Laboratorio Clinico Aulas

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LABORATORIO CLINICO

MEIOS AUXILIARES DE
DIAGNOSTIVO
Meios Auxiliares de Diagnóstico:

Os meios auxiliares de diagnóstico são todos os


testes que fornecem resultados que ajudam a:
Estabelecer,
Confirmar ou
Excluir um diagnóstico.
Estes testes são executados num laboratório
clínico ou no gabinete de uma consulta médica,
desde que exista equipamento adequado.
Para que o resultado seja alcançado
satisfatoriamente, é necessário que o clínico
primeiro com o doente, faça;
 uma história clínica cuidadosa e
 um exame objectivo detalhado.
Para que estes exames sejam realizados, é
preciso que hajam amostras, que são pequenas
quantidades de líquidos, de tecidos, que são
colhidos no corpo humano.
Tecnicas de colheita de amostras
Técnica Invasiva:
É uma técnica em que se “invade” o corpo do
paciente, que causa um certo desconforto ao
paciente, chegando, às vezes, a causar dor.
A realização (desta técnica) exige capacitação do
técnico.
Deve-se existir um lugar apropriado, isto é, uma
sala limpa que ofereça privacidade ao paciente.
Ténica Não-Invasiva:

É a técnica na qual “não se invade” o corpo do


paciente e não se produz nenhuma dor; às
vezes poderá causar um certo grau de
desconforto ao paciente.
O paciente poderá executar algumas destas
técnicas sozinho, sem necessitar da ajuda do
técnico.
Espécimes/Amostras Biológicos:

Espécimes biológico (ou amostra biológica) – é


todo produto biológico (sangue, urina, fezes,
líquido pleural, líquido ascítico, expectoração,
tecidos, entre outros) que é colectado, em
pequenas quantidades, de pacientes e usado
para o diagnóstico.
Testes Rápidos
São testes laboratoriais de triagem,
geralmente em formato de fita, para um
diagnóstico rápido, que permitem
realizar o exame em curto espaço de
tempo e com resultado imediato (15 a
30 minutos), dependendo do agente a
ser pesquisado
Para além disso, aplicam-se também
com a finalidade de tomar uma decisão
terapêutica em situações de
emergência.
São testes de simples execução. Para
a sua realização não é necessária uma
estrutura laboratorial e pessoal
especializado.
Testes rápidos mais usados na prática clínica:
• Para complementar o diagnóstico clínico da infecção
pelo HIV – Determine/Unigold
• Para complementar o diagnóstico clínico da malária –
Teste Rápido de Malária (TDR)
• Para confirmar ou excluir uma gravidez – Teste
Imuno-Gravídico (TIG)
• Para realizar um teste de glicemia- Glucometro
• Para suspeitar de uma sífilis – Teste Rápido de Sífilis
• Para suspeitar de uma hepatite B – Teste Rápido de
Hepatite B (AgHBs)
Introdução à Utilização e Importância dos
Meios Diagnósticos
De uma forma geral, os meios auxiliares no
processo diagnóstico desempenham um papel de
complemento/apoio no diagnóstico. Isto significa
que já existe matéria (que foi colhida na anamnese
e no exame físico) para formular várias hipóteses
de diagnóstico.
O meio auxiliar vai ajudar a :
Confirmar ou excluir uma ou várias hipóteses
diagnósticas
Melhorar a qualidade do atendimento ao
paciente
Monitorar o resultado de um tratamento ou
conduta instituída
Avaliar o resultado de um tratamento ou
conduta instituída
Após a formulação das várias hipóteses
diagnósticas é necessário:
 Requisitar testes auxiliares para
confirmar o diagnóstico definitivo e
 Eliminar as outras hipóteses formuladas
na altura da colheita da história clínica. .
Para que haja uma boa rentabilidade nos
meios de diagnóstico disponíveis no hospital
e não se perca tempo na tomada de decisão
terapêutica do paciente, é necessário ter em
mente critérios como:
 A eficácia diagnóstica,
 Disponibilidade,
 Custo e
 Segurança do meio auxiliar de
diagnóstico.
1. Eficácia Diagnóstica
Ao falarmos de eficácia diagnóstica, é
necessário ter em conta alguns conceitos,
listados abaixo.
1.1. Sensibilidade
Sensibilidade é a probabilidade de um
teste dar resultado positivo na
presença da doença, isto é, avalia a
capacidade do teste ao detectar a
doença quando ela está presente.
1.2 Especificidade
Especificidade é a probabilidade de um
teste dar resultado negativo na
ausência da doença, isto é, avalia a
capacidade do teste de eliminar a
suspeita da doença quando ela (a
doença) está ausente.
2. Disponibilidade
Deve-se ter um prévio conhecimento da
existência dos testes no laboratório. Se não
existe em stock ou se há em pequenas
quantidades, não se vai “massacrar/ importunar”
o doente em colher amostras dum teste que não
existe nem criar no próprio técnico uma
expectativa de confirmação laboratorial da
hipótese diagnóstica.
Por outro lado, se o teste existe em
quantidades mínimas, deve-se requisitá-lo
apenas para os casos de extrema urgência ou
nos casos de extrema dúvida.
Por outro lado, se existe o teste em
abundância, não se vai pedir sem critérios,
pois pode se chegar a situação de escassez e
não haver quando realmente se precisa.
3. Custo
Os testes sao dispendiosos. Portanto, ao solicitar
um teste, é bom ter em mente que o teste vai ser
benéfico/útil para o diagnóstico, para não correr o
risco de pedir testes que não irão beneficiar no
resultado final. Isto só é possível se a anamnese
e o exame físico forem bem-feitos.
4. Segurança
Não se pode requisitar um teste se a
técnica a ser aplicada possa agravar a
prévia condição clínica do paciente, ou
se a situação clínica do paciente não
permita que o mesmo o realize
naquele momento.
5. Priorização dos Testes
De uma forma geral, a selecção das prioridades nos testes
laboratoriais depende muito do objectivo para o qual o teste
está a ser solicitado, isto é:
 Identificar ou confirmar a presença de doença
(Elucidação Diagnóstica);
 Avaliar a gravidade ou prognóstica duma
doença;
 Monitorização da terapia ou curso das doenças;
 Rastreamento das doenças (uso de testes em
larga escala para identificar a presença de
doenças em pessoas aparentemente
saudáveis).
PELA ATENÇÃO
DISPENSADA, O MEU
MUITO OBRIGADO
INTERACÇÃO DO
LABORATÓRIO COM A
PRÁTICA CLÍNICA
Introdução
Os laboratórios clínicos têm a missão de
reduzir a incerteza clínica.
Devem produzir resultados de exames que
sejam de real utilidade para se fazer
correctamente o diagnóstico, o prognóstico,
acompanhar a terapia, a evolução e a
prevenção de enfermidades.
Para se obter qualidade nos exames
realizados, é preciso que se faça
uma padronização dos processos
envolvidos desde a solicitação
médica dos exames até a produção
do relatório médico.
As Diferentes Etapas do Processo
Num laboratório de um centro de saúde , o fluxo
engloba diferentes etapas que inicia com
 A solicitação do(s) exame(s) pelo clínico,
 A recepção/colheita de amostras,
 O processamento,
 A formulação do relatório do exame processado
e
 O envio do mesmo ao clínico.
Neste fluxo existem três fases:
Fase pré-analítica
Fase analítica
Fase pós-analítica
Faça a correlação entre as etapas
do processo e as respectivas fases
1. Fase Pré-Analítica
Parte desta fase ocorre fora do laboratório.
É o período entre a solicitação do exame
pelo clínico até ao processamento do
exame.
É importante que o laboratório tenha
instruções escritas para os pacientes a fim
de evitar prováveis erros na fase analítica.
As requisições devem ser padronizadas e nelas devem
constar:
 Identificação do paciente o Nome, idade, sexo
 Número do processo clínico
 Data e hora da colheita
 Tipo de amostra o Sangue total, soro, plasma, urina, fezes,
pus, esfregaço … etc
 Informação clínica (Probabilidades diagnósticas)
 Tipo de exame que se pretende
 Nome do clínico que pede o exame
Para além da padronização das
requisições, dever-se-ão levar em conta
outros factores como a preparação do
paciente e a colheita de amostra.
Uma má preparação do paciente antes
do teste afecta negativamente o
resultado final.
Podem-se enumerar alguns factores,
como por exemplo:
Necessidade do paciente estar em
jejum antes da colheita da amostra de
sangue para a glicemia (açúcar no
sangue).
A interferência dos medicamentos
(se está ou não a tomar
medicamentos).
Necessidade de o paciente fazer
uma boa lavagem da área genital
antes da colheita da amostra de
urina.
Na colheita da amostra biológica, é
importante que o técnico tenha em mente
que:
 A obtenção,
 O transporte e
 O armazenamento devem ser feitos
correctamente para que os resultados
finais não sofram alterações.
Após a recepção da amostra no
laboratório, esta deve ser registada
num livro próprio e será atribuída
um número/código.
2. Fase analítica
É o período do processamento das
amostras.
No seu processamento, as amostras
também devem ser padronizadas e
muito bem controladas para assegurar
que os resultados sejam precisos e
exactos.
3. Fase pós-analítica
É o período que se segue após o
processamento das amostras e inclui:
Cálculo dos resultados;
Análise de consistência dos resultados;
Liberação dos relatórios,
Armazenamento do material ou amostra do
paciente.
Na elaboração dum relatório,
devem ser respeitadas normas tais
como:
 Letra legível e sem rasuras;
 Identificação correcta do
paciente, correspondendo ao
respectivo número da amostra.
Antes do envio do relatório ao
clínico o laboratório deve ter o
cuidado de fazer o registo deste
num livro próprio para efeitos de
estatística e armazenamento de
informação.
INTERACÇÃO ENTRE O CLÍNICO E O LABORATÓRIO

