Laboratorio Clinico Aulas
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Laboratorio Clinico Aulas
MEIOS AUXILIARES DE
DIAGNOSTIVO
Meios Auxiliares de Diagnóstico:
- Estabelece o diagnóstico ou
Desenvolvimento de
prognóstico.
hipóteses acerca da
presença, natureza e -Recomenda tratamento e
severidade da doença. seguimento
C
l
í Desenvolvimento de Interpretação dos resultados
estratégias para futuras
n por comparação.
avaliações
i Avaliação original das
c hipóteses
o Requisição de testes.
Preparação do paciente
Estabelecimento de
L padrões da preparação do
paciente
a
b Colheita da amostra Relatório do exame
o
r Estabelecimento de valores
de referências
a
t
ó Processamento das Verificação dos
amostras resultados
r
i
o
EQUIPAMENTOS BÁSICOS DO LABORATÓRIO
Limitações:
• O teste pode ser positivo sem que signifique
infecção activa, pelo que é necessário realizar
um teste confirmatório (teste treponémico ou
proceder-se a titulação)
4.Teste para Hepatite B
O teste rápido para hepatite detecta o
antígeno de superfície AgHBs que está
relacionado à infecção por vírus da
Hepatite B
Indicações:
• Rastreio da hepatite B em doadores de
sangue (uso obrigatório no banco de
sangue)
• Diagnóstico da hepatite B
Limitações:
• Uso de soro ou plasma e não sangue
total
• Requer colheita por veno-punção e
centrifugação
• Não diferencia a fase aguda da infecção
dos portadores da doença
5.Teste Rápido indicativo de Gravidez
É um teste imunológico para a gravidez.
Neste teste, verifica-se a presença do
hormônio gonadotropina coriónica humano
(HCG) na amostra de urina (esta hormona
é produzida quando a mulher está
grávida). É de leitura rápida. Existe uma
linha do teste e a outra linha de controlo.
Indicações:
• Diagnóstico do estado gravídico em
uma mulher
Limitações:
• Outras patologias que secretam a
HCG podem resultar num teste positivo
SECCAO DE TIPOS DE ANALISE REALIZADAS TIPOS DE AMOSTRA QUANTIDADE DE TIPOS DE RECEPIENTE
LABORATÓRIO AMOSTRA PARA AMOSTRA
3. Plaquetas (Plaquetometria):
Contagem de plaquetas.
A. Hemoglobina
1.Proteína C - Reactiva
Para este teste, a amostra requerida
é o plasma e, para tal, colhe-se
sangue venoso num tubo seco.
Basicamente é um teste
serológico e a técnicas de
procedimento variam de acordo
com o kit de reagente disponível
no laboratório.
Actualmente utiliza-se a medição qualitativa e
quantitativa através do kit que emprega
reagentes baseados no princípio de látex
aglutinação.
Recomenda-se que se realize este teste no
mesmo dia em que for colhida a amostra e, se
não for possível, pode-se armazenar o plasma
numa temperatura entre 2 - 8ºC não mais do
que 72 horas.
2. Contagem de CD4
Para este teste, a amostra é o sangue
venoso colhido num tubo com
anticoagulante EDTA.
É um teste especializado, pois faz-se a
contagem diferenciada de um tipo
específico de células brancas.
Exige que o laboratório disponha de
equipamento especializado, com
pessoal treinado para o correcto uso e a
respectiva manutenção do aparelho, e
por isso, é realizada principalmente nas
capitais provinciais e nos centros com
serviços grandes de TARV.
Recomenda-se que o processamento se
realize no mesmo dia da colheita; se não
for possível, pode-se armazenar a uma
temperatura de entre 2 - 8ºC não mais
do que 72 horas
3. Contagem de Carga Viral
Para este teste, a amostra é o sangue
venoso colhido num tubo com
anticoagulante EDTA.
É um teste especializado, pois faz-se a
contagem da quantidade de vírus
presente no sangue do paciente
Exige que o laboratório disponha de
equipamento especializado, com
pessoal treinado para o correcto uso e a
respectiva manutenção do aparelho, e
por isso, é realizada principalmente nos
hospitais centrais.
4.Urina II
Para a realização deste teste, a
amostra requerida é urina que
pode ser colhida a qualquer hora
do dia, num recipiente limpo.
Testes bioquímicos na urina
Proteína; Hemoglobina;
Glucose; Nitritos e leucócitos;
Corpos cetónicos; Gravidade ou
Bilirubina; densidade específica;
No exame da urina II
Urobilinogénio;
também se examina o
pH.
Para os testes bioquímicos
acima descritos, existem
disponíveis fitas impregnadas
com os reagentes acima
descritos.
Procedimento
1. Recolhe-se 10 a 20 ml de urina
num frasco limpo.
2. Mergulha-se a fita neste frasco
onde contém a amostra por 10 - 20
segundos.
