Comunicação e Expressao Questionário Unidade Ii - ..

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22/02/2024, 12:43 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE II – ...

UNIP EAD CONTEÚDOS ACADÊMICOS BIBLIOTECAS MURAL DO ALUNO TUTORIAIS LABORATÓRIOS

COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 5369-30_54202_R_E1_20241 CONTEÚDO Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE II

Usuário jessica.teixeira32 @aluno.unip.br


Curso COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Teste QUESTIONÁRIO UNIDADE II
Iniciado 22/02/24 12:39
Enviado 22/02/24 12:40
Status Completada
Resultado da tentativa 5 em 5 pontos
Tempo decorrido 1 minuto
Resultados exibidos Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários, Perguntas respondidas incorretamente

Pergunta 1 0,5 em 0,5 pontos

Leia o texto.
Texto 1
Justiça ou vingança?
Maria Rita Kehl
“Sou obrigada a concordar com Friedrich Nietzsche: na origem da demanda por justiça está o desejo de vingança.
Nem por isso as duas coisas se equivalem. O que distingue civilização de barbárie é o empenho em produzir
dispositivos que separem um de outro. Essa é uma das questões que devemos responder a cada vez que nos
indignamos com as consequências da tradicional violência social em nosso país.
Escrevo ‘tradicional’ sem ironia. O Brasil foi o último país livre no Ocidente a abolir a prática bárbara do trabalho
escravo. Durante três séculos, a elite brasileira capturou, traficou, explorou e torturou africanos e seus
descendentes sem causar muito escândalo.
Joaquim Nabuco percebeu que a exploração do trabalho escravo perverteria a sociedade brasileira – a começar
pela própria elite escravocrata. Ele tinha razão.
Ainda vivemos sérias consequências desse crime prolongado que só terminou porque se tornou economicamente
inviável. Assim como pagamos o preço, em violência social disseminada, pelas duas ditaduras – a de Vargas e a
militar (1964 a 1985) – que se extinguiram sem que os crimes de lesa-humanidade praticados por agentes de
Estado contra civis capturados e indefesos fossem apurados, julgados, punidos.
Hoje, três décadas depois de nossa tímida anistia ‘ampla, geral e irrestrita’, temos uma polícia ainda militarizada,
que comete mais crimes contra cidadãos rendidos e desarmados do que o fez durante a ditadura militar.
Por que escrevo sobre esse passado supostamente distante ao me incluir no debate sobre a redução da
maioridade penal? Porque a meu ver, os argumentos em defesa do encarceramento de crianças no mesmo
regime dos adultos advêm dessa mesma triste ‘tradição’ de violência social.
É muito evidente que os que conduzem a defesa da mudança na legislação estão pensando em colocar na cadeia,
sob a influência e a ameaça de bandidos adultos já muito bem formados na escola do crime, somente os ‘filhos
dos outros’.
Quem acredita que o filho de um deputado, evangélico ou não, homofóbico ou não, será julgado e encarcerado
aos 16 anos por ter queimado um índio adormecido, espancado prostitutas ou fugido depois de atropelar e matar
um ciclista?
Sabemos, sem mencioná-lo publicamente, que essa alteração na lei visa apenas os filhos dos ‘outros’. Estes outros
são os mesmos, há 500 anos. Os expulsos da terra e ‘incluídos’ nas favelas. Os submetidos a trabalhos forçados.
São os encarcerados que furtaram para matar a fome e esperam anos sem julgamento, expostos à violência de
criminosos periculosos. São os militantes desaparecidos durante a ditadura militar de 1964-85, que a Comissão da
Verdade não conseguiu localizar porque os agentes da repressão se recusaram a revelar seu paradeiro.
Este é o Brasil que queremos tornar menos violento sem mexer em nada além de reduzir a idade em que as
crianças devem ser encarceradas junto de criminosos adultos. Alguém acredita que a medida há de amenizar a
violência de que somos (todos, sem exceção) vítimas?
As crianças arregimentadas pelo crime são evidências de nosso fracasso em cuidar, educar, alimentar e oferecer
futuro a um grande número de brasileiros. Esconder nossa vergonha atrás das grades não vai resolver o
problema.
Vamos vencer nosso conformismo, nossa baixa estima, nossa vontade de apostar no pior – em uma frase, vamos
curar nossa depressão social. Inventemos medidas socioeducativas que funcionem: sabemos que os presídios são
escolas de bandidos. Vamos criar dispositivos que criem cidadãos, mesmo entre os miseráveis – aqueles de quem
não se espera nada. ”
Fonte: //app.folha.uol.com.br/#noticia/562864>. Acesso em 20 jun. 2015

