Projeto História Quadrinhos

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Faculdade Malta

AMANDA LIMA

A importância das brincadeiras como ferramenta no processo de ensino e


aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental

São Miguel do Guamá- Pará


2024
AMANDA LIMA DA COSTA

A importância das brincadeiras como ferramenta no processo de ensino e


aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental

Trabalho parcial como requisito de nota na


disciplina para o Curso de Pedagogia.
Orientador:

São Miguel do Guamá- Pará


2024
Sumário

INTRODUÇÃO...............................................................................................................4
PROBLEMÁTICA........................................................................................................4
HIPÓTESE:...................................................................................................................4
JUSTIFICATIVA:.........................................................................................................5
OBJETIVO GERAL:.....................................................................................................6
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:.......................................................................................6
METODOLOGIA:..........................................................................................................7
REFERÊNCIAL TEÓRICO..........................................................................................9
Histórias em quadrinhos: um breve histórico..............................................................10
Os benefícios dos quadrinhos no ensino e aprendizagem nas aulas de língua portuguesa
.....................................................................................................................................11
O papel do professor no uso das histórias em quadrinhos...........................................13
Proposta do uso de Hq´s no ensino e aprendizagem em Língua Portuguesa...............14
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................16
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INTRODUÇÃO

TEMA: o brincar: sua importância como ferramenta metodológica

PROBLEMÁTICA:

• Como e de que forma as brincadeiras podem ajudar no processo de ensino e


aprendizagem?

• Qual recurso metodológico possibilita de forma lúdica o ensino e aprendizagem nos


anos iniciais do fundamental?

HIPÓTESE:

Os desafios que agravam o processo de ensino e aprendizagem são concernentes a


inúmeros fatores, tais como a ausência do hábito da leitura pela criança, a falta de incentivo
em casa, a infraestrutura precária nas escolas, a indisponibilidade de recursos didáticos, que
geralmente se resume a apenas livros, além de outros. Assim, tudo isso, acaba não sendo
suficiente para o ensino e aprendizagem, o que permiti a busca de sugestões metodológicas
prazerosas, que neste caso, é a proposta da importância das brincadeiras ou o lúdico em sala
de aula para o ensino e aprendizagem nos ensinos iniciais do ensino fundamental.

JUSTIFICATIVA:

Para Leite, Jane & Reyth (2023) as brincadeiras como ferramentas pedagógicas na educação
infantil possibilitam uma maior envolvimento da criança nas atividades escolares,
estimulando a criatividade e imaginação, sobretudo, produzindo nelas a construção do
conhecimento.
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A escolha desta temática se justifica pela importância do lúdico no desenvolvimento das crianças,
especialmente na primeira infância. O brincar é uma atividade essencial para que elas aprendam,
interajam e se socializem. O lúdico proporciona um ambiente estimulante, prazeroso e significativo,
que favorece o desenvolvimento integro das crianças. Desde cedo, as crianças possuem uma
necessidade intrínseca de brincar, pois é por meio dessa atividade que elas exploram o ambiente em
torno de si, experimentam papéis, desenvolvem a criatividade e a imaginação.

OBJETIVO GERAL:

Apresentar a importância das histórias em quadrinhos no processo de ensino e


aprendizagem da língua portuguesa nos anos iniciais do ensino fundamental.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Desenvolver um levantamento bibliográfico de autores sobre as importâncias das


histórias em quadrinhos no processo de ensino;

• Demostrar que o uso de histórias em quadrinhos em sala de aula possibilita um ensino


prazeroso paras os alunos.

• Identificar as características e qualidades que as histórias em quadrinhos apresentam e


que contribuem para o ensino e aprendizagem;

• Apresentar as histórias em quadrinhos como metodologia lúdica para o ensino e


aprendizagem de língua portuguesa;

• Apontar as histórias em quadrinho como metodologia aliada ao professor no processo


de ensino, abordando propostas dos autores de como o professor pode trabalhar esse
tema com seus alunos no ensino de língua portuguesa.
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METODOLOGIA:

Sousa, Oliveira e Alves (2021) a pesquisa bibliográfica consiste em um trabalho


dedicado, atencioso e analítico de obras revisadas com o intuito de direcionar a temática de
um determinado trabalho cientifico. Dessa forma, o presente trabalho, se fundamentará em
uma pesquisa bibliográfica relacionada a temática “histórias em quadrinhos como uma
proposta de ensino”, e O método abordado é de caráter qualitativo-descritivo, similar ao
trabalho de Ferreira (2018).

