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Redação

Demétrius Araújo
Aula 5
Aula de hoje:
- Parágrafo de desenvolvimento – parte 2;
- Dicas da semana:
1- Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS);
2- Tese e frase temática na introdução;
3- Uso do verbo “corroborar”;
4- Falhas comuns na apresentação de repertório;
- Análise de temas;
- Parágrafo de desenvolvimento;
- Atividade.
Dica 1 – ODS:
- Os 17 ODS estão presentes na Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável e são adotados
pelos países membros da ONU;
- Agenda de ações: políticas públicas para garantir a
prosperidade da humanidade em harmonia com
o planeta até 2030;
- 4 dimensões fundamentais para o
desenvolvimento humano: social, ambiental,
econômica e institucional.
São eles:
1. erradicação da pobreza;
2. fome zero e agricultura sustentável;
3. saúde e bem-estar;
4. educação de qualidade;
5. igualdade de gênero;
6. água limpa e saneamento;
7. energia limpa e acessível;
8. trabalho decente e crescimento econômico;
9. inovação na infraestrutura;
10. redução das desigualdades;
11. cidades e comunidades sustentáveis;
12. consumo e produção responsáveis;
13. ação urgente contra a mudança global do clima;
14. vida na água: promover o uso sustentável dos
oceanos, dos mares e dos recursos marinhos;
15. vida terrestre: proteger, recuperar e promover
o uso sustentável dos ecossistemas terrestres;
16. paz, justiça e instituições eficazes e inclusivas;
17. parcerias e meios de implementação: parceria
global para o desenvolvimento sustentável.
Isso é tudo muito lindo!
A Organização das Nações Unidas (ONU)
estabeleceu, em 2015, 17 metas globais que visam,
principalmente, à sustentabilidade e à redução das
desigualdades. A partir dessa perspectiva, infere-se
a necessidade de combate à [TEMA/PROBLEMA],
para garantir a prosperidade da humanidade,
conforme prevê a ONU. Nesse sentido, entre os
fatores causadores desse quadro, os quais
impedem que as condições pensadas pelas Nações
Unidas sejam asseguradas, destacam-se o
[ARGUMENTO 1] e o [ARGUMENTO 2].
Dica 2: Apresentação da tese e da frase temática
na introdução:
- Lembre-se: apresentar uma boa tese é essencial
para mostrar a qualidade de sua escrita;
- A tese é a base do seu texto, é sua opinião inicial
que será explicada por meio de seus argumentos;
- Priorize a produção de uma tese consistente.
Exemplos de tese em redações nota mil (2020):
A Constituição Federal, promulgada em 1988,
foi esboçada com o objetivo de delinear direitos
básicos para todos os cidadãos. Entretanto, tal
teoria não tem sido vista em metodologias
práticas, uma vez que ainda há a falta de registro
civil de milhares de pessoas, impedindo-as de
garantir o acesso à cidadania no Brasil, o que gera
a invisibilidade social. Tal invisibilidade provoca
inúmeras chagas, como a precarização do trabalho
e a exclusão democrática.
Graciliano Ramos, em sua obra literária "Vidas Secas",
expõe um protagonista sertanejo marcado pela inferiorização
de sua própria figura. Nesse contexto, o personagem
abordado abandona o entendimento de si como cidadão e,
por conseguinte, percebe-se como um "ninguém" ou, até
mesmo, como um animal. Essa realidade, por sua vez,
ultrapassa a esfera ficcional e é presente no Brasil, na medida
em que milhares de brasileiros são acometidos por uma
conjuntura de invisibilidade referente ao registro civil. Esse
fato configura-se como um impasse à garantia da cidadania e
incentiva perspectivas similares à narrativa mencionada. Os
alicerces desse problema são: a negligência estatal e a
desigualdade no acesso à informação.
Tese + Frase temática – exemplos comuns:
No entanto, não é isso que acontece quando se
observa a recorrência da insegurança alimentar no
Brasil. Diante disso...
No entanto, não é isso que acontece quando se
observa a ausência de vacinação de crianças no
Brasil. Diante disso...