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Texto 2

A favor da redução da maioridade penal

Em casos de excepcional gravidade, é preciso uma punição mais eficaz ao menor infrator do que aquelas
preconizadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente
Aloysio Nunes Ferreira

02/04/2015

“No dia 31 de março, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a
admissibilidade de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende reduzir a maioridade penal de 18
para 16 anos. Pela primeira vez, um órgão parlamentar reconhece que a matéria não afronta a Constituição e
pode continuar sua tramitação no Congresso Nacional, permitindo ampliar o debate sobre essa questão tão
delicada e polêmica.

Concordo com o parecer da CCJ da Câmara. A redução da imputabilidade penal, hoje fixada em 18 anos pelo
Artigo 228 da Constituição, pode ser alterada por emenda à Carta, uma vez que não está entre os direitos e
garantias individuais elencados no Artigo 5º, esses, sim, imutáveis.

Superada a questão da constitucionalidade, trata-se, agora, de discutir o mérito da proposta. Deverão os delitos
cometidos por jovens entre 16 e 18 anos, independentemente de sua gravidade, do grau de discernimento e
periculosidade de seus autores, serem sancionados tão somente pelas medidas socioeducativas previstas no
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), entre as quais a internação por no máximo três anos? Ou será preciso
buscar uma maior correspondência entre as condições do delito e a gravidade das punições?
Faz um ano, um jovem brasiliense matou sua namorada com um tiro no rosto, pretextando ciú­mes. Filmou o
assassinato com o celular, compartilhou as imagens nas redes sociais e ocultou o cadáver. Faltava apenas um dia
para ele completar 18 anos. Preso no dia seguinte, foi julgado com base no ECA e será posto em liberdade quando
completar 21 anos, sem que nada conste em sua folha de antecedentes. Caso o crime tivesse ocorrido um dia
depois, já aos 18 anos, não escaparia de uma condenação com base no Código Penal por homicídio muitas vezes
qualificado. Poderia permanecer no cárcere por 30 anos.
Fatos como esse, ainda que felizmente não sejam frequentes, exigem maior adequação do sistema penal aos dias
de hoje. Por que, então, a redução para 16 anos? A partir dos 16 anos, o jovem vota se quiser, seu testemunho é
aceito em juízo e pode ser emancipado, inclusive sem consentimento dos pais, se tiver economia própria. O
Direito brasileiro reconhece, assim, que a partir dos 16 anos o adolescente tem condições de assumir a
responsabilidade pelos seus atos.
Por isso é legítimo o debate que se abre agora: redução pura e simples da idade-limite para a aplicação da lei
penal para os 16 anos (nos termos da proposta da Câmara dos Deputados) ou a redução da maioridade penal
apenas em casos de excepcional gravidade, conforme emenda que apresentei ao Senado.
Reconheço os riscos de legislar sob o clamor público e, justamente por isso, apresentei, ainda em 2012, quando o
assunto não estava estampado nas manchetes, uma PEC que oferece um ‘caminho do meio’ a essa discussão.
Minha proposta mantém a regra geral da imputabilidade aos 18 anos, mas permite sua redução em casos
excepcionais, mediante uma criteriosa análise do juiz e do Ministério Público, perante a Vara da Infância e da
Juventude. Chamo essa análise de ‘incidente de desconsideração da inimputabilidade penal’.
Dessa maneira, diante de uma denúncia envolvendo um menor de 18 e maior de 16 anos, que tenha cometido
uma infração capaz de ser enquadrada como crime hediondo ou múltipla reincidência de lesão corporal grave e
roubo qualificado, o juiz fará, a partir de um pedido do promotor de justiça, uma avaliação, mediante exames
criteriosos e laudos técnicos de especialistas, do grau de discernimento sobre o caráter ilícito do seu ato. Em caso
afirmativo, o juiz da Infância e da Juventude poderia decretar a sua imputabilidade e aplicar a ele a lei penal.
Condenado, o menor, acima de 16 anos, somente poderia cumprir a sentença em estabelecimento especial,
criado especificamente para o cumprimento de penas por esse tipo de criminoso juvenil, isolado dos demais
presos comuns.
Trata-se de uma solução intermediária e prudente, pois reconhece, a um só tempo, a evolução da sociedade
moderna e um problema efetivo de criminalidade envolvendo menores. Minha PEC não foi aprovada na Comissão
de Constituição e Justiça do Senado por uma escassa maioria, o que revela quanto o Legislativo está dividido.
Alguns senadores e eu recorremos ao Plenário, onde minha PEC ainda será apreciada, desde que o presidente
Renan Calheiros cumpra seu compromisso de submetê-la à votação. Apesar do calor da emoção, não podemos
admitir que argumentos radicalizados impeçam o debate. Dizer que a redução da maioridade penal afronta
garantias fundamentais e cláusulas pétreas é interpretar a Constituição com visão limitada, fugindo ao debate
pela saída mais conveniente.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei justa e generosa, ainda largamente ignorada em suas
medidas de proteção e promoção. Mesmo quanto às sanções previstas no estatuto, antes de se chegar à
internação, há uma série de outras menos severas, como a advertência, a prestação de serviços à comunidade e a
liberdade assistida, que são frequentemente ignoradas, passando-se diretamente à privação de liberdade, mesmo
em casos em que isso não se justifica. Os poderes públicos, inclusive o Judiciário, estão em dívida com a sociedade
por conta da inobservância do estatuto em sua integralidade.