Paciente que se apresenta com


sinais e sintomas e fornece uma
história clínica

- Estabelece o diagnóstico ou
Desenvolvimento de
prognóstico.
hipóteses acerca da
presença, natureza e -Recomenda tratamento e
severidade da doença. seguimento
C
l
í Desenvolvimento de Interpretação dos resultados
estratégias para futuras
n por comparação.
avaliações
i Avaliação original das
c hipóteses

o Requisição de testes.

Preparação do paciente

Estabelecimento de
L padrões da preparação do
paciente
a
b Colheita da amostra Relatório do exame

o
r Estabelecimento de valores
de referências
a
t
ó Processamento das Verificação dos
amostras resultados
r
i
o
EQUIPAMENTOS BÁSICOS DO LABORATÓRIO

 Microscópio óptico binocular


 Equipamento para pipetar e
completo com objectivas de x10; dispensar
x40; x100  Banho-maria
 Balança electrónica ou mecânica  Agitador com temporizador
 Centrífuga para aglutinação de testes
 Equipamento de segurança
 Incubadora para simples
 Auto analizador de
microbiologia
hematologia
 Autoclave com capacidade de  Auto analizador de bioquimica
aproximadamente 12 litros
Alguns equipamentos utilizados em
hematologia:
TDR
TESTES DE
DIAGNOSTICO RAPIDO
1.Teste Rápido de Malária
O teste rápido de malária (TDR), foi
desenvolvido tendo em conta a
necessidade de um diagnóstico precoce
da malária e em regiões com escassos
recursos laboratoriais.
Tipos de TDR da malária
Proteína 2 rica em histidina do plasmódio
falciparum (HRP Pf II) – proteína secretada
pelo Plasmódium falciparum
Lactacto desidrogenase parasitária (pLDH)
– enzima secretada pelas 4 espécies de
plasmódio que infectam os humanos
Existem TDR que detectam infecções
mistas de plasmódios (vivax e falciparum
ou falciparum e outras espécies), porém
não estão disponíveis em Moçambique.
O TDR usado em Moçambique é apenas
para a detecção do Plasmódium falciparum
(agente etiológico da malária mais
frequente em Moçambique) e detecta a
proteína rica em histidina tipo 2 do
Plasmódium falciparum (HRP Pf II)
produzida por trofozóitos e gametócitos
jovens.
Indicações do TDR HRP Pf II
Diagnóstico da malária por Plasmódium
falciparum em Unidades Sanitárias sem
laboratório
Diagnóstico rápido da malária por
Plasmódium falciparum nos casos graves de
síndrome febril e grupos alvos de risco
(mulheres grávidas e crianças menores de 5
anos)
Limitações do TDR HRP Pf II
Não detecta outras formas de plasmódio (vivax,
malariae, ovale)
Não é útil no seguimento da malária (o TDR
permanece positivo por 15 a 30 dias após o
tratamento)
Não é um teste quantitativo, não determinando a
densidade parasitária.
Este dispositivo de teste tem a letra ‘T’ e a letra ‘C’ como
“Linha de teste” e “Linha de controlo” na superfície do
receptáculo.
2.Testes Rápidos de HIV
São testes que detectam a presença
de anticorpos anti-HIV no organismo.
Actualmente, existem no mercado
diversos testes rápidos disponíveis
produzidos por vários fabricantes e
que utilizam diferentes técnicas.
No nosso país os testes rápidos actualmente
em uso são:
 O Uni-Gold e
 O Determine.
Detectam os anticorpos para o HIV tipo 1 e 2.
Indicações:
O teste de Determine, é o teste de rastreio
que deve ser usado em primeiro lugar.
Se o resultado for negativo (não reactivo),
exclui a infecção por HIV (salvo situações
de falsos negativos) e não será necessário
efectuar o teste de Unigold.
O Teste de Unigold é usado para confirmar
um resultado positivo do teste Determine.
Portanto, é o segundo teste após um
Determine positivo. Não se deve efectuar
primeiro o Unigold.
Tal como no teste rápido da malária, também
temos “duas linhas”. No caso do teste de
HIV, são chamadas bandas, uma banda que
é o controlo ‘C’ e outra que é o teste ‘T’.
Limitações:
• Não detectam o vírus, mas sim os
anticorpos, razão pela qual o resultado pode
ser negativo em pacientes recentemente
infectados pelo HIV
• Em crianças até 18 meses de idade o teste
pode ser positivo sem significar infecção por
HIV
3.Testes rápidos RPR Sífilis
São testes imunocromatográficos para a
detecção dos anticorpos contra o
Treponema pallidium, o microrganismo
que causa a sífilis.
Indicações:
• Rastreio e diagnóstico da infecção por sífilis

Limitações:
• O teste pode ser positivo sem que signifique
infecção activa, pelo que é necessário realizar
um teste confirmatório (teste treponémico ou
proceder-se a titulação)
4.Teste para Hepatite B
O teste rápido para hepatite detecta o
antígeno de superfície AgHBs que está
relacionado à infecção por vírus da
Hepatite B
Indicações:
• Rastreio da hepatite B em doadores de
sangue (uso obrigatório no banco de
sangue)
• Diagnóstico da hepatite B
Limitações:
• Uso de soro ou plasma e não sangue
total
• Requer colheita por veno-punção e
centrifugação
• Não diferencia a fase aguda da infecção
dos portadores da doença
5.Teste Rápido indicativo de Gravidez
É um teste imunológico para a gravidez.
Neste teste, verifica-se a presença do
hormônio gonadotropina coriónica humano
(HCG) na amostra de urina (esta hormona
é produzida quando a mulher está
grávida). É de leitura rápida. Existe uma
linha do teste e a outra linha de controlo.
Indicações:
• Diagnóstico do estado gravídico em
uma mulher