No entanto, não é isso que acontece quando se
observa a poluição plástica no Brasil. Diante disso...
- No entanto, não é isso que acontece quando se
observa a queda na cobertura vacinal de crianças
no Brasil, já que esse comportamento tem sido
recorrente e não é tratado com a devida
relevância. Diante disso...
- No entanto, não é isso que acontece quando se
observa a insegurança alimentar no Brasil, uma
vez que essa situação condenável é recorrente e
não tem sido tratada com a devida relevância.
Diante disso...
Dica 3 (gramática) – uso do verbo “corroborar”:
- VTD: confirmar; comprovar; potencializar. Ex.:
- Dessa forma, a falta de medidas preventivas
corrobora para a perpetuação desse cenário
negativo.
- Dessa forma, a falta de medidas preventivas
corrobora esse cenário negativo.
- Dessa forma, a falta de medidas preventivas para
esse tipo de desastre contribui para a perpetuação
desse cenário negativo.
Dica 4: Falhas na apresentação de repertório
No filme “Escritores da liberdade” retrata a história
de um grupo de jovens que tiveram suas vidas
transformadas pela educação.
O filme “Escritores da liberdade” retrata a história
de um grupo de jovens que tiveram suas vidas
transformadas pela educação.
No filme “Escritores da liberdade”, é retratada a
história de um grupo de jovens que tiveram suas
vidas transformadas pela educação.
Segundo Gilberto Dimenstein, em seu livro “O
cidadão de papel”, diz que a cidadania no Brasil
existe apenas na teoria.
Segundo Gilberto Dimenstein, em seu livro “O
cidadão de papel”, a cidadania no Brasil existe
apenas na teoria.
Gilberto Dimenstein, em seu livro “O cidadão de
papel”, diz que a cidadania no Brasil existe apenas
na teoria.
Temas da semana:
Tema 1: Desafios para combater o castigo físico na
educação de crianças e adolescentes no contexto
brasileiro.
Eixos: violência; educação (familiar); saúde;
comportamento.
Tema 2: Medidas para combater a violência no
esporte (p. 82).
Eixos: violência; educação (escolar e familiar);
comportamento.
TEXTO I (Castigo físico para educar – cultural) – PH
- Cultura da permissão de bater implica na
vitimização de crianças e adolescentes em
detrimento de seus direitos de proteção contra
toda forma de violência;
- Lei Menino Bernardo (2014): definição objetiva
da proibição do castigo físico com fins corretivos;
- Pais ou responsáveis sujeitos à responsabilização
penal decorrente da violência cometida;
- Faltam políticas públicas que transformem a
cultura da violência em efetiva proteção de
crianças e adolescentes (NCL).
TEXTO II (Projeto de Lei) – NCL
- Comissão de Direitos Humanos aprovou o projeto
de Lei 3225/2023: cria Patrulhas ou Rondas Henry
Borel, destinadas a impedir o uso de castigo físico
e violência na educação de crianças e
adolescentes;
- Reprimir o uso de castigo físico ou de tratamento
cruel ou degradante vitimando crianças e
adolescentes;
- PL é uma referência ao menino de 4 anos morto
em 2021 por espancamentos no Rio de Janeiro.
TEXTO III
Texto IV (Relatório “Um rosto familiar: a violência
na vida de crianças e adolescentes” – Unicef).
- Metade das crianças em idade escolar no mundo
vive em países onde o castigo corporal na escola
não é totalmente proibido;
- 300 milhões de crianças (2 e 4 anos) sofrem
agressão física ou psicológica dos responsáveis;
- No Brasil, 75% das vítimas são negras ou pardas;
- Unicef recomenda: devem ser adotados planos de
ação para acabar com a violência às crianças;
- Medidas: educação, bem-estar social, justiça e
sistemas de saúde.
TEXTO V
Frase temática:
Desafios para combater o castigo físico na
educação de crianças e adolescentes no contexto
brasileiro.
Palavra de comando: desafios;
Palavra-chave: combater;
Assunto: castigo físico na educação;
Especificação: crianças e adolescentes;
Contextualização: contexto brasileiro.