Reconheço que a punição não é o único remédio para a violência cometida pelos jovens. Evidentemente, políticas
sociais, educação, prevenção, assistência social são medidas que, se aplicadas no universo da população jovem,
terão o condão, efetivamente, de reduzir a violência. Mas, em determinados casos, é preciso uma punição mais
eficaz do que aquelas preconizadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.”

Fonte: https://epoca.globo.com/ideias/noticia/2015/04/favor-da-reducao-da-maioridade-penal.html. Acesso em:


06 abr. 2021.

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Com base na leitura, avalie as afirmativas.

I. No texto I, infere-se que, para a autora, a criminalidade tem causa nos problemas sociais e o desejo de vingança
fundamenta a ideia da redução da maioridade penal, que não resolveria o problema da violência no Brasil.

II. No texto II, o autor afirma a constitucionalidade da redução da maioridade penal e defende a ideia de que os
crimes mais graves cometidos por jovens entre 16 e 18 anos devem ser avaliados de forma mais rígida.

III. Na argumentação, a autora do texto I vale-se da exposição de fatos históricos, e o autor do texto II apresenta
um exemplo.

IV. Os dois textos são classificados como artigo de opinião, com estrutura argumentativa.

Resposta Selecionada: a. I, II, III e IV.

Respostas: a. I, II, III e IV.

b. I e II, apenas.

c. II e III, apenas.

d. I, II e III, apenas.

e. I, II e IV, apenas.

Comentário Resposta: A
da resposta: Comentário: a autora do primeiro texto mostra-se contrária à redução da maioridade penal e
apoia-se nas desigualdades históricas da formação da sociedade brasileira para defender seu
ponto de vista. O autor do segundo texto aponta a necessidade de leis mais rígidas para os
crimes mais graves cometidos pelos jovens entre16 e 18 anos. Para defender seu ponto de vista,
apresenta um caso de homicídio cometido por um rapaz de 17 anos. Os dois textos são artigos
de opinião, com estrutura argumentativa.

