DRENAGEM PLEURAL (1) PPTX - 240507 - 180753

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Irmandade Nossa Senhora das Mercês de Montes Claros

PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA - PEDIATRIA

TORACOCENTESE E
DRENAGEM DE TÓRAX
QUANDO REALIZAR ?

RESIDENTE: VANESKA CORDEIRO TEIXEIRA – R3


ORIENTADOR: DR. CÁSSIO COSTA
INTRODUÇÃO

• A punção e a drenagem pleural são procedimentos cirúrgicos


com finalidade diagnóstica e terapêutica nas afecções que
acometem a cavidade pleural, levando à formação ou
depósito de líquido ou ar no espaço pleural.

• Apesar destas coleções sempre constituírem uma condição


anormal, a conduta poderá ser conservadora, face a pequenos
pneumotórax espontâneos nos pacientes sem respiração
mecânica e nas pequenas coleções líquidas, não sépticas e
cujo diagnóstico seja conhecido.
ANATOMIA

• A cavidade pleural é um
espaço virtual limitado
pelas pleuras visceral,
parietal, mediastinal e
diafragmática, ocupado
por uma fina lâmina
líquida que permite o
deslizamento entre elas
durante o ciclo
respiratório.
ANATOMIA


ANATOMIA

• O líquido pleural, possui aspecto seroso, e é responsável pela


lubrificação das superfícies pleurais, permitindo que as
camadas de pleura deslizem suavemente uma sobre a outra
durante a respiração.

• A tensão superficial do líquido pleural também propicia a


coesão que mantém a superfície pulmonar em contato com a
parede torácica; assim, o pulmão se expande e se enche de
ar quando o tórax expande.
ANATOMIA

• Em condições normais, 10 a 20 mL de líquido pleural, com


composição semelhante ao plasma, mas com conteúdo mais
baixo de proteína (< 1,5 g/dL [< 15 g/L]), espalham-se
finamente pelas pleuras viscerais e parietais, facilitando o
movimento entre os pulmões e a parede torácica.

• O líquido proveniente dos capilares sistêmicos da pleura


parietal entra na cavidade pleural e sai pelos estomas e
linfáticos do mesmo folheto.
AFECÇÕES QUE ACOMETEM A
CAVIDADE PLEURAL
PNEUMOTÓRAX

• É definido como uma


coleção de ar que está
localizada entre a pleura
visceral e parietal.

• Pode fluir livremente no


tórax ou ser loculado por
faixas fibrosas ou outros
tecidos.
AFECÇÕES QUE ACOMETEM A
CAVIDADE PLEURAL
PNEUMOTÓRAX

• É caracterizado como espontâneo ou traumático.

• O pneumotórax traumático é causado por traumatismo


contuso, por esmagamento ou penetrante no tórax; por
lesão de um procedimento diagnóstico ou terapêutico; ou
como consequência da ventilação mecânica
AFECÇÕES QUE ACOMETEM A
CAVIDADE PLEURAL
PNEUMOTÓRAX
HIPERTENSIVO
• Consiste no acúmulo de ar
no espaço pleural sob
pressão, comprimindo os
pulmões e diminuindo o
retorno venoso para o
coração.

• As causas mais frequentes


são ventilação mecânica,
trauma torácico penetrante
ou fechado, pneumonias,
complicação de canulação
AFECÇÕES QUE ACOMETEM A
CAVIDADE PLEURAL
DERRAME
PLEURAL
• É o acúmulos de líquido
dentro do espaço pleural.

• Pode ocorrer por aumento na


formação de líquido ou por
redução na sua absorção.

• A classificação se baseia
nas características
laboratoriais do líquido.
Rodrigo Romualdo Pereira, Luciana Resende Boaventura; Derrame pleural parapneumônico: aspectos clínico-cirúrgicos e revisão da literatura; Rev Med Minas
Gerais 2014; 24 (Supl 2): S31-S37
DIAGNÓSTICO
DERRAME PLEURAL

• Dispneia é o sintoma dominante, de intensidade


variável a depender da extensão do derrame.