Considerações:
- Importância do Estatuto da Crianças e do
Adolescente (ECA): dispõe sobre a proteção
integral à criança e ao adolescente em diversos
setores;
- Segundo o ECA, é considerado criança quem tem
até 12 anos incompletos. Já entre 12 e 18 anos são
adolescentes;
- Outro dispositivo legal: Constituição Federal;
- Castigo físico na educação: elemento cultural;
- Apesar do grande número de medidas que buscam
proteger esses grupos, faltam políticas eficazes.
Quais destes argumentos se
adequam melhor ao tema?
Argumentos versáteis / imprescindíveis:
- Negligência governamental;
- Falta informação / falta de discussão sobre o assunto;
- Falta de empatia (negligência social);
- Falta de educação escolar (lacuna educacional);
- Desigualdade social;
- Ausência de representatividade;
- Invisibilidade de alguns grupos;
- Permanência histórica do problema;
- Não cumprimento da legislação;
- Naturalização do problema.
Possíveis argumentos:
- Negligência governamental (NCL) – ausência de
políticas eficazes que implementem o que está
disposto na lei, como o aparelhamento do
Conselho Tutelar;
- Naturalização do problema – relativização de
comportamentos agressivos;
- Negligência familiar;
- Falta de informação;
- Silenciamento.
Justificativas:
- Negligência do governo: obrigação de proteção a
esses indivíduos não é cumprida, quando não são
mobilizados mecanismos que garantam o bem-
estar dos pequenos.
- Negligência familiar: muitas famílias são
negligentes quanto à proteção dos seus filhos, o
que também é considerado um tipo de violência;
- Ausência de modelos parentais positivos, falta de
comunicação e apoio emocional contribuem para a
má formação familiar.
Outras justificativas:
- Falta de informação: muitas crianças e
adolescentes sofrem diversas violências ao longo
de anos sem sequer saber que se trata de algum
tipo de agressão;
- Naturalização: muitos pais ainda acreditam que a
educação dos filhos deve ocorrer com uso da força
física, tendo a palmada como recurso punitivo e
corretivo. Isso dá margem, muitas vezes, a práticas
violentas em ambiente doméstico, já que essas
ações são naturalizadas por parte da sociedade.
Repertório para os
argumentos
Argumento: negligência do
governo
De acordo com o economista
estadunidense Murray Rothbard,
muitos governantes, orientados
por uma visão individualista e
objetivando um retorno imediato
de capital político, negligenciam a
conservação de direitos sociais
inalienáveis.
P. 190 Guia prático.
Negligência familiar:

A família é uma máquina formadora de


personalidades humanas.
Talcott Parsons, sociólogo estadunidense
Repertórios para argumento: “naturalização
do problema”.
Existem alguns males que se enraízam na
sociedade e são vistos pelas pessoas como
situações comuns.
Falta de debate sobre o assunto
Argumento: lacuna educacional na formação de
cidadãos empáticos
Repertórios para contextualização
- Artigo 227: Dever da família,
da sociedade e do Estado
proteger crianças e
adolescentes de toda forma
de negligência, discriminação,
exploração, violência,
crueldade e opressão.
- Artigo 5º: garante o direito à
integridade física e moral,
proteção contra o castigo
físico e qualquer forma de
violência.
Outras leis:

- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):


conjunto de normas que tem como objetivo a
proteção dos direitos da criança e do adolescente;
- Lei Henry Borel: tem como objetivo a prevenção e
o enfrentamento da violência doméstica e familiar
contra a criança e o adolescente.
DUDH – todos os
indivíduos devem
ser tratados com
dignidade e
respeito.
Filmes e séries
Livros
Agenda 2030 – ONU:
Objetivo 16: promover sociedades pacíficas e
inclusivas para o desenvolvimento sustentável,
isto é, proporcionar acesso à justiça para todos e
construir instituições eficazes.