Pergunta 2 0,5 em 0,5 pontos

Leia o texto e analise as afirmativas.

Extra, extra. Este macaco é humano.

Não somos tão especiais

“Todas as características tidas como exclusivas dos humanos são compartilhadas por outros animais, ainda que
em menor grau.

INTELIGÊNCIA

A ideia de que somos animais racionais tem sido destruída desde os anos 40. A maioria das aves e mamíferos tem
algum tipo de raciocínio.

AMOR

O amor, tido como o mais elevado dos sentimentos, é parecido em várias espécies, como os corvos, que também
criam laços duradouros, se preocupam com o ente querido e ficam de luto depois de sua morte.

CONSCIÊNCIA

Chimpanzés se reconhecem no espelho. Orangotangos observam e enganam humanos distraídos. Sinais de que
sabem quem são e se distinguem dos outros. Ou seja, são conscientes.

CULTURA

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O primatologista Frans de Waal juntou vários exemplos de cetáceos e primatas que são capazes de aprender
novos hábitos e de transmiti-los para as gerações seguintes. O que é cultura senão isso?”

Fonte: BURGIERMAN, D. Superinteressante, nº 190, jul. 2003.

I - A tese do autor é de que não há diferenças entre o homem e o macaco.

II - O autor vale-se do argumento de autoridade para defender seu ponto de vista.

III - A fotografia tem papel na sustentação da tese, pois atua como um argumento com base no real.

É correto o que se afirma em:

Resposta Selecionada: b. II e III.

Respostas: a. I, II e III.

b. II e III.

c. I e III.

d. I e II.

e. II, apenas.

Comentário da Resposta: B
resposta:
Comentário: o autor não afirma que não há diferenças entre o homem e o macaco. Sua tese é a
de que o ser humano não é superior em alguns quesitos, como acredita o senso comum. Na
argumentação, ele cita um primatologista e a fotografia mostra o macaco em postura e
atividades humanas.

Pergunta 3 0,5 em 0,5 pontos

Considere o post e analise as afirmativas.

Fonte: acervo pessoal

I - O post ratifica a validade do raciocínio dedutivo para se chegar a conclusões gerais.


II - O post comprova a importância e a validade do argumento por exemplo ou por ilustração.
III - Há problemas gramaticais no post: falta de pontuação e de acento e erro de concordância verbal.
Assinale a alternativa correta.

Resposta Selecionada: b. Somente a afirmativa III é correta.

Respostas: a. Nenhuma afirmativa é correta.

b. Somente a afirmativa III é correta.

c. I e III são corretas.

d. I e II são corretas.

e. II e III são corretas.

Comentário da Resposta: B
resposta:
Comentário: a pessoa tenta fazer uma generalização (base do raciocínio indutivo) para
transformar em caso em verdade universal. Trata-se de um defeito de argumentação, pois um

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exemplo não pode ser tomado como uma prova universal. Falta pontuação no texto, “história”
está sem acento e o correto seria “existem”.

Pergunta 4 0,5 em 0,5 pontos

João, gerente de uma agência bancária, escreveu o seguinte e-mail a um cliente.


Prezado Sr. Marco Antônio,
Foi observado uma movimentação incomum na sua conta corrente na última semana, onde houveram saques de
alto valor. Solicitamos que verifique seu extrato a fim de identificar possíveis FRAUDES.
I - Há dois erros de concordância no e-mail.
II - O uso de letras maiúsculas, como em FRAUDES, sugere que o enunciador está falando mais alto.
III - No e-mail, faltam a despedida e a assinatura.
É correto o que se afirma em:

Resposta Selecionada: a. I, II e III.

Respostas: a. I, II e III.

b. I e II.

c. II e III.

d. I e III.

e. III, apenas.