Limitações:
• Outras patologias que secretam a
HCG podem resultar num teste positivo
SECCAO DE TIPOS DE ANALISE REALIZADAS TIPOS DE AMOSTRA QUANTIDADE DE TIPOS DE RECEPIENTE
LABORATÓRIO AMOSTRA PARA AMOSTRA

Hemograma, HTZ, VS, Tempo de Tubo com


HEMATOLOGIA Coagulacao e de Hemorragia Sangue 3ml Anticoagulante
(tampa rocha)

Glicemia, Ureia, Creatinina, Acido


urico, GOT,GPT, Colesterol,
Triglicerideos, Albumina, Proteinas Tubo seco (tampa
BIOQUIMICA Totais, BD,BT, HDL Colesterol, LDL Sangue 4ml vermelha
Colesterol, Amilase, Fosfatase
Alcalina (...)
IMUNOLOGIA COVID 19 Secreccoes - Zarragatoa
nasofaringeas
PARASITOLOGIA Urina II, Exame de fezes a fresco Urina e fezes Kb Frasco limpo

BACILOSCOPIA BK Escarro e kb Frasco


Liquidos Limpo/Esteril
Corporais
SOROLOGIA RPR, HIV Sangue 3ml Tubo seco
TPC
TRAZER TDR PARA
ADEMOSTRACAO NA
SALA DE AULAS
HEMATOLOGIA
A Hematologia estuda, particularmente,
os elementos figurados do sangue:
 Hemácias (glóbulos vermelhos),
 Leucócitos (glóbulos brancos) e
 Plaquetas.
A ferramenta mais utilizada pela
hematologia é o hemograma, o
principal exame de triagem da
condição de saúde do indivíduo.
Estuda, também, a produção desses
elementos e os órgãos onde eles são
produzidos (órgãos hematopoiéticos):
 Medula óssea,
 Baço e
 Linfonodos.
Testes Hematológicos
Os testes hematológicos que, entre
outros, incluem:
 Hemograma,
 Velocidade de hemosedimentação
(VS),
Ajudam a dar importante informação.
São exames usados ao se tomar
decisões em muitas especialidades
médicas, tais como
 Infectologia,
 Reumatologia,
 Pneumologia, etc.
Alterações de:
 Glóbulos brancos (leucograma),
 Plaquetas, e de
 Hemoglobina,
Podem ser útil em muitas situações clínicas,
por exemplo no diagnóstico e tratamento
das seguintes situações clínicas:
No diagnóstico da anemia;
Na investigação de infecções e febre de
origem desconhecida;
No diagnóstico de doenças malignas do
sangue (leucemia, linfoma)
Na monitoria dos pacientes que estão em
tratamento anti-retroviral
O hemograma, leucograma e
velocidade de sedimentação utilizam
o sangue venoso com anticoagulante
(uma substância química que impede
a coagulação do sangue).
O armazenamento do sangue
venoso com anticoagulante pode ser
feito a uma temperatura ambiente
entre 1-2 horas.
Se após este tempo não for possível
realizar o processamento da amostra,
esta deve ser conservada na geleira a
uma temperatura de 4 a 8ºC e, nesta
temperatura, pode ser armazenado
por 2 a 3 dias.
Em seguida, procede-se ao
processamento da amostra para o
valor da hemoglobina e contagem
dos glóbulos brancos, sem afectar
a qualidade dos resultados.
Isto já não se aplica ao teste de
velocidade de hemosedimentação, no
qual o processamento do exame deve
ser feito até 4 horas após a colheita da
amostra.
HEMOGRAMA

O hemograma contempla diversas


provas efetuadas, com a finalidade de
avaliar quantitativa e qualitativamente
os componentes celulares do sangue.
Os itens avaliados são:
1. Série Vermelha (Eritrograma):
 Contagem de eritrócitos,
 Dosagem de hemoglobina,
 Determinação do Hematócrito e
 Índices Hematimétricos:
• VCM – Volume Corpuscular Médio;
• HCM – Hemoglobina Corpuscular Média e
CHCM – Concentração de Hemoglobina
Corpuscular Média).
2. Série Branca (Leucograma):
 Contagem de leucócitos totais e
 contagem diferencial de
leucócitos.

3. Plaquetas (Plaquetometria):
 Contagem de plaquetas.
A. Hemoglobina

A hemoglobina é uma proteína


presente no interior dos eritrócitos e
eventualmente ligada a proteínas
plasmáticas (quando há destruição
de eritrócitos).
É responsável por 97% da
composição seca de uma hemácia
e 35% de sua composição total, o
que significa dizer que o eritrócito
possui água e o restante é
composto de 97% de hemoblogina
e outras substâncias.
A amostra pode ser de sangue capilar
ou de sangue venoso.
O processamento da hemoglobina
depende das facilidade de acesso ao
equipamento disponível no laboratório.
Actualmente existem aparelhos
automatizados, que, após a colheita da
amostra num tubo com anticoagulante,
o aparelho encarrega-se de fazer o
processamento da amostra incluindo a
libertação dos resultados.
Escala colorida de hemoglobina
B. Células Vermelhas
Com a medição precisa do valor da
hemoglobina, do hematócrito e das células
vermelhas poderá calcular-se os outros
valores-índices das células vermelhas:
MCHC
MCV
MCH
Leucograma
O leucograma refere-se à contagem das
células brancas (glóbulos brancos) no
sangue.
O processamento deste teste também
depende do equipamento disponível no
laboratório.
Pode ser processado electronicamente ou por
meio de um microscópio.
Utiliza-se sangue venoso com
anticoagulante EDTA ou sangue
capilar.
Não deve ser utilizada amostra com
heparina ou citrato de sódio.
O ideal é fazer a contagem 6 horas
após a colheita.
Velocidade de Hemosedimentação ou
Velocidade de Sedimentação (VS)
A amostra é de sangue venoso com
anticoagulante.
São necessárias pipetas especializadas (pipetas
de velocidade de sedimentação Westergren).
Estas podem ser de vidro ou de plástico
descartável, e devem ter padrões de comprimento
e diâmetro.
BIOQUIMICA
BIOQUÍMICA SANGUÍNEA BÁSICA

A amostra de sangue para a


bioquímica sanguínea é o sangue
venoso colhido num tubo seco ou
tubo com gel.
Os testes de Bioquimica
Basica sao:
Iões:
Glicemia, Potássio;
Ureia, sódio,
Creatinina,
Colesterol e
Triglicéridos,
Albumina
BIOQUÍMICA SANGUÍNEA ESPECÍFICA

A amostra para estes testes


é o sangue venoso colhido
num tubo seco
Os testes de Bioquimica O AST também é
Especifica sao: referenciado como
Ácido Úrico, GOT (Transaminase
Bilirrubina total, Oxalacética
Aspartato Glutámica), e
aminotransferase (AST) o ALT também é
e referenciado como
Alanina aminotransferase GPT (Transaminase
(ALT) Pirúvica Glutámica)
OUTROS PROCEDIMENTOS NO LABORATÓRIO
CLÍNICO