A Organização das Nações Unidas (ONU)
estabeleceu, em 2015, 17 metas globais que visam,
principalmente, à sustentabilidade e à redução das
desigualdades. A partir dessa perspectiva, infere-se
a necessidade de combate à [TEMA/PROBLEMA],
para garantir a prosperidade da humanidade,
conforme prevê a ONU. Nesse sentido, entre os
fatores causadores desse quadro, os quais
impedem que as condições pensadas pelas Nações
Unidas sejam asseguradas, destacam-se o
[ARGUMENTO 1] e o [ARGUMENTO 2].
A Organização das Nações Unidas (ONU)
estabeleceu, em 2015, 17 metas globais que visam,
principalmente, à sustentabilidade e à redução das
desigualdades. A partir dessa perspectiva, infere-se a
necessidade de combater o castigo físico na educação
de crianças e adolescentes no contexto brasileiro para
garantir a prosperidade da humanidade, conforme
prevê a ONU. Nesse sentido, entre os fatores
causadores desse quadro, os quais impedem que as
condições pensadas pelas Nações Unidas sejam
asseguradas, destacam-se o a negligência familiar e a
omissão do governo.
Modelo de introdução:
De acordo com a Unicef, toda criança tem
direito a uma infância segura. No entanto, no
Brasil, a cada 15 minutos uma criança ou
adolescente é vítima dos mais diversos tipos de
violência, entre eles os castigos físicos como parte
do processo educacional. Esse dado alarmante
evidencia a necessidade de combater o problema,
que tem como causas principais a negligência
familiar e a omissão do governo.
Possíveis consequências:
- Danos físicos e emocionais duradouros nas
crianças, além de perpetuar um ciclo de violência
na sociedade;
- Crianças expostas a uma má formação familiar
podem enfrentar problemas emocionais,
comportamentais e de desenvolvimento,
impactando seu desempenho acadêmico e social;
- Essas violências deixam traumas para a vida
inteira: baixa autoestima; dificuldade de
aprendizagem; desenvolvimento de
comportamentos violentos, entre outros.
Possíveis Propostas:
- Palestras que esclareçam o que é violência contra
crianças e discutam as consequências desse problema;
- Criação de ouvidorias nas escolas para identificação de
crianças que podem estar sofrendo violência doméstica;
- Campanhas na mídia sobre violência infantil, com o
intuito de incentivar a denúncia e evitar o
silenciamento;
- Palestras que visem à sensibilização da população e
programas de capacitação para pais e educadores;
- Programas de apoio familiar, educação parental, terapia
familiar e fortalecimento de vínculos comunitários para
promover uma melhor formação familiar.
Desenvolvimento – continuação
Professor: faço fundamentação nos
dois parágrafos de
desenvolvimento?
Desenvolvimento 1
- Tópico frasal (retomada do primeiro argumento);
- Informação (citação; dados; exemplos - recursos
que não tenham sido utilizados na introdução);
- Desdobramento (relação entre repertório e
argumentos);
- Justificativa; (por que isso é um problema?);
- Conclusão do parágrafo: Consequências + frase de
fechamento.
Desenvolvimento 2
- Tópico frasal (retomada do segundo argumento);
- Informação (apresentação de recursos que não
tenham sido utilizados no D1 ou na introdução);
- Desdobramento: relação - informação e
repertório;
- Justificativa; (o que impede esse problema de ser
resolvido?) + consequências;
- Conclusão do parágrafo: antecipe a necessidade
de resolução do problema. (3 a 5 períodos)
Dicas para uma boa argumentação:
- Informe-se;
- Competência 2 exige repertório sociocultural;
- O que pode ser considerado um bom repertório?
- Reduza a teoria em seu texto;
- Filosofia demais, Sociologia demais... Isso pode
prejudicá-lo;
- Traga a discussão para a realidade, exemplifique.
Ressalta-se, ademais, que o acesso ao cinema é
dificultado pela questão econômica, dado que, para
frequentar tais locais, é necessária uma quantia
monetária, a qual pode ser significativa para a
população de baixa renda. Dessa forma, sem possuir
condições econômicas favoráveis, muitos indivíduos
não enxergam o cinema como um meio de
entretenimento compatível com suas realidades,
problemática já denunciada pelo cineasta Alejandro G.