Para a coleta de dados, o procedimento metodológico consiste nas seguintes etapas:


pesquisa, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa
conforme o trabalho de Sousa, Oliveira e Alves (2021).

O primeiro passo será a pesquisa e localização das fontes bibliográficas, onde se


obterá as obras publicadas na internet, através de plataformas como Google acadêmico,
revistas eletrônicas, como Scielo, livrarias, bancos de dados, Capes entre outros. As obras
serão artigos, monografias, publicações, livros, revistas, teses. O passo seguinte será a seleção
das obras, baseada em uma leitura crítica e cuidadosa a respeito do tema e objetivo do
trabalho.

O próximo passo, consistirá na utilização de fichas que facilitarão o arquivamento e


organização das informações para o processo da escrita do trabalho. As fichas possibilitarão
descrever todas as informações concernentes as ideias principais, reflexões dos autores,
soluções e contribuições de cada trabalho analisado.
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Ficha de Sousa, Oliveira e Alves (2021).


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REFERÊNCIAL TEÓRICO

O ensino e aprendizagem nas aulas de língua portuguesa

Segundo Silva & Delgado (2018) o processo de ensino e aprendizagem acontece de


diferentes formas e definem como um processo de construção do conhecimento, cuja
finalidade é a capacitação e o desenvolvimento intelectual do aluno. Para Fernández (1998) a
concepção de ensino-aprendizagem está associada a ideia de ensinar e aprender, que nos
remete a ideia que ambos os termos ensinar e aprender, estão intrinsecamente relacionados.

Contudo, Fernández (1998, p.23) diz que:

A eficácia do processo de ensino-aprendizagem está na resposta em que este dá à


apropriação do conhecimentos, ao desenvolvimento intelectual e físico do estudante,
à formação de sentimentos, qualidades e valores, que alcancem os objetivos gerais e
específicos propostos em cada nível de ensino de diferentes instituições, conduzindo
a uma posição transformadora, que promova as ações coletivas, a solidariedade e o
viver em comunidade.

Dentro dessa perspectiva, a BNCC (2018) menciona que o ensino e aprendizagem nos
anos inicias do ensino fundamental se dá través da grande valorização da ludicidade assim
como as diversas articulações das experiências vivenciadas na educação infantil. Propondo
assim novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre fenômenos, questionando e
construindo suas próprias conclusões, construindo assim um papel ativo na construção do
conhecimento. E neste período, que o educando acaba passando por algumas mudanças no
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seu processo de desenvolvimento, repercutindo em suas relações intrínsecas com o outro e


com o mundo.

Dentro do processo de ensino e aprendizagem a língua portuguesa apresenta diversas


propostas pedagógicas que o docente pode se utilizar, bem como os gêneros textuais:
reportagens, notícias, charges e sobre tudo as histórias em quadrinhos, Podendo também se
utilizar da linguagem não verbal como o uso de imagens figuras dentre outras. Todas essas
propostas se trabalhadas de forma correta dentro e fora da escola pode desenvolve no
educando o gosto pela leitura, com isso diminuído gradativamente o desinteresse dos alunos
pela leitura.

Parisotto (2015) afirma que o domínio da leitura e escrita nas aulas de língua
portuguesa, permite a autonomia e a superação de desafios sociais, culturais e políticos
durante a vida a criança. Também diz, que o professor dos anos iniciais, ao ministrar suas
aulas, acaba que trabalhando assuntos desajustados da realidade do aluno, priorizando estudos
gramaticais, e utilizando material didático, muitas vezes, insuficiente para um ensino e
aprendizagem de caráter satisfatório para as crianças.