Comentário da Resposta: A
resposta: Comentário: há dois erros de concordância. O correto seria: “foi observada” e “houve”. O uso
de caixa-alta indica que se aumenta o tom de voz, e faltam elementos constitutivos do gênero,
como a despedida e a assinatura.

Pergunta 5 0,5 em 0,5 pontos

Leia o texto, de autoria de Luiz Ruffato.

Nossa democracia em xeque


O cenário de intolerância e incapacidade de diálogo que constatamos hoje na sociedade brasileira é um
sério sinal de debilidade do nosso sistema político

“Se pensarmos que estamos há 34 anos do fim da ditadura militar e há 29 anos da primeira eleição direta para a
Presidência da República, é preocupante observarmos que a nossa democracia já aparenta cansaço e
desmotivação. O exercício da democracia pressupõe participação efetiva, ou seja, cidadãos livres que se engajam
no debate público, alinhando-se a este ou aquele partido político, que tentará colocar em prática suas ideias ao
alcançar o poder. Para isso, são necessários cidadãos livres, partidos políticos, ideias...

Não são cidadãos livres aqueles que não possuem as condições mínimas de sobrevivência: moradia e
alimentação. Calcula-se que o déficit habitacional no Brasil chegue a mais de 6 milhões de famílias — e a
insegurança alimentar atinge cerca de 52 milhões de brasileiros. Também é muito difícil ser um cidadão livre quem
não teve acesso à educação formal, chave que abre as portas de um conhecimento mais sofisticado do mundo.
Segundo o Instituto Paulo Montenegro, 27% da população brasileira é analfabeta funcional.

Partidos políticos, ou seja, agremiações que possuem um programa com o qual os eleitores se identificam e que,
portanto, os representam ideologicamente, na prática inexistem no Brasil. Segundo recente pesquisa CNI/Ibope,
metade dos entrevistados não demonstra simpatia por nenhum partido existente — 19% citaram o PT, 7% o MDB
e 6% o PSDB. Para 72% dos entrevistados, o voto é dado ao candidato, independentemente da sigla à qual ele
esteja filiado.

Ideias, ninguém as tem. Os políticos brasileiros defendem interesses, não ideias. Segundo resultado da pesquisa
CNI/Ibope, mais importante de tudo é que o candidato de predileção acredite em Deus — fato importante para
oito em cada dez eleitores... Nesse sentido, a retórica, sempre vazia, tornou-se uma espécie de roupa que os

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políticos vestem para se apresentar nos palanques. Dependendo do público, usam um ou outro discurso — que
serve, apenas, para iludir as massas.

A falta de partidos fortes, que defendam ideias claras, oferecendo soluções racionais para problemas objetivos,
empurra nossa política para o colo de líderes personalistas.

O grande perigo para a existência da democracia é o ressentimento, a humilhação, a desesperança — sobre esse
tripé alicerçaram-se os fascismos de direita e de esquerda que varreram o mundo na primeira metade do século
XX. E o cenário de intolerância e incapacidade de diálogo que constatamos hoje na sociedade brasileira é um sério
sinal de debilidade do nosso sistema político.”

Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/15/opinion/1521073446_462021.html>. Acesso em 20 jun. 2018


(com adaptações).

Com base na leitura, analise as afirmativas:

I - A tese do texto é que a desmotivação e o cansaço apresentados pela democracia brasileira advêm do grande
número de partidos políticos, pois o excesso de siglas provoca indiferença no eleitor.

II - O texto tem estrutura narrativa, pois remete à história do Brasil.

III - O autor vale-se de dados estatísticos na sua argumentação.

É correto o que se afirma em:

Resposta Selecionada: e. III, apenas.

Respostas: a. I, II e III.

b. II e III.

c. I e III.

d. I e II.

e. III, apenas.

Comentário da Resposta: E
resposta: Comentário: o autor defende a tese de que a democracia brasileira é frágil porque faltam
partidos políticos fortes, com ideias bem definidas, e os eleitores decidem seu voto com base
nas características pessoais dos candidatos. O texto é um artigo de opinião e tem estrutura
dissertativa. Na argumentação, há forte presença de dados estatísticos.

