SOROCABA
SOROCABA
SOROCABA
SOROCABA - SP
PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA -
SÃO PAULO
Agente de Combate
às Endemias
CÓD: SL-015MA-24
7908433254164
ÍNDICE
Língua Portuguesa
1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários) ........................................................................ 7
2. Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras.............................................................................................. 9
3. Pontuação................................................................................................................................................................................... 10
4. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, artigo, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e
sentido que imprimem às relações que estabelecem . .............................................................................................................. 12
5. Concordância verbal e nominal ................................................................................................................................................. 20
6. Regência verbal e nominal.......................................................................................................................................................... 21
7. Colocação pronominal................................................................................................................................................................ 24
8. Crase........................................................................................................................................................................................... 24
Matemática
1. Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação ou radiciação com
números racionais, nas suas representações fracionária ou decimal......................................................................................... 31
2. Mínimo múltiplo comum; Máximo divisor comum.................................................................................................................... 32
3. Porcentagem............................................................................................................................................................................... 35
4. Razão e proporção...................................................................................................................................................................... 36
5. Regra de três simples ou composta............................................................................................................................................ 38
6. Equações do 1º ou do 2º graus .................................................................................................................................................. 39
7. Sistema de equações do 1º grau................................................................................................................................................. 42
8. Grandezas e medidas – quantidade, tempo, comprimento, superfície, capacidade e massa.................................................... 43
9. Relação entre grandezas – tabela ou gráfico.............................................................................................................................. 47
10. Tratamento da informação – média aritmética simples............................................................................................................. 51
11. Noções de Geometria – forma, ângulos, área, perímetro, volume, Teoremas de Pitágoras ou de Tales.................................... 52
Conhecimentos Específicos
Agente de Combate às Endemias
1. Noções básicas de dengue, chikungunya, zika e febre amarela (etiologia, vetores, prevenção e controle)............................... 61
2. Noções básicas dos aspectos biológicos e métodos de controle do Aedes aegypti.................................................................. 69
3. Manuais do Ministério da Saúde e Governo do Estado de São Paulo: Dengue – Instruções para Pessoal de Combate ao Vetor
– Manual de Normas Técnicas. FUNASA, 2001 – Itens 1. 2., 2.1, 2.3, 6, 7, 9, 10, 13, 14, Anexos III e IV ................................... 72
4. Controle de Vetores – Procedimentos de Segurança. FUNASA, 2001 – Itens 2, 3, 7.................................................................. 88
5. Normas e Orientações Técnicas para Vigilância e Controle de Aedes aegypti, SUCEN, 2008 – Item I Territorialização, subitem
1 / Item II Conceitos / Item III Atividades de Vigilância e Controle de Aedes aegypti, subitens 1, 2, 3, 4, 6. 2, 6.4, 6.6 / Item IV,
subitens 1, 3, 4 / Anexo 3............................................................................................................................................................ 88
6. Guia de Vigilância em Saúde – Volume Único. Ministério da Saúde, 2019 – Capítulo 6 Febre Amarela/Capítulo 7 Dengue,
Chikungunya e Zika..................................................................................................................................................................... 114
Editora
Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo
de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que
nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação,
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente,
ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada
em nossos conhecimentos prévios.
Compreensão de Textos
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do
“A Constituição garante o direito à educação para todos e a
que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem.
inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com
É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso
deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou
da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender.
menos severas.”
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a
A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo,
(A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de
ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos
1988.
a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito
(B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos
comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado
severas.
evento.
(C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes
ou não.
Interpretação de Textos
(D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os
incluídos socialmente.
resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias
(E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar
é decodificar o sentido de um texto por indução.
Comentário da questão:
A interpretação de textos compreende a habilidade de se
Em “A” o texto é sobre direito à educação, incluindo as pessoas
chegar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de
com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade. =
texto, seja ele escrito, oral ou visual.
afirmativa correta.
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado
Em “B” o complemento “mais ou menos severas” se refere à
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado
“deficiências de toda ordem”, não às leis. = afirmativa incorreta.
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva,
Em “C” o advérbio “também”, nesse caso, indica a inclusão/
podendo ser diferente entre leitores.
adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à educação,
além das que não apresentam essas condições. = afirmativa correta.
Exemplo de compreensão e interpretação de textos
Em “D” além de mencionar “deficiências de toda ordem”, o
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de
texto destaca que podem ser “permanentes ou temporárias”. =
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em
afirmativa correta.
um texto misto (verbal e visual):
Em “E” este é o tema do texto, a inclusão dos deficientes. =
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar
afirmativa correta.