Tonche (2014, p.16) em sua pesquisa aborda que o processo de ensino e aprendizagem
não tem êxito na vida dos alunos, devido o desinteresse nas aulas, causado por inúmeros
fatores, que são:

A política falha do sistema educacional do país, a desvalorização do trabalho do


professor, as condições de infraestrutura inadequadas nos prédios escolares, os
métodos de ensino impróprios e inadequados, o sistema de aprovações que privilegia
a quantidade sobre a qualidade, além de carências afetivas, deficiências nas
condições de nutrição, habitação, higiene e de saúde das famílias, falta de estímulo
cultural, lúdico e psicomotor e problemas nas relações familiares, falta de
comprometimento da família e do próprio aluno, dificuldades de aprendizagem e a
evasão escolar.

Além desses, Tonche (2014) deixa claro, que as práticas pedagógicas do professor
podem comprometem à aprendizagem deles, se abordadas sem qualquer didática atrativa e
satisfatória. Assim, cabe ao professor orientar suas práticas conforme a necessidade dos
alunos.

Para Barros (2014), geralmente os textos atrelados aos livros didáticos, não despertam
o interesse nos alunos pela leitura, uma vez que são vistos como mera obrigação. Dessa
forma, o professor, precisa de recursos didáticos de caráter inovador que despertem motivação
no processo de ensino pelo aluno. Ferreira (2018) também confirma a importância dos
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professores de levarem metodologias diferencias nas escolas, para que assim o processo de
ensino e aprendizagem se torne eficaz na vida do aluno.

Histórias em quadrinhos: um breve histórico

Segundo Ferreira (2018, p.17) “As histórias em quadrinhos são umas tiras de
quadrinhos pequenas, normalmente humorísticas, e desenvolvem uma história curta. Dutra &
Pinto (2014) afirmam que as primeiras Hq´s modernas, surgiram na Coreia, no começo do
século XX, através de Lee Do-yeoug, em 1909, com seu desenho intitulado Saphwa, cujo foi
publicado no jornal Daehanminbo. No entanto, o período entre guerras, as Hq´s ficaram
impossibilitadas de serem publicadas. No período pós-guerra (1945-1954), houve grande
produtividade das Hq´s, e publicações em jornais, porém, seu caráter humorístico se perdeu,
sendo predominante, os enredos relacionados a guerra, histórias de detetive, super-heróis.
Sobre isso Dutra & Pinto (2014, p.8,9) citam:

Revistas em quadrinhos pregavam o patriotismo, ainda mais depois que os russos


também desenvolveram a bomba atômica. Nesse tempo de guerra, quadrinhos
apresentavam militares americanos e seus inimigos sempre bem equipados com
poderosas armas atômicas, que variavam de bombas e rifles. Quando os EUA
usavam seu poder atômico, liquidavam sempre seus inimigos, e quando eram
expostas a explosões atômicas, estas pareciam estranhamente ineficientes. HQs
deram ainda ao público americano os heróis e a esperança que eles procuravam no
começo da Guerra Fria, mas esse sentido foi atingida em cheio pelo realismo da
guerra da Coréia (1950 –1953). Durante a Segunda Guerra Mundial, as HQs, eram
ainda em preto e branco, e isso era como uma metáfora do confronto entre o bem e o
mal.

No Brasil, as Hq´s foram introduzidas por Angelo Agostini, que iniciou a publicação
das Hq´s em jornais. Angelo Agostini, introduziu desenhos de que criticava e satirizava o
sistema político e social. Em 1905 foi produzida a revista “O Tico Tico”, considerada a
primeira Hq do Brasil. No ano de 1939, foi publicada a revista O Gibi, que virou sinônimo de
Hq´s. Ainda, em 1939, foram lançadas as primeiras Hq´s do Mickey Mouse nas páginas de
Tico-Tico. Em 1952, a Editora Abril adotou o publicações brasileiras de histórias em
quadrinhos. Desde ai, surgiu vários cartunistas como Ziraldo, Henfil, Mauricio de Sousa e
tantos outros (DUTRA & PINTO, 2014).

Os benefícios dos quadrinhos no ensino e aprendizagem nas aulas de língua portuguesa

As Hq´s, com o passar dos anos, foram ganhando um caráter mais infantil, e assim
permitiu que pais e professores, pudessem utiliza-las como um recurso pedagógico e didático
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para o processo de ensino e aprendizagem com as crianças, pois viam as Hq´s como uma
ferramenta lúdica e inofensiva para as crianças (OLIVEIRA, 2021).