1.Proteína C - Reactiva
Para este teste, a amostra requerida
é o plasma e, para tal, colhe-se
sangue venoso num tubo seco.
Basicamente é um teste
serológico e a técnicas de
procedimento variam de acordo
com o kit de reagente disponível
no laboratório.
Actualmente utiliza-se a medição qualitativa e
quantitativa através do kit que emprega
reagentes baseados no princípio de látex
aglutinação.
Recomenda-se que se realize este teste no
mesmo dia em que for colhida a amostra e, se
não for possível, pode-se armazenar o plasma
numa temperatura entre 2 - 8ºC não mais do
que 72 horas.
2. Contagem de CD4
Para este teste, a amostra é o sangue
venoso colhido num tubo com
anticoagulante EDTA.
É um teste especializado, pois faz-se a
contagem diferenciada de um tipo
específico de células brancas.
Exige que o laboratório disponha de
equipamento especializado, com
pessoal treinado para o correcto uso e a
respectiva manutenção do aparelho, e
por isso, é realizada principalmente nas
capitais provinciais e nos centros com
serviços grandes de TARV.
Recomenda-se que o processamento se
realize no mesmo dia da colheita; se não
for possível, pode-se armazenar a uma
temperatura de entre 2 - 8ºC não mais
do que 72 horas
3. Contagem de Carga Viral
Para este teste, a amostra é o sangue
venoso colhido num tubo com
anticoagulante EDTA.
É um teste especializado, pois faz-se a
contagem da quantidade de vírus
presente no sangue do paciente
Exige que o laboratório disponha de
equipamento especializado, com
pessoal treinado para o correcto uso e a
respectiva manutenção do aparelho, e
por isso, é realizada principalmente nos
hospitais centrais.
4.Urina II
Para a realização deste teste, a
amostra requerida é urina que
pode ser colhida a qualquer hora
do dia, num recipiente limpo.
Testes bioquímicos na urina
Proteína; Hemoglobina;
Glucose; Nitritos e leucócitos;
Corpos cetónicos; Gravidade ou
Bilirubina; densidade específica;
No exame da urina II
Urobilinogénio;
também se examina o
pH.
Para os testes bioquímicos
acima descritos, existem
disponíveis fitas impregnadas
com os reagentes acima
descritos.
Procedimento
1. Recolhe-se 10 a 20 ml de urina
num frasco limpo.
2. Mergulha-se a fita neste frasco
onde contém a amostra por 10 - 20
segundos.
3. Retira-se e aguarda-se por um minuto;
observam-se mudanças de cor nos diferentes
compartimentos da fita que correspondem aos
diferentes elementos bioquímicos. Faz-se a
leitura.
4. A leitura é feita comparando a cor dos
diferentes compartimentos da fita testada com
a tabela colorida padrão já disponível na
embalagem da fita.
PROCEDIMENTOS NO
LABORATÓRIO CLÍNICO
1. Grupo Sanguíneo e Factor Rh
O sistema ABO e o factor rhesus (Rh) são
clinicamente muito importantes.
Os dadores e os pacientes devem ser
correctamente agrupados, porque a
incompatibilidade sanguínea durante a
transfusão do sangue pode resultar na
morte do paciente.
Sistema ABO. Baseado na
presença ou não de dois
antigénos, A e B.
Existem 4 grupos sanguíneos
(cada pessoa pertence a somente
um deles):
Grupo “A”, com antígeno A
na superfície eritrocitária. O
indivíduo com este antígeno
pode desenvolver anticorpos
B (anti-B).
Grupo “B”, com antígeno B na
superfície dos eritrócitos.
O indivíduo com este antígeno
pode desenvolver anticorpos A
(anti-A).
Grupo “AB”, com ambos antígeno A e B
na superfície dos eritrócitos. O indivíduo
com estes antígenos não desenvolve
nenhum anticorpo, pois se isso
acontecesse iria destruir os seus próprios
eritrócitos. Por isso, este indivíduo é
chamado de receptor universal (pode
receber sangue de todos os grupos).
Grupo “O”, com nenhum antígeno na
superfície dos eritrócitos.
O indivíduo com este grupo pode
desenvolver tanto anticorpos A como
anticorpos B (anti A e anti B). Por isso,
este indivíduo é chamado de doador
universal e só pode receber o sangue do
indivíduo do mesmo grupo.
Sistema ABO
Eritrócitos e antígenos definidores do grupo sanguíneo
Factor Rh (sistema rhesus)
O sistema rhesus pertence a uma
proteína na superfície das células
vermelhas do sangue, que é determinada
geneticamente por um par de alelos.
Existem seis genes (notados com letras
C, c, D, d, E, d) que producem seis
antigénios que estão localizados nas
células vermelhas.
Na prática clínica, o mais importante
destes antigénios é o D, porque é o
mais imunogénico.
O antigénio D tem a capacidade de
produzir imunuglobulinas (IgG),
anticorpos anti-D e causar reacções
hemolíticas muito severas.
Os indivíduos são agrupados em :
 Rh+ (positivo). O indivíduo tem o gene D
e as suas células vermelhas (eritrócitos)
expressam o antigénio D.
 Rh- (negativo). O indivíduo não apresenta
o gene D e as suas células vermelhas não
expressam o antigénio D.
Para reduzir os erros no agrupamento sanguíneo
ABO, recomenda-se fazer o teste nas células
sanguíneas e no soro (a parte clara do sangue
após a centrifugação) do paciente. Assim:
As células vermelhas são testadas para os
antigénios A e B usando soro anti-A e anti-B.
O soro é testado para os anticorpos anti-A e anti-
B, usando células vermelhas A e B já conhecidas.
2. BHCG (Teste de Gravidez)
A BHCG é um hormónio produzido pela
placenta logo após a fertilização do
óvulo. Numa das aulas passadas
discutimos que este hormónio pode ser
identificado na urina logo nas primeiras
semanas de gravidez.
Este hormónio também pode ser
identificado no soro mais cedo que na
urina e, às vezes, é útil para
quantificar o nível do hormónio em
algumas doenças típicas da gravidez
(p.ex. gravidez ectópica – gravidez
fora da sua localização normal no
útero).
Para a identificação da BHCG, o soro
sanguíneo é a amostra requerida.
O procedimento é variável e depende
do equipamento disponível ou é
realizado através de reagentes
preparados ou pelo meio serológico.
3. Exame Parasitológico de Fezes
A colheita da amostra para este teste já
foi discutida nas aulas anteriores.
Apenas relembrar que o teste deve ser
processado no mesmo dia em que a
amostra foi colhida.
Se não for possível, aconselhar o
doente a repetir a colheita da amostra.
4. Hematozoário (Pesquisa de Plasmodium e
Tripanossoma)
Pesquisa do Plasmodium
Existem quatro espécies de plasmodium que
causam a malária:
Plasmodium falciparum
Plasmodium vivax
Plasmodium malariae
Plasmodium ovale
Cada uma destas espécies pode ser
identificada microscopicamente. No nosso
país, a espécie mais frequente é o
Plasmodium falciparum
As formas mais comuns para identificar o
plasmódio são através de preparação de
lâminas que são observadas
microscopicamente ou por meio de testes
rápidos.
Colheita de amostra para a preparação das
lâminas
O procedimento para preparar uma lâmina de
microscópio é colocar directamente na lâmina o
sangue capilar.
O sangue venoso com anticoagulante EDTA
pode ser usado desde que a lâmina seja
preparada logo após a colheita.
Estes dois métodos podem ser empregues
na mesma lâmina ou em lâminas
diferentes.
Para a análise das amostras devem ser
aplicados dois métodos de testes para
cada uma:
 Gota fina e
 Gota espessa
5. Pesquisa de Tripanossoma
O tripanossoma é protozoário sanguíneo que causa a
doença do sono.
Existem duas espécies do parasita quem causa a
doença Tripanosomiase em África:
Tripanosoma brucei gambiense – na África ocidental e
central
Tripanosoma brucei rhodesiense – na África oriental –
Moçambique tem esta espécie
Para a pesquisa de tripanossoma no
sangue, aplica-se a mesma técnica da
colheita que se utiliza para a pesquisa
do plasmodium.
A coloração da lâmina é feita com o
reagente Giemsa.
6.Pesquisa de Ovos de Schistossoma
A schistossomíase é uma doença provocada
por um parasita helminto do grupo tremátode
do género shcistossoma.
Provoca doença das vias urinárias (bexiga)
e também do aparelho gastro-intestinal.
Existem fundamentalmente duas
espécies em Moçambique:
 O S. haema-tobium (forma urinária) e
o S. mansoni (forma intestinal).
A pesquisa de ovos do schistossoma
haematobium é feita na urina:
Colhem-se cerca de 10-15ml de urina
num recipiente limpo e seco.
Recomenda-se que o teste seja feito
dentro de 30 minutos após a colheita
da urina.
7. Pesquisa de Filária
A filaríase linfática é uma doença causada
por helmintos nemátodos (principalmente
a Wuchereria bancrofti).
É responsável pela doença elefantíase.
Para uma correcta detecção da
microfilária na corrente sanguínea
periférica, é necessário que a colheita
da amostra coincida com o pico de
circulação das microfilárias.
Este período é o período nocturno, entre
as 22h e às 4 da manhã, com o pico às
24h.
8. Pesquisa de Borrelia