Especial > 2015
Português > Compreensão e interpretação de textos
Resposta: Logo, a Letra B é a resposta Certa para essa questão,
visto que é a única que contém uma afirmativa incorreta sobre o
texto.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que Detecção de características e pormenores que identifiquem o
de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter- texto dentro de um estilo de época
pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha Principais características do texto literário
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto. Há diferença do texto literário em relação ao texto referencial,
Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual- sobretudo, por sua carga estética. Esse tipo de texto exerce uma
quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia linguagem ficcional, além de fazer referência à função poética da
principal. Compreender relações semânticas é uma competência linguagem.
imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode- Uma constante discussão sobre a função e a estrutura do tex-
-se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro- to literário existe, e também sobre a dificuldade de se entenderem
fissional, mas também o desenvolvimento pessoal. os enigmas, as ambiguidades, as metáforas da literatura. São esses
elementos que constituem o atrativo do texto literário: a escrita
Busca de sentidos diferenciada, o trabalho com a palavra, seu aspecto conotativo,
Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo seus enigmas.
os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
apreensão do conteúdo exposto. A literatura apresenta-se como o instrumento artístico de análi-
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma se de mundo e de compreensão do homem. Cada época conceituou
relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já a literatura e suas funções de acordo com a realidade, o contexto
citadas ou apresentando novos conceitos. histórico e cultural e, os anseios dos indivíduos daquele momento.
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder Ficcionalidade: os textos baseiam-se no real, transfigurando-o,
espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas recriando-o.
entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun- Aspecto subjetivo: o texto apresenta o olhar pessoal do artista,
damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas. suas experiências e emoções.
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) 95.000.
RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA, ENVOLVENDO: (E) 100.000.
ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTEN-
CIAÇÃO OU RADICIAÇÃO COM NÚMEROS RACIONAIS, NAS Resolução:
SUAS REPRESENTAÇÕES FRACIONÁRIA OU DECIMAL Observe que os 200.000 leitores representa o todo do determi-
nado assunto que seria os leitores da revista, daí devemos encon-
trar 1/5 desses leitores.
A resolução de problemas matemáticos envolve a aplicação de Para resolver este problema, devemos encontrar 1/5 de
uma variedade de recursos, sendo que os princípios algébricos e 200.000.
aritméticos se destacam como uma parte fundamental desse pro-
cesso. Esses princípios são classificados de acordo com a complexi-
dade e a abordagem dos conteúdos. 1/5 x 200.000 = = .
A prática constante na resolução de questões desse tipo é o
que proporciona o desenvolvimento de habilidades cada vez maio- Desta forma 40.000 representa a quantidade que essa revista
res para enfrentar problemas dessa natureza. perdeu
Exemplos: Resposta: A.
01. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista 03. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Uma pessoa está
Técnico Legislativo – Designer Gráfico – VUNESP) Em um condomí- montando um quebra-cabeça que possui, no total, 512 peças. No
nio, a caixa d’água do bloco A contém 10 000 litros a mais de água
do que a caixa d’água do bloco B. Foram transferidos 2 000 litros de 1.º dia foram montados do número total de peças e, no
água da caixa d’água do bloco A para a do bloco B, ficando o bloco
2.º dia foram montados do número de peças restantes. O
A com o dobro de água armazenada em relação ao bloco B. Após a
número de peças que ainda precisam ser montadas para finalizar o
transferência, a diferença das reservas de água entre as caixas dos
quebra-cabeça é:
blocos A e B, em litros, vale
(A) 190.
(A) 4 000.
(B) 200.
(B) 4 500.
(C) 210.
(C) 5 000.
(D) 220.
(D) 5 500.
(E) 230.
(E) 6 000.
Resolução:
Resolução:
Neste exemplo temos que 512 é o total e queremos encontrar
A = B + 10000 ( I )
a parte, portanto é a mesma forma de resolução, porém temos uma
Transferidos: A – 2000 = 2.B , ou seja, A = 2.B + 2000 ( II )
situação problema onde teremos mais de um cálculo para encon-
Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos:
trar a resposta, vamos ao primeiro:
2.B + 2000 = B + 10000
2.B – B = 10000 – 2000
B = 8000 litros (no início) No 1.º dia foram montados do número total de peças
Assim, A = 8000 + 10000 = 18000 litros (no início)
Portanto, após a transferência, fica:
A’ = 18000 – 2000 = 16000 litros Logo é de 512, ou seja:
B’ = 8000 + 2000 = 10000 litros
Por fim, a diferença é de : 16000 – 10000 = 6000 litros
Resposta: E.