Lavarda (2017, p.2) cita:

As HQ passaram a ser mais bem aceitas nas escolas a partir do momento que foram
incluídas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), com isso também ganharam
espaço em livros didáticos, bem como em provas de vestibulares e no Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem).

As histórias em quadrinhos são fundamentais para a formação de leitores, pois estas


apresentam atributos visuais que facilitariam a leitura até para aqueles que não tem um bom
domínio da leitura. Também é dito que seu uso nas escolas, se torna uma ferramenta de
grande importância para o professor, que teria grandes possibilidades de aulas inovadoras
(FERREIRA, 2018).

Ferreira (2018, p.26) ainda corrobora, ao citar que:

Os quadrinhos encantam todas as idades, crianças, jovens e até mesmo adultos, é um


veículo de comunicação de grande aceitação popular. Podemos aproveitar a sua
atratividade para trabalhar conteúdos diversos dentro de sala de aula com os alunos,
no intuito de que o aprendizado seja mais prazeroso e interessante às crianças.
Atualmente no ambiente escolar é necessário reinventar, oferecer um ambiente
aconchegante para que seja possível uma aprendizagem significativa, os quadrinhos
podem ser uma alternativa didática onde o professor pode trabalhar várias
disciplinas.

Dutra & Pinto (2014) em suas pesquisas, constataram que as Hq´s possuem detalhes
riquíssimo, pela interação das linguagens verbais e não-verbais, o que permitem uma fácil
compreensão da história, e seu uso didático é capaz de suscitar na criança, até mesmo o gosto
e o hábito por outros tipos textuais, como livros, revistas, jornais, entre outros. Ferreira (2014,
p.16) corrobora ao afirmar que:

As histórias em quadrinhos são um caminho para outras leituras, ela leva para outras
histórias em quadrinhos, leva para a literatura, para o cinema, para o teatro. As
histórias em quadrinhos têm três partes, a primeira parte da informação vem pelo
texto, à segunda parte da informação vem pela imagem, à terceira parte da
informação é processada na cabeça do leitor por aquilo que está na junção das duas e
por aquilo que não está em lugar nenhum.

Segundo Cavalcante, Gomes & Tavares (2014) as Hq´s constituem um material


riquíssimo para as diversas finalidades no ensino em sala de aula, dentre tantas, incentivar a
leitura e a produção textual, auxiliará na compreensão de gêneros textuais, além disso, seu
uso, é capaz de estimular o raciocínio logico e a criatividade da criança.
12

Sobre as percepções positivas das Hq´s no ensino, Vasconcelos (2019, p.98)


corrobora ao afirmar que:

Sua forma de construção, unindo elementos verbais, gestuais, imagéticos, sonoros,


corporais e de diferentes cores associados às informações, muitas vezes implícitas,
potencializa o ensino com compreensão e possibilita a ampliação do conhecimento
de mundo pela junção de informações sob a diversidade de recursos semióticos.

Medeiros (2019) aborda que as Hq´s favorecem a produção de ensino e aprendizagem


de forma descontraída, além desenvolver a criatividade e autonomia do aluno, em relação a
produção de suas próprias Hq´s, e que seu uso em sala de aula, proporciona o estimulo a
leitura e o estudo da linguagem verbal e não-verbal. Nessa perspectiva, Medeiros (2019, p.
10) relatou em sua pesquisa:

Diante disso, destacamos a interação e o entusiasmo dos alunos diante da atividade de


leitura e de interpretação de HQ “Romeu e Julieta “. E não foi diferente quando foram
solicitados a produzirem suas Hq´s, demonstrando assim, autonomia na produção do
conhecimento, conforme a Hq´s, a título de exemplo, que aqui foi analisada.

Silvério & Rezende (2012) dizem, que embora as tendências tecnológicas, tais como,
celulares, computadores e a própria internet, acabam atraindo mais as crianças e tornando-as
distantes dos livros, o uso das Hq´s são capazes de possibilitar a aproximação dos alunos com
o hábito da leitura, tornando também, as aulas mais prazerosas e interessantes.