Iniarrítu, o qual, em seu discurso após vencer o Oscar
de Melhor Diretor em 2017, criticou a visão lucrativa e
pouco inclusiva das empresas de cinema.
Vale ressaltar, ainda, a realização, por instituições não
governamentais, de projetos inclusivos que contam com
sessões de filmes em ambientes comunitários não
contemplados pelo acesso à TV ou à internet. Exemplo
disso foi a transmissão do filme “Cidade de Deus” na
comunidade onde ocorreram as filmagens, a fim de
oferecer aos próprios atores a possibilidade de assistirem
ao longa. Destarte, evidencia-se a negligência estatal na
democratização do cinema, visto que os referidos projetos
são iniciativa de instituições privadas – aspecto abordado
por Axel Honneth, o qual afirma ser dever do Estado a
garantia do acesso às manifestações culturais, fato não
verificado no país.
Primordialmente, é válido pontuar a política de preços altos
como um obstáculo à democratização da Sétima Arte no território
nacional. Isso ocorre devido ao ineficiente quantitativo de medidas
governamentais para modificar as tabelas de custos estabelecidas por
empresas privadas (responsáveis pela distribuição de obras
cinematográficas), promovendo um impedimento a comunidades de
baixa renda no que tange ao acesso aos locais em pauta. Entretanto,
atualmente, observa-se uma gradativa mudança na postura estatal
em relação a esse cenário, a exemplo da criação do cinema Líbero
Luxardo na cidade de Belém, desenvolvido pelo governo do estado
do Pará para oferecer entretenimento (tanto nacional, quanto
estrangeiro) de qualidade por preços econômicos. Apesar desse
notório progresso, ainda é imperiosa a problemática supracitada,
uma vez que projetos (como o exposto) são minoritários comparadas
a outras regiões do país.
Modelos de desenvolvimento:
Modelo 1 – 5 períodos:
1º período: Apresentação do tópico frasal com causa
do problema;
2º período: apresentação do aprofundamento da
causa;
3º período: apresentação do repertório sociocultural
que fundamenta a causa;
4º período: apresentação da consequência do
problema;
5º período: fechamento do parágrafo.
Nota-se, outrossim, que a desinformação na sociedade
é outra problemática em relação ao estigma acerca dos
distúrbios mentais. Nesse aspecto, devido à escassez da
divulgação de informações nas redes midiáticas sobre a
importância da identificação e do tratamento das doenças
psicológicas, há a relativização desses quadros clínicos na
sociedade. Desse modo, assim como é retratado no filme “O
Lado Bom da Vida”, o qual mostra a dificuldade da inclusão
de pessoas com doenças mentais na sociedade, parte da
população brasileira enfrenta esse desafio. Com efeito, essa
parcela da sociedade fica à margem do convívio social, tendo
em vista a prevalência do desrespeito e do preconceito na
população. Nesse cenário, faz-se necessária uma mudança
na postura das redes midiáticas.
1º período – apresentação do tópico frasal com
causa do problema:
Nota-se, outrossim, que a desinformação na
sociedade é outra problemática em relação ao
estigma acerca dos distúrbios mentais.
2º período – apresentação do aprofundamento
da causa:
Nesse aspecto, devido à escassez da divulgação
de informações nas redes midiáticas sobre a
importância da identificação e do tratamento das
doenças psicológicas, há a relativização desses
quadros clínicos na sociedade.
3º período – apresentação do repertório
sociocultural que fundamenta a causa + relação
com o problema:
Desse modo, assim como é retratado no filme “O
Lado Bom da Vida”, o qual mostra a dificuldade da
inclusão de pessoas com doenças mentais na
sociedade, parte da população brasileira enfrenta
esse desafio.
4º período – apresentação da consequência do
problema:
Com efeito, essa parcela da sociedade fica à
margem do convívio social, tendo em vista a
prevalência do desrespeito e do preconceito na
população.
5º período – fechamento do parágrafo:
Nesse cenário, faz-se necessária uma mudança na
postura das redes midiáticas.