Período de incubação - De 3 a 15 dias, em média 5 a 6 dias. rápida de volume de líquidos perdidos e da acidose. Durante uma
administração rápida de fluidos, é particularmente importante es-
Período de transmissibilidade - O homem infecta o mosquito tar atento a sinais de insuficiência cardíaca.
durante o período de viremia, que começa um dia antes da febre e
perdura até o sexto dia de doença. Características epidemiológicas - O dengue tem sido relatado
há mais de 200 anos. Na década de 50, a febre hemorrágica da den-
Complicações - Choque decorrente do aumento da permeabili- gue - FHD foi descrita, pela primeira vez, nas Filipinas e Tailândia.
dade capilar, seguido de hemoconcentração e falência circulatória. Após a década de 60, a circulação do vírus da dengue intensificou-
-se nas Américas. A partir de 1963, houve circulação comprovada
Diagnóstico - Na DC, o diagnóstico é clínico e laboratorial nos dos sorotipos 2 e 3 em vários países. Em 1977, o sorotipo 1 foi intro-
primeiros casos e em seguida, clínico-epidemiológico. A FHD e SCD duzido nas Américas, inicialmente pela Jamaica. A partir de 1980,
necessitam de uma boa anamnese, seguida de exame clínico (vide foram notificadas epidemias em vários países, aumentando consi-
sinais de alerta no quadro 1) com prova do laço (verificar apareci- deravelmente a magnitude do problema. Cabe citar: Brasil (1982,
mento de petéquias) e confirmação laboratorial específica. 1986, 1998, 2002), Bolívia (1987), Paraguai (1988), Equador (1988),
Peru (1990) e Cuba (1977/1981). A FHD afetou Cuba em 1981 e
Diagnóstico laboratorial foi um evento de extrema importância na história da doença nas
a) Específico - Virológico: Isolamento viral; realizado a partir Américas. Essa epidemia foi causada pelo sorotipo 2, tendo sido
de amostras de sangue, derivados ou tecidos coletados nos primei- o primeiro relato de febre hemorrágica da dengue ocorrido fora
ros 5 dias após o início da febre, sendo importante para a identi- do Sudoeste Asiático e Pacífico Ocidental. O segundo surto ocorreu
ficação do sorotipo viral circulante. Detecção - de antígeno virais na Venezuela, em 1989, e, em 1990/1991, alguns casos foram no-
e/ou ácido nucléico viral mediante os seguintes métodos: Reação tificados no Brasil (Rio de Janeiro), bem como em 1994 (Fortaleza
em cadeia de polimerase (PCR); Imunofluorescência e Imunohisto- - Ceará).
química. Sorológico: Ensaio imunoenzimático para captura de anti- No Brasil há referências de epidemias em 1916, em São Pau-
corpos IgM (Mac-Elisa),na maioria dos casos requer somente uma lo, e em 1923, em Niterói, sem diagnóstico laboratorial. A primei-
amostra de soro, sendo possível realizar o diagnóstico presuntivo ra epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em
de infecção recente ou ativa. Outras técnicas também são utiliza- 1981-1982, em Boa Vista - Roraima, causada pelos sorotipos 1 e 4.
das no diagnóstico sorológico do vírus do dengue, porém requerem A partir de 1986, foram registradas epidemias em diversos estados
sorologia com amostras pareadas. Inibição de Hemaglutinação (IH); com a introdução do sorotipo 1. A introdução dos sorotipos 2 e 3
Teste de Neutralização (N); Fixação de Complemento (FC); foi detectada no estado do Rio de Janeiro em 1990 e dezembro de
2000 respectivamente. O sorotipo 3 apresentou uma rápida disper-
b) Inespecíficos - Alterações Laboratoriais: DC - leucopenia, são para 24 estados do país no período de 2001-2003. Em 2003
embora possa ocorrer leucocitose. linfocitose com atipia linfocitá- apenas os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina não apre-
ria e trombocitopenia. DH - deve-se dar particular atenção à dosa- sentavam transmissão autóctone da doença. As maiores epidemias
gem do hematócrito e hemoglobina para verificação de hemocon- detectadas até o momento ocorreram nos anos de 1998 e 2002,
centração, que indica a gravidade do caso e orienta a terapêutica com cerca de 530 mil e 800 mil casos notificados, respectivamente.