O papel do professor no uso das histórias em quadrinhos

Ferreira (2018) afirma que o papel do professor de português é causa impacto positivo
nos alunos através de aulas inovadoras e diferenciadas, com o propósito de aprimorar nos
alunos o desenvolvimento da pratica da leitura e escrita. Dessa maneira, Ferreira (2018, p.27)
diz:

Cabe ao professor, ao definir suas práticas pedagógicas, preocupar-se com


metodologias, recursos e estratégias que, articuladas com as atividades em sala de
aula tornem possível o crescente processo de aprendizagem dos alunos.

Para Cavalcante, Gomes & Tavares (2014) o professor tem várias opções para se
trabalhar, ao utilizar as Hq´s em sala de aula, como a leitura, a produção, a interpretação, o
senso crítico, o raciocino lógico, entre outros. E com isso, é dito também, que o papel do
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professor de língua portuguesa é estudar e planejar suas aulas com este recurso metodológico,
para que assim ele possa sofisticar suas aulas, tornando-as atraente e despertando no aluno o
prazer no aprendizado de língua portuguesa.

Sobre ao que cabe aos professores nas aulas de língua portuguesa, Araújo et al (2020,
p.11, 12), afirmam:

Cabe aos profissionais de educação elaborar situações que motivem os alunos à


leitura, escrita e produção de Hq´s a fim de torna-los leitores e escritores ativos, e
que tais profissionais sejam capazes de propor situações didáticas que garantam a
prática de leituras e escrita de maneira continua e eficiente.

Silvério & Rezende (2012) também afirmam que quando o professor conhece seu
papel no processo de ensino e aprendizagem, possibilita que seu aluno não somente leia as Hq
´s, mas que ao ler, venha ser questionador e interpretador daquilo que lê, assim contribuindo
para ampliação no processo de interpretação e compreensão de textos.

Proposta do uso de Hq´s no ensino e aprendizagem em Língua Portuguesa

Ferreira (2018) em sua pesquisa, menciona seis propostas que os professores de língua
portuguesa podem utilizar com as Hq´s como recurso metodológico nas aulas de língua
portuguesa. A primeira proposta, aborda a temática gêneros textuais, cujo objetivo seria
analisar a Hq´s para que se possa interpretá-la, sugerindo que os alunos formasse duplas, e
fizessem um resumo com suas próprias palavras. A segunda proposta seria trabalhando a
interdisciplinaridade como tema, onde o aluno deveria compreender a relação das imagens em
quadrinhos com outro contexto da vida social.

Na terceira proposta, Ferreira (2018) aponta como tema, o incentivo da leitura com Hq
´s, cuja finalidade melhoraria a oralidade deles. E na quarta proposta, é apresentado as
onomatopeias como recurso sonoro e visual para as histórias em quadrinho, no qual o
professor fara atividades com balões formados por recursos visuais e sonoros, e dará as tarefas
aos alunos de identificar cada tipo de som.

Na quinta proposta, Ferreira (2018) sugere como tema, os personagens, onde a


finalidade dessa proposta é trabalhar a individualidade e as características dos personagens.
Na sexta proposta, a temática é a leitura das Hq´s e produção de texto, onde o professor pode
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sugerir uma atividade de produção de texto para o 6º ano do ensino fundamental e exigir que
os alunos produzam um texto a partir da leitura da imagem em quadrinho.

Dutra & Pinto (2014) em suas pesquisas relatam a pratica da produção de Hq´s
pelos próprios alunos como proposta pedagógica capaz de auxiliar o docente no processo de
ensino e aprendizagem da língua portuguesa, de forma lúdica e prazerosa.