A borrelia é uma bactéria gram-negativa


que está no grupo das espiroquetas.
É transmitida ao homem através da picada
de piolho.
Os sintomas e sinais clínicos
assemelham-se à malária.
A sua pesquisa é feita nos fluidos
corporais, geralmente no sangue
periférico.
A colheita da amostra e os
procedimentos técnicos são semelhantes
ao método da gota fina na colheita e
procedimento técnico da malária.
Após a lâmina secar, faz-se a fixação e
coloração com o reagente Giemsa.
9. Pesquisa de BK na Expectoração (
Coloração de Ziehl-Neelsen)
A técnica de colheita de expectoração já
foi discutida numa das aulas anteriores.
Recomenda-se que o processamento
seja feito logo após a recepção da
amostra.
Se não for possível, deve-se conservar
a amostra a uma temperatura entre 4-8
ºC por um período.
A realização da cultura não deve
ultrapassar os 5 dias.
FIM DA
PRIMEIRA PARTE
INTERPRETAÇĂO DE
RESULTADOS LABORATORIAIS
HEMOGRAMA

Objectivos e Indicações Clínicas


Muitas doenças prevalentes produzem
alterações nas células sanguíneas que
podem ser detectadas no hemograma. Este
exame pode ser usado na tomada de decisão
numa variedade de situações clínicas.
Anemia
Os glóbulos vermelhos (eritrócitos) têm
uma função muito importante no
transporte e a distribuição de oxigénio
para os tecidos através da hemoglobina.
O oxigénio transportado pelos
eritrócitos é importante para as
funções de todas as células do
corpo.
A diminuição de eritrócitos
e da hemoglobina leva a
consequências graves e
mau funcionamento dos
órgãos do corpo.
A anemia é definida como uma
deficiência de hemoglobina ou
de eritrócitos do sangue de
acordo com diferentes valores
normais, com base na idade e
sexo do paciente.
De uma forma resumida, a
anemia pode ocorrer:
Após perdas de sangue (hemorragias
de várias causas, como:
 Acidentes,
 Ferimentos, entre outras);
Quando a produção normal dos
eritrócitos é reduzida.
Mal nutrição,
Deficiente actividade do local de
produção dos eritrócitos, e
Em certas doenças);
 Quando os eritrócitos são destruídos
antes do seu tempo normal médio de
vida (por doenças como a malária,
entre outras)
A medição da presença de anemia é
medida através da hemoglobina.
Além da hemoglobina, é importante
analisar os outros componentes
para melhor caracterizar esta
anemia.
Em relação ao tamanho dos eritrócitos, teremos o
parâmetro MCV (Volume Corpuscular Médio):
 Normocítica refere-se ao tamanho normal dos
eritrócitos (aproximadamente 8 μm em diâmetro) –
valor normal do MCV;
 Microcítica refere-se ao tamanho menor dos
eritrócitos em relação ao tamanho normal – valor
diminuído do MCV;
 Macrocítica refere-se ao tamanho maior dos
eritrócitos em relação ao tamanho normal – valor
aumentado do MCV.
Em relação à coloração das células
vermelhas, teremos o parâmetro MCHC
(Concentração de Hemoglobina Corpuscular
Média):
 Normocrómica refere-se à coloração
normal dos eritrócitos – MCHC normal.
 Hipocrómica refere-se à palidez das
células por diminuição da hemoglobina –
MCHC diminuído
Combinando os três parâmetros
(HEMOGLOBINA, MCV e MCHC),
teremos:
Anemia Hipocrómica Microcítica –
Diminuição da hemoglobina com
células pouco coradas e de pequeno
tamanho, cuja causa mais comum é a
deficiência de ferro;
Anemia Macrocítica – diminuição da
hemoglobina com células de maior
tamanho, que pode ter como causa a
deficiência de folato ou vitamina B12.
.
Anemia Normocítica Normocrómica –
diminuição da hemoglobina mas com
células de tamanho normal e coradas
normalmente, que pode ser causada por
um sangramento abundante agudo e por
doenças crónicas.
Resultados do Hemograma
No resultado do hemograma,
consideram-se valores normais,
valores (números) que já foram
padronizados internacionalmente e
são recomendados pela Organização
Mundial de Saúde (OMS).
Idade/sexo Intervalo Anemia se Anemia se
normal menor que hematócrito
(g/dl) (g/dl) menor
Nascimento a termo (normal) 13.5 – 18.5 13.5 34.5
Crianças: 2 a 6 meses 9.5 – 13.5 9.5 28.5
Crianças: 6 meses a 6 anos 11 – 14 11 33
Crianças: 6 a 12 anos 11.5-15.5 11.5 34.5
Adultos masculino 13-17 13 34.5
Adultos feminino não grávida 12-15 12 36
Grávidas 1º trimestre (0 a 12 semanas) 11-14 11 33
Grávidas 2º trimestre (13 a 28 semanas) 10.5-14 10.5 31.5
Grávidas 3º trimestre (29 semanas até 11-14 11 33
gravidez de termo)
Em adultos considera-se anemia uma Hgb inferior a 13
g/dl em homens e inferior a 12 g/dl em mulheres.
Parâmetros Internalo normal
Eritrócitos (por mm3) 4.15 – 4.9
milhões
Hemoglobina corpuscular média - MCH 28-33
- (pg) picogramas
Concentração de hemoglobina 32-36
corpuscular média – MCHC - (g/dl)
Volume corpuscular médio – MCV - (fl) 86-98
fentolitros
Deve-se dedicar atenção especial à
interpretação dos resultados, pois pode
ser que eles estejam inesperadamente
alterados, isto é, não existe
correspondência entre os resultados
obtidos com os sinais e os sintomas e o
exame físico o que se obtiveram
previamente na história clínica.
É importante recordar que se trata de
um meio auxiliar de diagnóstico, e não
um meio de diagnóstico. Sempre é
possível que um valor ou um resultado
seja falso ou inválido.
Deve-se ter em mente que alguns
destes casos podem ocorrer quando
existe deficiência de procedimento do
teste.
Alguns exemplos:
Quando é que a hemoglobina está abaixo do
valor normal?
 Quando existe hemólise (ruptura dos
eritrócitos) do sangue, que pode ser devido à
utilização de seringa e agulha que não
estejam secas na altura da colheita do sangue
ou pela não remoção da agulha da seringa na
altura em que o sangue estava a ser
canalizado para o tubo.
 Quando existe diluição do sangue:
Acontece quando colhemos o sangue
no mesmo sítio onde o paciente está
a receber fluidos intravenosos.