(Quadro 2). Ocorrem alterações no coagulograma (aumento do Os primeiros casos de FHD foram registrados em 1990 no estado do
tempo de protrombina, tromboplastina parcial e trombina) com di- Rio de Janeiro, após a introdução do sorotipo 2. Nesse ano foram
minuição do fibrinogênio, fator VIII e XII, antitrombina e antiplasmi- confirmados 274 casos que, de uma forma geral, não apresentaram
na, diminuição da albumina e alterações das enzimas hepáticas. A manifestações hemorrágicas graves. A faixa etária mais atingida foi
confiabilidade dos resultados dos testes laboratoriais depende dos a de maiores de 14 anos. Na segunda metade da década de 90,
cuidados durante a coleta, manuseio, acondicionamento e trans- observamos a ocorrência de casos de FHD em diversos estados do
porte das amostras. país. Nos anos de 2001 e 2002, foi detectado um aumento no total
Diagnóstico diferencial - DC: gripe, rubéola, sarampo. FHD e de casos de FHD, potencialmente refletindo a circulação simultânea
SCD - infecções virais e bacterianas, choque endotóxico, leptospi- dos sorotipos 1, 2 e 3 do vírus da dengue. A letalidade por FHD se
rose, febre amarela, hepatites infecciosas e outras febres hemor- manteve em torno de 5% no período de 2000- 2003.
rágicas. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Tratamento - DC: sintomáticos (não usar ácido acetil-salicílico).
FHD: alguns sinais de alerta (Quadro 1)precisam ser observados: Objetivo - Controlar a ocorrência da doença através do comba-
dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, hepato- te ao mosquito transmissor.
megalia dolorosa, derrames cavitários, sangramentos importantes,
hipotensão arterial (PA sistólica <=80mm Hg, em < 5 anos; PA sis- Notificação - É doença de notificação compulsória e de inves-
tólica <= 90mm Hg, em > 5 anos), diminuição da pressão diferen- tigação obrigatória, principalmente quando se trata dos primeiros
cial (PA sistólica - PA diastólica <= 20mm Hg), hipotensão postural casos de DC diagnosticados em uma área, ou quando se suspeita
(PA sistólica sentado - PA sistólica em pé com diferença maior que de FHD. Os óbitos decorrentes da doença devem ser investigados
10mm Hg), diminuição da diurese, agitação, letargia, pulso rápido e imediatamente.
fraco, extremidades frias, cianose, diminuição brusca da tempera-
tura corpórea associada à sudorese profusa, taquicardia, lipotimia Definição de caso
e aumento repentino do hematócrito. Aos primeiros sinais de cho- Suspeito - Dengue Clássico - Paciente que tenha doença febril
que, o paciente deve ser internado imediatamente para correção aguda com duração máxima de 7 dias, acompanhada de, pelo me-
nos, dois dos seguintes sintomas: cefaléia, dor retroorbital, mialgia,
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
artralgia, prostração, exantema. Além desses sintomas, o paciente -Derrames cavitários (pleural e/ou abdominal)
deve ter estado, nos últimos quinze dias, em área onde esteja ocor- -Prova do laço positiva*, petéquias, púrpura, hematomas,
rendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Aedes aegyp- -Gengivorragia, epistaxe ou metrorragias
ti. Febre Hemorrágica do Dengue - Paciente que apresenta também -Sangramentos importantes
manifestações hemorrágicas, variando desde prova do laço positiva -Hipotensão arterial
até fenômenos mais graves, como hematêmase, melena e outros. -Hipotensão postural
A ocorrência de pacientes com manifestações hemorrágicas, acres- -Diminuição de diurese
cidas de sinais e sintomas de choque cardiovascular (pulso arterial -Agitação ou letargia
fino e rápido ou ausente, diminuição ou ausência de pressão ar- -Pulso rápido e fraco
terial, pele fria e úmida, agitação), leva à suspeita de síndrome de -Extremidades frias e cianose
choque (SCD). -Diminuição brusca de temperatura corpórea, associada à su-
Confirmado - Dengue Clássico - O caso confirmado laborato- dorese
rialmente. No curso de uma epidemia, a confirmação pode ser feita -Taquicardia intensa e lipotímia
através de critérios clínico-epidemiológicos, exceto nos primeiros -Pacientes que apresentarem um ou mais dos sinais de alerta,
casos da área, que deverão ter confirmação laboratorial. Febre He- acompanhados de evidências de Hemoconcentração (Quadro 2) e
morrágica do Dengue É o caso em que todos os critérios abaixo Plaquetopenia, devem ser reidratados e permanecer sob observa-
estão presentes: ção médica até melhora do quadro.
