintas, mas com o mesmo foco.
A primeira abordagem tem como objetivo buscar melhores estratégias para expandir o acesso
quantitativo do ensino básico. Esta visão tem como referência de partida uma expansão
quantitativa de infraestruturas escolares, inspirados no âmbito do plano de educação básica para
todos. A segunda discute e põe em causa a qualidade da educação básica. Neste, os argumentos
apontam na necessidade de olhar para a avaliação no seu todo, ao invés de diagnosticar os alunos
sob uma e única perspectiva de avaliação-sumativa.
No quadro dos objetivos do ensino básico foram definidas metas ambiciosas, tais como
garantir que todas as crianças ingressem entre 6 ou 7 anos de idade e que concluam os nove
anos de escolaridade e melhorar a fraca qualidade do ensino manifestado através de um melhor
1 O Sistema Nacional de Educação (SNE) de Moçambique é concebido no quadro do plano Prospectivo Indicativo (PPI)
elaborado pelo Governo de Moçambique em 1980. O PPI tem como objetivo fundamental “eliminar o subdesenvolvimento”
na década (1980-1990). A eliminação do subdesenvolvimento significa, na óptica do Governo, um “grande salto” em
direção ao Socialismo. No contexto desta utopia social, à educação (formal) cabe jogar um papel importante, senão mesmo
central, porque é vista como o eixo da formação humana. Na altura, para o desenvolvimento acelerado, opta-se por uma
planificação centralizada e por grandes investimentos (CASTIANO e NGOENHA, 2013, p. 80-81).
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pressupostos: a) Assegurar que todas as crianças ingressem no ensino na idade certa (6 ou 7 anos)
e que permaneçam até complementar 7 anos de escolaridade; b) Melhorar a qualidade de ensino
expresso pelo desempenho escolar dos alunos, sobretudo no que se refere às competências de
leitura, escrita, cálculo numérico e o reforço da capacidade institucional (MINED, 2014, p. 1),
ou ainda;
a) Proporcionar à criança um desenvolvimento integral e harmonioso;
b)
Capacitar a criança, o jovem e o adulto com um conjunto de padrões de conduta,
que o tornarão um membro ativo e exemplar na sua comunidade e um cidadão
responsável na
sociedade;
c) Capacitar a criança, o jovem e o adulto para
desenvolver valores
e atitudes positivas para a sociedade em que vive;
d) Dar à
criança, ao jovem e ao adulto a oportunidade de apreciar a sua
cultura, incluindo
a língua, tradições e padrões de comportamento;
e) Garantir que a criança, o
jovem e o adulto conheçam o meio em que vivem, isto é, conheçam as leis da
natureza, a sua comunidade,
o país e o mundo;
f ) Ajudar a criança, o jovem e o
adulto a desenvolver plenamente as
suas potencialidades;
g) Encorajar a criança,
o jovem e o adulto para observar, refletir e
desenvolver um sentido de crescente
autonomia e autoestima;
h) Desenvolver a imaginação, a criatividade e o gosto
pelas artes (MINED, 2003, p. 20).
E um dos subsistema do ensino básico é educação geral, que é o eixo central do Sistema
Nacional de Educação, e, tem como objetivos:
a) proporcionar o acesso ao ensino de base ao cidadão, contribuindo de modo
a garantir a igualdade de oportunidade de acesso aos sucessivos níveis de ensino
e ao trabalho; b) garantir uma formação integral ao cidadão para que adquira
e desenvolva conhecimento e capacidades intelectuais, físicas e uma educação
estética e ética; c) assegurar uma formação que responda as necessidades materiais
e culturais do desenvolvimento económico e social do país; d) detectar e incentivar
aptidões, habilidades e capacidades especiais, nomeadamente, intelectuais,
técnicas, artísticas, desportivas e outras (MOCAMBIQUE, 2018, p. 21).