 Também podemos obter um resultado


incorrecto de hemoglobina se antes
do processamento da amostra não
agitarmos bem o tubo.
Quando e que existe um valor da
hemoglobina acima do valor
normal?
Geralmente um valor alto da
hemoglobina não é uma situação
perigosa e pode ser normal
(fisiológica), mas algumas doenças
podem causar esta situação.
É mais comum ter um valor acima do
normal causado por um erro do
laboratório ou se o equipamento
para a leitura da amostra não esteja
calibrado (neste caso, o valor pode
ser tanto baixo como alto).
II PARTE
Na consulta de medicina do centro de
saude urbano, apareceu um paciente
sem sinais clinicos especificos. Para
ajudar a direcionar as investigações
adicionais,o clínico solicitou analises
laboratoriais e os resultados foram os
seguintes:
ANALISES E RESULTADOS LABORATORIAIS
 WBC 16.0 (3.0 – 15.0)  GLICEMIA 4.2 (4.2 – 5.9)
 RBC 3.30 (2.50 – 5.50)  ACIDO URICO 5.2 (2.1 – 7.2)
 HGB 7.9 (8.0 – 17.0)  FEZES NEGATIVO
 HCT 23.7 (0.0 – 50.0)  URINA NEGATIVO
 MCV 111 (86 – 110)  BK NEGATIVO
 MCH 25 (26.0 – 38.0)  COVID 19 NEGATIVO
 MCHC 30 (31.0 – 37.0)
 PLT 342 (50 – 400)

 LYM% 35 (5.0 – 55.0)


 MXD% 09 (1.0 – 20.0)
 NEUT% 46 (45.0 – 95.0)
 BASOF% 02 (0.0 – 2.0)
 EOSIN% 05 (0.0 – 5.0)
1.Observe atentamente os resultados do
paciente e responda as questoes que se
seguem:
a)Indique a secção ou area de trabalho
onde foram realizadas as analises, o tipo
de amostra e o tipo de recepiente usado
para a colheita das amostra (5.0)
Secção Tipos de Tipo de Tipo de
analises amostra recepiente
Hematologia Hem ograma, Sangue Tubo com
anticoagulante
Bioquimica Glicemia, Acido Sangue Tubo seco ou Gel
Urico
Parasitologia Fezes e Urina Urina, fezes Frasco limpo
Imunologia COVID 19 Secrecção Frasco limpo
Nasofaringea
Baciloscopia BK Expectoracao Frasco limpo
b) Indique os resultados que estao alterados dizendo
a provavel causa (2.0)

Hemoglobina : Anemia

Hematocrito : Anemia

MCV: Aumento do tamanho dos eritrocitos

MCHC: Eritrocitos pouco corados/ palidez dos


erirocitos
c) O paciente tem anemia? Se sim, classifique
e diga a provável causa? (3.0)

Sim. Anemia macrocitica hipocromica.


Causada pela deficiencia de ferro e
folato/Vit B12
III PARTE

1. De uma forma geral, os meios auxiliares no processo diagnóstico


desempenham um papel de complemento/apoio no diagnóstico.
a) Como futuro TMG, explique como é que os meios auxiliares irão te ajudar
na sua vida profissional (3.0)
 Investigar a probabilidade de infecção num paciente
 Investigar a presença de cancros
 Monitorizar os pacientes doentes
 Ajudar a determinar o tipo de infecção em um paciente sem sinais
clínicos específicos, e para ajudar a direcionar as investigações
adicionais
b) Indique os criterios a ter em mente para que haja uma boa
rentabilidade nos meios de diagnóstico disponíveis na
Unidade Sanitaria e não se perca tempo na tomada de
decisão terapêutica do paciente. (2.0)
 Eficácia diagnóstica,
 Disponibilidade,
 Custo e
 Segurança do meio auxiliar de diagnóstico.
FIM
LEUCOGRAMA (FORMA LEUCOCITÁRIA)

Objectivos e Indicações Clínicas


O teste de leucograma mede a
quantidade e o tipo dos glóbulos brancos,
e é útil em várias situações clínicas,
especialmente relatado a doenças
infecciosas e neoplasias hematológicas
(cancros do sangue).
Os glóbulos brancos ou leucócitos
são células que se encontram no
sangue cuja principal função é
participar na defesa do organismo
contra as diversas agressões
(infecções, cancros, ferimentos, entre
outras).
Os leucogramas são fundamentalmente
usados para:
 Investigar a probabilidade de infecção num
paciente
 Investigar a presença de cancros
 Monitorizar os pacientes doentes
 Ajudar a determinar o tipo de infecção em um
paciente sem sinais clínicos específicos, e para
ajudar a direcionar as investigações adicionais
Os leucócitos apresentam diferentes
componentes celulares do sistema
imunológico e a contagem de cada
um pode estar relacionada a
diferentes patologias.
As componentes dos leucocitos
são:
Neutrofilos,
Eosinofilos,
Basofilos,
Monocitos e
Linfocitos.
Os leucocitos são classificados
de acordo com a sua estrutura
vista ao microscopio optico,
em:
 Granulocitos e
 Agranulocitos.
Existem três tipos de
leucocitos granulocitos:
Os Neutrofilos,
Os Eosinofilos e
Os Basofilos.
Enquanto que os
leucocitos agranulocitos
podem ser de dois tipos:
 Monocitos e
 Os linfocitos.
1. Neutrófilos: também chamados
polimorfonucleares, são os
primeiros e os importantes
componentes que surgem na
circulação sanguínea com o papel
de defesa do organismo perante
uma infecção.
O termo Neutrofilia emprega-se
quando existe um aumento de
neutrófilos na circulação sanguínea
e geralmente indica infecção ou
dano dos tecidos.
Quando o número de neutrófilos
encontra-se reduzido, emprega-se o
termo neutropenia e isto acontece
quando existe disfunção da medula
óssea, como por exemplo quando
existe infecção pelo HIV e no
tratamento de algumas doenças,
como o cancro;
Neutrofilo
2. Eosinófilos: normalmente estão
presentes em quantidades pequenas. No
entanto, quando elevado pode indicar a
presença de reacção alérgicas (de
hipersensibilidade - por exemplo:
 Na asma) ou
 Uma infecção causada por parasitas
intestinais (lombrigas);
Eosinofilo
3. Basófilos:
São componentes que interagem
essencialmente com os eosinófilos e
participam nas reacções alérgicas;
Basofilo
4. Monócitos: são componentes
responsáveis basicamente pela
ingestão dos microrganismos e
podem ser elevados em infecções
causadas por vírus e algumas
bactérias como a tuberculose;
Monocito
5. Linfócitos: são os componentes
responsáveis principalmente pela resposta
imunitária do organismo. O organismo humano
produz dois tipos de linfócitos para desempenhar
o papel de resposta imunitária:
 Os linfócitos T e
 Os linfócitos B.
O nome linfócito T é devido ao fato
destas células se maturarem no Timo
sendo, então, o T de Timos
dependentes.
Os linfócitos T são células que têm
diversas funções no organismo, e todas
são de extrema importância para o
sistema imune.
Funcionalmente os linfócitos são separados em:
 Linfócito T Auxiliar,
 Linfócito T Citotóxico,
 Linfócito T Supressor e
 Linfócito T de Memória.
Cada um deles possui receptores característicos,
que são identificáveis por técnicas imunológicas
e que têm funções específicas.
O nome linfócito B é devido a sua origem
na cloaca das aves, na Bursa de Fabricius.
Os linfócitos B têm como função própria, a
produção de anticorpos contra um
determinado agressor.
Anticorpos são proteínas denominadas de
imunoglobulinas que exercem várias
atividades de acordo com o seu isotipo (IgG,
IgM, IgA, etc.)
Quando o numero de linfocitos esta
aumentado, chama-se linfocitose. Isso
acontece em doenças virais e alguns
casos indica o desenvolvimento de
uma das doencas linfoproliferativa
(leucemia) e em algumas doenças
bacterianas (Tuberculose).
Quando o numero de linfocitos esta
diminuido, chama-se linfocitopenia.
Esta relacionado em infecções por HIV
e a muito recentemente por COVID 19,
desnutricao,mas tambem pode ser
hereditaria ou causada por varias
infecções, farmacos ou doenças auti
imunes.
Linfocito
Os termos neutrofilia e neutropenia,
também se aplicam para as outras
linhagens celulares:
 Linfocitos (linfocitose e linfopenia),
 Monocitos (monocitose e
monocitopenia),
 Eosinofilos (eosionofilia) e
 Basofilos (basofilia)
Estes valores também apresentam
variação de acordo com a idade, o
sexo e o local onde se vive.
O tipo de máquina também pode
contribuir na variação destes valores,
pelo que o clínico deve observar os
valores de referência para cada
máquina.
Valores Normais
São considerados valores normais no adulto entre 4,0 -10,0 x103 por litro