Cavalcante, Gomes & Tavares (2014) sugerem que o professor crie condições para se
trabalhar em sala de aula com sequências didáticas, isto é, através de conjuntos de atividade
sistemáticas e organizadas de gêneros textuais orais e escritos, principalmente aqueles que os
alunos têm menos conhecimento, Ainda, Cavalcante, Gomes & Tavares (2014) propõem que
seja trabalhado com os alunos sequências didáticas com Hq´s, cujo é um gênero pouco
explorado nas escolas, que possibilitaria um bom proveito nas aulas de língua portuguesa.
Cavalcante, Gomes & Tavares (2014, p.14,15) sugerem as sequências didáticas usando as Hq
´s, da seguinte forma:

Primeiramente é necessário que haja uma “apresentação da situação”. Ou seja, antes


de se trabalhar devidamente a atividade relacionada ao gênero é necessário que seja
apresentada ao aluno de maneira descritiva a tarefa que eles irão desenvolver. Nesta
etapa os alunos receberão informações sobre qual gênero será abordado, a quem será
dirigida a produção, a forma que assumirá a produção - gravação, folheto, revista - e
quem participará da produção do gênero. Assim o professor pode decidir com os
alunos se o texto será produzido em grupo, ou individualmente. Em seguida, seria
realizada a segunda etapa da sequência didática proposta pelos autores: a produção
inicial. Durante a etapa de produção inicial, os alunos seriam instigados a produzir
um texto utilizando os conhecimentos prévios que já possuem sobre o gênero e
levando em conta todas as informações dadas na primeira etapa da sequência:
apresentação da situação. Nessa fase, o professor terá a oportunidade de descobrir as
dificuldades e capacidades apresentadas alunos em relação ao gênero, e adaptar as
atividades seguintes ás reais dificuldades dos alunos, visando superá-las.

Medeiros (2019) propõe também, a leitura das Hq´s em sala de aula, e a minuciosa
percepção das características deste gênero, logo após, o docente sugere a produção das Hq´s
pelos alunos, no qual deveriam explorar as linguagens verbais e não-verbais na produção, o
que estimular o desenvolvimento da escrita e oralidade.

Vasconcelos (2019) em sua pesquisa aborda atividades em sequências didáticas, para


uma turma de 6° ano em uma escola de ensino fundamental, onde propõem um cantinho de
leitura, uma biblioteca de Gibi, com as Hq´s da turma da Mônica, e um conjunto de atividades
orais e escritas, com as seguintes ações:

Na ação 1, intitulada “Antes da leitura”, foram propostas quatro atividades que


apresentam o plano de ação aos alunos; motiva-os a participarem do projeto de
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intervenção e estabelece contato desse participantes com o gênero textual tirinhas.


Em seguida, na ação 2 “Durante a leitura”, por meio de quatro atividades, fez-se um
levantamento de conhecimentos prévios sobre o gênero textual veiculado nas
últimas páginas 67 das revistas da TM. Posteriormente, introduziu-se o
conhecimento das estruturas dos balões de fala e suas intencionalidades; e a leitura
de tirinhas com lacunas nas falas. Na ação 3, composta de três atividades, propôs-se
aos alunos, a leitura de tirinhas com realização de inferências e leitura da linguagem
verbal e não verbal em tirinhas da TM. Já na ação 4, contendo duas atividades,
foram ministradas oficinas de leitura de tirinhas produzidas pelos próprios alunos,
por intermédio da coleção “Nossa Turma” e utilizando o recurso para apresentação,
leitura e questionamentos orais do “Varal de tirinhas”. Por fim, a ação 5, mediados
por duas atividades, expôs-se e analisou-se trabalhos de tirinhas digitais realizadas
com os alunos por meio do software Pixton. Ao final de cada ação, foi realizada uma
avaliação do desenvolvimento das atividades e habilidades adquiridas pelos
participantes; na última etapa foi aplicada de uma autoavaliação,

O professor ao ter em mãos o gênero Hq´s, é capaz de estimular o ensino e


aprendizagem dos alunos, principalmente através da leitura deste gênero, propiciando ao
aluno o exercício da compreensão dos elementos semióticos e imagéticos presentes neste
gênero, e além disso instigar exercício da interpretação das Hq´s, seja na temática do texto
escrito, seja na expressões das imagens e linguagens não-verbais. Assim, o professor, pode
dar autonomia ao aluno, para que este possa, também produzir suas próprias Hq´s e de forma
lúdica e descontraída, ter afinidade com a leituras de outros gêneros e assim contribuir,
também, para o seu próprio ensino e aprendizagem.

BIBLIOGRAFIA

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