Para a concretização dos objetivos acima expressos, o subsistema do ensino básico nos
últimos anos, tem vindo a adoptar várias estratégias, como a introdução do novo currículo,
construção acelerada de escolas, descentralização da gestão dos fundos para as escolas, formação
e capacitação dos professores, distribuição gratuita do livro escolar, supervisão pedagógica,
monitoria e avaliação do desempenho.
Apesar dos esforços empreendidos para melhorar os indicadores negativos que afetam
a educação básica, verificam-se ainda muitos problemas. Por exemplo, no que tange ao
aproveitamento pedagógico dos alunos registou-se um declínio desde 2008, comparando aos
anos anteriores. Há ainda crianças que no fim do 1º ciclo, do ensino básico (3ª séries) apresentam
dificuldades de leitura e escrita. Neste sentido, há uma percepção generalizada, segundo a qual,
a qualidade do ensino é fraca e questiona-se as competências dos professores e a validade dos
métodos usados na sala de aulas.
3 Resumidamente, podemos dizer que existem 11.742 escolas do EP do 1º grau que acolhem aproximadamente a 5 milhões
de alunos da 1ª a 5ª séries contra 76.572 professores do mesmo nível.
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lectivo temos milhões de crianças que não usufruem o direito à educação consagrada por lei.
Em 2012, o Instituto de Estudos Sociais e Económicos desenvolveu um estudo intitulado
“Moçambique e a Explosão Demográfica: Somos Muitos? Somos Poucos?” que faz uma análise para
aferir como é que o ritmo de crescimento populacional afecta o processo de desenvolvimento
socioeconómico do país. Neste estudo constatou-se que Moçambique tem um ritmo de
crescimento cerca de 2,5% por ano, que corresponde aproximadamente a 700 mil pessoas
(FRANCISCO, 2012, p. 57). Portanto, anualmente o Estado consegue construir 14.0004 salas
do EP e 200 para o ensino secundário.
O ritmo de crescimento da população constitui um risco inviabilizador do projeto
educativo porque não é acompanhado no sector da educação por medidas estruturais eficazes
em termos de construção de escolas e, por isso, cerca de 70 mil alunos estudam ao relento (céu
aberto ou ar livre) e, no Plano Económico Social 2015-2019 fez-se a previsão de a construir de
1.027 salas de aulas (MOÇAMBIQUE, 2015, p. 34). Esta medida prevista no Plano Económico
Social não resolve o problema da insuficiência de infraestruturas escolares.
Segundo o Relatório Anual do Desenvolvimento Humano do Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento, existem grandes disparidades no acesso do ensino primário
entre as diferentes províncias, derivadas das limitações de oferta de lugares no sistema (PNUD,
2000, p. 34).
Esta disparidade revela que, a expansão das infraestruturas escolares do ensino básico pode
ser lenta do que o forte crescimento demográfico da população estudantil e por isso estimou-se
que em 2011, 93% da população escolarizável dos 6 aos 12 anos de idade frequenta o ensino
primário contra 88% em 2007. No entanto, o ideal era que se atingisse 100% nas taxas de
escolarização, mas isso não aconteceu.
Para resolver o problema dos alunos que estudam nas salas “ar livre”, o Governo necessita
por ano de 34 mil salas e cada sala de aula custaria em média 706 mil meticais5, totalizando 23
mil milhões de meticais ou 800 milhões de dólares americanos para a construção das 34 mil salas
de aulas. Esse valor representa quase todo o bolo orçamental do ano que o estado aloca ao Sector
da Educação.
Portanto, na altura as maiores províncias com salas edificadas na base de material
precário6, destacavam-se em primeiro lugar a província de Nampula com 60%, Cabo Delgado
55%, Zambézia 54% e finalmente Inhambane com 52% (CASTIANO E NGOENHA, 2013,
p. 54).