1. Febre ou história de febre recente de 7 dias ou menos;
2. Trombocitopenia (< 100.000/mm3); PROVA DO LAÇO
3. Tendências hemorrágicas evidenciadas por um ou mais dos
seguintes sinais: prova do laço positiva, petéquias, equimoses ou Colocar o tensiômetro no braço do paciente e insuflar o man-
púrpuras e sangramentos de mucosas, do trato gastrointestinal e guito, mantendo-o entre a Tensão Arterial Média (corresponde à
outros; média aritmética da TA sistólica e TA diastólica) durante 3 minu-
4. Extravasamento de plasma devido ao aumento de perme- tos. Verificar se aparecem petéquias abaixo do manguito. A prova
abilidade capilar, manifestado por: hematócrito apresentando um é positiva se aparecerem 20 ou mais petéquias no braço em área
aumento de 20% sobre o basal, na admissão; ou queda do hemató- correspondente a uma polpa digital (±2,3 cm3).
crito em 20%, após o tratamento; ou presença de derrame pleural,
ascite e hipoproteinemia; QUADRO 2. DIAGNÓSTICO DE HEMOCONCENTRAÇÃO.
5. Confirmação laboratorial específica. SCD: é o caso que apre-
senta todos os critérios de FHD mais evidências de choque. Valores de referência antes do paciente ser submetido a rei-
dratação:
MEDIDAS DE CONTROLE - As medidas de controle se restrin- HEMATÓCRITO: Crianças até 12 anos - Hto > 38%
gem ao vetor Aedes aegypti, uma vez que não se tem ainda vacina Mulheres - Hto > 40%
ou drogas antivirais específicas. O combate ao vetor deve desen- Homens - Hto > 45%
volver ações continuadas de inspeções domiciliares, eliminação Índice hematócrito/hemoglobina: >3,5 (indicador de hemo-
e tratamento de criadouros, priorizando atividades de educação concentração simples e prático. Obtém-se dividindo-se o valor do
em saúde e mobilização social. A finalidade das ações de rotina é hematócrito pelo da hemoglobina)
manter a infestação do vetor em níveis incompatíveis com a trans- PLAQUETOPENIA: Plaquetas < 100.000 mm3
missão da doença. Em situações de epidemias deve ocorrer a in-
tensificação das ações de controle, prioritariamente a eliminação Febre amarela
de criadouros e o tratamento focal. Além disso, deve ser utilizada A febre amarela é uma doença viral de curta duração e
a aplicação espacial de inseticida a Ultra Baixo Volume - UBV, ao gravidade variável. É caracterizada principalmente por febre alta,
mesmo tempo em que se reestrutura as ações de rotina. Em função calafrios, prostração, dor de cabeça, náuseas e vômito. Poucos dias
da complexidade que envolve a prevenção e o controle da dengue, após a infecção, a doença pode tanto evoluir para a cura quanto
o programa nacional estabeleceu dez componentes de ação, sendo para a sua forma grave com sintomas como insuficiência hepática e
eles: Vigilância epidemiológica; Combate ao vetor; Assistência aos renal, além de manifestações hemorrágicas.
pacientes; Integração com a atenção básica (PACS/PSF); Ações de Quem causa a doença: a doença é causada pelo vírus amarílico
saneamento ambiental; Ações integradas de educação em saúde, (arbovírus do gênero Flavivírus).
comunicação e mobilização; Capacitação de recursos humanos; Quem transmite a doença: o transmissor varia conforme a
Legislação de apoio ao programa e Acompanhamento e avaliação. forma da doença.
Estes componentes de ação, se convenientemente implementados, A – Febre amarela silvestre (FAS): normalmente, no Brasil a FAS
contribuirão para a estruturação de programas permanentes, inte- é transmitida apenas para macacos e quem faz essa transmissão é o
grados e intersetoriais, características essenciais para o enfrenta- mosquito Haemagogus janthinomys.
mento desse importante problema de saúde pública. B – Febre amarela urbana (FAU): no caso da FAU, a doença é
transmitida para os seres humanos e quem faz a transmissão é o
QUADRO 1. SINAIS DE ALERTA DE DENGUE HEMORRÁGICO. mosquito Aedes aegypti.