• Presença de tosse, dor torácica ventilatório-


dependente, hemoptise ou febre depende da
etiologia subjacente.

• Exame físico: murmúrio vesicular reduzido ou


abolido no hemitórax acometido, com macicez à
percussão, redução do frêmito tóraco-vocal e da
DIAGNÓSTICO
DERRAME
PLEURAL
• Raio-X de tórax:
• incidências PA (detecta derrames > 200ml) e perfil (obliteração do
ângulo costofrênico posterior em derrames > 50ml) com o paciente
em ortostase.
• incidência de Laurell (decúbito lateral com raios horizontais) é muito
utilizada para diferenciar derrame de espessamento pleural. Uma
lâmina de líquido > 10mm nessa incidência usualmente permite a
realização de toracocentese com segurança

AFECÇÕES QUE ACOMETEM A
CAVIDADE PLEURAL
DERRAME PLEURAL
AFECÇÕES QUE ACOMETEM A
CAVIDADE PLEURAL
DERRAME PLEURAL
DIAGNÓSTICO

DERRAME PLEURAL

• USG de tórax:
• superior à radiografia de tórax na detecção de derrame pleural. Pode
ser realizado à beira do leito e não tem contra-indicações.
• Detecta septações e quantifica com maior precisão o volume.
• Utilizado também para guiar a toracocentese diagnóstica.

• A toracocentese e a análise do líquido pleural costumam ser


necessárias para determinar etiologia.
PUNÇÃO PLEURAL
(TORACOCENTESE)
• Estará indicada nos casos de derrame pleural evidenciado pelo
estudo radiológico excetuando-se os pequenos derrames de
natureza asséptica, cujo diagnóstico seja seguramente
conhecido.

• Nas situações de emergência, a punção pleural poderá ser


realizada sem a confirmação radiológica, com objetivo
diagnóstico, como nos casos de pneumotórax hipertensivo, ou
hemotórax maciços em situações de trauma.
PUNÇÃO PLEURAL
(TORACOCENTESE)
PUNÇÃO PLEURAL
(TORACOCENTESE)
DERRAME PLEURAL
• Realizado quando volume
permitir (> 10mm);

• Rotina no líquido pleural


(proteínas, LDH, PH,
glicose, citologia,
citometria, Gram, cultura,
pesquisa de antígenos
bacterianos).
AFECÇÕES QUE ACOMETEM A
CAVIDADE PLEURAL
DERRAME PLEURAL

• Diferenciação entre transudato e exsudato. Exsudatos preenchem


pelo menos um dos critérios:
AFECÇÕES QUE ACOMETEM A
CAVIDADE PLEURAL
DERRAME PLEURAL

TRANSUDATO EXSUDATO

Combinação de aumento da pressão hidrostática e diminuição da pressão oncótica na circulação pulmonar ou sistêmica EXS: Insuficiência Cardíaca, Cirrose, Síndrome Nefrótica Provocados por processos locais, causando aumento da permeabilidade capilar e resultando em exsudação de líquido, proteína, células e outros constituintes séricos. EXS: Pneumonia, doença maligna, infecções virais, tuberculose
AFECÇÕES QUE ACOMETEM A
CAVIDADE PLEURAL
DERRAME
PLEURAL
• O derrame quiloso (quilotórax) é o derrame branco e
leitoso, rico em triglicerídios, causado por lesão
traumática ou neoplásica (linfomatosa, com maior
frequência).

• O hemotórax é o líquido sanguinolento (hematócrito do


líquido pleural > 50% do hematócrito periférico) na
cavidade pleural, decorrente de trauma ou, raramente,
de coagulopatia, ou após ruptura de grande vaso
sanguíneo, como aorta ou artéria pulmonar.
TÉCNICA PARA PUNÇÃO PLEURAL

• Antissepsia da pele de todo hemitórax (com solução


clorexedina ou iodopovidona).