3. Retira-se e aguarda-se por um minuto;
observam-se mudanças de cor nos diferentes
compartimentos da fita que correspondem aos
diferentes elementos bioquímicos. Faz-se a
leitura.
4. A leitura é feita comparando a cor dos
diferentes compartimentos da fita testada com
a tabela colorida padrão já disponível na
embalagem da fita.
PROCEDIMENTOS NO
LABORATÓRIO CLÍNICO
1. Grupo Sanguíneo e Factor Rh
O sistema ABO e o factor rhesus (Rh) são
clinicamente muito importantes.
Os dadores e os pacientes devem ser
correctamente agrupados, porque a
incompatibilidade sanguínea durante a
transfusão do sangue pode resultar na
morte do paciente.
Sistema ABO. Baseado na
presença ou não de dois
antigénos, A e B.
Existem 4 grupos sanguíneos
(cada pessoa pertence a somente
um deles):
Grupo “A”, com antígeno A
na superfície eritrocitária. O
indivíduo com este antígeno
pode desenvolver anticorpos
B (anti-B).
Grupo “B”, com antígeno B na
superfície dos eritrócitos.
O indivíduo com este antígeno
pode desenvolver anticorpos A
(anti-A).
Grupo “AB”, com ambos antígeno A e B
na superfície dos eritrócitos. O indivíduo
com estes antígenos não desenvolve
nenhum anticorpo, pois se isso
acontecesse iria destruir os seus próprios
eritrócitos. Por isso, este indivíduo é
chamado de receptor universal (pode
receber sangue de todos os grupos).
Grupo “O”, com nenhum antígeno na
superfície dos eritrócitos.
O indivíduo com este grupo pode
desenvolver tanto anticorpos A como
anticorpos B (anti A e anti B). Por isso,
este indivíduo é chamado de doador
universal e só pode receber o sangue do
indivíduo do mesmo grupo.
Sistema ABO
Eritrócitos e antígenos definidores do grupo sanguíneo
Factor Rh (sistema rhesus)
O sistema rhesus pertence a uma
proteína na superfície das células
vermelhas do sangue, que é determinada
geneticamente por um par de alelos.
Existem seis genes (notados com letras
C, c, D, d, E, d) que producem seis
antigénios que estão localizados nas
células vermelhas.
Na prática clínica, o mais importante
destes antigénios é o D, porque é o
mais imunogénico.
O antigénio D tem a capacidade de
produzir imunuglobulinas (IgG),
anticorpos anti-D e causar reacções
hemolíticas muito severas.
Os indivíduos são agrupados em :
Rh+ (positivo). O indivíduo tem o gene D
e as suas células vermelhas (eritrócitos)
expressam o antigénio D.
Rh- (negativo). O indivíduo não apresenta
o gene D e as suas células vermelhas não
expressam o antigénio D.
Para reduzir os erros no agrupamento sanguíneo
ABO, recomenda-se fazer o teste nas células
sanguíneas e no soro (a parte clara do sangue
após a centrifugação) do paciente. Assim:
As células vermelhas são testadas para os
antigénios A e B usando soro anti-A e anti-B.
O soro é testado para os anticorpos anti-A e anti-
B, usando células vermelhas A e B já conhecidas.
2. BHCG (Teste de Gravidez)
A BHCG é um hormónio produzido pela
placenta logo após a fertilização do
óvulo. Numa das aulas passadas
discutimos que este hormónio pode ser
identificado na urina logo nas primeiras
semanas de gravidez.
Este hormónio também pode ser
identificado no soro mais cedo que na
urina e, às vezes, é útil para
quantificar o nível do hormónio em
algumas doenças típicas da gravidez
(p.ex. gravidez ectópica – gravidez
fora da sua localização normal no
útero).
Para a identificação da BHCG, o soro
sanguíneo é a amostra requerida.
O procedimento é variável e depende
do equipamento disponível ou é
realizado através de reagentes
preparados ou pelo meio serológico.
3. Exame Parasitológico de Fezes
A colheita da amostra para este teste já
foi discutida nas aulas anteriores.
Apenas relembrar que o teste deve ser
processado no mesmo dia em que a
amostra foi colhida.
Se não for possível, aconselhar o
doente a repetir a colheita da amostra.
4. Hematozoário (Pesquisa de Plasmodium e
Tripanossoma)
Pesquisa do Plasmodium
Existem quatro espécies de plasmodium que
causam a malária:
Plasmodium falciparum
Plasmodium vivax
Plasmodium malariae
Plasmodium ovale
Cada uma destas espécies pode ser
identificada microscopicamente. No nosso
país, a espécie mais frequente é o
Plasmodium falciparum
As formas mais comuns para identificar o
plasmódio são através de preparação de
lâminas que são observadas
microscopicamente ou por meio de testes
rápidos.