Componente Numero Percentagem


Absoluto
Neutrofilo 1800 a 7500/ml 45 a 75%
Linfocitos 880 a 4000 ml 22 a 40%
Monocitos 120 a 1000/ml 3 a 10%
Eosinofilos 40 a 500/ml 1 a 5%
Basofilos 0 a 200/ml 0 a 2%
Na prática clínica, os valores
considerados anormais estão
relacionados com o aumento ou
com a diminuição dos leucócitos
(leucocitose e leucopenia,
respectivamente).
Resultados Muito Alterados
Os resultados muito alterados, pode ser devido a
situações como cancros (por exemplo as leucemias)
que ocasionam a elevação acentuada dos
leucócitos, ou situações nas quais os resultados
estão inesperadamente diminuídos e não existe
correlação entre a clínica e o resultado laboratorial.
Isso pode ser porque houve deficiência no
procedimento da amostra.
Esta situação acontece
principalmente quando a
contagem dos leucócitos
foi feita manualmente, por
exemplo:
Incorrecta medição do sangue devido
ao não cumprimento da técnica;
Deficiente mistura do sangue com o
anticoagulante ou na altura da
colheita ou à altura do procedimento
da amostra;
Insuficiente agitação do sangue com o
fluido diluente;
VELOCIDADE DE SANGUE
Objectivos e Indicações Clínicas
A velocidade de sedimentação é um teste
não específico, mais é um indicador geral
de inflamação. Isto é, este exame não
serve para determinar um diagnóstico,
mas indica a presença de alterações no
organismo.
O seu valor aumentado está presente
em várias situações clínicas, como:
 Infecções (tuberculose),
 Processos inflamatórios (febre
reumática),
 Processos malignos (leucemia ).
Estas alterações são diversas, portanto,
podem ser úteis para a documentação e
monitorização de
 Processos infecciosos,
 Inflamatórios ou neoplásicos,
 Na avaliação do grau de actividade ou da
extensão da doença de base e,
 Em alguns casos, da resposta à
terapêutica instituída.
Valores Normais
Os valores considerados normais são:
Homens Adultos – 0 a 15 mm/h
Mulheres Adultas – 0 a 20 mm/h
Homes Idosos (> 50 anos) – 0 a 20 mm/h
Mulheres idosas (> 50 anos) – 0 a 30 mm/h
Como nos outros testes acima descritos,
na velocidade de sedimentação os
valores podem estar inesperadamente
elevados, significando deficiência no seu
procedimento.
Destes casos destacam-se:
Volume de sangue insuficiente;
Bolhas de ar no topo da coluna;
Processamento da amostra muito
tempo depois da colheita da amostra.
TESTES BIOQUIMICOS
A bioquímica, como o próprio
nome diz, corresponde à
ciência que estuda a química
dos processos biológicos que
ocorrem em todos os seres
vivos.
É voltada principalmente para o estudo
da estrutura e função de componentes
celulares como:
Proteínas,
Carboidratos,
Lipídios,
Acidos nucléicos e
Outras biomoléculas.
Recentemente a bioquímica tem
se focado mais especificamente
na
 Química das reações enzimáticas e
 Nas propriedades das proteínas.
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS DE
TESTES DE BIOQUÍMICA BÁSICA

Introdução
Bioquímica básica:
Glicemia, Ureia, Creatinina, Colesterol e
Triglicéridos, Proteína total e Albumina. iões
(sódio, cloro e potássio),
Estas substâncias são amplamente
utilizadas em muitas funções do
organismo e possuem complicados
mecanismos metabólicos de produção
e consumo.
Por exemplo, a glicose (açúcar) é
importante para a função normal de
todas as células do corpo e para a
produção de energia para todas
actividades como:
 Multiplicar-se,
 Crescer,
 Mover-se, etc.
São várias as causas de alterações
nestes testes.
Para interpretá-las, o técnico deve ter
formulado uma hipótese diagnóstica
específica para utilizar os resultados
destes testes.
Glicemia
Após a ingestão de alimentos
contendo carboidratos e depois
de um complexo processo de
metabolismo, o produto final é a
glicose.
 O excesso de glicose no sangue é
chamado hiperglicemia
 A redução de glicose no sangue é
chamada de hipoglicemia.

Valores Normais
3,6mmol/l a 6,4mmol/l (65 a 115 mg/dl).
Causas de Valores Anormais
Existem várias condições ou patologias que
levam a alteração da glicemia.
Hiperglicémia
 Diabetes e
Hipoglicémia
 malnutrição e
 em outras doenças.
Alguns medicamentos também
podem provocar hipoglicemia,
como
 A quinina que é usada no
tratamento da malária.
Uréia
A ureia é o produto final da
degradação das proteínas.

A ureia entra na circulação


sanguínea, vai para os rins onde é
filtrada e excretada.
Portanto, ao procedermos à medição
da ureia no plasma, estamos a
investigar o nível da função renal.

Valores Normais
 3,3 a 7,7mmol/l (9 a 21 mg/dl)
Causas de Valores Anormais
Valores Elevados
 Falhas de funcionamento do rim (insuficiência
renal).

Valores Baixos
 Gravidez,
 Malnutrição,
 SIDA,
 Doenças hepáticas graves.
Creatinina
A creatinina é um produto da
degradação resultante do metabolismo
dos músculos esqueléticos. É filtrada
pelos rins e excretada na urina.
Como na ureia, a medição do valor da
creatinina no plasma é um importante
teste para verificar a função renal.
Valores Normais :
 Homens: 60 – 130μmol/l (0.7 – 1.5 mg/dl)
 Mulheres: 40 - 110μmol/l (0.5 – 1.3 mg/dl)
Causas de Valores Anormais
Valores Elevados:
 Encontram-se em patologias que causem deficiência
no funcionamento dos rins.
Valores Baixos:
 Estão associados a um acentuadoemagrecimento
(diminuição da massa muscular).
Colesterol e Triglicéridos

Colesterol e triglicéridos são dois dos


maiores tipos de gordura que se
encontram no sangue.
No colesterol, encontramos dois
tipos de lipoproteínas:
 As de alta densidade designadas
HDL (ou bom colesterol) e
 As de baixa densidade designadas
LDL (ou mau colesterol).
Lipoproteínas de Alta Densidade –
HDL:
As HDL são pequenas partículas
constituídas por cerca de:
 50% de proteína,
 20% de colesterol, e
 30% de triglicerídeos.
Cumprem o importante papel de
levar o colesterol até o fígado
diretamente ou transferindo ésteres
de colesterol para outras
lipoproteínas
Lipoproteínas de Baixa Densidade –
LDL:
A LDL representa 50% da massa total
de lipoproteínas circulantes.
São partículas bem menores, tão
pequenas, que mesmo quando em
grande quantidade não são capazes
de turvar o plasma.
O colesterol representa metade da
massa da LDL. Cerca de 25% são
proteínas, o restante é constituído de
fosfolipídios e triglicerídeos. É a
lipoproteína que mais carrega colesterol.
Tem a função de transportá-lo
para locais onde ele exerce
uma função fisiológica, como
por exemplo a síntese de
esteróides.
HDL colesterol LDL colesterol HDL colesterol
(mmol/l)) (mmol/l) (mmol/l)
Desejavel < 5.2 < 3.36 > 1.55
Limitrofe 5.2 a 6.18 3.36 a 4.11 0.9 a 1.55
Indesejado ≥ 6.21 ≥ 4.14 < 0.9
Os triglicerídeos circulantes são
provenientes da:
 Dieta (fonte exógena) e
 Fígado (fonte endógena).
Triglicerídeos, ésteres de ácidos
graxos de glicerol, representam a
maior quantidade de gordura no
organismo. Sua função primária é
armazenar e providenciar energia
para as células.
As concentrações de triglicerídeos no
plasma variam conforme a idade e o
sexo.