• Anestesia local - da pele, tecido celular subcutâneo,


plano muscular e intercostal com solução de lidocaína,
não sendo necessária concentração superior a 1%. É
importante realizar a anestesia numa área relativamente
ampla no sentido lateral.
TÉCNICA PARA PUNÇÃO PLEURAL

• O feixe neurovascular
intercostal está localizado
ao longo da borda inferior
de cada arco costal.
Portanto, a agulha deve ser
inserida sobre a borda
superior do arco costal
para evitar danos ao feixe
neurovascular.
TÉCNICA PARA PUNÇÃO PLEURAL
TÉCNICA PARA A PUNÇÃO
PLEURAL
DRENAGEM PLEURAL

• É a técnica cirúrgica que permite, pela inserção de


dreno acoplado a um sistema específico, acesso à
cavidade pleural ou mediastinal.

• Está indicada em situações de urgência/ emergência,


tais como:
● Hemotórax
● Pneumotórax.
● Empiema
● Quilotórax
● Derrame pleural recorrente
DRENAGEM PLEURAL

• A indicação está na dependência do tipo e do volume de líquido


acumulado no espaço pleural.

• Em determinadas situações, a toracocentese, precede a


drenagem, pois permite a caracterização macroscópica desse
conteúdo, bem como sua análise laboratorial.

• Líquidos estéreis podem ser esvaziados por punção pleural sem


a necessidade de drenagem
TÉCNICA DA DRENAGEM PLEURAL

• Preencher o frasco do dreno em selo de água com água


estéril e conectá-lo a uma fonte de sucção.

• O local de inserção pode variar com base no ar ou líquido


a ser drenado. Para pneumotórax, normalmente insere-se
o tubo no 4º espaço intercostal e, para outras indicações,
no 5º espaço intercostal, na linha axilar média ou linha
axilar anterior.

• Marcar o local de inserção.

• Preparar a área em e em torno do local de inserção


usando uma solução antisséptica como clorexidina.
TÉCNICA DA DRENAGEM PLEURAL

• Fazer uma incisão na pele de 1,5 a 2 cm e, então,


dissecar o tecido mole intercostal até a pleura,
avançando com uma pinça hemostática ou com uma pinça
Kelly e abrindo-o.

• Identificar o arco costal abaixo do local de inserção e


mover-se sobre o arco costal para encontrar o espaço
pleural. Em seguida, perfurar a pleura com o instrumento
fechado. Confirmar a entrada no espaço pleural e a
ausência de aderências.

• Prender o dreno de tórax na extremidade externa.


TÉCNICA DA DRENAGEM PLEURAL
DRENAGEM PLEURAL

• O dreno deve ser mantido até ser observada melhora


clínica e radiológica:
• Melhora da curva térmica, padrão respiratório e ausência de
toxemia.

• O volume de drenagem em torno de menos de 15mL em 24


horas.

• Observar também aspecto do líquido: claro, sem pus.

• A melhora clínica após drenagem é esperada em 48-72


horas.
REFERÊNCIAS

• Rodrigo Romualdo Pereira, Luciana Resende Boaventura;


Derrame pleural parapneumônico: aspectos clínico-
cirúrgicos e revisão da literatura; Rev Med Minas Gerais
2014; 24 (Supl 2): S31-S37

• Alvim CG, Furtado IP, Camargos PAM. Pneumonia Adquirida


na Comunidade em crianças e adolescentes. In: Leão E,
Corrêa EJ, Mota JAC,Viana MB.Pediatria ambulatorial. Belo
Horizonte:Co- opmed; 2013. p. 643-56.

• Andrade CR, Camargos PAM. Toracoscopia na abordagem


dos derrames parapneumônicos e empiemas em
pediatria.Rev Med Minas Gerais. 2002; 12:30-5.
OBRIGADA

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