Colheita de amostra para a preparação das
lâminas
O procedimento para preparar uma lâmina de
microscópio é colocar directamente na lâmina o
sangue capilar.
O sangue venoso com anticoagulante EDTA
pode ser usado desde que a lâmina seja
preparada logo após a colheita.
Estes dois métodos podem ser empregues
na mesma lâmina ou em lâminas
diferentes.
Para a análise das amostras devem ser
aplicados dois métodos de testes para
cada uma:
Gota fina e
Gota espessa
5. Pesquisa de Tripanossoma
O tripanossoma é protozoário sanguíneo que causa a
doença do sono.
Existem duas espécies do parasita quem causa a
doença Tripanosomiase em África:
Tripanosoma brucei gambiense – na África ocidental e
central
Tripanosoma brucei rhodesiense – na África oriental –
Moçambique tem esta espécie
Para a pesquisa de tripanossoma no
sangue, aplica-se a mesma técnica da
colheita que se utiliza para a pesquisa
do plasmodium.
A coloração da lâmina é feita com o
reagente Giemsa.
6.Pesquisa de Ovos de Schistossoma
A schistossomíase é uma doença provocada
por um parasita helminto do grupo tremátode
do género shcistossoma.
Provoca doença das vias urinárias (bexiga)
e também do aparelho gastro-intestinal.
Existem fundamentalmente duas
espécies em Moçambique:
O S. haema-tobium (forma urinária) e
o S. mansoni (forma intestinal).
A pesquisa de ovos do schistossoma
haematobium é feita na urina:
Colhem-se cerca de 10-15ml de urina
num recipiente limpo e seco.
Recomenda-se que o teste seja feito
dentro de 30 minutos após a colheita
da urina.
7. Pesquisa de Filária
A filaríase linfática é uma doença causada
por helmintos nemátodos (principalmente
a Wuchereria bancrofti).
É responsável pela doença elefantíase.
Para uma correcta detecção da
microfilária na corrente sanguínea
periférica, é necessário que a colheita
da amostra coincida com o pico de
circulação das microfilárias.
Este período é o período nocturno, entre
as 22h e às 4 da manhã, com o pico às
24h.
8. Pesquisa de Borrelia
Hemoglobina : Anemia
Hematocrito : Anemia
Introdução
Bioquímica básica:
Glicemia, Ureia, Creatinina, Colesterol e
Triglicéridos, Proteína total e Albumina. iões
(sódio, cloro e potássio),
Estas substâncias são amplamente
utilizadas em muitas funções do
organismo e possuem complicados
mecanismos metabólicos de produção
e consumo.
Por exemplo, a glicose (açúcar) é
importante para a função normal de
todas as células do corpo e para a
produção de energia para todas
actividades como:
Multiplicar-se,
Crescer,
Mover-se, etc.
São várias as causas de alterações
nestes testes.
Para interpretá-las, o técnico deve ter
formulado uma hipótese diagnóstica
específica para utilizar os resultados
destes testes.
Glicemia
Após a ingestão de alimentos
contendo carboidratos e depois
de um complexo processo de
metabolismo, o produto final é a
glicose.
O excesso de glicose no sangue é
chamado hiperglicemia
A redução de glicose no sangue é
chamada de hipoglicemia.
Valores Normais
3,6mmol/l a 6,4mmol/l (65 a 115 mg/dl).
Causas de Valores Anormais
Existem várias condições ou patologias que
levam a alteração da glicemia.
Hiperglicémia
Diabetes e
Hipoglicémia
malnutrição e
em outras doenças.
Alguns medicamentos também
podem provocar hipoglicemia,
como
A quinina que é usada no
tratamento da malária.
Uréia
A ureia é o produto final da
degradação das proteínas.
Valores Normais
3,3 a 7,7mmol/l (9 a 21 mg/dl)
Causas de Valores Anormais
Valores Elevados
Falhas de funcionamento do rim (insuficiência
renal).
Valores Baixos
Gravidez,
Malnutrição,
SIDA,
Doenças hepáticas graves.
Creatinina
A creatinina é um produto da
degradação resultante do metabolismo
dos músculos esqueléticos. É filtrada
pelos rins e excretada na urina.
Como na ureia, a medição do valor da
creatinina no plasma é um importante
teste para verificar a função renal.
Valores Normais :
Homens: 60 – 130μmol/l (0.7 – 1.5 mg/dl)
Mulheres: 40 - 110μmol/l (0.5 – 1.3 mg/dl)
Causas de Valores Anormais
Valores Elevados:
Encontram-se em patologias que causem deficiência
no funcionamento dos rins.
Valores Baixos:
Estão associados a um acentuadoemagrecimento
(diminuição da massa muscular).
Colesterol e Triglicéridos
Hiperbilirrubinemia
Valor elevado da bilirrubina.