Modelo 2: 6 períodos
De início, é imperioso notar que a indiligência do governo potencializa
os estigmas associados às doenças mentais. Depreende-se que, na obra “Os
Bruzundangas”, o pré-modernista Lima Barreto já expunha que a ausência
das garantias constitucionais estava no âmago das problemáticas daquela
nação. Sob essa ótica, sua tentativa de criar um país fictício com os mesmos
entraves do Brasil é ratificada, sobretudo no que tange ao precário
engajamento estatal para com as doenças mentais, uma vez que a saúde é
um direito previsto pela Constituição Cidadã e tal cláusula não é garantida
de forma efetiva. Isso ocorre devido ao caráter esporádico de campanhas de
conscientização a respeito da necessidade do diagnóstico e do tratamento
das enfermidades psíquicas, que se apresentam restritas aos meses de
destaque ao combate da depressão e do suicídio, por exemplo. Por
conseguinte, parte substancial dos brasileiros ainda percebe as doenças
mentais como estigma, o que contribui para a ínfima busca por tratamento.
Destarte, fica nítido que a negligência do Estado dificulta a atenuação dos
problemas relativos às enfermidades psíquicas.
Ademais, é justo perceber que o preconceito da sociedade contribui
para o estigma associado às doenças mentais. De acordo com a autora
Daniela Arbex, em sua obra “Holocausto Brasileiro”, o tratamento das
pessoas com doença mental no hospital "Colônia" era semelhante ao
massacre dos campos de concentração do regime nazista, principalmente
pela perda da dignidade humana. Nesse sentido, é possível inferir que,
mesmo após o fechamento desse centro de saúde, o caráter documental do
livro ainda ilustra o modo como a sociedade brasileira lida com a população
vítima das enfermidades psíquicas, visto que a marginalização dos doentes
mentais ainda é uma tônica no país. A gênese desse quadro encontra-se no
modo errôneo com que boa parte dos cidadãos lidam com tais patologias,
vide sua descaracterização como verdadeiras e sérias doenças. Em
decorrência disso, muitas pessoas marginalizam os diagnosticados com
doenças como o transtorno bipolar e a ansiedade, tratando-os de forma
desrespeitosa. Dessa forma, a mudança do comportamento social é vital
para atenuar o legado de massacre dos doentes mentais que ocorrera no
hospital "Colônia".
1º período: Tópico frasal – retomada do
argumento por meio de sinônimos;
D1: De início, é imperioso notar que a indiligência
do governo potencializa os estigmas associados às
doenças mentais.
D2: Ademais, é justo perceber que o preconceito
da sociedade contribui para o estigma associado
às doenças mentais.
2º período: Repertório sociocultural – sempre use o
mesmo repertório para o argumento pronto:
D1: Depreende-se que, na obra “Os Bruzundangas”, o
pré-modernista Lima Barreto já expunha que a
ausência das garantias constitucionais estava no
âmago das problemáticas daquela nação.
D2: De acordo com a autora Daniela Arbex, em sua
obra “Holocausto Brasileiro”, o tratamento das
pessoas com doença mental no hospital "Colônia" era
semelhante ao massacre dos campos de concentração
do regime nazista, principalmente pela perda da
dignidade humana.
3º período: Relação entre repertório e tema – explique porque
aquele repertório é, de fato, relacionado ao tema;
D1: Sob essa ótica, sua tentativa de criar um país fictício com os
mesmos entraves do Brasil é ratificada, sobretudo no que tange
ao precário engajamento estatal para com as doenças mentais,
uma vez que a saúde é um direito previsto pela Constituição
Cidadã e tal cláusula não é garantida de forma efetiva.
D2: Nesse sentido, é possível inferir que, mesmo após o
fechamento desse centro de saúde, o caráter documental do
livro ainda ilustra o modo como a sociedade brasileira lida com
a população vítima das enfermidades psíquicas, visto que a
marginalização dos doentes mentais ainda é uma tônica no país.