Um das razões do fraco desempenho das crianças no ensino básico é o elevado número
de alunos por turma. Quando se analisa o número médio de alunos por turma, observa-se que o
aproveitamento é baixo e, este afecta de forma negativa a qualidade do ensino porque o professor
não tem como fazer uma assistência individualizada e atenciosa.
Se por exemplo, uma turma tem 70 alunos e o professor tem quatro turmas, é com muita
dificuldade que este professor irá atingir os seus objetivos, entre eles melhorar a qualidade de
ensino plasmado no PEE 2012-2016.
O nível de exigência por vezes é inadequado porque implica o redobrar de esforços por
parte do professor, porque mesmo que este tenha vontade de faze-lo, teria dificuldades em manter
o esforço durante o ano todo e é por isso que, os alunos acumulam dificuldades e arrastam
deficiências durante a frequência do ensino primário, transitam com elas e ingressam ainda com
elas nos níveis subsequentes, o que é por si só, o prenúncio de uma formação deficiente.
mais pessoas sem formação para leccionarem nas escolas primárias. Por exemplo, conforme
Castiano e Ngoenha (2013), “em 2001 existia um total de 7.175 professores (dos quais 1,253
são mulheres) que, tendo concluído somente a 7ª classe, foram contratados para darem aulas no
ensino básico, sem terem passado por uma formação” (p. 182).
Ainda persiste professores do ensino primário sem a formação psicopedagógica, num
país que conta com 40 instituições de formação de professores. O sistema de educação no seu
funcionamento normal deveria graduar por ano 4.000 professores, mas, nos últimos anos,
somente gradua em média 1.600 professores para o nível primário. Isto significa que, há um
défice anual de cerca de 2.400 professores e que são contratadas pessoas sem formação para as
várias escolas primárias no país para cobrir o défice.
Estes professores com baixa formação profissional ou sem a formação mostram
competências deficientes para a implementação do currículo, ou seja, “os professores manifestam
dificuldades na implementação dos programas de ensino devido à falta de formação de algumas
disciplinas novas” (MINED, 2014, p.7).
No debate da qualidade coloca-se em questão primeiramente o desempenho e a
qualificação do professor. Observando a realidade, pode-se aferir, com base em juízos empíricos
que, em muitas escolas, principalmente nas zonas rurais, existe um grande número de professores
sem formação ou qualificação pedagógica mínima. Estes são colocados face aos alunos sem o
auxílio necessário, oferecendo uma qualidade de preparação de aulas nas séries iniciais muito
fraca.
Inicialmente, a melhoria da qualidade do ensino estava ligada ao apetrechamento das
escolas e repartições administrativas das escolas básicas por meios humanos e materiais, ou seja,
a tese sustentada era de que alocando fundos financeiros a escolas, a formação dos professores e
pagamento dos seus salários se teria a qualidade desejada.
Nota-se nesta ordem de ideia e conforme Castiano e Ngoenha (2013), o enfoque
do Governo era mais ou menos economicista sobre a qualidade da educação7 O princípio
fundamental da visão economicista da educação é que quanto mais dinheiro investido nas
atividades educativas, melhor seria a qualidade dos serviços oferecidos.
Portanto, num período posterior, a tese baseada no financiamento das atividades
educativas, é substituída por uma abordagem de eficácia do processo. Esta mudança de paradigma
justifica-se dado que o Governo e a sociedade, depois de injetarem mais recursos para o sector da
educação, passam a exigir mais eficácia na utilização dos recursos e que mostrem resultados do
processo de Ensino-Aprendizagem. É por este motivo que a sociedade começa a pôr em causa a
legitimidade da qualidade da educação oferecida aos alunos, e surgem novos padrões de gestão
e garantia de qualidade como elevadas taxas de retenção, maiores taxas de aprovação dos alunos
e rendimentos escolares.