Pergunta 6 0,5 em 0,5 pontos

Considere o texto a seguir e analise as asserções e a relação entre elas.

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Fonte: <www.gerarmemes.com.br/meme/662258-me-avise-quando-o-inverno-acabar>. Acesso em 17 mai. 2019.

I - A combinação da linguagem verbal com a não verbal é uma característica dos memes.

PORQUE

II - Os memes utilizam nível de linguagem informal, por isso o desvio em relação à colocação pronominal do texto
apresentado é aceitável.

Assinale a alternativa correta.

Resposta Selecionada: b. As asserções I e II são verdadeiras, e a II não justifica a I.

Respostas: a. As asserções I e II são verdadeiras, e a II justifica a I.

b. As asserções I e II são verdadeiras, e a II não justifica a I.

c. A asserção I é verdadeira.

d. A asserção I é falsa.

e. As duas asserções são falsas.

Comentário da Resposta: B
resposta:
Comentário: o meme é normalmente um texto híbrido (combina linguagem verbal e não
verbal). Na parte linguística, vale-se da informalidade, por isso o “me avise” do texto é
aceitável. As duas asserções são verdadeiras, mas não há relação entre elas.

Pergunta 7 0,5 em 0,5 pontos

Leia o trecho a seguir.

“A ‘sociedade de consumidores’ é um tipo de sociedade (recordando um termo, que já foi popular, cunhado por
Althusser) que ‘interpela’ seus membros (ou seja, dirige-se a eles, saúda-os, apela a eles, questiona-os, mas
também os interrompe e ‘irrompe sobre’ eles) basicamente na condição de consumidores. [...] Ela avalia –
recompensa e penaliza – seus membros segundo a prontidão e adequação da resposta deles à interpelação.
Como resultado, os lugares obtidos ou alocados no eixo da excelência/inépcia do desempenho consumista se
transformam no principal fator de estratificação e no maior critério de inclusão e exclusão, assim como orientam a
distribuição do apreço e do estigma sociais, e também de fatias da atenção do público.”

Fonte: BAUMAN, Z. Vida para consumo. São Paulo: Nacional, 2008.

Assinale a alternativa que apresenta uma paráfrase adequada e bem escrita do trecho.

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Resposta b.
Selecionada: De acordo com Bauman, na sociedade dos consumidores, o desempenho consumista do
indivíduo é o principal critério para definir sua inclusão ou sua exclusão social.

Respostas: a.
A sociedade de consumidores busca atrair a atenção do público, onde o desempenho do
cidadão, é interpelado, tornando a inclusão e a exclusão um critério para a estratificação
social, por meio de saudações.

b.
De acordo com Bauman, na sociedade dos consumidores, o desempenho consumista do
indivíduo é o principal critério para definir sua inclusão ou sua exclusão social.

c.
Bauman retoma o conceito de Althusser e afirma que os estigmas sociais, distribuindo apreço,
inclusão e exclusão irrompem sobre o público, e chamam a atenção dele.

d.
Os lugares obtidos pelo público na estratificação social indicam a recompensa ou a
penalização da interpelação popular, ou seja, a sociedade apela aos consumidores.

e.
A excelência do consumo na sociedade atual dirige-se aos consumidores e isso segundo
Bauman, orienta os estigmas sociais e questiona os cidadãos quanto à sua estratificação.

Comentário da Resposta: B
resposta:
Comentário: Bauman afirma que, na sociedade dos consumidores, a excelência ou a inépcia
do desempenho consumista dos indivíduos é o principal critério de estratificação social e de
inclusão ou exclusão.

Pergunta 8 0,5 em 0,5 pontos

Leia os quadrinhos a seguir.

Fonte: <http://1.bp.blogspot.com/_H8nf5IO7N14/S_gmofyVXzI/AAAAAAAABnE/8G9RIpN1Ts0/s1600/a_era_das_ince
rtezas_quadrinhos.gif>. Acesso em 19 jul. 2015.

Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as alternativas.

I - As facilidades de propagação de informações na sociedade em rede possibilitam a divulgação de textos sem a


correta referência, o que invalida a internet como fonte de pesquisa para trabalhos acadêmicos.

II - As redes sociais permitem o compartilhamento de textos sem a checagem de fontes, o que provoca, muitas
vezes, a disseminação de informações incorretas.

III - A referência correta a fontes e a redação autoral são duas características essenciais dos textos acadêmicos.

É correto o que se afirma em:

Resposta Selecionada: b. II e III.

Respostas: a. I, II e III.

b. II e III.

c. I e III.

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d. I e II.

e. III, apenas.

Comentário da Resposta: B
resposta:
Comentário: a possibilidade de referência incorreta ou de informação falsa não invalida a
internet como fonte de pesquisa para trabalhos acadêmicos. No entanto, eles devem prezar
pela referência precisa e não podem conter plágios.

Pergunta 9 0,5 em 0,5 pontos

Leia a fábula e analise as afirmativas.

O sapo e o escorpião

“Era uma vez um sapo e um escorpião que estavam parados à margem de um rio.

- Você me carrega nas costas para eu poder atravessar o rio? - Perguntou o escorpião ao sapo.

- De jeito nenhum. Você é a mais traiçoeira das criaturas. Se eu te ajudar, você me mata em vez de me agradecer.

- Mas, se eu te picar com meu veneno - respondeu o escorpião com uma voz terna e doce -, morro também. Me dê
uma carona. Prometo ser bom, meu amigo sapo.

O sapo concordou.

Durante a travessia do rio, porém, o sapo sentiu a picada mortal do escorpião.

- Por que você fez isso, escorpião? Agora nós dois morreremos afogados! - disse o sapo.

E o escorpião simplesmente respondeu:

- Porque esta é a minha natureza, meu amigo sapo. E eu não posso mudá-la.”

Fonte: <https://www.recantodasletras.com.br/fabulas/5377500>. Acesso em 20 abr. 2019.

I - Trata-se de um texto com estrutura argumentativa, que defende a tese de as pessoas não se livram da sua
natureza.

II - O texto é predominantemente figurativo, pois prevalecem os elementos concretos.

III - O tema do texto é “O sapo e o escorpião”.

É correto o que se afirma em:

Resposta Selecionada: e. II, apenas.

Respostas: a. I, II e III.

b. II e III.

c. I e II.

d. I e III.

e. II, apenas.

Comentário da Resposta: E
resposta:
Comentário: a fábula tem estrutura narrativa e é um texto figurativo, pois trabalha com
elementos concretos. “O sapo e o escorpião” é o título do texto, não seu tema.

Pergunta 10 0,5 em 0,5 pontos

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Leia os quadrinhos e analise as afirmativas.

Fonte: <https://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-fisica/exercicios-sobre-as-leis-newton.htm>.
Acesso em 20 abr. 2019.

I - O objetivo dos quadrinhos é denunciar o plágio, prática que, embora comum em trabalhos escolares, é crime.

II - Infere-se que o professor solicitou a Calvin uma paráfrase das Leis de Newton.

III - O personagem valeu-se da ambiguidade da expressão “suas palavras” para livrar-se da lição.

É correto o que se afirma em:

Resposta Selecionada: c. II e III.

Respostas: a. I, II e III.

b. I e II.

c. II e III.

d. I e III.

e. III, apenas.

Comentário da Resposta: C
resposta:
Comentário: o professor solicitou que o menino explicasse as leis da Física com uma redação
autoral, ou seja, pediu que ele fizesse uma paráfrase delas. A expressão “suas palavras” pode
ser compreendida de duas formas, o que possibilitou a “brecha” para que Calvin escapasse da
lição. Ele não plagiou a resposta; ele inventou suas próprias palavras.

Quinta-feira, 22 de Fevereiro de 2024 12h43min50s GMT-03:00 ← OK

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