4º período: justificativa – justifique o tópico frasal (por qual
causa aquele argumento contribui para a propagação do
problema?);
Observe que no argumento “omissão estatal” boa parte dos
problemas são motivados pelo baixo investimento de verbas
em políticas públicas destinadas à realização de melhorias.
D1: Isso ocorre devido ao caráter esporádico de campanhas de
conscientização a respeito da necessidade do diagnóstico e do
tratamento das enfermidades psíquicas, que se apresentam
restritas aos meses de destaque ao combate da depressão e do
suicídio, por exemplo.
D2: A gênese desse quadro encontra-se no modo errôneo com
que boa parte dos cidadãos lidam com tais patologias, vide sua
descaracterização como verdadeiras e sérias doenças.
5º período: consequências – procure a pior face do
problema e explicite nesse período como sendo a
consequência da omissão do seu argumento;
Neste período, se possível insira um exemplo concreto
daquele problema na realidade.
D1: Por conseguinte, parte substancial dos brasileiros
ainda percebe as doenças mentais como estigma, o que
contribui para a ínfima busca por tratamento.
D2: Em decorrência disso, muitas pessoas marginalizam
os diagnosticados com doenças como o transtorno
bipolar e a ansiedade, tratando-os de forma
desrespeitosa.
6º período: desfecho – feche o parágrafo fazendo
um desfecho crítico para o argumento, retomando
o tópico frasal.
D1: Destarte, fica nítido que a negligência do
Estado dificulta a atenuação dos problemas
relativos às enfermidades psíquicas.
D2: Dessa forma, a mudança do comportamento
social é vital para atenuar o legado de massacre
dos doentes mentais que ocorrera no hospital
"Colônia".
Diante desse cenário, é importante abordar a negligência
do governo como uma das causas do [PROBLEMA]. Isso
posto, vale mencionar o economista estadunidense Murray
Rothbard, para o qual muitos governantes, orientados por
uma visão individualista e objetivando um retorno imediato de
capital político, negligenciam a conservação de direitos sociais
inalienáveis. Um exemplo desse descuido por parte do Estado
é a não garantia do direito a [DIREITO RELACIONADO AO EIXO
TEMÁTICO], o que é evidenciado no [RETOMADA DO
PROBLEMA]. Em consequência disso, tem-se a falta de
[CONSEQUÊNCIA DO PROBLEMA]. Confirma-se, assim, a
necessidade de mudança na postura do governo para que esse
problema seja sanado.
Ademais, cabe ressaltar que a lacuna educacional se apresenta
como empecilho à implementação de políticas públicas voltadas a
[TEMA/PROBLEMA]. Segundo Paulo Freire, patrono da educação
brasileira, “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem
ela tampouco a sociedade muda”. Porém, no Brasil, não se vê esse
poder de transformação sendo colocado em prática, já que não há,
em ambiente escolar, discussão que promova [DIRECIONAMENTO
PARA A SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA]. Tal problemática persiste
porque as escolas, em território nacional, são retrógradas,
tradicionais e pouco voltadas à formação cidadã do seu público,
como [EXEMPLIFICAÇÃO/ESPECIFICAÇÃO]. Como resultado disso,
[CONSEQUÊNCIAS DO PROBLEMA]. Assim, comprova-se a
necessidade de implementação de ações que amenizem a falha
educacional que vigora nas escolas brasileiras.
Exercício:
- Produza um parágrafo de desenvolvimento com o
tema de hoje com os seguintes períodos:
- 1º período: tópico frasal (apresentação do
argumento)
- 2º período: Repertório sociocultural;
- 3º período: Relação entre repertório e tema +
justificativa;
- 4º período: consequências;
- 5º período: fechamento.
De início, é imperioso notar que o [ARGUMENTO]
potencializa........................................................................
.............Isso posto, de acordo com ..................................
...........................................................................................
................................................. Sob essa ótica,..................
...........................................................................................
.................................. Isso ocorre devido..........................
...........................................................................................
.................................................... Em consequência disso,
................................................................ ..........................
..................................Assim, comprova-se a necessidade
de implementação de ações que amenizem a
[ARGUMENTO].

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