6 Considerações finais
A tendência do debate sobre políticas ligadas a educação básica tem defendido que uma
7 Esta é uma política formulada pelo Banco Mundial, nas suas políticas educacionais. Tommasi refere que a política educativa
proposto pelo Banco Mundial, é um modelo essencialmente escolar e caracterizado por duas grandes ausências: os
professores e a pedagogia. Assim, a educação passa a ser analisada com critérios próprios do mercado e a escola é comparada
a uma empresa (TOMMASI et al, 2000, p.138 a 140).
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boa qualidade de educação infere-se pelo grau de satisfação dos alunos, da família, comunidade
e das instituições em relação ao desempenho da escola, ou seja, se os alunos têm adquirido
competências exigidas no plano curricular do ensino básico, no que concerne a leitura, escrita e
o cálculo.
O primeiro indicador de qualidade de ensino que se questiona nos debates é o
desempenho e a qualificação dos professores porque a maioria não tem a formação ou qualificação
psicopedagógica mínima, oferecendo uma qualidade de preparação de aulas muito fraca.
E o segundo, chamado ao debate sobre a qualidade do ensino básico é a situação das
instalações escolares inadequadas e insuficiência de materiais didáticos. No que concerne a escola,
o ambiente institucional que reina não é propício para a aprendizagem porque as condições das
infraestruturas são precárias e a falta de um processo democrático na gestão e administração
escolar, o que cria um conflito entre a direção e o corpo docente (verifica-se a perda da autoridade
do professor). Este ambiente nefasto de organização do ensino e da aprendizagem, concorre para
a fraca qualidade.
Neste contexto, devido à subjetividade que o termo qualidade abarca, esta deve ser
entendida na sua acepção de desempenho escolar. Segundo MINED, no seu Relatório Preliminar
da Avaliação Nacional Sobre a Aprendizagem, indica que o desempenho dos alunos é baixo, dado
que perto de 80% dos alunos são capazes de reconhecer as convenções do sistema alfabético,
contudo o nível de apropriação é atingido por sensivelmente 44% dos alunos e apenas 6%
atingem o nível desejado, portanto são capazes de ler palavras, frases e textos simples, (MINED,
2014). Contudo, um outro fator não menos importante da qualidade da educação básica que
constitui desafio, é a qualidade externa do aluno, ou seja, a eficácia externa do ensino.
O sistema de educação em Moçambique tem uma das suas características oferecer uma
formação muito genérica. Mas, em contrapartida, a estrutura social do mercado do emprego e os
imperativos do desenvolvimento socioeconómico exigem para que a educação esteja voltada ao
saber-fazer do que ao saber-conhecer, isso constitui um desafio, e não menos importante o ensino
básico tem outros desafios como: a insuficiência no provimento de professores; inadaptação
dos currículos às atuais necessidades do mercado de trabalho, e orçamentos insuficientes, de
desistência de alunos nas escolas.
É preciso criar um sistema que não seja discriminatória e nem elitista. Mas, para tal dever
haver maior capacidade de dialogo entre os agentes e atores do sistema nacional de educação
moçambicana e é preciso um ajustamento de políticas educativas e que o compromisso com
a massificação tem que continuar na pauta (política), sem descurar o investimento no ensino
básico que pode possibilitar acesso epistémico.
Referências
CASTIANO, José P. & NGOENHA, Severino. A Longa Marcha duma Educação para
Todos em Moçambique. Maputo, Imprensa Universitária, 3ª ed. 2013.
JORNAL DA NOITE DA STV. 30% dos Professores do Ensino Primário sem Formação
100 Revista Amor Mundi | Santo Ângelo | v. 1 | n. 2 | p. 89-100 | nov. 2020.
DOI: https://doi.org/10.46550/amormundi.v1i2.2
DUARTE. Stela Mihtá, et al. O discurso sobre qualidade nas políticas educativas em
Moçambique – caso do ensino básico (1975-2015). Revista Síntese, Maputo, vol. 8, no15, p.
41-55, Out-Dez, 2019.
TOMMASI, Livia et al. O Banco Mundial e as Políticas Educacionais. São Paulo, Cortez,
2000.