Aumentos moderados ocorrem durante


o crescimento e o desenvolvimento.

Dosagens de triglicerídeos são usadas


para avaliar hiperlipidemias.
Altas concentrações podem ocorrer com
hipoparatireoidismo, síndrome nefrótica,
doenças de depósitos de glicogênio e
diabetes mellitus.
Concentrações extremamente elevadas
de triglicerídeos são comumente
encontradas em casos de pancreatite
aguda.
Valores Normais
 Os triglicéridos variam de 0.34 a 2.26 mmol/l
Iões: Sódio e Potássio
Com a medição destes valores no plasma
sanguíneo, podemos obter informação
sobre:
 O funcionamento renal e todo tipo de distúrbio
que desequilibra o balanço hidro-electrolítico
(água e electrólitos) no organismo, como por
exemplo: diabéticos, diarreias, entre outros.
Valores Normais
Os valores dos iões considerados normais,
para adultos, são:
 Sódio - 134 - 146 mmol/l
 Potássio nos adultos - 3,6 – 5,0 mmol/l
Causas de Valores Anormais
Hipernatremia
 valor de sódio elevado, como acontece
quando há vómitos, diarreias, entre outras.
Hiponatremia
 valor do sódio baixo.
Potássio
Hipercaliemia
O termo que se usa para indicar que o
valor do potássio está elevado.
 Falhas de funcionamento do rim
(insuficiência renal),
 Diarreias, entre outras.
Hipocalemia
O termo que se usa para indicar que o
valor do potássio está baixo.
Baixo consumo de potássio na dieta,
Vómitos e
Diarreias, entre outras.
Proteína Total e Albumina
A albumina é uma proteína produzida
no fígado. Desempenha um papel
fundamental na regulação do fluxo
da água entre o plasma e o fluido
nos tecidos.
Com a medição da albumina e das
proteínas totais, investigamos:
 Doenças hepáticas,
 Malnutrição,
 Doenças do rim
Valor normal:
 Proteínas totais – 60- 80g/l
 Albumina - 30 – 45g/l
Causas de Valores Anormais
 Desidratação causada por diarreia
ou vómitos prolongados.
Hipoalbuminemia
Valor baixo de albumina. Associado à
 Malnutrição,
 Mal absorção,
 Falha no funcionamento do fígado,
entre outras.
Hipoproteinémia
Proteína Total baixa (- abaixo de 60g/l)
 Redução de concentração de albumina.
Hiperproteinémia
Elevado valor de Proteína Total (- mais do
que 80g/l)
 Estase venosa prolongada.
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS DE
TESTES DE BIOQUÍMICA ESPECÍFICA
Introdução
Bioquímica específica: (ácido úrico,
Aspartato Aminotransferase (AST) e Alanina
Aminotransferase (ALT), Fosfatase Alcalina,
GGT, Bilirrubina Total, Directa e Indirecta).
Estas substâncias são utilizadas em
processos mais específicos no
organismo, principalmente no fígado.
As causas de alterações nestes testes
são mais limitadas e podem indicar
uma colecção das doenças mais
pequena como:
 Hepatite, ou icterícia obstrutiva, ou
 Gota.
Ácido Úrico
A medição do valor do ácido úrico
ajuda a investigar:
 A gota (tipo de artrite) e
 Doenças cardiovasculares.
Valores Normais :
 3,1 mg/dl – 7 mg/dl em homens e,
 2,5 a 5.6 mg/dl em mulheres
Causas de Valores Anormais
Hiperuricémia
A gota
Doenças renais,
Medicamentos,
Alcoolismo, entre outras.
Aspartato Aminotransferase (AST)
e Alanina Aminotransferase (ALT)

Estas enzimas fazem parte do


metabolismo dos aminoácidos.
Grandes quantidades da enzima AST
encontram-se:
 No fígado,
 Rins,
 Músculo cardíaco e
 Músculo-esquelético.
Em contrapartida, pequenas
quantidades da AST podem ser
encontradas:
No cérebro e
No pâncreas
Grandes quantidades da enzima
ALT encontra se principalmente:
No fígado.

Pequenas quantidades encontra se


nos outros órgãos, tais como:
 O coração.
Estes valores (AST e ALT) são utilizados
principalmente para investigar patologias
associadas a doenças do fígado e
coração.
A enzima ALT é mais específica para
detectar causas de destruição das
células do fígado.
Valores Normais :
 AST: 10 - 40 UI/l
 ALT: 5 - 35 UI/l
Causas de Valores Anormais
 Lesão hepatocelular, como nas hepatites.
 Enfarto do miocárdio (diminuição do
suprimento sanguíneo no musculo do
coração com morte subsequente de parte
deste músculo), o valor da AST é mais
alto do que o normal.
Fosfatase Alcalina
A sua medição ajuda a investigar
doenças ósseas e do fígado.
Valores normais :
Fosfatase alcalina - 44 – 147UI/l
Causas de Valores Anormais
Valor elevado:
 Nas hepatites,
 Nas doenças da vesícula biliar,
 Doenças ósseas;
Valor diminuído:
 Na malnutrição, entre outras.
GGT (Gama-Glutamil Transpeptidase)
A medição do valor da enzima GGT ajuda a
investigar patologias associadas à lesão
hepática como:
 Cirrose,
 Hepatites,
 Alcoolismo,
 Doenças pancreáticas.
Valores normais :
 GGT : 9 - 58 U/L
Causas de valores anormais
 Geralmente está associado a patologias
pancreáticas, alcoolismo, cirrose,
hepatite.
Bilirrubina Total Directa e Indirecta
Os valores da bilirrubina são utilizados para:
 Investigar doenças de causa hepática e
icterícia (pigmentação amarelada da pele,
mais visível nas escleróticas) e
 Para monitorar a progressão do
tratamento das mesmas.
Bilirrubina Total, Bilirrubina Directa e Indirecta
A bilirrubina total é o somatório da bilirrubina
indirecta e directa.
Valores normais das bilirrubinas:
 Bilirrubina total: 5.1 a 22μmol/l
 Bilirrubina directa: 1.7 a 6.8 μmol/l
 Bilirrubina indirecta: 3.4 a 15.2 μmol/l
Causas de Valores Anormais

Hiperbilirrubinemia
 Valor elevado da bilirrubina.

É necessário sempre saber se o


aumento da bilirrubina total é a custa da
bilirrubina directa, indirecta ou de
ambos.
Por exemplo:
 Nas destruições massivas dos
eritrócitos (hemólises) a bilirrubina
total aumenta a custa da bilirrubina
indirecta.
 Já nas situações que obstruem
os canais biliares e hepáticos, a
bilirrubina total aumenta a custa
da bilirrubina directa.

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